UE precisa de ir mais longe na mutualização, diz Barroso

08-05-2016
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O antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso disse, este sábado, que a União Europeia precisa de ir mais longe na “mutualização dos seus instrumentos”, seja em relação a questões financeiras seja em relação aos refugiados.

“O problema da Europa não é que foi longe demais, o problema da Europa é não ter ido suficientemente longe na mutualização dos seus instrumentos e dos seus procedimentos, seja em relação à crise financeira onde precisamos de uma maior solidez à volta do euro seja nas questões como as dos refugiados onde precisamos também de uma política europeia de refugiados”, afirmou Durão Barroso na conferência “O futuro da Europa”, organizada pelo PSD e pelo Instituto Francisco Sá Carneiro no Palácio da Bolsa, no Porto.

O antigo primeiro-ministro frisou que, em temas como o dos refugiados é necessário aceitar a mutualização, palavra que “tem que ser mais praticada na realidade”.

“A verdade é que precisamos da mutualização que tivemos também em relação à questão do euro, ou seja, não pode haver uma integração, centralização absoluta”, disse.

“O que podemos fazer é criar um sistema em que haja uma maior integração daqueles que estão prontos para isso, mas ao mesmo tempo como uma flexibilidade para aceitar também a maior variedade, a maior diversidade que se coloca hoje na Europa”, acrescentou Durão Barroso, que afirmou acreditar que “o problema dos refugiados vai ser resolvido”.

O antigo primeiro-ministro português alertou ainda para as vozes em Portugal que, a partir do começo da crise financeira em 2008, passaram a ser “muito críticas em relação à União Europeia”, o que significa que “alguns são europeístas só quando está bom tempo”.

“Alguns são europeístas só para receber, mas não para dar. Esse europeísta de conveniência, que aliás se explica também por 48 anos de ‘Orgulhosamente sós’, é de facto um perigo e deve ser combatido porque me parece que o nosso país, para continuar a ter uma voz activa e determinante no plano europeu, tem de ter uma posição também proactiva nesse mesmo âmbito”, sublinhou Durão Barroso.

Polémica na lista de convidados da inauguração do Túnel do Marão

Sobre a polémica em torno dos convidados para a inauguração do túnel do Marão, Durão Barroso questionou se foi convidada alguma figura da União Europeia para o evento.

O antigo presidente da Comissão Europeia lembrou que Bruxelas deu um “contributo essencial” para a construção daquela obra pública.

O antigo primeiro-ministro José Sócrates esteve ao lado de António Costa na inauguração, onde lançou críticas a Pedro Passos Coelho, que foi convidado mas não esteve presente.

O ex-governante social-democrata diz que se fosse primeiro-ministro "não estaria" na inauguração do túnel do Marão e que indicaria o ministro da Economia, defendendo que sobre uma obra "consensual" não se devem "reclamar louros".

O antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso disse, este sábado, que a União Europeia precisa de ir mais longe na “mutualização dos seus instrumentos”, seja em relação a questões financeiras seja em relação aos refugiados.

“O problema da Europa não é que foi longe demais, o problema da Europa é não ter ido suficientemente longe na mutualização dos seus instrumentos e dos seus procedimentos, seja em relação à crise financeira onde precisamos de uma maior solidez à volta do euro seja nas questões como as dos refugiados onde precisamos também de uma política europeia de refugiados”, afirmou Durão Barroso na conferência “O futuro da Europa”, organizada pelo PSD e pelo Instituto Francisco Sá Carneiro no Palácio da Bolsa, no Porto.

O antigo primeiro-ministro frisou que, em temas como o dos refugiados é necessário aceitar a mutualização, palavra que “tem que ser mais praticada na realidade”.

“A verdade é que precisamos da mutualização que tivemos também em relação à questão do euro, ou seja, não pode haver uma integração, centralização absoluta”, disse.

“O que podemos fazer é criar um sistema em que haja uma maior integração daqueles que estão prontos para isso, mas ao mesmo tempo como uma flexibilidade para aceitar também a maior variedade, a maior diversidade que se coloca hoje na Europa”, acrescentou Durão Barroso, que afirmou acreditar que “o problema dos refugiados vai ser resolvido”.

O antigo primeiro-ministro português alertou ainda para as vozes em Portugal que, a partir do começo da crise financeira em 2008, passaram a ser “muito críticas em relação à União Europeia”, o que significa que “alguns são europeístas só quando está bom tempo”.

“Alguns são europeístas só para receber, mas não para dar. Esse europeísta de conveniência, que aliás se explica também por 48 anos de ‘Orgulhosamente sós’, é de facto um perigo e deve ser combatido porque me parece que o nosso país, para continuar a ter uma voz activa e determinante no plano europeu, tem de ter uma posição também proactiva nesse mesmo âmbito”, sublinhou Durão Barroso.

Polémica na lista de convidados da inauguração do Túnel do Marão

Sobre a polémica em torno dos convidados para a inauguração do túnel do Marão, Durão Barroso questionou se foi convidada alguma figura da União Europeia para o evento.

O antigo presidente da Comissão Europeia lembrou que Bruxelas deu um “contributo essencial” para a construção daquela obra pública.

O antigo primeiro-ministro José Sócrates esteve ao lado de António Costa na inauguração, onde lançou críticas a Pedro Passos Coelho, que foi convidado mas não esteve presente.

O ex-governante social-democrata diz que se fosse primeiro-ministro "não estaria" na inauguração do túnel do Marão e que indicaria o ministro da Economia, defendendo que sobre uma obra "consensual" não se devem "reclamar louros".

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