Manuel Pinho não responde a questões sobre GES. “Nem sequer sou arguido”, diz

19-07-2018
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Manuel Pinho defendeu que “não foi convidado” a ir à Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas para responder a questões sobre as alegadas ligações ao Grupo Espírito Santo. O antigo ministro da Economia do governo de José Sócrates rejeitou responder a questões sobre offshores, alegadas transferências feitas para essas contas e também sobre decisões que possam ter sido tomadas com impacto no Grupo Espírito Santo.

“Aceitei o convite para ser ouvido na sequência de requerimento do grupo parlamentar do PSD sobre questões com política de energia em que participei entre 2005 e 2009”, disse Manuel Pinho em resposta a questões do deputado social-democrata Paulo Rios de Oliveira. O antigo governante salientou que fez saber por carta ao presidente da Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, o centrista Hélder Amaral, que não estava “em condições de responder a suspeitas sobre o relacionamento com o Grupo Espírito Santo no que diz respeito ao que está sob investigação judiciária”. E acrescentou que esse condicionamento tinha sido aceite.

"Aceitei com o maior gosto vir à Comissão. Tinha a liberdade de não o fazer e tenho o maior interesse em contribuir para o esclarecimento de todas as questões de política de energia", disse. E concluiu: "Convidam uma pessoa para a vossa casa mas é outra coisa. Não foi isso que eu aceitei". Mais tarde repetiria a ideia dizendo "venho aqui ver o futebol que me convidaram. Quando convido alguém para ver o futebol não ponho a limpar o chão".

Manuel Pinho argumentou ainda que nunca foi confrontado com "os factos concretos sob suspeita apesar da divulgação pública". E reiterou a posição de que apenas aceitará "responder a quaisquer questões depois de confrontado com as autoridades judiciária, o que ainda não aconteceu nem tem data agendada para vir a acontecer".

O antigo responsável do GES, esteve no grupo liderado por Ricardo Salgado entre 1994 e 2005, diz que nem sequer é arguido e que a opção de não responder "resulta do exercício do meu direito de defesa". Apesar dessa explicação, Paulo Rios de Oliveira insistiu nas questões, dizendo que o que foi levantado publicamente são interrogações e acusações muito graves, o que preocupa a opinião pública.

Manuel Pinho retorquiu. Defendeu que "o cidadão comum está muito preocupado é com o preço da eletricidade", "com o trânsito entre políticos e grandes empresas do setor da energia" e com as "vendas em OPA a investidores estrangeiros, o que cria insegurança a toda a gente". O antigo governante defendeu que é possível baixar o preço, sugerindo o fim da taxa de audiovisual e com a descida do IVA de 23 % para a média europeia de 18%.

O antigo governante disse, em resposta à deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, que não ficou surpreendido por ter sido escolhido por José Sócrates para ministro da Economia, já que tinha feito o programa do Partido Socialista para a Economia e tinha sido eleito deputado.

Questionado sobre se poderia garantir a independência das decisões que tomou enquanto ministro disse. "Espere pela minha vinda à Comissão das Rendas Excessivas".

Atualizada às 17:50 com mais informação

Manuel Pinho defendeu que “não foi convidado” a ir à Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas para responder a questões sobre as alegadas ligações ao Grupo Espírito Santo. O antigo ministro da Economia do governo de José Sócrates rejeitou responder a questões sobre offshores, alegadas transferências feitas para essas contas e também sobre decisões que possam ter sido tomadas com impacto no Grupo Espírito Santo.

“Aceitei o convite para ser ouvido na sequência de requerimento do grupo parlamentar do PSD sobre questões com política de energia em que participei entre 2005 e 2009”, disse Manuel Pinho em resposta a questões do deputado social-democrata Paulo Rios de Oliveira. O antigo governante salientou que fez saber por carta ao presidente da Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, o centrista Hélder Amaral, que não estava “em condições de responder a suspeitas sobre o relacionamento com o Grupo Espírito Santo no que diz respeito ao que está sob investigação judiciária”. E acrescentou que esse condicionamento tinha sido aceite.

"Aceitei com o maior gosto vir à Comissão. Tinha a liberdade de não o fazer e tenho o maior interesse em contribuir para o esclarecimento de todas as questões de política de energia", disse. E concluiu: "Convidam uma pessoa para a vossa casa mas é outra coisa. Não foi isso que eu aceitei". Mais tarde repetiria a ideia dizendo "venho aqui ver o futebol que me convidaram. Quando convido alguém para ver o futebol não ponho a limpar o chão".

Manuel Pinho argumentou ainda que nunca foi confrontado com "os factos concretos sob suspeita apesar da divulgação pública". E reiterou a posição de que apenas aceitará "responder a quaisquer questões depois de confrontado com as autoridades judiciária, o que ainda não aconteceu nem tem data agendada para vir a acontecer".

O antigo responsável do GES, esteve no grupo liderado por Ricardo Salgado entre 1994 e 2005, diz que nem sequer é arguido e que a opção de não responder "resulta do exercício do meu direito de defesa". Apesar dessa explicação, Paulo Rios de Oliveira insistiu nas questões, dizendo que o que foi levantado publicamente são interrogações e acusações muito graves, o que preocupa a opinião pública.

Manuel Pinho retorquiu. Defendeu que "o cidadão comum está muito preocupado é com o preço da eletricidade", "com o trânsito entre políticos e grandes empresas do setor da energia" e com as "vendas em OPA a investidores estrangeiros, o que cria insegurança a toda a gente". O antigo governante defendeu que é possível baixar o preço, sugerindo o fim da taxa de audiovisual e com a descida do IVA de 23 % para a média europeia de 18%.

O antigo governante disse, em resposta à deputada do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, que não ficou surpreendido por ter sido escolhido por José Sócrates para ministro da Economia, já que tinha feito o programa do Partido Socialista para a Economia e tinha sido eleito deputado.

Questionado sobre se poderia garantir a independência das decisões que tomou enquanto ministro disse. "Espere pela minha vinda à Comissão das Rendas Excessivas".

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