O Engenho no Papel... um olhar sobre Paços de Brandão: BE: Bloco desafia partidos a condenar o “assassinato de dois ativistas em Angola”

16-10-2018
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O Bloco de Esquerda desafiou esta quarta-feira todas as bancadas parlamentares a juntarem-se ao voto de condenação que os bloquistas vão apresentar pelo assassinato em Angola, em 2012, de dois ativistas políticos

"A
Assembleia da República deve condenar estes assassinatos, deve condenar
a repressão e o ataque a direitos fundamentais no regime angolano",
defendeu Pedro Filipe Soares. Foto: retirada do portal Maka Angola 

Os
dois ativistas mortos, como assumiu a Procuradoria Geral da República
angolana em comunicado, são os ex-militares Isaías Cassule e Alves
Kamulingue, raptados na via pública, em Luanda, a 27 e 29 de maio de
2012.

"Fizemos
um desafio, um convite a todos os grupos parlamentares para que
juntamente connosco apresentassem um voto de condenação pelos
assassinatos políticos que aconteceram em Angola", anunciou o líder
parlamentar do Bloco, Pedro Filipe Soares, em declarações aos
jornalistas no final da conferência de líderes.

No
voto são condenados "os assassinatos de Alves Kamulingue e Isaías
Sebastião Cassule" e feito um apelo "à libertação de todos os presos
políticos em Angola e ao fim da repressão e do autoritarismo no país".

De
acordo com o texto do voto do Bloco, que será votado na sexta-feira, há
poucos dias foi publicado em órgãos de comunicação social "não
tutelados pelo regime", "um relatório oficial do Governo" que dá conta
que Alves Kamulingue e Isaías Sebastião Cassule foram "torturados e
assassinados".

No
voto é ainda recordado que os dois ativistas foram raptados pelos
serviços de segurança de Angola a 27 e 29 de maio de 2012, no seguimento
de uma manifestação de veteranos e desmobilizados do exército, que
reivindicavam a atualização do valor das suas pensões o seu pagamento
atempado.

"Estes
ativistas angolanos estiveram desaparecidos por mais de um ano,
desconhecendo-se desde a altura do rapto, o seu paradeiro", lê-se no
voto de condenação do Bloco.

"Há
um relatório tornado público há dias atrás, que demonstra que dois
ativistas políticos foram brutalmente assassinados, um depois de dois
dias de tortura acabou por falecer devido a ferimentos e um outro
assassinado com um tiro na cabeça, ambos depois de terem sido presos
pelos serviços de segurança do regime angolano", acrescentou o líder
parlamentar do Bloco, sublinhando que este "ataque a direitos
fundamentais deve merecer uma condenação".

No
voto, o Bloco lembra ainda que depois de ter sido tornado público o
relatório do Governo, para sábado passado foi convocada uma
"manifestação pacífica" em memórias dos ativistas torturados e
assassinados.

"Esta
acabaria por ser violentamente reprimida pelas forças de autoridade,
que recorreram a armas de fogo, dispararam sobre os manifestantes e
detiveram mais de 300 pessoas, é referido no texto apresentado pelo
Bloco.

Pedro
Filipe Soares salientou ainda que o partido tem "disponibilidade total"
para acordar com as restantes bancadas parlamentares um texto comum que
possa ser subscrito por todos.

"Se
não houver essa vontade da parte dos outros grupos parlamentares, nós
apresentaremos o voto com o texto que temos e dizendo claramente que não
aceitamos, que condenamos, que a Assembleia da República deve condenar
estes assassinatos, deve condenar a repressão e o ataque a direitos
fundamentais no regime angolano", acrescentou.

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O Bloco de Esquerda desafiou esta quarta-feira todas as bancadas parlamentares a juntarem-se ao voto de condenação que os bloquistas vão apresentar pelo assassinato em Angola, em 2012, de dois ativistas políticos

"A
Assembleia da República deve condenar estes assassinatos, deve condenar
a repressão e o ataque a direitos fundamentais no regime angolano",
defendeu Pedro Filipe Soares. Foto: retirada do portal Maka Angola 

Os
dois ativistas mortos, como assumiu a Procuradoria Geral da República
angolana em comunicado, são os ex-militares Isaías Cassule e Alves
Kamulingue, raptados na via pública, em Luanda, a 27 e 29 de maio de
2012.

"Fizemos
um desafio, um convite a todos os grupos parlamentares para que
juntamente connosco apresentassem um voto de condenação pelos
assassinatos políticos que aconteceram em Angola", anunciou o líder
parlamentar do Bloco, Pedro Filipe Soares, em declarações aos
jornalistas no final da conferência de líderes.

No
voto são condenados "os assassinatos de Alves Kamulingue e Isaías
Sebastião Cassule" e feito um apelo "à libertação de todos os presos
políticos em Angola e ao fim da repressão e do autoritarismo no país".

De
acordo com o texto do voto do Bloco, que será votado na sexta-feira, há
poucos dias foi publicado em órgãos de comunicação social "não
tutelados pelo regime", "um relatório oficial do Governo" que dá conta
que Alves Kamulingue e Isaías Sebastião Cassule foram "torturados e
assassinados".

No
voto é ainda recordado que os dois ativistas foram raptados pelos
serviços de segurança de Angola a 27 e 29 de maio de 2012, no seguimento
de uma manifestação de veteranos e desmobilizados do exército, que
reivindicavam a atualização do valor das suas pensões o seu pagamento
atempado.

"Estes
ativistas angolanos estiveram desaparecidos por mais de um ano,
desconhecendo-se desde a altura do rapto, o seu paradeiro", lê-se no
voto de condenação do Bloco.

"Há
um relatório tornado público há dias atrás, que demonstra que dois
ativistas políticos foram brutalmente assassinados, um depois de dois
dias de tortura acabou por falecer devido a ferimentos e um outro
assassinado com um tiro na cabeça, ambos depois de terem sido presos
pelos serviços de segurança do regime angolano", acrescentou o líder
parlamentar do Bloco, sublinhando que este "ataque a direitos
fundamentais deve merecer uma condenação".

No
voto, o Bloco lembra ainda que depois de ter sido tornado público o
relatório do Governo, para sábado passado foi convocada uma
"manifestação pacífica" em memórias dos ativistas torturados e
assassinados.

"Esta
acabaria por ser violentamente reprimida pelas forças de autoridade,
que recorreram a armas de fogo, dispararam sobre os manifestantes e
detiveram mais de 300 pessoas, é referido no texto apresentado pelo
Bloco.

Pedro
Filipe Soares salientou ainda que o partido tem "disponibilidade total"
para acordar com as restantes bancadas parlamentares um texto comum que
possa ser subscrito por todos.

"Se
não houver essa vontade da parte dos outros grupos parlamentares, nós
apresentaremos o voto com o texto que temos e dizendo claramente que não
aceitamos, que condenamos, que a Assembleia da República deve condenar
estes assassinatos, deve condenar a repressão e o ataque a direitos
fundamentais no regime angolano", acrescentou.

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