Poiares Maduro: “Rede familiar no Governo atingiu níveis nunca antes vistos”

26-03-2019
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O tema voltou à baila depois de Paulo Rangel ter vindo defender que o Presidente da República já devia ter avisado o primeiro-ministro para não repetir o que chama de “promiscuidades familiares” no Governo. Em entrevista à agência Lusa, Rangel considerou que a existência de vários casos de ligações familiares em gabinetes de governantes de António Costa “não é normal e constitui um atentado gravíssimo ao princípio republicano”.

Também a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu este domingo que o Governo e o Partido Socialista devem refletir sobre a prática de ocupação de cargos públicos por “pessoas com muitas afinidades”.

Sobre este tema, Miguel Poiares Maduro disse esta segunda-feira, no fórum da TSF, que “não é algo normal, embora em Portugal não são casos únicos, ganharam uma certa normalidade”. Mas afirma que “a rede familiar no Governo atingiu níveis nunca antes vistos”.

O antigo ministro Adjunto e Desenvolvimento Regional aponta dois problemas às nomeações de familiares para o Governo:

“O Governo não é um conjunto de ministros, é um órgão colegial. [Os ministros] têm de se escrutinar uns aos outros”. E o “problema de favorecimento dos que nos são próximos”. Poiares Maduro diz que esta situação “não é exatamente nepotismo, porque não se nomeou familiares. Foram mais nomeações cruzadas”. O ex-ministro de Passos Coelho prefere usar o termo anglo-saxónico de ‘ cronyism ‘, ou seja, “favorecimento dos que nos são próximos e que, pela proximidade, têm essa possibilidade de mostrar méritos que outros não têm”.

Miguel Poiares Maduro defende ainda, em declarações à TSF, que o papel da Cresap (Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública) “devia ser reforçado”.

Este fim de semana, em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, Poiares Maduro já tinha defendido que “há um conflito de interesses em ter ministros que são familiares”. No atual Governo, por exemplo, o ministro da Segurança Social, Vieira da Silva, é pai de Mariana Vieira da Silva, atual ministra da Presidência e da Modernização Administrativa. Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, é casado com Ana Paula Vitorino, ministra do Mar.

O tema voltou à baila depois de Paulo Rangel ter vindo defender que o Presidente da República já devia ter avisado o primeiro-ministro para não repetir o que chama de “promiscuidades familiares” no Governo. Em entrevista à agência Lusa, Rangel considerou que a existência de vários casos de ligações familiares em gabinetes de governantes de António Costa “não é normal e constitui um atentado gravíssimo ao princípio republicano”.

Também a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu este domingo que o Governo e o Partido Socialista devem refletir sobre a prática de ocupação de cargos públicos por “pessoas com muitas afinidades”.

Sobre este tema, Miguel Poiares Maduro disse esta segunda-feira, no fórum da TSF, que “não é algo normal, embora em Portugal não são casos únicos, ganharam uma certa normalidade”. Mas afirma que “a rede familiar no Governo atingiu níveis nunca antes vistos”.

O antigo ministro Adjunto e Desenvolvimento Regional aponta dois problemas às nomeações de familiares para o Governo:

“O Governo não é um conjunto de ministros, é um órgão colegial. [Os ministros] têm de se escrutinar uns aos outros”. E o “problema de favorecimento dos que nos são próximos”. Poiares Maduro diz que esta situação “não é exatamente nepotismo, porque não se nomeou familiares. Foram mais nomeações cruzadas”. O ex-ministro de Passos Coelho prefere usar o termo anglo-saxónico de ‘ cronyism ‘, ou seja, “favorecimento dos que nos são próximos e que, pela proximidade, têm essa possibilidade de mostrar méritos que outros não têm”.

Miguel Poiares Maduro defende ainda, em declarações à TSF, que o papel da Cresap (Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública) “devia ser reforçado”.

Este fim de semana, em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, Poiares Maduro já tinha defendido que “há um conflito de interesses em ter ministros que são familiares”. No atual Governo, por exemplo, o ministro da Segurança Social, Vieira da Silva, é pai de Mariana Vieira da Silva, atual ministra da Presidência e da Modernização Administrativa. Eduardo Cabrita, ministro da Administração Interna, é casado com Ana Paula Vitorino, ministra do Mar.

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