àquela parte

31-10-2016
marcar artigo

àquela parte

As boas almas – e Portugal está cheio delas – contorcem-se com o destino do PSD liderado por Pedro Passos Coelho. Não há opinador que não garanta que Passos está a prazo, e o partido condenado à desgraça enquanto ele por lá andar. Rui Rio, a mais ilustre promessa da política portuguesa desde D. Sebastião no dia seguinte a Alcácer-Quibir, garantiu hoje à nação que só não irá ao congresso do seu partido por excesso de virtude e humildade, certo e seguro de que seria o centro das atenções dessa gloriosa epopeia social-democrata. Ele aposta, como faz desde que nasceu para a política, que, tal como Maomé, se ele não for ter com o PSD, o PSD irá ter inevitavelmente com ele. Mas, afinal de contas, qual foi a desgraça de Passos que o encheu de sarna e, ao partido, de lepra? Fez disparates irredimíveis enquanto governou? Recebeu um país rico e entregou-o falido? Não deu o peito às balas, quando o país precisava dele, e refugiou-se nalguma sinecura do regime ou de Bruxelas? Perdeu, absurdamente, as eleições a que se candidatou? Mistério! Para o resolver, talvez fosse interessante olhar aqui para o lado, para a vizinha Espanha, para o partido homólogo do PSD, o Partido Popular, e para o seu líder, Mariano Rajoy. Pois bem, Rajoy preside ao PP desde 2004. Só ganhou eleições em 2011. Nesse breve entretanto, de mais de sete anos, em que perdeu eleições, o PP soube aguardar. Não consta que tenha aparecido por lá nenhum Sebastião nortenho com ganas de o substituir. Levou o PP ao governo em 2011 e ganhou as eleições de 2015, mas também perdeu, por enquanto, o governo. Por estas e outras razões, deste humilde cantinho, deixo uma sugestão a Passos Coelho, em relação aos seus coveiros: levante a cabeça e mande-os à merda.

àquela parte

As boas almas – e Portugal está cheio delas – contorcem-se com o destino do PSD liderado por Pedro Passos Coelho. Não há opinador que não garanta que Passos está a prazo, e o partido condenado à desgraça enquanto ele por lá andar. Rui Rio, a mais ilustre promessa da política portuguesa desde D. Sebastião no dia seguinte a Alcácer-Quibir, garantiu hoje à nação que só não irá ao congresso do seu partido por excesso de virtude e humildade, certo e seguro de que seria o centro das atenções dessa gloriosa epopeia social-democrata. Ele aposta, como faz desde que nasceu para a política, que, tal como Maomé, se ele não for ter com o PSD, o PSD irá ter inevitavelmente com ele. Mas, afinal de contas, qual foi a desgraça de Passos que o encheu de sarna e, ao partido, de lepra? Fez disparates irredimíveis enquanto governou? Recebeu um país rico e entregou-o falido? Não deu o peito às balas, quando o país precisava dele, e refugiou-se nalguma sinecura do regime ou de Bruxelas? Perdeu, absurdamente, as eleições a que se candidatou? Mistério! Para o resolver, talvez fosse interessante olhar aqui para o lado, para a vizinha Espanha, para o partido homólogo do PSD, o Partido Popular, e para o seu líder, Mariano Rajoy. Pois bem, Rajoy preside ao PP desde 2004. Só ganhou eleições em 2011. Nesse breve entretanto, de mais de sete anos, em que perdeu eleições, o PP soube aguardar. Não consta que tenha aparecido por lá nenhum Sebastião nortenho com ganas de o substituir. Levou o PP ao governo em 2011 e ganhou as eleições de 2015, mas também perdeu, por enquanto, o governo. Por estas e outras razões, deste humilde cantinho, deixo uma sugestão a Passos Coelho, em relação aos seus coveiros: levante a cabeça e mande-os à merda.

marcar artigo