Playlist olímpica. Então agora não me tocha

13-08-2016
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Gastão Elias - "Alvalade Chama por Mim"

“Nunca esquecer que a mocidade para nós chegou ao fim”, pregam os Capitão Fausto. Frase que nos parece calhar que nem ginjas em Elias, ele que está no melhor momento de forma da carreira: é número 60 do mundo e acabou de assinar pelo Sporting, o seu clube do coração. É claro que os Fausto não são atraídos por Alvalade pelo mesmo motivo de Elias mas, desde que isso possa significar medalhas, está tudo bem. Se, quando ler isto, Gastão já tiver sido eliminado do torneio olímpico de ténis, não o trate mal. Por favor.

Marcos Freitas - "Luz Vaga"

Ainda se lembra dos Mesa? Esse conjunto pop dos primeiros anos do novo milénio criado por João Pedro Coimbra e com Mónica Ferraz ao cuidado da voz. “Luz Vaga” é de 2004, o tema feito com Rui Reininho que os atirou para os holofotes. E é talvez de uma luz, ainda que vaga, que o mesatenista Marcos Freitas precisa para agarrar as medalhas. Mesa porque isto não é pingue-pongue, é ténis de mesa, ok? Que se esclareça isto de uma vez por todas. Em caso de derrota de Freitas, podemos sempre afogar as mágoas numa bela partida de beer pong.

Patrícia Mamona - "212"

A recente campeã europeia do triplo salto merecia mais do que termos caído no óbvio de escolher para si um qualquer tema dos Mamonas Assassinas. Isto embora o desejo de todos é que seja isso mesmo, assassina - no bom sentido da coisa - para as suas adversárias e traga para cá o ouro. Se tivéssemos de apostar, diríamos que Mamona é bem mulher de ouvir este tema de Azealia Banks - ou o hit do verão de 2011 - antes de entrar na pista. 2, 1, 2, 3, triplo salto, sem pisar a marca proibida, por favor.

Nélson Évora - "Beijing"

Vá lá Nélson, vai por nós, escuta esta faixa da Sequin e lembra-te daqueles 17,67 metros que fizeste em Pequim, ou em Beijing, como preferir o estimado leitor. Confessamos não fazer ideia de qual o estilo de música preferido de Nélson Évora, mas esta eletrónica disfarçada de pop pode bem ser inspiradora, promove a acalmia, a respiração controlada de que Évora precisa para dar cabo dos seus oponentes, quem sabe bater os 18,29m de Jonathan Edwards. Sequin está com ele, nós também.

Nélson Oliveira - "Ride a Bike"

O rapper de Telheiras tem na bicicleta o seu principal meio de locomoção. Aliás, gosta de empregar uma espécie de biker-life, com direito a óculos de ciclista e tudo. E apesar de Nélson Oliveira ter caído na prova de estrada, tendo sido por isso obrigado a desistir, não é por aí que não vai lutar contra o relógio. Recordemos que ainda na edição 2016 da Volta à França, Oliveira fez terceiro classificado numa etapa com os melhores contrarrelogistas do mundo presentes. Ele é um deles, top-10 é o mínimo que se espera. Mike El Nite quer mais.

Fernando Pimenta - "Mais Ninguém"

Se há Banda ideal para Fernando Pimenta é a do Mar. Mallu Magalhães, Marcelo Camelo e Fred Ferreira podem ser um grande empurrão para Pimenta e para toda a talentosa equipa portuguesa de canoagem. “Mais Ninguém” porque, ao contrário de Londres 2012, onde chegou à prata em K2, com Emanuel Silva, o canoísta de Ponte de Lima vem para vencer o ouro em K1, sozinho, contra tudo e todos. Bom, mais ou menos. Na verdade, Pimenta também vai tentar fazer das suas em K4 ao lado de Emanuel Silva, João Ribeiro e David Fernandes.

