Eleições da Madeira: BE diz que desertificação prova “falhanço” da governação do PSD

15-09-2019
marcar artigo

Numa ação de campanha pela costa norte da Madeira, o cabeça de lista do BE às eleições legislativas madeirenses, Paulino Ascenção, disse que “toda a ilha está a perder população” e indicou que “há uma média de menos 1.000 alunos cada ano letivo, nos últimos oito anos”, situação que se agravou este ano.

“Para o próximo ano letivo, menos 3.600 alunos e isso é a prova maior do falhanço da governação do PSD, ao longo destes 40 anos”, afirmou Paulino Ascenção, em declarações à Lusa, referindo que “esta desertificação é mais acentuada na costa norte, pela distância” ao centro da maior ilha do arquipélago.

Na sua perspetiva, o combate ao fenómeno da desertificação populacional não se resolve com investimentos públicos em novas vias rápidas.

“Podemos aprender com o exemplo do continente, as autoestradas no interior não fizeram diminuir a desertificação. E o PSD, que acusa tanto o Sócrates [José Sócrates, primeiro-ministro do PS entre 2005 e 2011] pelo despesismo, pelo disparo das contas públicas, pela dívida, aqui [na Madeira] faz exatamente a mesma política, o que é extraordinário”, criticou o bloquista.

De acordo com Paulino Ascenção, o arquipélago da Madeira precisa de “deixar de ter decisões que, sistematicamente, só beneficiam as elites privilegiadas e passar a ter uma visão mais global”, através da intervenção do Estado.

“O Estado investir diretamente para criar emprego e não ficar à espera apenas que sejam os privados a fazê-lo”, avançou o cabeça de lista, adiantando que há “imensas” medidas que podem ser tomadas, nomeadamente de incentivo fiscal para os concelhos que estão a perder residentes.

“Mas a grande realidade a constar é que ao fim de 40 anos não houve nenhuma medida, nenhum momento em que este fluxo de abandono contínuo da população se tivesse diminuído ou invertido”, declarou.

Neste âmbito, o candidato do BE defendeu uma política para fixar população, com a criação de empregos de longo prazo, porque “as obras públicas só criam empregos de curta duração - o prazo de execução das obras, depois não sobra nada”.

Sobre o investimento nestas obras, Paulino Ascenção lamentou que tal contribua para alimentar “a fortuna dos empreiteiros do regime” e acusou o atual presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque (PSD), de usar o cargo político “para resolver a sua vida privada e não para tratar do interesse comum” na sequência da renovação da concessão da zona franca ao grupo Pestana.

A concessão está a ser investigada pela União Europeia, por não ter sido sujeita a concurso público.

“Um político que se desse ao respeito ter-se-ia demitido com esta coincidência de sujeitos em transações em que o erário público, o interesse público não foi defendido”, advogou o candidato, desafiando Miguel Albuquerque a explicar a situação e o motivo de “achar que continua a ter condições para ser governante e para ser candidato às próximas eleições”.

As eleições regionais legislativas da Madeira, onde os sociais-democratas governam com maioria absoluta, decorrem em 22 de setembro, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional: PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR.

Numa ação de campanha pela costa norte da Madeira, o cabeça de lista do BE às eleições legislativas madeirenses, Paulino Ascenção, disse que “toda a ilha está a perder população” e indicou que “há uma média de menos 1.000 alunos cada ano letivo, nos últimos oito anos”, situação que se agravou este ano.

“Para o próximo ano letivo, menos 3.600 alunos e isso é a prova maior do falhanço da governação do PSD, ao longo destes 40 anos”, afirmou Paulino Ascenção, em declarações à Lusa, referindo que “esta desertificação é mais acentuada na costa norte, pela distância” ao centro da maior ilha do arquipélago.

Na sua perspetiva, o combate ao fenómeno da desertificação populacional não se resolve com investimentos públicos em novas vias rápidas.

“Podemos aprender com o exemplo do continente, as autoestradas no interior não fizeram diminuir a desertificação. E o PSD, que acusa tanto o Sócrates [José Sócrates, primeiro-ministro do PS entre 2005 e 2011] pelo despesismo, pelo disparo das contas públicas, pela dívida, aqui [na Madeira] faz exatamente a mesma política, o que é extraordinário”, criticou o bloquista.

De acordo com Paulino Ascenção, o arquipélago da Madeira precisa de “deixar de ter decisões que, sistematicamente, só beneficiam as elites privilegiadas e passar a ter uma visão mais global”, através da intervenção do Estado.

“O Estado investir diretamente para criar emprego e não ficar à espera apenas que sejam os privados a fazê-lo”, avançou o cabeça de lista, adiantando que há “imensas” medidas que podem ser tomadas, nomeadamente de incentivo fiscal para os concelhos que estão a perder residentes.

“Mas a grande realidade a constar é que ao fim de 40 anos não houve nenhuma medida, nenhum momento em que este fluxo de abandono contínuo da população se tivesse diminuído ou invertido”, declarou.

Neste âmbito, o candidato do BE defendeu uma política para fixar população, com a criação de empregos de longo prazo, porque “as obras públicas só criam empregos de curta duração - o prazo de execução das obras, depois não sobra nada”.

Sobre o investimento nestas obras, Paulino Ascenção lamentou que tal contribua para alimentar “a fortuna dos empreiteiros do regime” e acusou o atual presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque (PSD), de usar o cargo político “para resolver a sua vida privada e não para tratar do interesse comum” na sequência da renovação da concessão da zona franca ao grupo Pestana.

A concessão está a ser investigada pela União Europeia, por não ter sido sujeita a concurso público.

“Um político que se desse ao respeito ter-se-ia demitido com esta coincidência de sujeitos em transações em que o erário público, o interesse público não foi defendido”, advogou o candidato, desafiando Miguel Albuquerque a explicar a situação e o motivo de “achar que continua a ter condições para ser governante e para ser candidato às próximas eleições”.

As eleições regionais legislativas da Madeira, onde os sociais-democratas governam com maioria absoluta, decorrem em 22 de setembro, com 16 partidos e uma coligação a disputar os 47 lugares no parlamento regional: PDR, CHEGA, PNR, BE, PS, PAN, Aliança, Partido da Terra-MPT, PCTP/MRPP, PPD/PSD, Iniciativa Liberal, PTP, PURP, CDS-PP, CDU (PCP/PEV), JPP e RIR.

marcar artigo