Centeno: Solução para os professores será “robusta, responsável e passível de ser cumprida”

13-09-2019
marcar artigo

Saúde, professores e aumentos salariais na função pública. Estes foram os principais temas abordados pelo ministro das Finanças Mário Centeno, em entrevista à RTP nesta quarta-feira, precisamente no mesmo dia em que foi eleito o melhor ministro das Finanças da Europa pela revista "The Banker", suplemento do "Financial Times".

A contestação ao longo do último ano foi muita, há pré-avisos de greves para este ano, mas Centeno não quis falar especificamente sobre isso e optou por repetir a mensagem que se resume em rigor e cautela. "Temos sido muito cautelosos e rigorosos na aplicação do programa do Governo. E temos feito inúmeros processos negociais com resultados bastante positivos ao longo de toda a legislatura".

Sobre as razões de tal contestação e, em concreto, da demissão de diretores e chefes de serviço de hospitais, o ministro das Finanças nada disse, limitando-se a referir que o problema não são as cativações. "Não há cativações no Sistema Nacional de Saúde (SNS). Temos feito um enorme investimento no SNS e uma aposta grande na saúde". O reforço com pessoal e reforço de meios técnicos, continuou Centeno, "aumentou 500 milhões de euros nos últimos 12 meses". "Não é possível não ter havido uma melhoria nas condições de trabalho", acrescentou, reforçando: "Temos todos de ser responsáveis e utilizar as verbas com rigor".

Com os professores a situação é a mesma. Marcelo Rebelo de Sousa vetou o diploma sobre a contagem do tempo de serviço destes profissionais, mas Mário Centeno considera que "aquilo que o governo ofereceu aos professores teve uma lógica e um sentido de equidade em relação às outras carreiras".

Mas estará o Governo disposto a ir mais longe? Centeno começou por passar ao lado da questão, referindo que o "problema é como enquadrar essas verbas no Orçamento do Estado", mas depois recuou e respondeu: "Sem dados novos não consigo responder. Quando o Governo voltar a sentar-se à mesa com os professores terá a mesma atitude que teve no início". A pergunta sobre eventuais disparidades na solução encontrada para professores do continente e professores dos Açores e da Madeira também ficou por esclarecer. "O que posso garantir é que as decisões do Governo da República de Portugal são coerentes e que a decisão que for tomada para os professores será robusta, responsável e passível de ser cumprida. Vamos negociar de forma aberta, com estímulos dos dois lados".

Já de volta de outro tópico, o dos aumentos salariais na função pública, Mário Centeno esclareceu que a medida irá abranger 70 mil funcionários públicos dos escalões mais baixos e que todos os outros "terão a sua remuneração atualizada".

Ponderará Centeno ser ministro das Finanças num futuro governo PS? A esta pergunta, o ministro referiu apenas que ocupará o cargo até outubro de 2019 e desempenhá-lo-á "o melhor que sabe". E que o sabe parece ser muito, ou não tivesse sido distinguido como melhor ministro das Finanças da Europa, distinção que, nas suas palavras, "reflete o percurso de crescimento económico e de diminuição da pobreza que o país tem feito nos últimos anos".

Saúde, professores e aumentos salariais na função pública. Estes foram os principais temas abordados pelo ministro das Finanças Mário Centeno, em entrevista à RTP nesta quarta-feira, precisamente no mesmo dia em que foi eleito o melhor ministro das Finanças da Europa pela revista "The Banker", suplemento do "Financial Times".

A contestação ao longo do último ano foi muita, há pré-avisos de greves para este ano, mas Centeno não quis falar especificamente sobre isso e optou por repetir a mensagem que se resume em rigor e cautela. "Temos sido muito cautelosos e rigorosos na aplicação do programa do Governo. E temos feito inúmeros processos negociais com resultados bastante positivos ao longo de toda a legislatura".

Sobre as razões de tal contestação e, em concreto, da demissão de diretores e chefes de serviço de hospitais, o ministro das Finanças nada disse, limitando-se a referir que o problema não são as cativações. "Não há cativações no Sistema Nacional de Saúde (SNS). Temos feito um enorme investimento no SNS e uma aposta grande na saúde". O reforço com pessoal e reforço de meios técnicos, continuou Centeno, "aumentou 500 milhões de euros nos últimos 12 meses". "Não é possível não ter havido uma melhoria nas condições de trabalho", acrescentou, reforçando: "Temos todos de ser responsáveis e utilizar as verbas com rigor".

Com os professores a situação é a mesma. Marcelo Rebelo de Sousa vetou o diploma sobre a contagem do tempo de serviço destes profissionais, mas Mário Centeno considera que "aquilo que o governo ofereceu aos professores teve uma lógica e um sentido de equidade em relação às outras carreiras".

Mas estará o Governo disposto a ir mais longe? Centeno começou por passar ao lado da questão, referindo que o "problema é como enquadrar essas verbas no Orçamento do Estado", mas depois recuou e respondeu: "Sem dados novos não consigo responder. Quando o Governo voltar a sentar-se à mesa com os professores terá a mesma atitude que teve no início". A pergunta sobre eventuais disparidades na solução encontrada para professores do continente e professores dos Açores e da Madeira também ficou por esclarecer. "O que posso garantir é que as decisões do Governo da República de Portugal são coerentes e que a decisão que for tomada para os professores será robusta, responsável e passível de ser cumprida. Vamos negociar de forma aberta, com estímulos dos dois lados".

Já de volta de outro tópico, o dos aumentos salariais na função pública, Mário Centeno esclareceu que a medida irá abranger 70 mil funcionários públicos dos escalões mais baixos e que todos os outros "terão a sua remuneração atualizada".

Ponderará Centeno ser ministro das Finanças num futuro governo PS? A esta pergunta, o ministro referiu apenas que ocupará o cargo até outubro de 2019 e desempenhá-lo-á "o melhor que sabe". E que o sabe parece ser muito, ou não tivesse sido distinguido como melhor ministro das Finanças da Europa, distinção que, nas suas palavras, "reflete o percurso de crescimento económico e de diminuição da pobreza que o país tem feito nos últimos anos".

marcar artigo