Assunção Cristas: “Senhor primeiro-ministro, volte e demita os ministros”

04-07-2017
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A líder do CDS-PP pediu esta tarde a demissão dos ministros da Administração Interna e da Defesa. “Não é possível restaurar a quebra de confiança que neste momento existe no Estado nos domínios da Defesa e da Segurança”, disse Assunção Cristas ao jornalistas durante uma conferência de imprensa na sede do Partido, em Lisboa.

“O primeiro-ministro tem de os demitir e se não estiver em Portugal convém que volte e o faça”, insistiu Cristas momentos depois de ter sido recebida pelo Presidente da República, em Belém.

Para Assunção Cristas, Azeredo Lopes e (no caso do roubo de armas e munições em Tancos) e Constança Urbano de Sousa (no caso dos incêndios de Pedrógão Grande) "não souberam estar à altura das suas responsabilidades" pelo que as suas demissões são "inevitáveis". "Temos de o dizer sem hesitações e sem rodeios: senhor primeiro-ministro, volte e demita-os", afirmou a líder do Partido Popular.

"Num e noutro caso, – disse Assunção Cristas – o Governo tem fugido às suas responsabilidades e mostra-se incapaz de assumir os erros e tirar conclusões", o mesmo que "é rápido a mandar testar a sua imagem e popularidade".

"Esperámos uma atitude firme por parte dos ministros em causa ou do primeiro-ministro, assumindo as suas responsabilidades e respetivas consequências políticas. Não o fizeram. Instámos o primeiro-ministro a retirar essas consequências. Não o fez. Passaram-se dias de um silêncio ensurdecedor", declarou a líder centrista, defendendo que "o que se passou nas últimas semanas em Portugal ultrapassou todas as marcas".

"Quando os portugueses mais precisavam de um Estado que os protegesse, o Estado falhou. Falhou e tarda em assumir que falhou, escondido nas contradições dos governantes, escudado na barafunda dos serviços, disfarçado num primeiro-ministro que só faz perguntas e que se limita a ter 'curiosidade' nas respostas", argumentou.

A presidente do CDS-PP defendeu que o primeiro-ministro não deve esperar pelo final da 'época de incêndios' ou de que mais material militar seja furtado.

Assunção Cristas referiu que, "ainda antes do incêndio de Pedrógão e do furto de material militar", já tinham sido conhecidos "episódios preocupantes", nomeadamente "a insegurança no aeroporto de Lisboa e o furto de pistolas à PSP".

Acerca do furto em Tancos, Cristas frisou que o ministro assumiu a responsabilidade política, mas sem "retirar qualquer consequência disso".

"Sinalizámos a ausência de qualquer palavra por parte do primeiro-ministro numa matéria tão grave quer interna quer externamente. Sentimo-nos envergonhados quando um jornal estrangeiro publica a lista do material furtado", afirmou.

O incêndio que deflagrou há 15 dias em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos e só foi dado como extinto uma semana depois.

Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236.1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.

Já no caso do furto de armas, o Exército anunciou na quinta-feira que foi detetada na quarta-feira ao final do dia a violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos e o arrombamento de dois 'paiolins', tendo desaparecido granadas de mão ofensivas e munições de calibre nove milímetros.

Na sexta-feira, o Exército acrescentou que entre o material de guerra roubado na quarta-feira dos Paióis Nacionais de Tancos estão "granadas foguete anticarro", granadas de gás lacrimogéneo e explosivos, mas não divulgou quantidades.

A líder do CDS-PP pediu esta tarde a demissão dos ministros da Administração Interna e da Defesa. “Não é possível restaurar a quebra de confiança que neste momento existe no Estado nos domínios da Defesa e da Segurança”, disse Assunção Cristas ao jornalistas durante uma conferência de imprensa na sede do Partido, em Lisboa.

“O primeiro-ministro tem de os demitir e se não estiver em Portugal convém que volte e o faça”, insistiu Cristas momentos depois de ter sido recebida pelo Presidente da República, em Belém.

Para Assunção Cristas, Azeredo Lopes e (no caso do roubo de armas e munições em Tancos) e Constança Urbano de Sousa (no caso dos incêndios de Pedrógão Grande) "não souberam estar à altura das suas responsabilidades" pelo que as suas demissões são "inevitáveis". "Temos de o dizer sem hesitações e sem rodeios: senhor primeiro-ministro, volte e demita-os", afirmou a líder do Partido Popular.

"Num e noutro caso, – disse Assunção Cristas – o Governo tem fugido às suas responsabilidades e mostra-se incapaz de assumir os erros e tirar conclusões", o mesmo que "é rápido a mandar testar a sua imagem e popularidade".

"Esperámos uma atitude firme por parte dos ministros em causa ou do primeiro-ministro, assumindo as suas responsabilidades e respetivas consequências políticas. Não o fizeram. Instámos o primeiro-ministro a retirar essas consequências. Não o fez. Passaram-se dias de um silêncio ensurdecedor", declarou a líder centrista, defendendo que "o que se passou nas últimas semanas em Portugal ultrapassou todas as marcas".

"Quando os portugueses mais precisavam de um Estado que os protegesse, o Estado falhou. Falhou e tarda em assumir que falhou, escondido nas contradições dos governantes, escudado na barafunda dos serviços, disfarçado num primeiro-ministro que só faz perguntas e que se limita a ter 'curiosidade' nas respostas", argumentou.

A presidente do CDS-PP defendeu que o primeiro-ministro não deve esperar pelo final da 'época de incêndios' ou de que mais material militar seja furtado.

Assunção Cristas referiu que, "ainda antes do incêndio de Pedrógão e do furto de material militar", já tinham sido conhecidos "episódios preocupantes", nomeadamente "a insegurança no aeroporto de Lisboa e o furto de pistolas à PSP".

Acerca do furto em Tancos, Cristas frisou que o ministro assumiu a responsabilidade política, mas sem "retirar qualquer consequência disso".

"Sinalizámos a ausência de qualquer palavra por parte do primeiro-ministro numa matéria tão grave quer interna quer externamente. Sentimo-nos envergonhados quando um jornal estrangeiro publica a lista do material furtado", afirmou.

O incêndio que deflagrou há 15 dias em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 200 feridos e só foi dado como extinto uma semana depois.

Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236.1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.

Já no caso do furto de armas, o Exército anunciou na quinta-feira que foi detetada na quarta-feira ao final do dia a violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos e o arrombamento de dois 'paiolins', tendo desaparecido granadas de mão ofensivas e munições de calibre nove milímetros.

Na sexta-feira, o Exército acrescentou que entre o material de guerra roubado na quarta-feira dos Paióis Nacionais de Tancos estão "granadas foguete anticarro", granadas de gás lacrimogéneo e explosivos, mas não divulgou quantidades.

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