Nuno Sá nega ter registado falsa presença no Parlamento

14-10-2019
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O deputado socialista Nuno Sá negou, esta segunda-feira, à direcção da bancada do PS que tenha registado uma falsa presença numa reunião plenária do Parlamento e afirmou-se disponível para renunciar ao mandato "caso se comprovasse essa irregularidade". O deputado reagiu desta maneira a uma notícia do Observador, que garante que o socialista esteve no dia 12 de Junho de 2017 a fazer campanha em Famalicão, no âmbito da sua candidatura à presidência da Câmara desta cidade, mas no mesmo dia tem a presença registada no plenário na Assembleia da República.

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"O deputado Nuno Sá deu conta à direcção do Grupo Parlamentar [do PS] que esteve presente na reunião plenária em causa e que desenvolveu já as diligências, junto dos serviços da Assembleia da República, para o completo esclarecimento da situação referida", lê-se no comunicado divulgado pelo partido.

Ainda de acordo com a direcção da bancada socialista, o deputado Nuno Sá "informou, de igual modo, que renunciaria ao seu mandato caso se comprovasse a irregularidade que lhe é apontada, mesmo que, como agora reitera, nunca tenha solicitado a qualquer pessoa para proceder a qualquer registo indevido da sua presença em reunião plenária".

Ao jornal digital, o deputado disse que não se recorda "com detalhe de um dia que já foi há um ano e meio" e que a sua vida é um "vai-vem entre Lisboa e Famalicão".

"Fui candidato pelo PS nas autárquicas e estamos a falar de um período de pré-campanha eleitoral, a agenda está sempre a mudar e há vários acontecimentos, por isso não me lembro. É certo que há fotografias no Facebook, mas como eu era candidato e tinha um Facebook institucional da candidatura, nem sei se fui eu a colocar as fotografias no próprio dia ou se foram outras pessoas da candidatura que também tinham a password", explicou.

No vídeo do plenário desse dia 12, iniciado às 15h02, o deputado do PS não aparece em qualquer imagem, embora tenha sido registado o seu log in no Parlamento. Nuno Sá defendeu ainda que, sendo uma pessoa "minimamente com inteligência política", nunca publicaria conteúdos onde seria possível perceber que estava "num sítio público enquanto tinha presença Parlamento ao mesmo tempo". Nuno Sá revelou também que quer contactar os serviços da Assembleia da República para averiguar o que se passou com a sua presença nesse dia.

Depois de José Silvano, José Matos Rosa, Duarte Marques e Feliciano Barreiras Duarte, do PSD, os casos de presenças-fantasma no Parlamento chegaram ao Partido Socialista. Quando se tornaram públicos os sucessivos casos no seio da bancada social-democrata, o líder parlamentar socialista, Carlos César, defendeu que, não só devem existir medidas sancionatórias para práticas fraudulentas de deputados, como garantiu que deputados envolvidos em situações como as das falsas presenças "não tinham o direito de permanecer no âmbito do Grupo Parlamentar do PS".

Com Lusa e Diogo Camilo

O deputado socialista Nuno Sá negou, esta segunda-feira, à direcção da bancada do PS que tenha registado uma falsa presença numa reunião plenária do Parlamento e afirmou-se disponível para renunciar ao mandato "caso se comprovasse essa irregularidade". O deputado reagiu desta maneira a uma notícia do Observador, que garante que o socialista esteve no dia 12 de Junho de 2017 a fazer campanha em Famalicão, no âmbito da sua candidatura à presidência da Câmara desta cidade, mas no mesmo dia tem a presença registada no plenário na Assembleia da República.

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"O deputado Nuno Sá deu conta à direcção do Grupo Parlamentar [do PS] que esteve presente na reunião plenária em causa e que desenvolveu já as diligências, junto dos serviços da Assembleia da República, para o completo esclarecimento da situação referida", lê-se no comunicado divulgado pelo partido.

Ainda de acordo com a direcção da bancada socialista, o deputado Nuno Sá "informou, de igual modo, que renunciaria ao seu mandato caso se comprovasse a irregularidade que lhe é apontada, mesmo que, como agora reitera, nunca tenha solicitado a qualquer pessoa para proceder a qualquer registo indevido da sua presença em reunião plenária".

Ao jornal digital, o deputado disse que não se recorda "com detalhe de um dia que já foi há um ano e meio" e que a sua vida é um "vai-vem entre Lisboa e Famalicão".

"Fui candidato pelo PS nas autárquicas e estamos a falar de um período de pré-campanha eleitoral, a agenda está sempre a mudar e há vários acontecimentos, por isso não me lembro. É certo que há fotografias no Facebook, mas como eu era candidato e tinha um Facebook institucional da candidatura, nem sei se fui eu a colocar as fotografias no próprio dia ou se foram outras pessoas da candidatura que também tinham a password", explicou.

No vídeo do plenário desse dia 12, iniciado às 15h02, o deputado do PS não aparece em qualquer imagem, embora tenha sido registado o seu log in no Parlamento. Nuno Sá defendeu ainda que, sendo uma pessoa "minimamente com inteligência política", nunca publicaria conteúdos onde seria possível perceber que estava "num sítio público enquanto tinha presença Parlamento ao mesmo tempo". Nuno Sá revelou também que quer contactar os serviços da Assembleia da República para averiguar o que se passou com a sua presença nesse dia.

Depois de José Silvano, José Matos Rosa, Duarte Marques e Feliciano Barreiras Duarte, do PSD, os casos de presenças-fantasma no Parlamento chegaram ao Partido Socialista. Quando se tornaram públicos os sucessivos casos no seio da bancada social-democrata, o líder parlamentar socialista, Carlos César, defendeu que, não só devem existir medidas sancionatórias para práticas fraudulentas de deputados, como garantiu que deputados envolvidos em situações como as das falsas presenças "não tinham o direito de permanecer no âmbito do Grupo Parlamentar do PS".

Com Lusa e Diogo Camilo

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