CDU apela aos do "coração à esquerda" e reforça ataques à direita

22-05-2019
marcar artigo

João Ferreira começou a falar, no largo da Câmara da Marinha Grande, já passava das dez e meia da noite. Mas as poucas centenas de pessoas que compunham o comício aguentaram firmes. A alma de resistentes está-lhes no sangue e o candidato recompensou-os com um dos discursos mais críticos da campanha.

Disparou para todos os lados. Ou, por outra, atirou a matar para todas as bancadas à direita do PCP, socialistas incluídos. As senhoras primeiro, como manda a tradição, e os primeiros tiros foram mesmo para a líder do CDS. Assunção Cristas mereceu a única vaia da noite, quando João Ferreira lembrou "a primeira medida que tomou" como ministra da Agricultura e que levou ao corte de "150 milhões de euros do Proder, que tanta falta fizeram para a proteção da floresta".

No concelho que acolhe parte do pinhal de Leiria, ardido nos incêndios de 2017, o tiro foi no alvo. E permitiu estender a crítica diretamente dos tempos dos Governo de Pedro Passos Coelho até à atual candidatura centrista ao Parlamento Europeu. "Só mesmo por muita falta de vergonha na cara se pode ouvir agora os candidatos falar contra os cortes nos fundos europeus".

Mas, sociais democratas e socialistas não perderam pela demora. Ainda sobre o Orçamento Europeu e a ameaça de uma nova redução de 7% nos apoios a Portugal, o candidato comunista surfou na onda do ataque político. "Nem PS, nem PSD se comprometeram ainda a votar contra este orçamento. Fazem tanto barulho, gritam tanto para defender o seu lugar, que perderam a voz para defenderem o interesse nacional". Pouco importa a luta de galos que, diariamente, se assiste entre Paulo Rangel e Pedro Marques. "Esses ataques, que as televisões amplificam, são para eleitor ver", resume Joao Ferreira. No final, "votam sempre juntos, andam sempre de mãos dadas", garante.

Coração de esquerda

"PS, PSD e CDS" foram o refrão de grande parte da intervenção do cabeça de lista da CDU. Das falhas dos comboios à redução de estações e apeadeiros, da venda da Sorefame à aprovação do "desvio das verbas da coesão", tudo foi atribuído à "responsabilidade dos mesmos de sempre". "É preciso lembrar quem eles são e que os votos que lhes forem dados servirão para alimentar essas opções".

O alvo eleitoral de João Ferreira está definido e não se limita aos tradicionais apoiantes da coligação de comunistas e Verdes. Com a abstenção a ameaçar (voltar a) ser a grande ganhadora das próximas eleições, o candidato apela "a todos os indecisos patriotas" e, mais à frente, "aos que têm o coração à esquerda". A disputa eleitoral também se faz à esquerda e é também aos socialistas desiludidos que a CDU pretende ir caçar votos.

"Desistir, não votar ou votar no PS é meio caminho para ficar tudo na mesma e não se passar da cêpa torta", disse o candidato, apontando diretamente ao alvo. Além do mais, o tempo não corre a favor de ninguém. "Deixar a decisão para outros pode ser perigoso. Na segunda-feira, já vai ser tarde para arrependimentos", conclui. As eleições, lembra, são já no próximo domingo.

João Ferreira começou a falar, no largo da Câmara da Marinha Grande, já passava das dez e meia da noite. Mas as poucas centenas de pessoas que compunham o comício aguentaram firmes. A alma de resistentes está-lhes no sangue e o candidato recompensou-os com um dos discursos mais críticos da campanha.

Disparou para todos os lados. Ou, por outra, atirou a matar para todas as bancadas à direita do PCP, socialistas incluídos. As senhoras primeiro, como manda a tradição, e os primeiros tiros foram mesmo para a líder do CDS. Assunção Cristas mereceu a única vaia da noite, quando João Ferreira lembrou "a primeira medida que tomou" como ministra da Agricultura e que levou ao corte de "150 milhões de euros do Proder, que tanta falta fizeram para a proteção da floresta".

No concelho que acolhe parte do pinhal de Leiria, ardido nos incêndios de 2017, o tiro foi no alvo. E permitiu estender a crítica diretamente dos tempos dos Governo de Pedro Passos Coelho até à atual candidatura centrista ao Parlamento Europeu. "Só mesmo por muita falta de vergonha na cara se pode ouvir agora os candidatos falar contra os cortes nos fundos europeus".

Mas, sociais democratas e socialistas não perderam pela demora. Ainda sobre o Orçamento Europeu e a ameaça de uma nova redução de 7% nos apoios a Portugal, o candidato comunista surfou na onda do ataque político. "Nem PS, nem PSD se comprometeram ainda a votar contra este orçamento. Fazem tanto barulho, gritam tanto para defender o seu lugar, que perderam a voz para defenderem o interesse nacional". Pouco importa a luta de galos que, diariamente, se assiste entre Paulo Rangel e Pedro Marques. "Esses ataques, que as televisões amplificam, são para eleitor ver", resume Joao Ferreira. No final, "votam sempre juntos, andam sempre de mãos dadas", garante.

Coração de esquerda

"PS, PSD e CDS" foram o refrão de grande parte da intervenção do cabeça de lista da CDU. Das falhas dos comboios à redução de estações e apeadeiros, da venda da Sorefame à aprovação do "desvio das verbas da coesão", tudo foi atribuído à "responsabilidade dos mesmos de sempre". "É preciso lembrar quem eles são e que os votos que lhes forem dados servirão para alimentar essas opções".

O alvo eleitoral de João Ferreira está definido e não se limita aos tradicionais apoiantes da coligação de comunistas e Verdes. Com a abstenção a ameaçar (voltar a) ser a grande ganhadora das próximas eleições, o candidato apela "a todos os indecisos patriotas" e, mais à frente, "aos que têm o coração à esquerda". A disputa eleitoral também se faz à esquerda e é também aos socialistas desiludidos que a CDU pretende ir caçar votos.

"Desistir, não votar ou votar no PS é meio caminho para ficar tudo na mesma e não se passar da cêpa torta", disse o candidato, apontando diretamente ao alvo. Além do mais, o tempo não corre a favor de ninguém. "Deixar a decisão para outros pode ser perigoso. Na segunda-feira, já vai ser tarde para arrependimentos", conclui. As eleições, lembra, são já no próximo domingo.

marcar artigo