Filas nas bombas, um voo cancelado, requisição civil em vigor: como a crise dos combustíveis se instalou num ápice

16-04-2019
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É um sinal dos tempos: a manhã informativa desta terça-feira começou com algumas notícias sobre dificuldades de abastecimento nos aeroportos de Lisboa e Faro, mas rapidamente se chegou a uma situação em que se estavam a usar as reservas e, uma hora depois, já se fala em caos generalizado nas bombas de combustíveis de todo o país. Em época de Páscoa e respetivas celebrações familiares, os portugueses não querem ficar em casa e levam a sério a greve dos motoristas de matérias perigosas, que arrancou esta segunda-feira, por tempo indeterminado.

Em várias bombas de todo o país há uma corrida aos combustíveis, com longas filas de automóveis – o Expresso pôde testemunhar isso mesmo em Oeiras. A Prio prevê fechar esta terça-feira quase metade dos seus postos e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, que convocou a greve, fala em 50% da rede de abastecimento afetada. Porém, o líder da Associação Nacional de Revendedores de Combustível (ANAREC), Francisco Albuquerque, afirma que não tem relatos “de rutura de stocks” e que apenas três associados, da zona de Lisboa, Portimão e Setúbal, estavam nas reservas. Mas a situação avança com a perspetiva de açambarcamento e estas declarações podem rapidamente ficar obsoletas.

As empresas de transportes rodoviários, por sua vez, estão "já nos limites", disse à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP). Luís Cabaço Martins fez o ponto de situação com as associadas na segunda-feira, primeiro dia da greve, e concluiu que as empresas estão "já nos limites", sendo que "alguns operadores não estão a ser reabastecidos". "Já havia recusas de abastecimentos por parte das petrolíferas e agora é uma questão de se esgotarem as reservas", referiu o líder associativo.

Voo entre Lisboa e Faro cancelado

Nos aeroportos portugueses, a ANA, autoridade responsável pela sua gestão, adiantou ainda de manhã que a interrupção de fornecimento de combustível no aeroporto de Faro se estendeu ao aeroporto de Lisboa, a partir das 12h. A TAP cancelou um voo Lisboa-Faro, e elaborou um plano de contingência, que passa por abastecimentos no estrangeiro.

Estes desenvolvimentos vêm tornar desatualizadas as declarações do ministro-adjunto e da Economia Pedro Siza Vieira que, ao início da tarde desta terça-feira dizia que, até ao momento, não havia notícias de perturbação nos aeroportos, apesar de em Lisboa e Faro terem sido atingidos “níveis críticos de reservas”. Pedro Mota Soares, do CDS, anunciou entretanto um requerimento para audição urgente do ministro do Ambiente no Parlamento, devido à falta de combustíveis.

O Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas aguarda na tarde desta terça-feira por uma reunião institucional com o ministro das Infraestruturas e Planeamento, Pedro Nuno Santos, que pode resolver o impasse. Pedro Henriques, vice-presidente do sindicato espera chegar a um consenso, dependente do reconhecimento da categoria profissional específica. O responsável diz que o sindicato não tem intenção de terminar a greve e simplesmente “passar por cima” da situação, tendo sido impugnados os serviços mínimos definidos pelo Governo.

É um sinal dos tempos: a manhã informativa desta terça-feira começou com algumas notícias sobre dificuldades de abastecimento nos aeroportos de Lisboa e Faro, mas rapidamente se chegou a uma situação em que se estavam a usar as reservas e, uma hora depois, já se fala em caos generalizado nas bombas de combustíveis de todo o país. Em época de Páscoa e respetivas celebrações familiares, os portugueses não querem ficar em casa e levam a sério a greve dos motoristas de matérias perigosas, que arrancou esta segunda-feira, por tempo indeterminado.

Em várias bombas de todo o país há uma corrida aos combustíveis, com longas filas de automóveis – o Expresso pôde testemunhar isso mesmo em Oeiras. A Prio prevê fechar esta terça-feira quase metade dos seus postos e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, que convocou a greve, fala em 50% da rede de abastecimento afetada. Porém, o líder da Associação Nacional de Revendedores de Combustível (ANAREC), Francisco Albuquerque, afirma que não tem relatos “de rutura de stocks” e que apenas três associados, da zona de Lisboa, Portimão e Setúbal, estavam nas reservas. Mas a situação avança com a perspetiva de açambarcamento e estas declarações podem rapidamente ficar obsoletas.

As empresas de transportes rodoviários, por sua vez, estão "já nos limites", disse à agência Lusa o presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP). Luís Cabaço Martins fez o ponto de situação com as associadas na segunda-feira, primeiro dia da greve, e concluiu que as empresas estão "já nos limites", sendo que "alguns operadores não estão a ser reabastecidos". "Já havia recusas de abastecimentos por parte das petrolíferas e agora é uma questão de se esgotarem as reservas", referiu o líder associativo.

Voo entre Lisboa e Faro cancelado

Nos aeroportos portugueses, a ANA, autoridade responsável pela sua gestão, adiantou ainda de manhã que a interrupção de fornecimento de combustível no aeroporto de Faro se estendeu ao aeroporto de Lisboa, a partir das 12h. A TAP cancelou um voo Lisboa-Faro, e elaborou um plano de contingência, que passa por abastecimentos no estrangeiro.

Estes desenvolvimentos vêm tornar desatualizadas as declarações do ministro-adjunto e da Economia Pedro Siza Vieira que, ao início da tarde desta terça-feira dizia que, até ao momento, não havia notícias de perturbação nos aeroportos, apesar de em Lisboa e Faro terem sido atingidos “níveis críticos de reservas”. Pedro Mota Soares, do CDS, anunciou entretanto um requerimento para audição urgente do ministro do Ambiente no Parlamento, devido à falta de combustíveis.

O Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas aguarda na tarde desta terça-feira por uma reunião institucional com o ministro das Infraestruturas e Planeamento, Pedro Nuno Santos, que pode resolver o impasse. Pedro Henriques, vice-presidente do sindicato espera chegar a um consenso, dependente do reconhecimento da categoria profissional específica. O responsável diz que o sindicato não tem intenção de terminar a greve e simplesmente “passar por cima” da situação, tendo sido impugnados os serviços mínimos definidos pelo Governo.

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