Façam o que diz Vítor Dias: apliquem a mesma armadilha à s “bonecas” do PS e PSD (e, porque não?, obriguem as “Jugulares” a responder a estas questões: não sabem uma!)

07-09-2019
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Sobre a deputada comunista Rita Rato e o seu “desconhecimento” do Gulag, que muita felicidade deu ao Jugular e ao Arrastão, escreveu Vítor Dias:

Pela minha parte, só quero tocar num ponto que me parece particularmente indecente e que é constituído pela imensa sobranceria e arrogância com que alguns cinquentenários e sexagenários da blogosfera se apressaram a julgar os supostos níveis de informação daquela licenciada comunista.

Com efeito, a este respeito, só me apetece lançar um desafio: façam um inquérito junto de jovens licenciados em Ciência Política ou Relações Internacionais que sejam do PS, do PSD, do CDS e do BE e perguntem-lhes se sabiam que em 1965 na Indonésia foram mortos entre meio e um milhão de comunistas na sequência do golpe de Suharto; que em 1971, no Sudão, uma vaga repressiva liquidou os principais dirigentes do até ali importante e influente Partido Comunista Sudanês e outras centenas de comunistas; que o PS francês esteve em cheio nas sangrentas e trágicas guerras coloniais na Indochina e na Argélia. E, já agora, perguntem-lhes se são capazes de indicar um décimo das intervenções e agressões militares dos EUA no estrangeiro durante o Século XX.

Obtidos os certamente deslumbrantes resultados, poderemos então falar com mais equidade e sentido de justiça sobre o grau de informação histórica dos jovens licenciados. Até lá, tudo o que se tem escrito contra a Rita Rato não passa de uma reles tentativa de duradouro «queimanço» quase igual à que foi feita com Bernardino Soares que só espíritos cegos se podem recusar a reconhecer que se veio a revelar um deputado e líder parlamentar de primeira água.

No essencial, Rita Rato disse o que devia ser dito, não satisfazendo o anticomunismo primário do jornalista do CM: “Então você jogava futebol?”, “Sim, e o Gulag?”. Esperteza, não? Ou outra coisa?

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Sobre a deputada comunista Rita Rato e o seu “desconhecimento” do Gulag, que muita felicidade deu ao Jugular e ao Arrastão, escreveu Vítor Dias:

Pela minha parte, só quero tocar num ponto que me parece particularmente indecente e que é constituído pela imensa sobranceria e arrogância com que alguns cinquentenários e sexagenários da blogosfera se apressaram a julgar os supostos níveis de informação daquela licenciada comunista.

Com efeito, a este respeito, só me apetece lançar um desafio: façam um inquérito junto de jovens licenciados em Ciência Política ou Relações Internacionais que sejam do PS, do PSD, do CDS e do BE e perguntem-lhes se sabiam que em 1965 na Indonésia foram mortos entre meio e um milhão de comunistas na sequência do golpe de Suharto; que em 1971, no Sudão, uma vaga repressiva liquidou os principais dirigentes do até ali importante e influente Partido Comunista Sudanês e outras centenas de comunistas; que o PS francês esteve em cheio nas sangrentas e trágicas guerras coloniais na Indochina e na Argélia. E, já agora, perguntem-lhes se são capazes de indicar um décimo das intervenções e agressões militares dos EUA no estrangeiro durante o Século XX.

Obtidos os certamente deslumbrantes resultados, poderemos então falar com mais equidade e sentido de justiça sobre o grau de informação histórica dos jovens licenciados. Até lá, tudo o que se tem escrito contra a Rita Rato não passa de uma reles tentativa de duradouro «queimanço» quase igual à que foi feita com Bernardino Soares que só espíritos cegos se podem recusar a reconhecer que se veio a revelar um deputado e líder parlamentar de primeira água.

No essencial, Rita Rato disse o que devia ser dito, não satisfazendo o anticomunismo primário do jornalista do CM: “Então você jogava futebol?”, “Sim, e o Gulag?”. Esperteza, não? Ou outra coisa?

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