Sol & Sombra

05-06-2016
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Entra em Belém em estado de graça quase absoluto, alvo de incontáveis elogios e simpatias de toda a comunicação social e dos mais diversos e inesperados quadrantes políticos. A festa da sua posse foi pensada e levada à prática com criatividade, eficácia e perfeição: um discurso forte e sem cedências ao politiquês convencional, uma cerimónia simbólica do diálogo entre todas as religiões na mesquita de Lisboa e um concerto aberto à juventude e à população a fechar o dia. Chegou a pé a vários locais das cerimónias, soube manter a família próxima mas fora do palco das formalidades, foi sempre disponível e afetuoso. Este novo estilo, pelo que se percebe, já ganhou um lugar no coração dos portugueses.

Rui Vitória

Foi uma semana de sonho. A feliz vitória em Alvalade valeu a liderança da Liga e abre a porta ao tricampeonato. E o triunfo na Rússia sobre o Zenit coloca o Benfica nos quartos da Champions, fase da prova onde já é raro chegar uma equipa portuguesa. Depois das três derrotas frente ao Sporting e de mais duas perante o FC Porto parecia confirmar o seu estatuto de treinador mediano e de recurso. Mas soube resistir na pior altura, nunca desistiu, motivou a equipa para colecionar vitórias e foi recuperando, um a um, os pontos de atraso. Ainda pode vir a ser o herói improvável desta época futebolística.

SOMBRA

António Varela

Sai do Banco de Portugal pela porta pequena, onde entrara há ano e meio, pela mão da ministra Maria Luís Albuquerque, para fazer marcação ao governador Carlos Costa. Acumulou casos mal explicados, como o de manter ações do Banif, BCP e Santander, bancos que supervisionava. Escusou-se a tomar decisões fundamentais invocando impedimentos insólitos. Sai em assumida divergência com Carlos Costa, mas já só lhe restava a demissão de funções.

Luís Filipe Menezes

Aperta-se a investigação do DIAP do Porto à sua controversa gestão do município de Gaia, no qual deixou um passivo de mais de 300 milhões de euros. Indícios de gestão danosa em várias empresas municipais, adjudicações diretas, buracos de milhões de euros, sinais exteriores de riqueza na sua vida privada, buscas policiais. A vida não está fácil para o ex-autarca de Gaia. E o futuro próximo afigura-se ainda mais sombrio.

Entra em Belém em estado de graça quase absoluto, alvo de incontáveis elogios e simpatias de toda a comunicação social e dos mais diversos e inesperados quadrantes políticos. A festa da sua posse foi pensada e levada à prática com criatividade, eficácia e perfeição: um discurso forte e sem cedências ao politiquês convencional, uma cerimónia simbólica do diálogo entre todas as religiões na mesquita de Lisboa e um concerto aberto à juventude e à população a fechar o dia. Chegou a pé a vários locais das cerimónias, soube manter a família próxima mas fora do palco das formalidades, foi sempre disponível e afetuoso. Este novo estilo, pelo que se percebe, já ganhou um lugar no coração dos portugueses.

Rui Vitória

Foi uma semana de sonho. A feliz vitória em Alvalade valeu a liderança da Liga e abre a porta ao tricampeonato. E o triunfo na Rússia sobre o Zenit coloca o Benfica nos quartos da Champions, fase da prova onde já é raro chegar uma equipa portuguesa. Depois das três derrotas frente ao Sporting e de mais duas perante o FC Porto parecia confirmar o seu estatuto de treinador mediano e de recurso. Mas soube resistir na pior altura, nunca desistiu, motivou a equipa para colecionar vitórias e foi recuperando, um a um, os pontos de atraso. Ainda pode vir a ser o herói improvável desta época futebolística.

SOMBRA

António Varela

Sai do Banco de Portugal pela porta pequena, onde entrara há ano e meio, pela mão da ministra Maria Luís Albuquerque, para fazer marcação ao governador Carlos Costa. Acumulou casos mal explicados, como o de manter ações do Banif, BCP e Santander, bancos que supervisionava. Escusou-se a tomar decisões fundamentais invocando impedimentos insólitos. Sai em assumida divergência com Carlos Costa, mas já só lhe restava a demissão de funções.

Luís Filipe Menezes

Aperta-se a investigação do DIAP do Porto à sua controversa gestão do município de Gaia, no qual deixou um passivo de mais de 300 milhões de euros. Indícios de gestão danosa em várias empresas municipais, adjudicações diretas, buracos de milhões de euros, sinais exteriores de riqueza na sua vida privada, buscas policiais. A vida não está fácil para o ex-autarca de Gaia. E o futuro próximo afigura-se ainda mais sombrio.

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