CDS elogia Soares, mas não esquece "processo de descolonização apressado"
CDS elogia Soares, mas não esquece "processo de descolonização apressado"
Diana Tinoco
Margarida Davim 11/01/2017 16:16
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Nuno Magalhães aproveitou a cerimómia evocativa da memória de Mário Soares que decorre no Parlamento para recordar o papel decisivo que o fundador do PS teve no 25 de Novembro, mas não esqueceu as críticas à descolonização que ajudou a fazer.
"O CDS, neste momento de justa e merecida homenagem, não pode deixar de recordar a nossa discordância com um processo de descolonização apelidado por muitos de exemplar mas que, a nosso ver, foi apressado e trouxe sofrimento a milhares de portugueses que não tiveram qualquer responsabilidade na teimosia do Estado Novo em não reconhecer a tempo e horas o direito à autodeterminação de povos que hoje são Estados independentes e países irmãos", afirmou o líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães.
Nuno Magalhães demarcou-se também do momento em que em 1976 Soares ajudou a aprovar "uma Constituição que preconizava o caminho para o socialismo".
E não esqueceu sequer as críticas que Mário Soares fez ao Governo PSD/CDS durante a intervenção da troika em Portugal.
Nenhuma dessas divergências impede, porém, os centristas de reconhecerem a "a memória de um homem que marcou indelevelmente o final do século passado e o início deste século".
Nuno Magalhães defendeu mesmo que não se furtar a explicitar essas divergências "é a melhor forma de homenagear alguém que discordando-se ou concordando-se sempre defendeu a liberdade e a democracia como valores essenciais da dignidade humana".
"As divergências que tivemos enquanto partido não ofuscam em nada o respeito e a consideração pelas suas qualidades indiscutíveis", vincou Magalhães, apresentando as suas condolências à família e ao PS.
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CDS elogia Soares, mas não esquece "processo de descolonização apressado"
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Diana Tinoco
Margarida Davim 11/01/2017 16:16
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Nuno Magalhães aproveitou a cerimómia evocativa da memória de Mário Soares que decorre no Parlamento para recordar o papel decisivo que o fundador do PS teve no 25 de Novembro, mas não esqueceu as críticas à descolonização que ajudou a fazer.
"O CDS, neste momento de justa e merecida homenagem, não pode deixar de recordar a nossa discordância com um processo de descolonização apelidado por muitos de exemplar mas que, a nosso ver, foi apressado e trouxe sofrimento a milhares de portugueses que não tiveram qualquer responsabilidade na teimosia do Estado Novo em não reconhecer a tempo e horas o direito à autodeterminação de povos que hoje são Estados independentes e países irmãos", afirmou o líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães.
Nuno Magalhães demarcou-se também do momento em que em 1976 Soares ajudou a aprovar "uma Constituição que preconizava o caminho para o socialismo".
E não esqueceu sequer as críticas que Mário Soares fez ao Governo PSD/CDS durante a intervenção da troika em Portugal.
Nenhuma dessas divergências impede, porém, os centristas de reconhecerem a "a memória de um homem que marcou indelevelmente o final do século passado e o início deste século".
Nuno Magalhães defendeu mesmo que não se furtar a explicitar essas divergências "é a melhor forma de homenagear alguém que discordando-se ou concordando-se sempre defendeu a liberdade e a democracia como valores essenciais da dignidade humana".
"As divergências que tivemos enquanto partido não ofuscam em nada o respeito e a consideração pelas suas qualidades indiscutíveis", vincou Magalhães, apresentando as suas condolências à família e ao PS.