Barreiras Duarte substituído na lista de intervenientes do PSD

17-03-2018
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O presidente da Comissão de Trabalho do parlamento não participou no debate sobre as leis laborais e já não tinha assistido à audição de Centeno

Feliciano Barreiras Duarte foi substituído na lista de intervenientes do PSD para o debate plenário de ontem, na Assembleia da República.

No dia 13 de março, terça-feira, os deputados do PSD receberam a agenda da reunião plenária que se realizaria no dia a seguir (ontem), cujo tema era a legislação laboral. Barreiras Duarte, que preside à Comissão de Trabalho e Segurança Social, surgia na agenda como interveniente, assim como as deputadas Sandra Pereira, Susana Lamas e Maria das Mercês Borges e o deputado Pedro Roque.

No entanto, horas depois, a pedido do primeiro vice-presidente do grupo parlamentar, Adão Silva, uma agenda “devidamente corrigida” foi enviada aos parlamentares do PSD em substituição da anterior.

Nesse documento, a que o i teve acesso, Adão Silva havia substituído a posição de Barreiras Duarte.

O secretário-geral do PSD, envolto em polémica desde que obrigado a retificar o seu currículo, depois de confrontado pelo semanário “Sol” com o uso indevido de um estatuto universitário (de investigador visitante, visiting scholar, na Universidade da Califórnia em Berkeley), ainda não foi à Assembleia da República desde que a investigação foi publicada, no passado fim de semana.

Rui Rio tem sido vago na manutenção da sua confiança política no homem que o acompanhou ao longo de toda a campanha interna para a liderança, mas é sabido que o Ministério Público já abriu inquérito e que o DCIAP está a investigar uma alegada falsificação de documento.

Barreiras Duarte emitiu nessa terça-feira um comunicado, que seria mais tarde desmentido pela universidade norte-americana. Para a Universidade da Califórnia em Berkeley, a carta que o deputado do PSD apresenta como “certificado” não pode ser usada para alegar o estatuto de investigador visitante e a professora Deolinda Adão - que primeiro acusara Feliciano de falsificar a sua assinatura - não escreveu o documento apresentado pelo deputado, ainda que esteja presente a sua assinatura digital. “Independentemente de Deolinda Adão ter ou não assinado realmente esse documento, Feliciano Barreiras Duarte nunca foi um investigador aqui e essa carta não pode ser usada para provar o contrário”, respondeu a universidade norte-americana ao “Sol”.

Ontem, o líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, justificou ao i a ausência de Barreiras Duarte com “razões pessoais” que lhe haviam sido comunicadas pelo mesmo. O deputado também faltou ontem à audição do ministro das Finanças, Mário Centeno, na comissão parlamentar a que preside.

“Não, no caso não é arguido, mas tendo sido aberto um processo e podendo evoluir para aí, direi que isto faz parte do normal funcionamento das instituições”, responderia depois Fernando Negrão à questão dos jornalistas. “Não vejo nenhuma sucessão de casos com dirigentes do PSD, vejo sucessão de casos com muitas pessoas da sociedade portuguesa. O Ministério Público está a exercer as suas funções, não é por isso que as pessoas são mais ou menos sérias”, desdramatizou.

O presidente da Comissão de Trabalho do parlamento não participou no debate sobre as leis laborais e já não tinha assistido à audição de Centeno

Feliciano Barreiras Duarte foi substituído na lista de intervenientes do PSD para o debate plenário de ontem, na Assembleia da República.

No dia 13 de março, terça-feira, os deputados do PSD receberam a agenda da reunião plenária que se realizaria no dia a seguir (ontem), cujo tema era a legislação laboral. Barreiras Duarte, que preside à Comissão de Trabalho e Segurança Social, surgia na agenda como interveniente, assim como as deputadas Sandra Pereira, Susana Lamas e Maria das Mercês Borges e o deputado Pedro Roque.

No entanto, horas depois, a pedido do primeiro vice-presidente do grupo parlamentar, Adão Silva, uma agenda “devidamente corrigida” foi enviada aos parlamentares do PSD em substituição da anterior.

Nesse documento, a que o i teve acesso, Adão Silva havia substituído a posição de Barreiras Duarte.

O secretário-geral do PSD, envolto em polémica desde que obrigado a retificar o seu currículo, depois de confrontado pelo semanário “Sol” com o uso indevido de um estatuto universitário (de investigador visitante, visiting scholar, na Universidade da Califórnia em Berkeley), ainda não foi à Assembleia da República desde que a investigação foi publicada, no passado fim de semana.

Rui Rio tem sido vago na manutenção da sua confiança política no homem que o acompanhou ao longo de toda a campanha interna para a liderança, mas é sabido que o Ministério Público já abriu inquérito e que o DCIAP está a investigar uma alegada falsificação de documento.

Barreiras Duarte emitiu nessa terça-feira um comunicado, que seria mais tarde desmentido pela universidade norte-americana. Para a Universidade da Califórnia em Berkeley, a carta que o deputado do PSD apresenta como “certificado” não pode ser usada para alegar o estatuto de investigador visitante e a professora Deolinda Adão - que primeiro acusara Feliciano de falsificar a sua assinatura - não escreveu o documento apresentado pelo deputado, ainda que esteja presente a sua assinatura digital. “Independentemente de Deolinda Adão ter ou não assinado realmente esse documento, Feliciano Barreiras Duarte nunca foi um investigador aqui e essa carta não pode ser usada para provar o contrário”, respondeu a universidade norte-americana ao “Sol”.

Ontem, o líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, justificou ao i a ausência de Barreiras Duarte com “razões pessoais” que lhe haviam sido comunicadas pelo mesmo. O deputado também faltou ontem à audição do ministro das Finanças, Mário Centeno, na comissão parlamentar a que preside.

“Não, no caso não é arguido, mas tendo sido aberto um processo e podendo evoluir para aí, direi que isto faz parte do normal funcionamento das instituições”, responderia depois Fernando Negrão à questão dos jornalistas. “Não vejo nenhuma sucessão de casos com dirigentes do PSD, vejo sucessão de casos com muitas pessoas da sociedade portuguesa. O Ministério Público está a exercer as suas funções, não é por isso que as pessoas são mais ou menos sérias”, desdramatizou.

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