Portas não quer pagar “imposto ideológico” pela TAP

20-12-2015
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Líder do CDS alerta para o facto de Portugal estar prestes a perder o “rating” para investimento devido à falta de confiança. A reversão da privatização da companhia aérea nacional é “um sinal errado aos investidores”

Paulo Portas não quer pagar mais impostos pela utopia da extrema esquerda, nem pelas concessões que o novo governo está a fazer aos sindicatos e ao PCP e alerta para os riscos que poderão ter na confiança dos investidores. Portugal, disse o presidente do CDS este domingo no Funchal, corre o risco de não ter o “rating” para investimento, “o que estava quase a acontecer”, por causa de decisões como a reversão da privatização da TAP.

A decisão do governo de António Costa poder ser entendida como “um sinal errado” aos investidores e é mais um dos muitos que terão acontecido nas últimas semanas. No caso TAP, explicou o líder nacional no encerramento do congresso do CDS-Madeira, não se trata apenas da mensagem errada para o exterior e para os investidores que, num instante, podem mudar de ideias e levar o dinheiro para outro lugar onde exista melhores condições. A TAP é, além disso, mais uma das opções ideológicas das esquerdas.

Ao reverter a privatização, lembrou Portas, o Estado terá de assumir o pagamento dos salários, a compra de novos aviões e todas as despesas das rotas deficitárias, mas essenciais na estratégia portuguesa. Ou seja, serão os contribuintes a pagar esse “imposto ideológico” que o líder dos centristas diz não quer pagar. Tal como não quer continuar a ter milhões de famílias da área metropolitana de Lisboa sequestrados por causa das greves nos transportes colectivos. Portas acusa o novo governo de ter feito concessões, neste caso, o PCP e à CGTP.

Essas concessões ideológicas também se fizeram na Educação, onde se terminou com os exames no 4º ano e se cedeu ao sindicalismo quando os novos rankings mostram, ainda segundo Portas, que muitos dos preconceitos não resistem a uma análise realista dos resultados. O centrista deu exemplos como a melhoria do desempenho dos alunos das escolas públicas, os melhores resultados dos alunos de 4º ano. O “preconceito” também não resistiria à evidência que as escolas privadas com contratos de associação têm melhores resultados do que as escolas públicas.

Paulo Portas insurgiu-se ainda contra o decreto da “geringonça” – a maioria de esquerda na Assembleia da República – a propósito do aumento das pensões. A inflação prevista para 2016 é de 1,1% e os aumentos das pensões propostas será de 0,4%. O que, segundo o centrista, significa que os pensionistas com rendimentos mais baixos irão ter num aumento, mas uma “perda de poder de compra” com estes aumentos previstos. Outro exemplo daquilo a que Portas classifica como as diferenças entre o realismo do CDS e a utopia da extrema esquerda.

Um partido muito dividido

O discurso de Paulo Portas no Funchal foi para uma plateia menos entusiasmada já que o partido ao nível regional atravessa uma crise após anos de crescimento e importância política. O CDS-Madeira perdeu votos, falhou a aposta de retirar a maioria absoluta ao PSD nas regionais de Março e, em Outubro, perdeu a representação na Assembleia da República. José Manuel Rodrigues, presidente do partido, pediu a demissão após 18 anos à frente dos centristas.

O CDS elegeu António Lopes da Fonseca como líder num congresso complicado. Uma parte dos delegados abandonou a sala onde decorria o encontro e não apareceu para a sessão de encerramento, nem para ouvir o presidente do CDS nacional. Apesar das negociações – Rui Barreto, que era candidato, tirou a moção -, o novo líder encerrou o congresso a pedir a união de todos e a insistir que eram “todos CDS”. Para já, o partido tem o maior grupo parlamentar da oposição na Assembleia Legislativa da Madeira e está à frente de uma câmara municipal.

Líder do CDS alerta para o facto de Portugal estar prestes a perder o “rating” para investimento devido à falta de confiança. A reversão da privatização da companhia aérea nacional é “um sinal errado aos investidores”

Paulo Portas não quer pagar mais impostos pela utopia da extrema esquerda, nem pelas concessões que o novo governo está a fazer aos sindicatos e ao PCP e alerta para os riscos que poderão ter na confiança dos investidores. Portugal, disse o presidente do CDS este domingo no Funchal, corre o risco de não ter o “rating” para investimento, “o que estava quase a acontecer”, por causa de decisões como a reversão da privatização da TAP.

A decisão do governo de António Costa poder ser entendida como “um sinal errado” aos investidores e é mais um dos muitos que terão acontecido nas últimas semanas. No caso TAP, explicou o líder nacional no encerramento do congresso do CDS-Madeira, não se trata apenas da mensagem errada para o exterior e para os investidores que, num instante, podem mudar de ideias e levar o dinheiro para outro lugar onde exista melhores condições. A TAP é, além disso, mais uma das opções ideológicas das esquerdas.

Ao reverter a privatização, lembrou Portas, o Estado terá de assumir o pagamento dos salários, a compra de novos aviões e todas as despesas das rotas deficitárias, mas essenciais na estratégia portuguesa. Ou seja, serão os contribuintes a pagar esse “imposto ideológico” que o líder dos centristas diz não quer pagar. Tal como não quer continuar a ter milhões de famílias da área metropolitana de Lisboa sequestrados por causa das greves nos transportes colectivos. Portas acusa o novo governo de ter feito concessões, neste caso, o PCP e à CGTP.

Essas concessões ideológicas também se fizeram na Educação, onde se terminou com os exames no 4º ano e se cedeu ao sindicalismo quando os novos rankings mostram, ainda segundo Portas, que muitos dos preconceitos não resistem a uma análise realista dos resultados. O centrista deu exemplos como a melhoria do desempenho dos alunos das escolas públicas, os melhores resultados dos alunos de 4º ano. O “preconceito” também não resistiria à evidência que as escolas privadas com contratos de associação têm melhores resultados do que as escolas públicas.

Paulo Portas insurgiu-se ainda contra o decreto da “geringonça” – a maioria de esquerda na Assembleia da República – a propósito do aumento das pensões. A inflação prevista para 2016 é de 1,1% e os aumentos das pensões propostas será de 0,4%. O que, segundo o centrista, significa que os pensionistas com rendimentos mais baixos irão ter num aumento, mas uma “perda de poder de compra” com estes aumentos previstos. Outro exemplo daquilo a que Portas classifica como as diferenças entre o realismo do CDS e a utopia da extrema esquerda.

Um partido muito dividido

O discurso de Paulo Portas no Funchal foi para uma plateia menos entusiasmada já que o partido ao nível regional atravessa uma crise após anos de crescimento e importância política. O CDS-Madeira perdeu votos, falhou a aposta de retirar a maioria absoluta ao PSD nas regionais de Março e, em Outubro, perdeu a representação na Assembleia da República. José Manuel Rodrigues, presidente do partido, pediu a demissão após 18 anos à frente dos centristas.

O CDS elegeu António Lopes da Fonseca como líder num congresso complicado. Uma parte dos delegados abandonou a sala onde decorria o encontro e não apareceu para a sessão de encerramento, nem para ouvir o presidente do CDS nacional. Apesar das negociações – Rui Barreto, que era candidato, tirou a moção -, o novo líder encerrou o congresso a pedir a união de todos e a insistir que eram “todos CDS”. Para já, o partido tem o maior grupo parlamentar da oposição na Assembleia Legislativa da Madeira e está à frente de uma câmara municipal.

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