Supervisão dos bancos tem novo rosto para substituir Elisa Ferreira

13-09-2019
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A supervisão dos bancos pelo Banco de Portugal tem um novo rosto. Ana Paula Serra, a administradora do supervisor que tem o pelouro dos recursos humanos, é quem vai substituir Elisa Ferreira no escrutínio à solidez das instituições bancárias. Fica assim preparado o período após a saída da candidata a comissária europeia, enquanto ainda não houver uma substituição efetiva - que só ocorrerá no próximo ano.

A 3 de setembro, o conselho de administração do Banco de Portugal liderado por Carlos Costa deliberou uma redistribuição de pelouros. No departamento de supervisão prudencial, a vice-governadora Elisa Ferreira passa a ser “substituída, nas suas ausências e impedimentos, pela administradora Ana Paula Serra”, segundo mostra a Deliberação n.º 942/2019, publicada esta quinta-feira, 12 de setembro em Diário da República.

Até agora, Elisa Ferreira, que é também a representante do Banco de Portugal no conselho de supervisão do Banco Central Europeu, função que obriga a reuniões frequentes em Frankfurt, era substituída pelo governador.

Neste momento, a ainda vice-governadora é candidata a comissária europeia (já tem pasta atribuída, Coesão e Reformas, mas a composição proposta pela presidente Ursula von der Leyen ainda tem de passar no Parlamento Europeu). E a decisão tomada foi a de manter-se na autoridade de supervisão “enquanto o processo de nomeação para o executivo europeu o permitir”. Só que Elisa Ferreira, até sair, terá menos tempo para o exercício do cargo, pelo que a substituição terá de ser mais frequente. Daí a opção pela nova distribuição de pelouros, que tinha já noticiada pelo jornal Eco.

Ana Paula Serra é administradora do Banco de Portugal desde setembro de 2017 (quando Elisa Ferreira passou de administradora a vice-governadora), sendo que, antes disso, era membro do conselho de auditoria do supervisor. Tem sob si os pelouros de recursos humanos, estatística e gestão de risco, a que junta agora a substituição de Elisa Ferreira nos seus impedimentos.

Assim, mesmo depois da saída da antiga eurodeputada, há um nome já preparado para a substituir de forma mais efetiva até que haja uma nomeação de um substituto formal por parte do Governo – o que só poderá acontecer quando a nova composição da Assembleia da República, saída das eleições de 6 de outubro, esteja funcional, já que os nomes têm de ser ouvidos em comissão parlamentar.

Além de um eventual vice-governador para substituir Elisa Ferreira, o administrador Hélder Rosalino termina o seu mandato no presente mês de setembro – e o Jornal de Negócios escreveu que o atual Executivo não tinha intenção de renovar o seu mandato. As mudanças não se ficam por aqui e o governador também vê o seu mandato findar em junho do próximo ano. Substituições que têm de assegurar uma representação mínima de 33% de membros do género feminino (com a saída de Elisa Ferreira, fica apenas Ana Paula Serra).

Neste momento, além de Elisa Ferreira, administração do Banco de Portugal conta com outros cinco membros (Carlos Costa, Luís Máximo dos Santos, Hélder Rosalino, Luís Laginha de Sousa e Ana Paula Serra), só que a redistribuição de pelouros tem de seguir orientações do BCE, de modo a evitar conflitos de interesse.

Por exemplo, Máximo dos Santos, vice-governador (um dos nomes, a par de Mário Centeno, que estão mais bem posicionados para suceder a Carlos Costa), não podia ficar com o departamento de supervisão prudencial por já ter a responsabilidade pela função de resolução bancária (além de ter também a supervisão comportamental, o olhar para como os bancos atuam junto dos clientes). O administrador Luís Laginha de Sousa tem a área macroprudencial, o governador conta a política monetária e Hélder Rosalino a gestão de reservas. Razões que contribuíram para que a escolha tenha recaído sobre Ana Paula Serra.

