Deputado Renato Sampaio acusado de entregar casa semi-destruída e com rendas em atraso

14-12-2018
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Renato Sampaio, deputado à Assembleia da República e presidente da concelhia do PS/Porto, é acusado pela ex-senhoria de ter entregue a casa onde habitava há mais de 40 anos em estado de avançada degradação, ou semi-destruída, além de ter ficado a dever uma indemnização por rendas em atraso. “‘Semi-destruída’ foi a expressão que usei quando chamei a arquitecta para ver o estado da casa. Ela ficou mais impressionada com a sujidade e o desleixo. Ainda estou à espera de orçamento, calculo que deve chegar perto de 20 mil euros”, lamenta Cristina Padrão, a proprietária do apartamento situado na rua Diogo Cão, cidade do Porto, em declarações exclusivas ao Jornal Económico.

A senhoria publicou dezenas de imagens do apartamento em causa na rede social Facebook, denunciando a situação. A alegada semi-destruição parece ser evidente nessas imagens. “Foram oito meses de tentativas de chamar a outra parte a negociar, sem qualquer resultado a não ser no dia em que publiquei um ‘post’ relativo ao assunto, a ver se fazia andar as coisas, e no dia seguinte o senhor veio bater à minha porta: ‘Eu pago tudo o que lhe devo, mas tire aquilo do Facebook’. Tirei, provisoriamente. De facto, só alterei as definições de privacidade da publicação, nunca apaguei o conteúdo”, revela Padrão, no texto que acompanha a publicação das fotografias.

“Acontece que o senhor não só não pagou, como entretanto percebeu que não tinha hipótese a não ser negociar nova renda, ou abandonar o locado, e optou pela última hipótese. Portanto, foi-me entregue o locado, no passado dia 30 de abril. E desde então a minha advogada continua sem resposta às várias comunicações entretanto enviadas. Vai daí, passo a tornar públicas as primeiras imagens que documentam o estado em que o engenheiro e deputado Renato Sampaio devolveu o apartamento, depois de o ter habitado mais de 40 anos”, acusa.

Contactada pelo Jornal Económico, Padrão dispôs-se a contar o que aconteceu. “Renato Sampaio e a mulher arrendaram a casa ao meu avô no dia 1 de abril de 1974. A renda era de 4.500 escudos. Em 2013 era de 90 euros. Com a ‘lei Cristas’ passou a ser de 180 euros, depois de muita negociação. Em 2014 herdei o prédio, são três andares. Vendi a minha casa, remodelei o segundo andar para habitação própria e fiz obras no prédio: capoto nas fachadas, canalização em todos os apartamentos e no prédio, pintura das escadas, etc. Renato Sampaio sempre se atrasou a pagar as rendas, muitas vezes só recebia depois de telefonar à mulher, a Maria Helena”, afirma Padrão.

Mas viviam na casa? “Viviam na casa, sim. Mudaram em meados de abril, entregaram a chave no dia 30 de abril”, responde. E quanto à indemnização que ficou a dever? “Em setembro de 2017 atrasou-se mais uma vez. Ignorou os contactos da minha advogada. Em outubro e novembro também não pagou. Denunciei o contrato de arrendamento e exigi o pagamento das rendas mais a indemnização, metade do valor das rendas em dívida, ou seja, 270 euros. Pagou as rendas, ignorou a indemnização e continuou a ignorar os contactos da minha advogada”, explica a proprietária do apartamento.

“Em janeiro 2018 voltou a atrasar-se e eu publicitei a situação no Facebook”, prossegue. “O meu objetivo era forçá-lo a negociar com a advogada. No dia seguinte veio bater-me à porta, pedir para retirar a publicação e disposto a pagar o que me devia, disse ele. Remeti-o para a advogada, mas continuou sem responder aos contactos. Finalmente, ela fez-lhe ver que íamos para a frente com a respetiva ação judicial”, diz Padrão.

Mas já tinha conhecimento do estado de degradação da casa? “Não, não sabia. Imaginava que precisasse de obras, mas nada assim”, responde. “Tenho estado a arrolar testemunhas, as pessoas ficam todas incrédulas. E outro detalhe: quando denunciei o contrato, foi comunicado que eles teriam prioridade em novo arrendamento, mas com valores actuais. Preferiram sair”.

O Jornal Económico contactou o deputado Renato Sampaio para o questionar sobre as alegações da ex-senhoria, mas não obteve resposta da parte do visado.

