Vindimas d’Ouro. Saiba tudo sobre a grande colheita de 2015

11-11-2015
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As vinhas estão carregadas e bonitas. Os números oficiais estimam um aumento de 8% na produção. Mas S. Pedro vai ter de ajudar

No vale do rio Pinhão, no coração do Douro, Paul Symington vê “vinhas verdes, carregadas de cachos cheios”, a prometer “uma vindima excelente” que pode ajudar a esquecer os dois últimos anos, “um pouco complicados na região”.

Os números oficiais do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) confirmam este sentimento de quem está no meio da vinha e avançam a previsão de um aumento de 8% na campanha de 2015/2016, com destaque para o Douro e Dão, onde o aumento da produção pode chegar aos 20% face ao ano passado.

O tempo seco e o verão, mais fresco do que o habitual, parecem estar a dar uma ajuda. Agora, falta apenas esperar que “o S. Pedro ajude” até ao lavar dos cestos da vindima para que as promessas de uma boa colheita, ou “excelente novidade”, como dizem os viticultores durienses, se confirmem.

“Raramente tenho visto vinhas tão bonitas como este ano”, afirma Paul Symington, presidente da Symington Family Estates, que reúne marcas emblemáticas de vinho do Porto como a Graham´s, Cockburn´s, Dow´s e Warre e está preparado para começar as vindimas das uvas brancas, no Douro Superior, a 1 de setembro.

Uma semana depois deverá arrancar a vindima de uvas para vinho do Porto na quinta dos Malvedos e, se as condições climatéricas se mantiveram estáveis, nas próximas três a quatro semanas, “podemos ter um vinho excelente”, afirma o empresário e viticultor duriense.

RUI DUARTE SILVA

Em algumas vinhas da região, no entanto, a campanha já começou e caso se confirme a previsão de um aumento da produção de 20%, a vindima na mais antiga região demarcada do mundo poderá traduzir-se num total de 1,7 milhões de hectolitros de boa qualidade.

Esse é, aliás, o ponto fulcral para o presidente do IVDP - Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, Manuel Cabral. “Esperamos um bom ano. Sabemos que é importante pensar na quantidade, preencher a quota de benefício, este ano fixada em 110 mil pipas, e responder à procura de vinhos com denominação de origem ou indicação geográfica Douro, mas olhamos mais para a qualidade e estamos confiantes também nesse ponto. Só esperamos que não surja, agora, nenhuma surpresa em termos meteorológicos”, sublinha.

RUI DUARTE SILVA

A exceção de Setúbal

No Alentejo, onde as vindimas começaram logo na segunda semana de agosto, há grandes esperanças na qualidade do vinho. Já na quantidade, “o crescimento será ligeiro e a produção ficará muito próxima da colheita anterior, nos 120 milhões de litros”, adianta Dora Simões, presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana.

O ano seco e as temperaturas amenas estão a dar uma ajuda à qualidade de uma vindima em que as uvas de bagos pequenos ou calibre médio, com um bom equilíbrio entre o açúcar e a acidez, “são um ótimo indicador”, acrescenta.

No Dão, diz o IVV, o aumento da produção de 20% está a ser acompanhado de condições climatéricas favoráveis, durante o período de maturação, o que permite ao mercado esperar “uvas de boa qualidade”, tal como na região dos Vinhos Verdes, onde o aumento da produção deverá rondar os 10%, com as condições climatéricas favoráveis a contribuir “para um bom vingamento da maior parte das castas e, em geral, para o bom estado sanitário da vinha”.

Na Bairrada (Beira Atlântico), a estimativa de Pedro Soares, presidente da Comissão Vitivinícola da região, aponta para um aumento da produção de 10% a 15% face a 2014, para um valor próximo dos 30 milhões de litros. “O ano passado foi um ano difícil, em quantidade e qualidade, mas este ano, se tudo se mantiver estável, teremos uma vindima de excelência, dos vinhos de mesa aos espumantes”, afirma.

No mapa vitivinícola do país, o aumento global da produção em relação à vindima de 2014 cobre quase todas as regiões. A exceção, diz o IVV, será a Península de Setúbal, com uma quebra de quase 10%, em especial nas castas brancas, que poderá ser parcialmente compensada pela promessa de uvas “de muito boa qualidade”.

