Bolsas de regresso às quedas. Juros abaixo de 1,9%

15-12-2017
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Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,59% para 5.395,26 pontos

Stoxx 600 cedeu 0,19% para 386,74 pontos

S&P500 avança 0,22% para 2.645,27 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos desceram 1,6 pontos base para 1,885%

Euro cede 0,38% para 1,1820 dólares

Petróleo sobe 0,4% para 62,70 dólares por barril, em Londres

Tecnológicas pressionam bolsas europeias

O índice europeu terminou a sessão em queda ligeira, após um arranque de semana positivo na Europa. O Stoxx 600 cedeu 0,19%, num dia em que apenas as bolsas ibéricas terminaram o dia com ganhos. A penalizar a negociação na região estiveram as acções do sector tecnológico e as mineiras, pressionadas pela descida dos preços dos metais.

As bolsas estiveram ontem a beneficiar com a aprovação da reforma fiscal nos Estados Unidos na sexta-feira, que torna mais provável a descida de impostos mais acentuada em 30 anos na maior economia do mundo.

Em Lisboa, o PSI-20 subiu 0,59%, suportado essencialmente pela forte subida do BCP. O banco liderado por Nuno Amado subiu 2,46% para 0,2663 euros, depois da Standard & Poor’s ter melhorado o "outlook" (ou perspectiva) do banco liderado por Nuno Amado, de "estável" para "positivo". "Antecipamos que um ambiente macro-económico mais benigno em Portugal apoie os bancos na resolução de problemas pendentes, em particular na recuperação da rendibilidade doméstica, redução do elevado nível de activos de má qualidade e imparidades de crédito, bem como melhoria no acesso a financiamento externo", refere o relatório.

Juros de novo abaixo de 1,9%

A taxa exigida pelos investidores para deter dívida portuguesa esteve a recuar, com o juro da taxa de referência a voltar a baixar a fasquia de 1,9%. A "yield" a dez anos recuou 1,6 pontos base para 1,885%, numa sessão marcada pela divulgação de várias notícias sobre o financiamento do Estado. O Secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, assinou um despacho onde reduz os montantes previstos no Orçamento do Estado de 2017 para a emissão de bilhetes do Tesouro ao longo deste ano. Em contrapartida, é elevado o montante máximo de endividamento do Estado através dos diversos produtos de poupança.

Além do maior foco no financiamento junto das famílias, foi noticiado que o Governo pretende acrescentar "pelo menos" 500 milhões de euros aos 9 mil milhões que já pagou antecipadamente ao FMI este ano. O objectivo é o de continuar a reduzir os custos de financiamento da República, o mesmo propósito da troca de dívida anunciada para esta semana. O IGCP quer comprar obrigações cuja maturidade é alcançada em 2019 e 2020 e trocá-la por dívida com um prazo mais alargado.

Euribor estáveis a três meses

As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três meses, subiram a seis meses e desceram a nove e 12 meses em relação a segunda-feira. A Euribor a três meses voltou a ser fixada em -0,326%, o mesmo valor de segunda-feira. A Euribor a seis meses subiu para -0,271%, mais 0,001 pontos do que na segunda-feira e contra -0,276%, actual mínimo de sempre, registado pela primeira vez em 30 de Outubro. A nove meses, a Euribor desceu para -0,220%, menos 0,001 pontos do que na segunda-feira e contra o actual mínimo de sempre, de -0,224%. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor caiu para -0,191%.

Brexit pressiona libra

A moeda britânica segue a desvalorizar, num momento em que prosseguem as negociações para o Brexit. Depois de ter deixado a mesa do almoço com Jean-Claude Juncker sem um acordo que garanta a passagem à segunda fase das negociações do Brexit – e com a questão fronteiriça entre as duas Irlandas a "azedar" a ementa – a primeira-ministra britânica deverá contactar esta terça-feira, 5 de Dezembro, com os unionistas da Irlanda do Norte para afinar posições antes de regressar à capital da União Europeia. A libra segue a recuar 0,4% para 1,3427 dólares.

Petróleo de regresso aos ganhos

Os preços do petróleo seguem a valorizar nos mercados internacionais, animados pela descida da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e pelos sinais de que os inventários de crude estão a encolher nos EUA, alimentando a expectativa de que o excesso de oferta no mundo esteja a terminar. A produção dos países da OPEP recuou, no mês passado, para o valor mais baixo em meio ano.

Além dos números da produção, as cotações estão ainda a ser suportadas por estimativas mais animadoras para a matéria-prima. O Bank of America Merrill Lynch prevê que o Brent negoceie na casa dos 70 dólares dentro de meio ano. O Brent, negociado em Londres, sobe 0,4% para 62,70 dólares por barril, enquanto o ETI, em Nova Iorque, avança 0,07% para 57,51 dólares.

Cobre vive pior sessão em dois anos

O aumento dos inventários de cobre, a menor procura por parte da China e a valorização do dólar estão a determinar a queda do cobre. O metal industrial cai 4% para 2,968 dólares por peso/libra, a maior desvalorização desde Janeiro de 2015.