Renato Sampaio, deputado à Assembleia da República e presidente da concelhia do PS/Porto, é acusado pela ex-senhoria de ter entregue a casa onde habitava há mais de 40 anos em estado de avançada degradação, ou semi-destruída, além de ter ficado a dever uma indemnização por rendas em atraso. “‘Semi-destruída’ foi a expressão que usei quando chamei a arquitecta para ver o estado da casa. Ela ficou mais impressionada com a sujidade e o desleixo. Ainda estou à espera de orçamento, calculo que deve chegar perto de 20 mil euros”, lamenta Cristina Padrão, a proprietária do apartamento situado na rua Diogo Cão, cidade do Porto, em declarações exclusivas ao Jornal Económico.

A senhoria publicou dezenas de imagens do apartamento em causa na rede social Facebook, denunciando a situação. A alegada semi-destruição parece ser evidente nessas imagens. “Foram oito meses de tentativas de chamar a outra parte a negociar, sem qualquer resultado a não ser no dia em que publiquei um ‘post’ relativo ao assunto, a ver se fazia andar as coisas, e no dia seguinte o senhor veio bater à minha porta: ‘Eu pago tudo o que lhe devo, mas tire aquilo do Facebook’. Tirei, provisoriamente. De facto, só alterei as definições de privacidade da publicação, nunca apaguei o conteúdo”, revela Padrão, no texto que acompanha a publicação das fotografias.

“Acontece que o senhor não só não pagou, como entretanto percebeu que não tinha hipótese a não ser negociar nova renda, ou abandonar o locado, e optou pela última hipótese. Portanto, foi-me entregue o locado, no passado dia 30 de abril. E desde então a minha advogada continua sem resposta às várias comunicações entretanto enviadas. Vai daí, passo a tornar públicas as primeiras imagens que documentam o estado em que o engenheiro e deputado Renato Sampaio devolveu o apartamento, depois de o ter habitado mais de 40 anos”, acusa.

Contactada pelo Jornal Económico, Padrão dispôs-se a contar o que aconteceu. “Renato Sampaio e a mulher arrendaram a casa ao meu avô no dia 1 de abril de 1974. A renda era de 4.500 escudos. Em 2013 era de 90 euros. Com a ‘lei Cristas’ passou a ser de 180 euros, depois de muita negociação. Em 2014 herdei o prédio, são três andares. Vendi a minha casa, remodelei o segundo andar para habitação própria e fiz obras no prédio: capoto nas fachadas, canalização em todos os apartamentos e no prédio, pintura das escadas, etc. Renato Sampaio sempre se atrasou a pagar as rendas, muitas vezes só recebia depois de telefonar à mulher, a Maria Helena”, afirma Padrão.

Mas viviam na casa? “Viviam na casa, sim. Mudaram em meados de abril, entregaram a chave no dia 30 de abril”, responde. E quanto à indemnização que ficou a dever? “Em setembro de 2017 atrasou-se mais uma vez. Ignorou os contactos da minha advogada. Em outubro e novembro também não pagou. Denunciei o contrato de arrendamento e exigi o pagamento das rendas mais a indemnização, metade do valor das rendas em dívida, ou seja, 270 euros. Pagou as rendas, ignorou a indemnização e continuou a ignorar os contactos da minha advogada”, explica a proprietária do apartamento.

“Em janeiro 2018 voltou a atrasar-se e eu publicitei a situação no Facebook”, prossegue. “O meu objetivo era forçá-lo a negociar com a advogada. No dia seguinte veio bater-me à porta, pedir para retirar a publicação e disposto a pagar o que me devia, disse ele. Remeti-o para a advogada, mas continuou sem responder aos contactos. Finalmente, ela fez-lhe ver que íamos para a frente com a respetiva ação judicial”, diz Padrão.

Mas já tinha conhecimento do estado de degradação da casa? “Não, não sabia. Imaginava que precisasse de obras, mas nada assim”, responde. “Tenho estado a arrolar testemunhas, as pessoas ficam todas incrédulas. E outro detalhe: quando denunciei o contrato, foi comunicado que eles teriam prioridade em novo arrendamento, mas com valores actuais. Preferiram sair”.

O Jornal Económico contactou o deputado Renato Sampaio para o questionar sobre as alegações da ex-senhoria, mas não obteve resposta da parte do visado.

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