A IX Convenção Nacional do BE começa este sábado com um debate sobre as opções para os próximos dois anos e uma disputa inédita pela liderança entre Pedro Filipe Soares e os atuais coordenadores, João Semedo e Catarina Martins.
Nesta reunião magna, que decorre no Pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, as principais figuras e vários fundadores do BE dividem-se pela primeira vez em duas moções diferentes.
Encabeçada pelo presidente do grupo parlamentar bloquista, Pedro Filipe Soares, a moção 'Bloco plural, fator de viragem', conta com 262 delegados eleitos, apenas mais seis do que a 'Moção unitária em construção', de João Semedo e Catarina Martins.
A curtíssima diferença entre as duas moções poderá conferir um papel decisivo aos 99 delegados eleitos pelas restantes três moções minoritárias ('Refundar o Bloco', 'Uma resposta de esquerda' e 'Reinventar o Bloco') e pelas duas plataformas políticas (da Moita e de Famalicão).
A moção 'Bloco plural', que além de Pedro Filipe Soares é subscrita por Luís Fazenda, fundador do partido, pelas deputadas Mariana Aiveca e Helena Pinto e por Joana Mortágua, presidente da associação UDP, afirma que a direção do partido nos últimos dois anos foi "titubeante" e esteve excessivamente concentrada na política de alianças com outras forças políticas, nomeadamente com o PS.
Louça e Fernando Rosas
Do lado da 'Moção unitária em construção' estão os fundadores Francisco Louçã e Fernando Rosas, o ex-líder parlamentar José Manuel Pureza, a eurodeputada Marisa Matias e a maioria dos atuais membros da comissão política (Bruno Maia, Jorge Costa, José Gusmão, José Soeiro, Pedro Soares e Ricardo Moreira).
Mário Tomé e Manuela Tavares, nomes historicamente ligados à UDP (tal como o coordenador autárquico Pedro Soares), também apoiam a moção de Semedo e Martins.
Para o coordenador bloquista João Semedo, a moção de Pedro Filipe Soares não está em condições de unir o partido e propõe um BE "a olhar para si próprio" e "sem saída política".
Na Convenção, os 617 delegados irão ainda debater os estatutos do partido, estando em cima da mesa a instituição de referendos internos e a eleição paritária e proporcional da Comissão Política, propostas que deverão ser aprovadas.
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A IX Convenção Nacional do BE começa este sábado com um debate sobre as opções para os próximos dois anos e uma disputa inédita pela liderança entre Pedro Filipe Soares e os atuais coordenadores, João Semedo e Catarina Martins.
Nesta reunião magna, que decorre no Pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, as principais figuras e vários fundadores do BE dividem-se pela primeira vez em duas moções diferentes.
Encabeçada pelo presidente do grupo parlamentar bloquista, Pedro Filipe Soares, a moção 'Bloco plural, fator de viragem', conta com 262 delegados eleitos, apenas mais seis do que a 'Moção unitária em construção', de João Semedo e Catarina Martins.
A curtíssima diferença entre as duas moções poderá conferir um papel decisivo aos 99 delegados eleitos pelas restantes três moções minoritárias ('Refundar o Bloco', 'Uma resposta de esquerda' e 'Reinventar o Bloco') e pelas duas plataformas políticas (da Moita e de Famalicão).
A moção 'Bloco plural', que além de Pedro Filipe Soares é subscrita por Luís Fazenda, fundador do partido, pelas deputadas Mariana Aiveca e Helena Pinto e por Joana Mortágua, presidente da associação UDP, afirma que a direção do partido nos últimos dois anos foi "titubeante" e esteve excessivamente concentrada na política de alianças com outras forças políticas, nomeadamente com o PS.
Louça e Fernando Rosas
Do lado da 'Moção unitária em construção' estão os fundadores Francisco Louçã e Fernando Rosas, o ex-líder parlamentar José Manuel Pureza, a eurodeputada Marisa Matias e a maioria dos atuais membros da comissão política (Bruno Maia, Jorge Costa, José Gusmão, José Soeiro, Pedro Soares e Ricardo Moreira).
Mário Tomé e Manuela Tavares, nomes historicamente ligados à UDP (tal como o coordenador autárquico Pedro Soares), também apoiam a moção de Semedo e Martins.
Para o coordenador bloquista João Semedo, a moção de Pedro Filipe Soares não está em condições de unir o partido e propõe um BE "a olhar para si próprio" e "sem saída política".
Na Convenção, os 617 delegados irão ainda debater os estatutos do partido, estando em cima da mesa a instituição de referendos internos e a eleição paritária e proporcional da Comissão Política, propostas que deverão ser aprovadas.