Os mercados em números

PSI-20 subiu 0,59% para 5.395,26 pontos

Stoxx 600 cedeu 0,19% para 386,74 pontos

S&P500 avança 0,22% para 2.645,27 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos desceram 1,6 pontos base para 1,885%

Euro cede 0,38% para 1,1820 dólares

Petróleo sobe 0,4% para 62,70 dólares por barril, em Londres

Tecnológicas pressionam bolsas europeias

O índice europeu terminou a sessão em queda ligeira, após um arranque de semana positivo na Europa. O Stoxx 600 cedeu 0,19%, num dia em que apenas as bolsas ibéricas terminaram o dia com ganhos. A penalizar a negociação na região estiveram as acções do sector tecnológico e as mineiras, pressionadas pela descida dos preços dos metais.

As bolsas estiveram ontem a beneficiar com a aprovação da reforma fiscal nos Estados Unidos na sexta-feira, que torna mais provável a descida de impostos mais acentuada em 30 anos na maior economia do mundo.

Em Lisboa, o PSI-20 subiu 0,59%, suportado essencialmente pela forte subida do BCP. O banco liderado por Nuno Amado subiu 2,46% para 0,2663 euros, depois da Standard & Poor’s ter melhorado o "outlook" (ou perspectiva) do banco liderado por Nuno Amado, de "estável" para "positivo". "Antecipamos que um ambiente macro-económico mais benigno em Portugal apoie os bancos na resolução de problemas pendentes, em particular na recuperação da rendibilidade doméstica, redução do elevado nível de activos de má qualidade e imparidades de crédito, bem como melhoria no acesso a financiamento externo", refere o relatório.

Juros de novo abaixo de 1,9%

A taxa exigida pelos investidores para deter dívida portuguesa esteve a recuar, com o juro da taxa de referência a voltar a baixar a fasquia de 1,9%. A "yield" a dez anos recuou 1,6 pontos base para 1,885%, numa sessão marcada pela divulgação de várias notícias sobre o financiamento do Estado. O Secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, assinou um despacho onde reduz os montantes previstos no Orçamento do Estado de 2017 para a emissão de bilhetes do Tesouro ao longo deste ano. Em contrapartida, é elevado o montante máximo de endividamento do Estado através dos diversos produtos de poupança.

Além do maior foco no financiamento junto das famílias, foi noticiado que o Governo pretende acrescentar "pelo menos" 500 milhões de euros aos 9 mil milhões que já pagou antecipadamente ao FMI este ano. O objectivo é o de continuar a reduzir os custos de financiamento da República, o mesmo propósito da troca de dívida anunciada para esta semana. O IGCP quer comprar obrigações cuja maturidade é alcançada em 2019 e 2020 e trocá-la por dívida com um prazo mais alargado.

Euribor estáveis a três meses

As taxas Euribor mantiveram-se hoje a três meses, subiram a seis meses e desceram a nove e 12 meses em relação a segunda-feira. A Euribor a três meses voltou a ser fixada em -0,326%, o mesmo valor de segunda-feira. A Euribor a seis meses subiu para -0,271%, mais 0,001 pontos do que na segunda-feira e contra -0,276%, actual mínimo de sempre, registado pela primeira vez em 30 de Outubro. A nove meses, a Euribor desceu para -0,220%, menos 0,001 pontos do que na segunda-feira e contra o actual mínimo de sempre, de -0,224%. No prazo de 12 meses, a taxa Euribor caiu para -0,191%.

Brexit pressiona libra

A moeda britânica segue a desvalorizar, num momento em que prosseguem as negociações para o Brexit. Depois de ter deixado a mesa do almoço com Jean-Claude Juncker sem um acordo que garanta a passagem à segunda fase das negociações do Brexit – e com a questão fronteiriça entre as duas Irlandas a "azedar" a ementa – a primeira-ministra britânica deverá contactar esta terça-feira, 5 de Dezembro, com os unionistas da Irlanda do Norte para afinar posições antes de regressar à capital da União Europeia. A libra segue a recuar 0,4% para 1,3427 dólares.

Petróleo de regresso aos ganhos

Os preços do petróleo seguem a valorizar nos mercados internacionais, animados pela descida da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e pelos sinais de que os inventários de crude estão a encolher nos EUA, alimentando a expectativa de que o excesso de oferta no mundo esteja a terminar. A produção dos países da OPEP recuou, no mês passado, para o valor mais baixo em meio ano.

Além dos números da produção, as cotações estão ainda a ser suportadas por estimativas mais animadoras para a matéria-prima. O Bank of America Merrill Lynch prevê que o Brent negoceie na casa dos 70 dólares dentro de meio ano. O Brent, negociado em Londres, sobe 0,4% para 62,70 dólares por barril, enquanto o ETI, em Nova Iorque, avança 0,07% para 57,51 dólares.

Cobre vive pior sessão em dois anos

O aumento dos inventários de cobre, a menor procura por parte da China e a valorização do dólar estão a determinar a queda do cobre. O metal industrial cai 4% para 2,968 dólares por peso/libra, a maior desvalorização desde Janeiro de 2015.

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