BE quer atingir 40% de passageiros e mercadorias em transporte ferroviário

13-09-2019
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A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, quer alcançar os 40% de passageiros e de mercadorias em transporte ferroviário em Portugal e indicou que para tal basta um investimento anual equivalente a "um terço do que custa, este ano, o buraco do Novo Banco".

"Aquilo que propomos é que o nosso país decida fazer nos próximos anos o investimento necessário para chegar aos tais 40% de transporte de mercadorias e de passageiros por ferrovia", afirmou neste sábado Catarina Martins, no Peso da Régua, durante a apresentação do Plano Ferroviário Nacional proposto pelo Bloco de Esquerda.

Atualmente em Portugal, de acordo com Catarina Martins, apenas 5% do transporte de passageiros e de mercadorias é feito em comboio. Assim, aquilo que o BE pretende atingir implicaria multiplicar por oito a realidade atual.

"Não é assim tanto dinheiro, é uma questão de opção, de saber onde é queremos colocar os nossos recursos. Um ano de buraco do Novo Banco, com o valor desse buraco em 2019, dá para três anos do Plano Ferroviário Nacional que o BE propõe", sublinhou.

Depois de décadas "de abandono da ferrovia em Portugal em favor da rodovia", o BE propõe uma estratégia que aposta no caminho-de-ferro e lança ainda o desafio aos "outros países da União Europeia para que a ferrovia se transforme no transporte mais usado".

O comboio é amigo do ambiente

Catarina Martins elencou como objetivos deste plano, a concretizar até 2040, a coesão territorial, a mobilidade, as questões ambientais, o emprego e o aumento da capacidade produtiva do país.

"O transporte coletivo de ferrovia é a única forma de termos uma redução efetiva e rápida das emissões de gazes com efeito de estufa. Não basta boas intenções e assinar papéis, é preciso ações concretas", disse.

A coordenadora bloquista explicou ainda que o projeto do seu partido prevê um "aumento da capacidade produtiva nacional, nomeadamente utilizando as oficinas da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) que têm sido desqualificadas para permitir a construção de material circulante necessário".

Catarina Martins disse que "houve um projeto claro de desmantelar a ferrovia em todo o país e criar a rodovia com as suas Parcerias Público Privadas, com as suas portagens e com o preço incomportável dos combustíveis para as pessoas que vivem no Interior".

A líder do BE revelou ainda que escolheu o Peso da Régua, distrito de Vila Real, na Linha do Douro, para apresentar o projeto de lei que vai ser entregue na Assembleia da República, porque aquela estação é um exemplo do desinvestimento na ferrovia.

A Linha do Douro atualmente liga apenas até ao Pocinho e os seus ramais, como a linha do Corgo, do Tua ou Sabor, foram desativados.

A proposta do Bloco passa também pela construção de uma terceira travessia do Tejo (entre Chelas e Barreiro), exclusivamente ferroviária, para transporte de passageiros e mercadorias, a quadruplicação total da Linha do Norte e um novo eixo no interior. Este, segundo o BE, garantiria uma ligação Norte/Sul, da Guarda até Beja, e depois até estação da Funcheira [Concelho de Ourique, na linha de Lisboa para o Algarve].

Os bloquistas pretendem igualmente "reabilitar linhas de transporte de mercadorias que havia no Alentejo, como o ramal de Vila Viçosa.

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, quer alcançar os 40% de passageiros e de mercadorias em transporte ferroviário em Portugal e indicou que para tal basta um investimento anual equivalente a "um terço do que custa, este ano, o buraco do Novo Banco".

"Aquilo que propomos é que o nosso país decida fazer nos próximos anos o investimento necessário para chegar aos tais 40% de transporte de mercadorias e de passageiros por ferrovia", afirmou neste sábado Catarina Martins, no Peso da Régua, durante a apresentação do Plano Ferroviário Nacional proposto pelo Bloco de Esquerda.

Atualmente em Portugal, de acordo com Catarina Martins, apenas 5% do transporte de passageiros e de mercadorias é feito em comboio. Assim, aquilo que o BE pretende atingir implicaria multiplicar por oito a realidade atual.

"Não é assim tanto dinheiro, é uma questão de opção, de saber onde é queremos colocar os nossos recursos. Um ano de buraco do Novo Banco, com o valor desse buraco em 2019, dá para três anos do Plano Ferroviário Nacional que o BE propõe", sublinhou.

Depois de décadas "de abandono da ferrovia em Portugal em favor da rodovia", o BE propõe uma estratégia que aposta no caminho-de-ferro e lança ainda o desafio aos "outros países da União Europeia para que a ferrovia se transforme no transporte mais usado".

O comboio é amigo do ambiente

Catarina Martins elencou como objetivos deste plano, a concretizar até 2040, a coesão territorial, a mobilidade, as questões ambientais, o emprego e o aumento da capacidade produtiva do país.

"O transporte coletivo de ferrovia é a única forma de termos uma redução efetiva e rápida das emissões de gazes com efeito de estufa. Não basta boas intenções e assinar papéis, é preciso ações concretas", disse.

A coordenadora bloquista explicou ainda que o projeto do seu partido prevê um "aumento da capacidade produtiva nacional, nomeadamente utilizando as oficinas da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) que têm sido desqualificadas para permitir a construção de material circulante necessário".

Catarina Martins disse que "houve um projeto claro de desmantelar a ferrovia em todo o país e criar a rodovia com as suas Parcerias Público Privadas, com as suas portagens e com o preço incomportável dos combustíveis para as pessoas que vivem no Interior".

A líder do BE revelou ainda que escolheu o Peso da Régua, distrito de Vila Real, na Linha do Douro, para apresentar o projeto de lei que vai ser entregue na Assembleia da República, porque aquela estação é um exemplo do desinvestimento na ferrovia.

A Linha do Douro atualmente liga apenas até ao Pocinho e os seus ramais, como a linha do Corgo, do Tua ou Sabor, foram desativados.

A proposta do Bloco passa também pela construção de uma terceira travessia do Tejo (entre Chelas e Barreiro), exclusivamente ferroviária, para transporte de passageiros e mercadorias, a quadruplicação total da Linha do Norte e um novo eixo no interior. Este, segundo o BE, garantiria uma ligação Norte/Sul, da Guarda até Beja, e depois até estação da Funcheira [Concelho de Ourique, na linha de Lisboa para o Algarve].

Os bloquistas pretendem igualmente "reabilitar linhas de transporte de mercadorias que havia no Alentejo, como o ramal de Vila Viçosa.

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