Contra a preguiça, "trabalho, trabalho, trabalho"

22-05-2019
marcar artigo

Já aqui se escreveu: o rendimento social de inserção é o tema fracturante na agenda do CDS. E, como qualquer tema fracturante, há uma palavra que sintetiza todo um programa. Neste caso, a palavra é "preguiça". Os abusos do rendimento mínimo acabam por transformar esta prestação social num "subsídio à preguiça", tem dito Paulo Portas. A palavra pegou.

Clique para aceder ao índice do dossiê Portugal 2009

Esta manhã, na feira de Ponte de Lima, não faltou gente a dirigir-se a Portas para o louvar pela sua campanha contra a "preguiça". "Este senhor doutor está a falar bem. Sobre a preguiça ninguém dá resposta ao senhor", diz-lhe uma mulher. Ao lado, outra mete-se: "Rendimento mínimo? Eu conheço essa gente. Não querem trabalhar e eu, meu Deus...".

Paulo Portas cavalga a onda: "Na situação em que Portugal está, temos que apostar radicalmente em quem trabalha. Trabalho, trabalho, trabalho."

Uma vendedora de sapatos queixa-se: "Nós pagamos os nossos impostos e não temos direito a nada". Uma freguesa ouve e pede mais dinheiro para a sua reforma. Se fosse ensaiado não corria melhor - Portas não perde a deixa: "É por isso que eu digo que o mais importante é as reformas, é ajudar quem trabalhou toda a vida e quem quer trabalhar e não tem emprego".

A aposta pegou. Mas tem os seus riscos. Não será por acaso que, em Ponte de Lima, Paulo Portas só passeou na zona do gado e produtos agrícolas - e falou, mais uma vez, na importância da agricultura. Nas bancas onde se vende roupa - e onde estão os ciganos - ninguém o viu. Os ciganos já não acham tanta graça ao "Paulinho das feiras"...

Já aqui se escreveu: o rendimento social de inserção é o tema fracturante na agenda do CDS. E, como qualquer tema fracturante, há uma palavra que sintetiza todo um programa. Neste caso, a palavra é "preguiça". Os abusos do rendimento mínimo acabam por transformar esta prestação social num "subsídio à preguiça", tem dito Paulo Portas. A palavra pegou.

Clique para aceder ao índice do dossiê Portugal 2009

Esta manhã, na feira de Ponte de Lima, não faltou gente a dirigir-se a Portas para o louvar pela sua campanha contra a "preguiça". "Este senhor doutor está a falar bem. Sobre a preguiça ninguém dá resposta ao senhor", diz-lhe uma mulher. Ao lado, outra mete-se: "Rendimento mínimo? Eu conheço essa gente. Não querem trabalhar e eu, meu Deus...".

Paulo Portas cavalga a onda: "Na situação em que Portugal está, temos que apostar radicalmente em quem trabalha. Trabalho, trabalho, trabalho."

Uma vendedora de sapatos queixa-se: "Nós pagamos os nossos impostos e não temos direito a nada". Uma freguesa ouve e pede mais dinheiro para a sua reforma. Se fosse ensaiado não corria melhor - Portas não perde a deixa: "É por isso que eu digo que o mais importante é as reformas, é ajudar quem trabalhou toda a vida e quem quer trabalhar e não tem emprego".

A aposta pegou. Mas tem os seus riscos. Não será por acaso que, em Ponte de Lima, Paulo Portas só passeou na zona do gado e produtos agrícolas - e falou, mais uma vez, na importância da agricultura. Nas bancas onde se vende roupa - e onde estão os ciganos - ninguém o viu. Os ciganos já não acham tanta graça ao "Paulinho das feiras"...

marcar artigo