Os seis que dizem adeus

27-10-2015
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Anabela Rodrigues, Miguel Poiares Maduro, Nuno Crato, Paula Teixeira da Cruz, Paulo Macedo e Pires de Lima despedem-se do poder. Já tinham dado sinais de estar de saída. E estavam mesmo

O novo Governo tem mais dois ministérios que o anterior (de 14 passa a 16). A Cultura volta a ser ministério, depois de Passos Coelho a ter remetido para secretaria de Estado, em 2011. E é criado o ministério da Modernização Administrativa, uma tutela que nunca tinha passado de secretaria de Estado. Do atual elenco mantêm-se nove ministros em funções, entram oito, saem seis.

O mandato de Anabela Rodrigues já era expectavelmente curto. A professora da Universidade de Coimbra aceitou substituir Miguel Macedo, quando este se demitiu de ministro da Administração Interna há menos de um ano. Durante este período foi tão low profile que quase não se deu por ela.

Miguel Poiares Maduro já tinha anunciado em julho que iria deixar o Governo e regressar à vida académica no estrangeiro - onde estava (no Instituto Universitário Europeu de Florança) quando Passos o foi buscar, em abril de 2013, para substituir Miguel Relvas. "Não era compatível continuar", justificou

A pasta da Educação é sempre das mais desgastantes e se já não é fácil a um ministro cumprir uma legislatura até ao fim, impossível mesmo tem sido renovar o mandato. Assim voltou a acontecer com Nuno Crato, o ministro que abateu onze mil professores ao quadro nestes quatro anos e introduziu o sistema de avaliação de professores, com muitos protestos da classe. Há umas semanas disse sair “de consciência tranquila”.

Paula Teixeira da Cruz aproveitou a abertura do ano judicial para confirmar o que já se tomava por certo: que não ficaria no ministério da Justiça. Reorganizou o mapa judiciário e, na sequência disso, lidou com uma mega crise na adaptação do sistema informático que a podia ter levado a sair mais cedo. Não que tenha faltado os pedidos para a sua cabeça rolar.

Várias foram as ocasiões ao longo destes quatro anos em que se pôs a hipótese de Paulo Macedo deixar o Governo. Não surpreenderia: com a Educação e a Justiça, a Saúde completa o top 3 das pastas “trituradoras” de ministros. Mas aguentou-se até ao fim e, apesar das críticas e dos protestos dos profissionais do setor, com relativa boa imagem de competência e autoridade.

Pires de Lima entrou para o Governo em julho de 2013, substituindo Álvaro Santos Pereira. Mas sempre deixou claro que seria uma missão de serviço por tempo curto e bem determinado: em janeiro de 2014 anunciou mesmo que quando acabasse o mandato deste Governo, em outubro de 2015, ele deixaria a política de vez, voltando ao mundo empresarial.

Anabela Rodrigues, Miguel Poiares Maduro, Nuno Crato, Paula Teixeira da Cruz, Paulo Macedo e Pires de Lima despedem-se do poder. Já tinham dado sinais de estar de saída. E estavam mesmo

O novo Governo tem mais dois ministérios que o anterior (de 14 passa a 16). A Cultura volta a ser ministério, depois de Passos Coelho a ter remetido para secretaria de Estado, em 2011. E é criado o ministério da Modernização Administrativa, uma tutela que nunca tinha passado de secretaria de Estado. Do atual elenco mantêm-se nove ministros em funções, entram oito, saem seis.

O mandato de Anabela Rodrigues já era expectavelmente curto. A professora da Universidade de Coimbra aceitou substituir Miguel Macedo, quando este se demitiu de ministro da Administração Interna há menos de um ano. Durante este período foi tão low profile que quase não se deu por ela.

Miguel Poiares Maduro já tinha anunciado em julho que iria deixar o Governo e regressar à vida académica no estrangeiro - onde estava (no Instituto Universitário Europeu de Florança) quando Passos o foi buscar, em abril de 2013, para substituir Miguel Relvas. "Não era compatível continuar", justificou

A pasta da Educação é sempre das mais desgastantes e se já não é fácil a um ministro cumprir uma legislatura até ao fim, impossível mesmo tem sido renovar o mandato. Assim voltou a acontecer com Nuno Crato, o ministro que abateu onze mil professores ao quadro nestes quatro anos e introduziu o sistema de avaliação de professores, com muitos protestos da classe. Há umas semanas disse sair “de consciência tranquila”.

Paula Teixeira da Cruz aproveitou a abertura do ano judicial para confirmar o que já se tomava por certo: que não ficaria no ministério da Justiça. Reorganizou o mapa judiciário e, na sequência disso, lidou com uma mega crise na adaptação do sistema informático que a podia ter levado a sair mais cedo. Não que tenha faltado os pedidos para a sua cabeça rolar.

Várias foram as ocasiões ao longo destes quatro anos em que se pôs a hipótese de Paulo Macedo deixar o Governo. Não surpreenderia: com a Educação e a Justiça, a Saúde completa o top 3 das pastas “trituradoras” de ministros. Mas aguentou-se até ao fim e, apesar das críticas e dos protestos dos profissionais do setor, com relativa boa imagem de competência e autoridade.

Pires de Lima entrou para o Governo em julho de 2013, substituindo Álvaro Santos Pereira. Mas sempre deixou claro que seria uma missão de serviço por tempo curto e bem determinado: em janeiro de 2014 anunciou mesmo que quando acabasse o mandato deste Governo, em outubro de 2015, ele deixaria a política de vez, voltando ao mundo empresarial.

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