Rui Bragança - "Gold"

Esta pode bem ser uma aposta furada, mas estamos aqui para arriscar. Rui Bragança é bicampeão europeu de taekwondo e por isso, naturalmente, uma das grandes esperanças lusas para o ouro. Daí esta sugestão de “Gold”, faixa tirada de “Built on Glass” (2014), disco do australiano Chet Faker, herói de um soul eletrónico e nostálgico que tem tudo para fazer Bragança sonhar. E se há coisa certa nesta vida olímpica é que Bragança não é feito de vidro, como este disco de Faker.

João Rodrigues - "Doing It To Death"

“Doing It To Death” só podia ser para João Rodrigues. Um dos melhores temas de 2016 tinha de coincidir com o atleta português com mais participações em Jogos Olímpicos. Estreou-se em 1992 em Barcelona e chega ao Rio de Janeiro como porta-estandarte naquela que será a sua última participação. O seu melhor resultado foi um sexto lugar em Atenas, 2004. Caso para dizer que desta vez é até à morte, até à medalha final. Que faça rock como os Kills.

Ana Cabecinha - "Marcha de Pedra"

A história de Ana Cabecinha tem sido uma “Marcha de Pedra”, sofrida como a guitarra de Filho da Mãe, deste incrível tema do seu último disco, “Mergulho”. A marchadora de Beja foi oitava em Pequim 2008 e nona em Londres 2012, sempre nos 20 km marcha, distância em que viria a alcançar o quarto lugar nos Mundiais de Pequim, em 2015. Se for preciso ser filha da mãe para chegar às medalhas, que seja, ainda que o perigo de desclassificação, na marcha, seja enorme.

João Costa - "Light My Fire"

Admitamos que hesitámos na hora de escolher a música ideal para João Costa. Quase fomos por “Bang Bang”, de Nancy Sinatra, mas isso, além de ser o esperado, não vai provavelmente à bola com o estilo musical do atirador português. Daí os Doors, porque além de ser o mais velho da comitiva - tem 51 anos -, Costa parece bem mais fã de Jim Morrison e dessa enorme banda. Hoje é dia da prova de pistola a 50 metros, isto depois de um 11.o lugar na pistola de ar a 10 metros. É desta João, até acendemos uma vela.

Gastão Elias - "Alvalade Chama por Mim"

“Nunca esquecer que a mocidade para nós chegou ao fim”, pregam os Capitão Fausto. Frase que nos parece calhar que nem ginjas em Elias, ele que está no melhor momento de forma da carreira: é número 60 do mundo e acabou de assinar pelo Sporting, o seu clube do coração. É claro que os Fausto não são atraídos por Alvalade pelo mesmo motivo de Elias mas, desde que isso possa significar medalhas, está tudo bem. Se, quando ler isto, Gastão já tiver sido eliminado do torneio olímpico de ténis, não o trate mal. Por favor.

Marcos Freitas - "Luz Vaga"

Ainda se lembra dos Mesa? Esse conjunto pop dos primeiros anos do novo milénio criado por João Pedro Coimbra e com Mónica Ferraz ao cuidado da voz. “Luz Vaga” é de 2004, o tema feito com Rui Reininho que os atirou para os holofotes. E é talvez de uma luz, ainda que vaga, que o mesatenista Marcos Freitas precisa para agarrar as medalhas. Mesa porque isto não é pingue-pongue, é ténis de mesa, ok? Que se esclareça isto de uma vez por todas. Em caso de derrota de Freitas, podemos sempre afogar as mágoas numa bela partida de beer pong.

Patrícia Mamona - "212"

A recente campeã europeia do triplo salto merecia mais do que termos caído no óbvio de escolher para si um qualquer tema dos Mamonas Assassinas. Isto embora o desejo de todos é que seja isso mesmo, assassina - no bom sentido da coisa - para as suas adversárias e traga para cá o ouro. Se tivéssemos de apostar, diríamos que Mamona é bem mulher de ouvir este tema de Azealia Banks - ou o hit do verão de 2011 - antes de entrar na pista. 2, 1, 2, 3, triplo salto, sem pisar a marca proibida, por favor.

