Medo

20-07-2018
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O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) está a preparar um ciclo de debates sobre a morte assistida, mas deputados do BE e do PS questionam a sua realização. — Portanto só o BE e o PS podem debater?

“Não nos deixaremos condicionar pelos debates de outras organizações”, disse esta terça-feira à Lusa o líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), Pedro Filipe Soares, dado que os bloquistas têm em curso, há meses, um processo de debate, após a apresentação do seu anteprojeto de lei, em janeiro. — Mas alguém quer condicionar o BE? Ou será que o BE quer ter o monopólio do condicionamento?

O assunto foi discutido em conferência de líderes parlamentares e, além de Pedro Filipe Soares, Pedro Delgado Alves, deputado e representante do PS, questionou o que considerou ser o condicionamento da Assembleia da República. — Camarada Maduro, escuta/ Organizar debates é uma forma de luta. Ilegal, claro.

Para Delgado Alves e Pedro Filipe Soares, os termos em que o debate está a ser planeado “parece ultrapassar a fronteira das competências do CNECV, imiscuindo-se nas competências dos órgãos de soberania”, de acordo com a súmula da conferência de líderes da semana. – Mas os debates do CNECV imiscuem-se como? Os deputados não podem debater? Não podem votar? Não podem organizar iniciativas?

Além de poder, na perspetiva de Delgado Alves e Filipe Soares, “ser entendido como inibidor em relação à apresentação de iniciativas” dos grupos parlamentares, “o que nunca deveria suceder”, ainda segundo a súmula da reunião. — Inibidor? Desiniba-se. Diga ao que vem e o que quer pretende.

Independentemente do “respeito por todos os debates”, como disse à Lusa Pedro Filipe Soares, o conselho “é, essencialmente, um órgão consultivo, que deve emitir pareceres técnicos e elaborar estudos, não estando na sua missão auscultar a sociedade civil, ainda que lhe possa dar a conhecer a sua atividade”. Ficamos felizes por saber que o deputado Filipe Soares respeita todos os debates. Só não quer é que alguns deles se realizem. Mas respeita-os. Imagine como seria se não os respeitasse.

O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida (CNECV) está a preparar um ciclo de debates sobre a morte assistida, mas deputados do BE e do PS questionam a sua realização. — Portanto só o BE e o PS podem debater?

“Não nos deixaremos condicionar pelos debates de outras organizações”, disse esta terça-feira à Lusa o líder parlamentar do Bloco de Esquerda (BE), Pedro Filipe Soares, dado que os bloquistas têm em curso, há meses, um processo de debate, após a apresentação do seu anteprojeto de lei, em janeiro. — Mas alguém quer condicionar o BE? Ou será que o BE quer ter o monopólio do condicionamento?

O assunto foi discutido em conferência de líderes parlamentares e, além de Pedro Filipe Soares, Pedro Delgado Alves, deputado e representante do PS, questionou o que considerou ser o condicionamento da Assembleia da República. — Camarada Maduro, escuta/ Organizar debates é uma forma de luta. Ilegal, claro.

Para Delgado Alves e Pedro Filipe Soares, os termos em que o debate está a ser planeado “parece ultrapassar a fronteira das competências do CNECV, imiscuindo-se nas competências dos órgãos de soberania”, de acordo com a súmula da conferência de líderes da semana. – Mas os debates do CNECV imiscuem-se como? Os deputados não podem debater? Não podem votar? Não podem organizar iniciativas?

Além de poder, na perspetiva de Delgado Alves e Filipe Soares, “ser entendido como inibidor em relação à apresentação de iniciativas” dos grupos parlamentares, “o que nunca deveria suceder”, ainda segundo a súmula da reunião. — Inibidor? Desiniba-se. Diga ao que vem e o que quer pretende.

Independentemente do “respeito por todos os debates”, como disse à Lusa Pedro Filipe Soares, o conselho “é, essencialmente, um órgão consultivo, que deve emitir pareceres técnicos e elaborar estudos, não estando na sua missão auscultar a sociedade civil, ainda que lhe possa dar a conhecer a sua atividade”. Ficamos felizes por saber que o deputado Filipe Soares respeita todos os debates. Só não quer é que alguns deles se realizem. Mas respeita-os. Imagine como seria se não os respeitasse.

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