O PS DUVIDA DA CAPACIDADE DO CENDREV PARA SE CANDIDATAR AO CONCURSO DE APOIO ÀS ARTES

05-05-2018
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Criado em quinta, 19 abril 2018, 13:41

O deputado ao Parlamento Europeu Carlos Zorrinho, ao comentar, numa rádio local, a possível exclusão de companhias histórias da fase inicial do concurso de financiamento para a Cultura realizado pela DGArtes, como o Centro Dramático de Évora - CENDREV, considerou que “provavelmente o CENDREV terá tido menos cuidado na apresentação da candidatura”. Nesta afirmação o PS, no distrito de Évora, assume uma posição política em relação ao CENDREV que vem tornar claro que provavelmente o deputado do PS na Assembleia da República, Norberto Patinho, não teve a coragem de assumir esta posição na reunião que teve, há pouco tempo, com os agentes culturais sobre esta questão”, onde estava o CENDREV e onde mostrou toda a sua disponibilidade para apoiar os agentes culturais do distrito no sentido de que os erros do concurso fossem corrigidos, erros esses já assumidos pelo próprio Ministério da Cultura. Será que aqui no distrito de Évora voltámos ao tempo “do pide bom e do pide mau” dos tempos do fascismo?

Como reacção à forte contestação nacional ao concurso, que excluiu inúmeras estruturas artísticas do país, o Ministério da Cultura veio, à pressa, publicar uma nova lista de entidades a apoiar, entre elas o CENDREV, apesar do financiamento disponibilizado ser manifestamente insuficiente. Como o PCP tem sustentado e propôs na discussão do Orçamento de Estado para este ano é necessário chegar aos 25 milhões de euros para repor as condições que estes profissionais tinham em 2009.

Como se sabe o CENDREV, desde 1975, para além de ser um exemplo na descentralização teatral e na criação artística e formação de actores, fazendo escola a nível nacional e tendo reconhecimento internacional, sempre se candidatou aos concursos de apoio às artes e sempre teve apoio sustentado e neste concurso teve pontuação suficiente para ser apoiado, mas foi excluído. È caso para dizer que este governo do PS ainda fez pior que o PSD/CDS, na sua política de empobrecimento e de liquidação de estruturas culturais e artísticas do país.

Mas o PS no distrito saliva sobre o CENDREV, ignorando a sua história, património cultural, trabalho feito, consolidado e reconhecido, e Carlos Zorrinho compara os concursos ao apoio como aquele do “preço certo” que passa numa televisão, afirmando o deputado que “sempre que há concursos há ganhadores e há perdedores”, uma coisa do tipo em que, com o PS a comandar, os concorrentes põem as fichas na roleta, sabendo que quem perde é sempre o mais fraco, o que não tem na área de decisão política alguém que o defenda. Desta vez exageraram! O PCP considera que é caso para perguntar qual terá sido o parecer prévio de Carlos Zorrinho à tomada de decisão de exclusão do CENDREV, dado mostrar saber tanto sobre o processo de concurso do mesmo CENDREV?

Évora, 17 de Abril de 2018

A Comissão Concelhia de Évora do PCP

Criado em quinta, 19 abril 2018, 13:41

O deputado ao Parlamento Europeu Carlos Zorrinho, ao comentar, numa rádio local, a possível exclusão de companhias histórias da fase inicial do concurso de financiamento para a Cultura realizado pela DGArtes, como o Centro Dramático de Évora - CENDREV, considerou que “provavelmente o CENDREV terá tido menos cuidado na apresentação da candidatura”. Nesta afirmação o PS, no distrito de Évora, assume uma posição política em relação ao CENDREV que vem tornar claro que provavelmente o deputado do PS na Assembleia da República, Norberto Patinho, não teve a coragem de assumir esta posição na reunião que teve, há pouco tempo, com os agentes culturais sobre esta questão”, onde estava o CENDREV e onde mostrou toda a sua disponibilidade para apoiar os agentes culturais do distrito no sentido de que os erros do concurso fossem corrigidos, erros esses já assumidos pelo próprio Ministério da Cultura. Será que aqui no distrito de Évora voltámos ao tempo “do pide bom e do pide mau” dos tempos do fascismo?

Como reacção à forte contestação nacional ao concurso, que excluiu inúmeras estruturas artísticas do país, o Ministério da Cultura veio, à pressa, publicar uma nova lista de entidades a apoiar, entre elas o CENDREV, apesar do financiamento disponibilizado ser manifestamente insuficiente. Como o PCP tem sustentado e propôs na discussão do Orçamento de Estado para este ano é necessário chegar aos 25 milhões de euros para repor as condições que estes profissionais tinham em 2009.

Como se sabe o CENDREV, desde 1975, para além de ser um exemplo na descentralização teatral e na criação artística e formação de actores, fazendo escola a nível nacional e tendo reconhecimento internacional, sempre se candidatou aos concursos de apoio às artes e sempre teve apoio sustentado e neste concurso teve pontuação suficiente para ser apoiado, mas foi excluído. È caso para dizer que este governo do PS ainda fez pior que o PSD/CDS, na sua política de empobrecimento e de liquidação de estruturas culturais e artísticas do país.

Mas o PS no distrito saliva sobre o CENDREV, ignorando a sua história, património cultural, trabalho feito, consolidado e reconhecido, e Carlos Zorrinho compara os concursos ao apoio como aquele do “preço certo” que passa numa televisão, afirmando o deputado que “sempre que há concursos há ganhadores e há perdedores”, uma coisa do tipo em que, com o PS a comandar, os concorrentes põem as fichas na roleta, sabendo que quem perde é sempre o mais fraco, o que não tem na área de decisão política alguém que o defenda. Desta vez exageraram! O PCP considera que é caso para perguntar qual terá sido o parecer prévio de Carlos Zorrinho à tomada de decisão de exclusão do CENDREV, dado mostrar saber tanto sobre o processo de concurso do mesmo CENDREV?

Évora, 17 de Abril de 2018

A Comissão Concelhia de Évora do PCP

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