Avenida Central: O Complexo Elisa Ferreira

16-07-2018
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© Porto para TodosVenho manifestar a minha profunda solidariedade para com Hugo Pires e Palmira Maciel. Com efeito, não lhes podendo conferir o voto, tanto por dever de ofício como por imperativo cívico, entendo que a actual crise económica ameaça novas e velhas oportunidades, sem as devidas distinções entre plebeus e aristocratas.Já não bastava o negro cenário político local, que em Braga promete fazer cair um poder que ganhou raízes, agora também o mundo profissional dá sinais de não poder absorver a competência, rigor técnico e ética profissionais destes dois insignes bracarenses.É, portanto, com total compreensão que se compreende a dupla âncora largada no meio do mar da incerteza por parte dos dois (quase) ex-assalariados da autarquia. Tanto mais que os exemplos recentes de outros pleitos eleitorais – Elisa Ferreira e Ana Gomes – validam uma tal postura. O apego à causa pública é de salientar, não se encontram exemplos tão apaixonados pela vida política e pelo serviço público todos os dias.Aproveito ainda para modestamente deixar alguns conselhos úteis para enfrentar as costumeiras criticas de quem, certamente por incapacidade intelectual, não entende como pode alguém candidatar-se a dois cargos de natureza tão distinta entre si, senão como garante de um sustento doutra forma improvável.Desde já se elogia a lucidez destes dois servidores públicos. Ao embarcarem nas listas à Assembleia da República demonstram ser dos primeiros, entre os seus pares, a entenderem que a Câmara de Braga está perdida, “muito mais [de] Braga”, de momento, só em Lisboa. Por outro lado, exorto os visados a usarem doutro expediente que não o das famigeradas candidatas socialistas. Ao invés de assumirem que só irão para lá (neste caso, para a capital) se perderem por cá, será mais avisado confirmarem que nem uma coisa nem outra, que ficarão a meio caminho, numa qualquer empresa pública, nomeados à boca das urnas, na vertigem da dupla derrota que se anuncia.O que se perde em decência democrática, ganha-se em frontalidade, o que, nos dias que correm, é capital de monta para qualquer político que se preze.O dia 11 de Outubro será, acredito, o primeiro do resto das vossas vidas, um bem haja pelos serviços prestados e um até sempre desde esta “Terra do Nunca” em que o relógio, “tic-taqueando” na barriga do crocodilo, começa a ouvir-se perigosamente perto do navio do nosso capitão Gancho, como dizia o outro “vocês sabem de quem nós estamos a falar”.


© Porto para TodosVenho manifestar a minha profunda solidariedade para com Hugo Pires e Palmira Maciel. Com efeito, não lhes podendo conferir o voto, tanto por dever de ofício como por imperativo cívico, entendo que a actual crise económica ameaça novas e velhas oportunidades, sem as devidas distinções entre plebeus e aristocratas.Já não bastava o negro cenário político local, que em Braga promete fazer cair um poder que ganhou raízes, agora também o mundo profissional dá sinais de não poder absorver a competência, rigor técnico e ética profissionais destes dois insignes bracarenses.É, portanto, com total compreensão que se compreende a dupla âncora largada no meio do mar da incerteza por parte dos dois (quase) ex-assalariados da autarquia. Tanto mais que os exemplos recentes de outros pleitos eleitorais – Elisa Ferreira e Ana Gomes – validam uma tal postura. O apego à causa pública é de salientar, não se encontram exemplos tão apaixonados pela vida política e pelo serviço público todos os dias.Aproveito ainda para modestamente deixar alguns conselhos úteis para enfrentar as costumeiras criticas de quem, certamente por incapacidade intelectual, não entende como pode alguém candidatar-se a dois cargos de natureza tão distinta entre si, senão como garante de um sustento doutra forma improvável.Desde já se elogia a lucidez destes dois servidores públicos. Ao embarcarem nas listas à Assembleia da República demonstram ser dos primeiros, entre os seus pares, a entenderem que a Câmara de Braga está perdida, “muito mais [de] Braga”, de momento, só em Lisboa. Por outro lado, exorto os visados a usarem doutro expediente que não o das famigeradas candidatas socialistas. Ao invés de assumirem que só irão para lá (neste caso, para a capital) se perderem por cá, será mais avisado confirmarem que nem uma coisa nem outra, que ficarão a meio caminho, numa qualquer empresa pública, nomeados à boca das urnas, na vertigem da dupla derrota que se anuncia.O que se perde em decência democrática, ganha-se em frontalidade, o que, nos dias que correm, é capital de monta para qualquer político que se preze.O dia 11 de Outubro será, acredito, o primeiro do resto das vossas vidas, um bem haja pelos serviços prestados e um até sempre desde esta “Terra do Nunca” em que o relógio, “tic-taqueando” na barriga do crocodilo, começa a ouvir-se perigosamente perto do navio do nosso capitão Gancho, como dizia o outro “vocês sabem de quem nós estamos a falar”.

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