As vinhas estão carregadas e bonitas. Os números oficiais estimam um aumento de 8% na produção. Mas S. Pedro vai ter de ajudar

No vale do rio Pinhão, no coração do Douro, Paul Symington vê “vinhas verdes, carregadas de cachos cheios”, a prometer “uma vindima excelente” que pode ajudar a esquecer os dois últimos anos, “um pouco complicados na região”.

Os números oficiais do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) confirmam este sentimento de quem está no meio da vinha e avançam a previsão de um aumento de 8% na campanha de 2015/2016, com destaque para o Douro e Dão, onde o aumento da produção pode chegar aos 20% face ao ano passado.

O tempo seco e o verão, mais fresco do que o habitual, parecem estar a dar uma ajuda. Agora, falta apenas esperar que “o S. Pedro ajude” até ao lavar dos cestos da vindima para que as promessas de uma boa colheita, ou “excelente novidade”, como dizem os viticultores durienses, se confirmem.

“Raramente tenho visto vinhas tão bonitas como este ano”, afirma Paul Symington, presidente da Symington Family Estates, que reúne marcas emblemáticas de vinho do Porto como a Graham´s, Cockburn´s, Dow´s e Warre e está preparado para começar as vindimas das uvas brancas, no Douro Superior, a 1 de setembro.

Uma semana depois deverá arrancar a vindima de uvas para vinho do Porto na quinta dos Malvedos e, se as condições climatéricas se mantiveram estáveis, nas próximas três a quatro semanas, “podemos ter um vinho excelente”, afirma o empresário e viticultor duriense.

RUI DUARTE SILVA

Em algumas vinhas da região, no entanto, a campanha já começou e caso se confirme a previsão de um aumento da produção de 20%, a vindima na mais antiga região demarcada do mundo poderá traduzir-se num total de 1,7 milhões de hectolitros de boa qualidade.

Esse é, aliás, o ponto fulcral para o presidente do IVDP - Instituto dos Vinhos do Douro e Porto, Manuel Cabral. “Esperamos um bom ano. Sabemos que é importante pensar na quantidade, preencher a quota de benefício, este ano fixada em 110 mil pipas, e responder à procura de vinhos com denominação de origem ou indicação geográfica Douro, mas olhamos mais para a qualidade e estamos confiantes também nesse ponto. Só esperamos que não surja, agora, nenhuma surpresa em termos meteorológicos”, sublinha.

RUI DUARTE SILVA

A exceção de Setúbal

No Alentejo, onde as vindimas começaram logo na segunda semana de agosto, há grandes esperanças na qualidade do vinho. Já na quantidade, “o crescimento será ligeiro e a produção ficará muito próxima da colheita anterior, nos 120 milhões de litros”, adianta Dora Simões, presidente da Comissão Vitivinícola Regional Alentejana.

O ano seco e as temperaturas amenas estão a dar uma ajuda à qualidade de uma vindima em que as uvas de bagos pequenos ou calibre médio, com um bom equilíbrio entre o açúcar e a acidez, “são um ótimo indicador”, acrescenta.

No Dão, diz o IVV, o aumento da produção de 20% está a ser acompanhado de condições climatéricas favoráveis, durante o período de maturação, o que permite ao mercado esperar “uvas de boa qualidade”, tal como na região dos Vinhos Verdes, onde o aumento da produção deverá rondar os 10%, com as condições climatéricas favoráveis a contribuir “para um bom vingamento da maior parte das castas e, em geral, para o bom estado sanitário da vinha”.

Na Bairrada (Beira Atlântico), a estimativa de Pedro Soares, presidente da Comissão Vitivinícola da região, aponta para um aumento da produção de 10% a 15% face a 2014, para um valor próximo dos 30 milhões de litros. “O ano passado foi um ano difícil, em quantidade e qualidade, mas este ano, se tudo se mantiver estável, teremos uma vindima de excelência, dos vinhos de mesa aos espumantes”, afirma.

No mapa vitivinícola do país, o aumento global da produção em relação à vindima de 2014 cobre quase todas as regiões. A exceção, diz o IVV, será a Península de Setúbal, com uma quebra de quase 10%, em especial nas castas brancas, que poderá ser parcialmente compensada pela promessa de uvas “de muito boa qualidade”.

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