Nélson Évora - "Beijing"

Vá lá Nélson, vai por nós, escuta esta faixa da Sequin e lembra-te daqueles 17,67 metros que fizeste em Pequim, ou em Beijing, como preferir o estimado leitor. Confessamos não fazer ideia de qual o estilo de música preferido de Nélson Évora, mas esta eletrónica disfarçada de pop pode bem ser inspiradora, promove a acalmia, a respiração controlada de que Évora precisa para dar cabo dos seus oponentes, quem sabe bater os 18,29m de Jonathan Edwards. Sequin está com ele, nós também.

Nélson Oliveira - "Ride a Bike"

O rapper de Telheiras tem na bicicleta o seu principal meio de locomoção. Aliás, gosta de empregar uma espécie de biker-life, com direito a óculos de ciclista e tudo. E apesar de Nélson Oliveira ter caído na prova de estrada, tendo sido por isso obrigado a desistir, não é por aí que não vai lutar contra o relógio. Recordemos que ainda na edição 2016 da Volta à França, Oliveira fez terceiro classificado numa etapa com os melhores contrarrelogistas do mundo presentes. Ele é um deles, top-10 é o mínimo que se espera. Mike El Nite quer mais.

Fernando Pimenta - "Mais Ninguém"

Se há Banda ideal para Fernando Pimenta é a do Mar. Mallu Magalhães, Marcelo Camelo e Fred Ferreira podem ser um grande empurrão para Pimenta e para toda a talentosa equipa portuguesa de canoagem. “Mais Ninguém” porque, ao contrário de Londres 2012, onde chegou à prata em K2, com Emanuel Silva, o canoísta de Ponte de Lima vem para vencer o ouro em K1, sozinho, contra tudo e todos. Bom, mais ou menos. Na verdade, Pimenta também vai tentar fazer das suas em K4 ao lado de Emanuel Silva, João Ribeiro e David Fernandes.

Rui Bragança - "Gold"

Esta pode bem ser uma aposta furada, mas estamos aqui para arriscar. Rui Bragança é bicampeão europeu de taekwondo e por isso, naturalmente, uma das grandes esperanças lusas para o ouro. Daí esta sugestão de “Gold”, faixa tirada de “Built on Glass” (2014), disco do australiano Chet Faker, herói de um soul eletrónico e nostálgico que tem tudo para fazer Bragança sonhar. E se há coisa certa nesta vida olímpica é que Bragança não é feito de vidro, como este disco de Faker.

João Rodrigues - "Doing It To Death"

“Doing It To Death” só podia ser para João Rodrigues. Um dos melhores temas de 2016 tinha de coincidir com o atleta português com mais participações em Jogos Olímpicos. Estreou-se em 1992 em Barcelona e chega ao Rio de Janeiro como porta-estandarte naquela que será a sua última participação. O seu melhor resultado foi um sexto lugar em Atenas, 2004. Caso para dizer que desta vez é até à morte, até à medalha final. Que faça rock como os Kills.

Ana Cabecinha - "Marcha de Pedra"

A história de Ana Cabecinha tem sido uma “Marcha de Pedra”, sofrida como a guitarra de Filho da Mãe, deste incrível tema do seu último disco, “Mergulho”. A marchadora de Beja foi oitava em Pequim 2008 e nona em Londres 2012, sempre nos 20 km marcha, distância em que viria a alcançar o quarto lugar nos Mundiais de Pequim, em 2015. Se for preciso ser filha da mãe para chegar às medalhas, que seja, ainda que o perigo de desclassificação, na marcha, seja enorme.

João Costa - "Light My Fire"

Admitamos que hesitámos na hora de escolher a música ideal para João Costa. Quase fomos por “Bang Bang”, de Nancy Sinatra, mas isso, além de ser o esperado, não vai provavelmente à bola com o estilo musical do atirador português. Daí os Doors, porque além de ser o mais velho da comitiva - tem 51 anos -, Costa parece bem mais fã de Jim Morrison e dessa enorme banda. Hoje é dia da prova de pistola a 50 metros, isto depois de um 11.o lugar na pistola de ar a 10 metros. É desta João, até acendemos uma vela.

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