Paulo Portas: "Não venham depois pedir socorro"

14-10-2019
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Começando por classificar a actual legislatura de “invulgar” e num tom crítico e irónico, Paulo Portas criticou esta terça-feira a quebra de convenções que se verificou nos últimos dias e que tornou o funcionamento das instituições “irreconhecível”.

“Como provam as melhores democracias do mundo, as regras das instituições devem ser estáveis e perenes”, afirmou.

E foram cinco as convenções que se quebraram desde as eleições de 4 de Outubro, segundo Paulo Portas: a de que quem ganha governa; a convenção de quem tem mais deputados preside à câmara; a de que o governo saído de eleições não tem o seu programa rejeitado; a de que um país do euro não coloca o epicentro da governabilidade em partidos que não acreditam no euro ou querem sair do euro na primeira esquina.

Numa alusão à revolução russa, o líder do CDS afirmou que os partidos da esquerda estão a experimentar o seu “1917”, adiantando, “com todo o respeito”, que “a maioria dos portugueses não votou em nenhuma dessas aventuras no dia 4 de Outubro”.

Recorrendo depois a uma frase de Vasco Pulido Valente, Paulo Portas classificou assim a “manobra” das esquerdas: “isto não é bem um Governo, é uma geringonça”.

“Não é um acordo, porque há vários. É tal a dificuldade em conciliar o inconciliável que até nas moções de rejeição tiveram dificuldade em fazer uma só. E todos percebemos que, nos moldes parlamentares, vos custa muito aplaudirem-se uns aos outros”, sustentou, para admitir: “Temo que a geringonça deixe Portugal – a sua credibilidade, economia, etc – à mercê das reuniões do comité central.”

Neste cenário, ficou o aviso a António Costa: “Escolheu o que é matematicamente possível, mas o que é politicamente ilegítimo. Se esse caminho acontecer, conte apenas com a nossa coerência. E se mais à frente se vir aflito e não conseguir gerir a demagogia explosiva do Bloco de Esquerda e os compromissos de Bruxelas, não venha depois pedir socorro.”

Na opinião do vice-primeiro-ministro, o programa das esquerdas é uma “geringonça [que] oferece uma bebedeira de medidas, tudo a correr e ao mesmo tempo” – e, “como sabemos, as bebedeiras têm um só problema: chama-se ressaca”.

Paulo Portas falava de confiança – aquela que o actual Governo conseguiu recuperar e que com o actual programa pretende consolidar, através de medidas progressivas de recuperação de emprego e salários e de aumento das exportações.

Dirigindo-se, depois aos deputados do PSD, do CDS e do PAN (os que não deverão rejeitar o programa de Governo), o líder centrista pediu: “Estamos a deitar fora os sacrifícios que tantos portugueses fizeram. Hoje, têm a oportunidade de aprovar o programa de um Governo legitimamente eleito. Um programa de um Governo que os portugueses já julgaram. A vocês, a história julgará”.

Começando por classificar a actual legislatura de “invulgar” e num tom crítico e irónico, Paulo Portas criticou esta terça-feira a quebra de convenções que se verificou nos últimos dias e que tornou o funcionamento das instituições “irreconhecível”.

“Como provam as melhores democracias do mundo, as regras das instituições devem ser estáveis e perenes”, afirmou.

E foram cinco as convenções que se quebraram desde as eleições de 4 de Outubro, segundo Paulo Portas: a de que quem ganha governa; a convenção de quem tem mais deputados preside à câmara; a de que o governo saído de eleições não tem o seu programa rejeitado; a de que um país do euro não coloca o epicentro da governabilidade em partidos que não acreditam no euro ou querem sair do euro na primeira esquina.

Numa alusão à revolução russa, o líder do CDS afirmou que os partidos da esquerda estão a experimentar o seu “1917”, adiantando, “com todo o respeito”, que “a maioria dos portugueses não votou em nenhuma dessas aventuras no dia 4 de Outubro”.

Recorrendo depois a uma frase de Vasco Pulido Valente, Paulo Portas classificou assim a “manobra” das esquerdas: “isto não é bem um Governo, é uma geringonça”.

“Não é um acordo, porque há vários. É tal a dificuldade em conciliar o inconciliável que até nas moções de rejeição tiveram dificuldade em fazer uma só. E todos percebemos que, nos moldes parlamentares, vos custa muito aplaudirem-se uns aos outros”, sustentou, para admitir: “Temo que a geringonça deixe Portugal – a sua credibilidade, economia, etc – à mercê das reuniões do comité central.”

Neste cenário, ficou o aviso a António Costa: “Escolheu o que é matematicamente possível, mas o que é politicamente ilegítimo. Se esse caminho acontecer, conte apenas com a nossa coerência. E se mais à frente se vir aflito e não conseguir gerir a demagogia explosiva do Bloco de Esquerda e os compromissos de Bruxelas, não venha depois pedir socorro.”

Na opinião do vice-primeiro-ministro, o programa das esquerdas é uma “geringonça [que] oferece uma bebedeira de medidas, tudo a correr e ao mesmo tempo” – e, “como sabemos, as bebedeiras têm um só problema: chama-se ressaca”.

Paulo Portas falava de confiança – aquela que o actual Governo conseguiu recuperar e que com o actual programa pretende consolidar, através de medidas progressivas de recuperação de emprego e salários e de aumento das exportações.

Dirigindo-se, depois aos deputados do PSD, do CDS e do PAN (os que não deverão rejeitar o programa de Governo), o líder centrista pediu: “Estamos a deitar fora os sacrifícios que tantos portugueses fizeram. Hoje, têm a oportunidade de aprovar o programa de um Governo legitimamente eleito. Um programa de um Governo que os portugueses já julgaram. A vocês, a história julgará”.

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