A supervisão dos bancos pelo Banco de Portugal tem um novo rosto. Ana Paula Serra, a administradora do supervisor que tem o pelouro dos recursos humanos, é quem vai substituir Elisa Ferreira no escrutínio à solidez das instituições bancárias. Fica assim preparado o período após a saída da candidata a comissária europeia, enquanto ainda não houver uma substituição efetiva - que só ocorrerá no próximo ano.

A 3 de setembro, o conselho de administração do Banco de Portugal liderado por Carlos Costa deliberou uma redistribuição de pelouros. No departamento de supervisão prudencial, a vice-governadora Elisa Ferreira passa a ser “substituída, nas suas ausências e impedimentos, pela administradora Ana Paula Serra”, segundo mostra a Deliberação n.º 942/2019, publicada esta quinta-feira, 12 de setembro em Diário da República.

Até agora, Elisa Ferreira, que é também a representante do Banco de Portugal no conselho de supervisão do Banco Central Europeu, função que obriga a reuniões frequentes em Frankfurt, era substituída pelo governador.

Neste momento, a ainda vice-governadora é candidata a comissária europeia (já tem pasta atribuída, Coesão e Reformas, mas a composição proposta pela presidente Ursula von der Leyen ainda tem de passar no Parlamento Europeu). E a decisão tomada foi a de manter-se na autoridade de supervisão “enquanto o processo de nomeação para o executivo europeu o permitir”. Só que Elisa Ferreira, até sair, terá menos tempo para o exercício do cargo, pelo que a substituição terá de ser mais frequente. Daí a opção pela nova distribuição de pelouros, que tinha já noticiada pelo jornal Eco.

Ana Paula Serra é administradora do Banco de Portugal desde setembro de 2017 (quando Elisa Ferreira passou de administradora a vice-governadora), sendo que, antes disso, era membro do conselho de auditoria do supervisor. Tem sob si os pelouros de recursos humanos, estatística e gestão de risco, a que junta agora a substituição de Elisa Ferreira nos seus impedimentos.

Assim, mesmo depois da saída da antiga eurodeputada, há um nome já preparado para a substituir de forma mais efetiva até que haja uma nomeação de um substituto formal por parte do Governo – o que só poderá acontecer quando a nova composição da Assembleia da República, saída das eleições de 6 de outubro, esteja funcional, já que os nomes têm de ser ouvidos em comissão parlamentar.

Além de um eventual vice-governador para substituir Elisa Ferreira, o administrador Hélder Rosalino termina o seu mandato no presente mês de setembro – e o Jornal de Negócios escreveu que o atual Executivo não tinha intenção de renovar o seu mandato. As mudanças não se ficam por aqui e o governador também vê o seu mandato findar em junho do próximo ano. Substituições que têm de assegurar uma representação mínima de 33% de membros do género feminino (com a saída de Elisa Ferreira, fica apenas Ana Paula Serra).

Neste momento, além de Elisa Ferreira, administração do Banco de Portugal conta com outros cinco membros (Carlos Costa, Luís Máximo dos Santos, Hélder Rosalino, Luís Laginha de Sousa e Ana Paula Serra), só que a redistribuição de pelouros tem de seguir orientações do BCE, de modo a evitar conflitos de interesse.

Por exemplo, Máximo dos Santos, vice-governador (um dos nomes, a par de Mário Centeno, que estão mais bem posicionados para suceder a Carlos Costa), não podia ficar com o departamento de supervisão prudencial por já ter a responsabilidade pela função de resolução bancária (além de ter também a supervisão comportamental, o olhar para como os bancos atuam junto dos clientes). O administrador Luís Laginha de Sousa tem a área macroprudencial, o governador conta a política monetária e Hélder Rosalino a gestão de reservas. Razões que contribuíram para que a escolha tenha recaído sobre Ana Paula Serra.

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