CDS dá tiro de partida para as eleições europeias

22-05-2019
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Oposição contra a criação de impostos europeus ou avisos sobre os perigos de tratar a imigração com uma visão "romântica": é com bandeiras como estas que o CDS parte para as eleições europeias do próximo ano, voltando a contar com Nuno Melo como cabeça de lista ao Parlamento Europeu.

O primeiro tiro de partida será dado na manhã desta quinta-feira, com Nuno Melo e Assunção Cristas, presidente do CDS, presentes em Matosinhos para o lançamento do primeiro cartaz de campanha. Um sinal de que o CDS volta a adiantar-se, depois de já ter sido, em março, o primeiro partido a anunciar a lista com que concorrerá às eleições - e esclarecendo que o fará sozinho, sem coligação com o PSD, como aconteceu nas últimas europeias, em 2014.

Embora no outdoor seja visível apenas uma palavra - "Europa" - Nuno Melo detalha algumas das suas bandeiras e propostas ao Expresso, problemas "atuais a que a Europa tem de dar resposta". Num dos temas em que tem procurado distinguir-se, o CDS afirma-se frontalmente contra a criação de impostos europeus - ideia que tem sido defendida tanto pelo Governo e para a qual também o PSD já mostrou abertura - assim como contra a candidatura para o Parlamento Europeu em listas transnacionais.

O partido democrata-cristão é também favorável à criação de um Mecanismo Europeu de Proteção Civil - que, detalha o eurodeputado, poderia ter várias bases consoante as áreas que cobrisse: "Por exemplo, uma base para combate de incêndios poderia ficar estabelecida em Portugal", exemplifica. E coloca entre as suas prioridades a defesa da atribuição dos fundos comunitários para a política de coesão e a Política Agrária Comum.

“Nem todas estas pessoas vêm por bem”

Quanto a outro dos temas quentes da Europa na atualidade - os fluxos de migrantes que chegam - o eurodeputado centrista mostra uma abordagem mais cautelosa: se por um lado defende a Europa como "destino de acolhimento", também avisa quanto aos perigos trazidos por visões "românticas" sobre o assunto.

"Devemos acolher quem aceitar respeitar as nossas leis, os nossos valores, o nosso modo de vida. Não podemos sentir-nos sequestrados na nossa casa", avisa. E aponta um problema a resolver: a falta de interoperabilidade, ou seja, falta de troca de informações entre Estados sobre quem chega. "Um dos responsáveis por um dos últimos atentados em França tinha tentado entrar com 14 identidades diferentes em vários países", sublinha. "Nem todas estas pessoas vêm por bem. Algumas delas também fizeram a guerra, mataram, violaram direitos humanos. A rastreabilidade é muito importante para a segurança".

Embora seja certo que Nuno Melo é o cabeça de lista do CDS às europeias que se aproximam, menos garantida é a manutenção do resto da lista que o partido apresentou. É que foi há meses aprovada na generalidade a nova lei que prevê que os primeiros nomes das listas de candidatos a lugares eleitos sejam de homens e mulheres, alternadamente. Se o CDS não conseguir, como já anunciou que tentará, atrasar a entrada em vigor da norma, terá mesmo de dar o segundo lugar - que acredita ser elegível - do atual deputado Pedro Mota Soares à investigadora Raquel Vaz Pinto, que em princípio ocupa a terceira posição da lista.

Oposição contra a criação de impostos europeus ou avisos sobre os perigos de tratar a imigração com uma visão "romântica": é com bandeiras como estas que o CDS parte para as eleições europeias do próximo ano, voltando a contar com Nuno Melo como cabeça de lista ao Parlamento Europeu.

O primeiro tiro de partida será dado na manhã desta quinta-feira, com Nuno Melo e Assunção Cristas, presidente do CDS, presentes em Matosinhos para o lançamento do primeiro cartaz de campanha. Um sinal de que o CDS volta a adiantar-se, depois de já ter sido, em março, o primeiro partido a anunciar a lista com que concorrerá às eleições - e esclarecendo que o fará sozinho, sem coligação com o PSD, como aconteceu nas últimas europeias, em 2014.

Embora no outdoor seja visível apenas uma palavra - "Europa" - Nuno Melo detalha algumas das suas bandeiras e propostas ao Expresso, problemas "atuais a que a Europa tem de dar resposta". Num dos temas em que tem procurado distinguir-se, o CDS afirma-se frontalmente contra a criação de impostos europeus - ideia que tem sido defendida tanto pelo Governo e para a qual também o PSD já mostrou abertura - assim como contra a candidatura para o Parlamento Europeu em listas transnacionais.

O partido democrata-cristão é também favorável à criação de um Mecanismo Europeu de Proteção Civil - que, detalha o eurodeputado, poderia ter várias bases consoante as áreas que cobrisse: "Por exemplo, uma base para combate de incêndios poderia ficar estabelecida em Portugal", exemplifica. E coloca entre as suas prioridades a defesa da atribuição dos fundos comunitários para a política de coesão e a Política Agrária Comum.

“Nem todas estas pessoas vêm por bem”

Quanto a outro dos temas quentes da Europa na atualidade - os fluxos de migrantes que chegam - o eurodeputado centrista mostra uma abordagem mais cautelosa: se por um lado defende a Europa como "destino de acolhimento", também avisa quanto aos perigos trazidos por visões "românticas" sobre o assunto.

"Devemos acolher quem aceitar respeitar as nossas leis, os nossos valores, o nosso modo de vida. Não podemos sentir-nos sequestrados na nossa casa", avisa. E aponta um problema a resolver: a falta de interoperabilidade, ou seja, falta de troca de informações entre Estados sobre quem chega. "Um dos responsáveis por um dos últimos atentados em França tinha tentado entrar com 14 identidades diferentes em vários países", sublinha. "Nem todas estas pessoas vêm por bem. Algumas delas também fizeram a guerra, mataram, violaram direitos humanos. A rastreabilidade é muito importante para a segurança".

Embora seja certo que Nuno Melo é o cabeça de lista do CDS às europeias que se aproximam, menos garantida é a manutenção do resto da lista que o partido apresentou. É que foi há meses aprovada na generalidade a nova lei que prevê que os primeiros nomes das listas de candidatos a lugares eleitos sejam de homens e mulheres, alternadamente. Se o CDS não conseguir, como já anunciou que tentará, atrasar a entrada em vigor da norma, terá mesmo de dar o segundo lugar - que acredita ser elegível - do atual deputado Pedro Mota Soares à investigadora Raquel Vaz Pinto, que em princípio ocupa a terceira posição da lista.

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