O PS é, desde esta terça-feira, o primeiro partido com as listas de candidatos às legislativas arrumadas. Numa reunião breve e pacífica da Comissão Política, António Costa viu aprovadas as vinte e duas listas por margens entre 80% e 92%. No final da noite, Carlos César, presidente do PS, destacou a renovação de 56% dos candidatos e a participação de 46% de mulheres. Mais: 40% dos cabeças de lista são mulheres.
Uma das oito mulheres em posição de liderança foi a última cabeça-de-lista a ser confirmada oficialmente: Sónia Fertuzinhos é a primeira candidata por Braga, conforme o Expresso havia adiantado na segunda-feira. As divergências na federação de Braga obrigaram a que essa lista fosse avocada para a Comissão Política. Costa resolveu o imbróglio indicando para os três primeiros lugares Fertuzinhos (deputada há duas décadas e mulher do ministro José António Vieira da Silva), mas também José Mendes (secretário de Estado da Mobilidade) e Maria Begonha (presidente da JS). Destes, só Begonha é pára-quedista - natural de Lisboa, onde fez a sua vida partidária, não tem qualquer ligação ao distrito de Braga. Joaquim Barreto, o muito contestado líder da federação bracarense, é o quarto da lista.
Um governo de candidatos
Uma das tendências das listas de 2019 é a inclusão de membros do Governo. São, entre ministros e secretários de Estado, 27 candidatos, ou seja, quase metade dos 62 governantes, tal como o Expresso havia noticiado no último sábado.
Embora assinale uma renovação de 56% dos candidatos, a renovação ao nível de cabeças de lista foi menor: nove em 22 círculos. Destes nove cabeças de lista estreantes, quatro são membros do Governo - o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que não foi candidato ao Parlamento em 2015, concorre pelo círculo de fora da Europa, onde há anos o PS não consegue eleger; a ministra da Saúde, Marta Temido, uma novata nas lides políticas, é a primeira por Coimbra; Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, estreia-se como candidata à Assembleia da República, pelo círculo da Guarda, e Alexandra Leitão, secretária de Estado da Educação, concorre por Santarém, também pela primeira vez.
Há quatro governantes que são cabeças de lista repetentes, a começar por António Costa, em Lisboa. O mesmo se passa com Pedro Nuno Santos (Aveiro), Capoulas Santos e Tiago Brandão Rodrigues (Viana do Castelo).
A lista mais "governamentalizada" é a de Lisboa, por onde, para além do primeiro-ministro, concorrem Mariana Vieira da Silva (no quarto lugar), Mário Centeno (quinto), Graça Fonseca (sexto), João Gomes Cravinho (sétimo), Fátima Fonseca (décimo segundo), Ana Sofia Antunes (décimo quarto) e Miguel Cabrita (vigésimo primeiro).
Uma última nota para o caso de Maria Antónia Almeida Santos, a porta-voz do PS. Em outubro será candidata por Setúbal, em cuja lista ocupa o sétimo lugar. Há quatro anos, foi candidata pela Guarda. Antes disso, candidatou-se por Lisboa. E antes de Lisboa tinha sido candidata por Coimbra, o primeiro distrito que representou.
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O PS é, desde esta terça-feira, o primeiro partido com as listas de candidatos às legislativas arrumadas. Numa reunião breve e pacífica da Comissão Política, António Costa viu aprovadas as vinte e duas listas por margens entre 80% e 92%. No final da noite, Carlos César, presidente do PS, destacou a renovação de 56% dos candidatos e a participação de 46% de mulheres. Mais: 40% dos cabeças de lista são mulheres.
Uma das oito mulheres em posição de liderança foi a última cabeça-de-lista a ser confirmada oficialmente: Sónia Fertuzinhos é a primeira candidata por Braga, conforme o Expresso havia adiantado na segunda-feira. As divergências na federação de Braga obrigaram a que essa lista fosse avocada para a Comissão Política. Costa resolveu o imbróglio indicando para os três primeiros lugares Fertuzinhos (deputada há duas décadas e mulher do ministro José António Vieira da Silva), mas também José Mendes (secretário de Estado da Mobilidade) e Maria Begonha (presidente da JS). Destes, só Begonha é pára-quedista - natural de Lisboa, onde fez a sua vida partidária, não tem qualquer ligação ao distrito de Braga. Joaquim Barreto, o muito contestado líder da federação bracarense, é o quarto da lista.
Um governo de candidatos
Uma das tendências das listas de 2019 é a inclusão de membros do Governo. São, entre ministros e secretários de Estado, 27 candidatos, ou seja, quase metade dos 62 governantes, tal como o Expresso havia noticiado no último sábado.
Embora assinale uma renovação de 56% dos candidatos, a renovação ao nível de cabeças de lista foi menor: nove em 22 círculos. Destes nove cabeças de lista estreantes, quatro são membros do Governo - o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que não foi candidato ao Parlamento em 2015, concorre pelo círculo de fora da Europa, onde há anos o PS não consegue eleger; a ministra da Saúde, Marta Temido, uma novata nas lides políticas, é a primeira por Coimbra; Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, estreia-se como candidata à Assembleia da República, pelo círculo da Guarda, e Alexandra Leitão, secretária de Estado da Educação, concorre por Santarém, também pela primeira vez.
Há quatro governantes que são cabeças de lista repetentes, a começar por António Costa, em Lisboa. O mesmo se passa com Pedro Nuno Santos (Aveiro), Capoulas Santos e Tiago Brandão Rodrigues (Viana do Castelo).
A lista mais "governamentalizada" é a de Lisboa, por onde, para além do primeiro-ministro, concorrem Mariana Vieira da Silva (no quarto lugar), Mário Centeno (quinto), Graça Fonseca (sexto), João Gomes Cravinho (sétimo), Fátima Fonseca (décimo segundo), Ana Sofia Antunes (décimo quarto) e Miguel Cabrita (vigésimo primeiro).
Uma última nota para o caso de Maria Antónia Almeida Santos, a porta-voz do PS. Em outubro será candidata por Setúbal, em cuja lista ocupa o sétimo lugar. Há quatro anos, foi candidata pela Guarda. Antes disso, candidatou-se por Lisboa. E antes de Lisboa tinha sido candidata por Coimbra, o primeiro distrito que representou.