Bloco de Esquerda reuniu com Administração do Porto de Aveiro sobre fusão dos portos nacionais numa única empresa.
As notícias recentes sobre a intenção governamental de fusão da gestão dos portos nacionais numa única entidade sediada em Lisboa motivaram o pedido de reunião do Bloco de Esquerda à Administração do Porto de Aveiro (APA). O Bloco de Esquerda considera inaceitável esta centralização da gestão portuária que representará uma perda enorme da autonomia regional nesta matéria. O deputado Pedro Filipe Soares, que integrou a comitiva do BE, considerou a ideia da centralização da gestão portuária um enorme ataque à região de Aveiro e uma clara desvalorização do papel regional neste assunto.
A reunião permitiu uma aproximação de ideias sobre esta matéria, tendo a APA indicado que não vê com bons olhos quaisquer alterações que impliquem uma perda de autonomia na gestão do Porto de Aveiro. Aliás, foi reforçado pela APA que esta opção poderá colocar em causa o ritmo de crescimento da actividade do Porto de Aveiro que aumentou 25% em 2010, tendo atingido valores recorde.
O Bloco de Esquerda considera que o Porto de Aveiro, sendo um dos principais meios de exportação da indústria da região, não pode ser gerido à distância por uma entidade sediada em Lisboa. Aliás, esta ideia vai contra os valores da descentralização e da regionalização que são hoje dominantes na nossa sociedade.
A ligação ferroviária ao Porto de Aveiro representou, no ano de 2010, o transporte de 4,5% das mercadorias que deram entrada nesse porto. Este dado reforça a posição que o Bloco de Esquerda defende da necessidade da construção da ligação ferroviária Aveiro-Viseu-Guarda-Salamanca, proposta que está englobada no Plano Nacional Ferroviário que será apresentada pelo BE na Assembleia da República no início do Fevereiro. Esta proposta, para além dos aspectos ambientais positivos, poderá potenciar a actividade do Porto de Aveiro, criando um efeito dinamizador na economia regional, dado a sua proximidade a Espanha. Sendo que o transporte ferroviário é mais barato para distâncias superiores a 100 km, esta opção sai reforçada pela sua atractividade económica.
A proposta do BE da prioridade à ligação ferroviária Aveiro-Viseu-Guarda-Salamanca é um exemplo de investimento público com valor acrescentado para a economia e ambiente, com enormes benefícios para a região de Aveiro. Esta escolha permite, ainda, a utilização de parte da actual Linha da Beira Alta, diminuindo os custos de construção.
A reunião permitiu também que fossem colocadas as reservas que BE tem sobre a forma de actuação da APA sobre a matéria da erosão costeira nas praias a sul do Porto de Aveiro. Sobre esta matéria, foram pedidos os últimos dados relativos à evolução do avanço do mar e sobre as acções preventivas realizadas.
Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda de Aveiro
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Bloco de Esquerda reuniu com Administração do Porto de Aveiro sobre fusão dos portos nacionais numa única empresa.
As notícias recentes sobre a intenção governamental de fusão da gestão dos portos nacionais numa única entidade sediada em Lisboa motivaram o pedido de reunião do Bloco de Esquerda à Administração do Porto de Aveiro (APA). O Bloco de Esquerda considera inaceitável esta centralização da gestão portuária que representará uma perda enorme da autonomia regional nesta matéria. O deputado Pedro Filipe Soares, que integrou a comitiva do BE, considerou a ideia da centralização da gestão portuária um enorme ataque à região de Aveiro e uma clara desvalorização do papel regional neste assunto.
A reunião permitiu uma aproximação de ideias sobre esta matéria, tendo a APA indicado que não vê com bons olhos quaisquer alterações que impliquem uma perda de autonomia na gestão do Porto de Aveiro. Aliás, foi reforçado pela APA que esta opção poderá colocar em causa o ritmo de crescimento da actividade do Porto de Aveiro que aumentou 25% em 2010, tendo atingido valores recorde.
O Bloco de Esquerda considera que o Porto de Aveiro, sendo um dos principais meios de exportação da indústria da região, não pode ser gerido à distância por uma entidade sediada em Lisboa. Aliás, esta ideia vai contra os valores da descentralização e da regionalização que são hoje dominantes na nossa sociedade.
A ligação ferroviária ao Porto de Aveiro representou, no ano de 2010, o transporte de 4,5% das mercadorias que deram entrada nesse porto. Este dado reforça a posição que o Bloco de Esquerda defende da necessidade da construção da ligação ferroviária Aveiro-Viseu-Guarda-Salamanca, proposta que está englobada no Plano Nacional Ferroviário que será apresentada pelo BE na Assembleia da República no início do Fevereiro. Esta proposta, para além dos aspectos ambientais positivos, poderá potenciar a actividade do Porto de Aveiro, criando um efeito dinamizador na economia regional, dado a sua proximidade a Espanha. Sendo que o transporte ferroviário é mais barato para distâncias superiores a 100 km, esta opção sai reforçada pela sua atractividade económica.
A proposta do BE da prioridade à ligação ferroviária Aveiro-Viseu-Guarda-Salamanca é um exemplo de investimento público com valor acrescentado para a economia e ambiente, com enormes benefícios para a região de Aveiro. Esta escolha permite, ainda, a utilização de parte da actual Linha da Beira Alta, diminuindo os custos de construção.
A reunião permitiu também que fossem colocadas as reservas que BE tem sobre a forma de actuação da APA sobre a matéria da erosão costeira nas praias a sul do Porto de Aveiro. Sobre esta matéria, foram pedidos os últimos dados relativos à evolução do avanço do mar e sobre as acções preventivas realizadas.
Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda de Aveiro