Rescaldo do XXVI Congresso do CDS-PP

14-06-2016
marcar artigo

O Congresso de um partido corresponde a um momento de renovação da fé partidária ou ao esbatimento desta quando determinados objetivos coletivos ou pessoais não são alcançados.

No rescaldo do XXVI Congresso do CDS-PP podemos afirmar que a transição de líder foi surpreendentemente tranquila por mérito do ex-Presidente, da atual líder e do Vice-Presidente, Nuno Melo, que optou por não avançar por entender que assim iria motivar uma cisão interna, que abriria feridas de difícil cicatrização.

Assunção Cristas decidiu reduzir o número de vice presidências, passando-as de oito para quatro, talvez com a intenção de tornar este núcleo duro mais coeso e funcional.

Porém, não podemos passar ao lado da despromoção de Luís Pedro Mota Soares, carinhosamente tratado por LP pelos centristas que lhe são mais próximos, que passou da vice-presidência ao Gabinete de Estudos, estrutura que será liderada pelo ex-deputado europeu, Diogo Feio.

LP sempre foi muito próximo de Portas e é um dos quadros nacionais mais competentes e respeitados do partido, tendo dado provas da sua competência política, quer enquanto líder da bancada parlamentar do CDS-PP, quer mais recentemente à frente dos destinos do Ministério do Emprego e da Segurança Social, uma das pastas mais delicadas do governo da coligação PSD/CDS-PP.

Apesar de toda a importância que Assunção Cristas atribua ao Gabinete de Estudos, Mota Soares, ex-número dois de Portas, é agora número dois de Diogo Feio, o que não deixa de causar uma dupla estranheza.

Em sentido ascendente vão os agora Vice-Presidentes Cecília Meireles e Adolfo Mesquita Nunes. Se Cecília falhou enquanto Secretária de Estado do Turismo, Adolfo mostrou-se bem mais competente no exercício desta função, o que não foi propriamente surpreendente, visto que Cecília reconheceu a sua inadaptação para a função.

A descer esteve também a Distrital de Viseu, que viu Hélder Amaral ser apeado da restrita Comissão Política Nacional Executiva, o que não deixa de causar estranheza até porque Hélder Amaral obteve bons resultados eleitorais, quer nas autárquicas de 2013, tendo sido eleito vereador, quer nas últimas legislativas quando foi a primeira opção do CDS-PP nas listas da PAF, onde deu o seu contributo para que a coligação obtivesse no Distrito de Viseu o seu melhor resultado nacional. Em termos de trabalho parlamentar, foi recentemente eleito Presidente da Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, o que apenas reforça a sua competência. Em suma, Amaral fez o suficiente para se manter no Olimpo do dirigismo centrista.

Esta despromoção deve ser entendida pelas hostes locais como um aviso à navegação para despertarem do canto das sereias onde alguns têm andado embalados.

O Congresso de um partido corresponde a um momento de renovação da fé partidária ou ao esbatimento desta quando determinados objetivos coletivos ou pessoais não são alcançados.

No rescaldo do XXVI Congresso do CDS-PP podemos afirmar que a transição de líder foi surpreendentemente tranquila por mérito do ex-Presidente, da atual líder e do Vice-Presidente, Nuno Melo, que optou por não avançar por entender que assim iria motivar uma cisão interna, que abriria feridas de difícil cicatrização.

Assunção Cristas decidiu reduzir o número de vice presidências, passando-as de oito para quatro, talvez com a intenção de tornar este núcleo duro mais coeso e funcional.

Porém, não podemos passar ao lado da despromoção de Luís Pedro Mota Soares, carinhosamente tratado por LP pelos centristas que lhe são mais próximos, que passou da vice-presidência ao Gabinete de Estudos, estrutura que será liderada pelo ex-deputado europeu, Diogo Feio.

LP sempre foi muito próximo de Portas e é um dos quadros nacionais mais competentes e respeitados do partido, tendo dado provas da sua competência política, quer enquanto líder da bancada parlamentar do CDS-PP, quer mais recentemente à frente dos destinos do Ministério do Emprego e da Segurança Social, uma das pastas mais delicadas do governo da coligação PSD/CDS-PP.

Apesar de toda a importância que Assunção Cristas atribua ao Gabinete de Estudos, Mota Soares, ex-número dois de Portas, é agora número dois de Diogo Feio, o que não deixa de causar uma dupla estranheza.

Em sentido ascendente vão os agora Vice-Presidentes Cecília Meireles e Adolfo Mesquita Nunes. Se Cecília falhou enquanto Secretária de Estado do Turismo, Adolfo mostrou-se bem mais competente no exercício desta função, o que não foi propriamente surpreendente, visto que Cecília reconheceu a sua inadaptação para a função.

A descer esteve também a Distrital de Viseu, que viu Hélder Amaral ser apeado da restrita Comissão Política Nacional Executiva, o que não deixa de causar estranheza até porque Hélder Amaral obteve bons resultados eleitorais, quer nas autárquicas de 2013, tendo sido eleito vereador, quer nas últimas legislativas quando foi a primeira opção do CDS-PP nas listas da PAF, onde deu o seu contributo para que a coligação obtivesse no Distrito de Viseu o seu melhor resultado nacional. Em termos de trabalho parlamentar, foi recentemente eleito Presidente da Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, o que apenas reforça a sua competência. Em suma, Amaral fez o suficiente para se manter no Olimpo do dirigismo centrista.

Esta despromoção deve ser entendida pelas hostes locais como um aviso à navegação para despertarem do canto das sereias onde alguns têm andado embalados.

marcar artigo