Pratinho de Couratos: Janeiro 2017

04-09-2019
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O sistema
fiscal português é insustentável pela imoralidade absoluta de que está
inquinado (tl;dr)

Um líder de
lasquinha, como um bom bacalhau, leva firmeza das convicções, resiliência
perante as adversidades, verticalidade e honorabilidade na comunicação com os portugueses,
competência e humanismo nas decisões, e total determinação patriótica em levar
Portugal a um novo rumo [1]. Se lhe juntarmos
três cabeças de não perceber uma indireta – perder 25 deputados – encasqueta
vitória, não arria o pin e quer
governar, então, brunchamos Passos Coelho: “O que eu gostaria era que nós não
estivéssemos a criar ehh ehh um horizonte para 2017 que fosse ehh um engodo,
prás pessoas, que fosse um engano, como foi este ano. O que eu gostaria, era
que o governo estivesse a apresentar um Orçamento que pudesse cumprir e não um
que não cumpre. (…). O que o governo se ensaia pra dizer, é que vai haver
aumentos, que vão ser bons prás pessoas, os impostos vão baixar. (…). Para
cumprir aquilo que são metas que estarão negociadas com a Comissão Europeia, e
que são aquelas que Portugal precisa ehh de atingir, com certeza, que tem de
vir aí impostos, e os piores deles, são impostos em que ehh ehh
as pessoas pagam, não em função da sua capacidade, mas
independentemente da sua capacidade, que são os impostos indiretos. (…). E
o governo ‘tá a fazer isso e e vai vendendo isso às pessoas, como se isto fosse
uma coisa extraordinária. Ora isto serve justamente para que o governo depois
arranje dinheiro para pagar a certos grupos e a certos setores da sociedade,
colocando toda a sociedade a pagar esse ehh esse custo, esse bonito,
que estão a oferecer, e isto é apresentado como sendo uma coisa muito
justa, mas não é.” (Outubro 2016) [2].

Um país tão
rico culinariamente, naturalmente as suas mulheres mexem mais que ovos,
bimbymente, Maria Luís Albuquerque: “Assenta muitíssimo num aumento de impostos
generalizado sobre uma série de matérias, que passa uma mensagem completamente
errada para quem queira poupar ou investir neste país, porque reforça uma
enorme instabilidade fiscal para dar a alguns relativamente pouco, tirando
a muitos, e reforçando a injustiça social e as desigualdades. (…). Está
focado essencialmente no curto prazo e na sobrevivência política do governo. (…).
E portanto as condições do país decorrem muito dessas opções de uma estratégia
de curto prazo que vai degradando necessariamente o futuro, lamentavelmente.” (Outubro
2016).

1984.
Junho. Sábado, 9 “Portugal
é o país da OCDE mais sobrecarregado fiscalmente se se tiver em conta o
rendimento médio por habitante – afirma Medina Carreira, num estudo sobre o
sistema fiscal português. Este trabalho técnico do antigo ministro das Finanças
foi-lhe encomendado pelas Associações Industriais Portuguesas e Portuense e
Comercial de Coimbra e vai ser entregue ao governo na próxima semana. Portugal
é dos países em que os impostos mais cresceram nos últimos anos, sabendo-se
que a carga fiscal se distribui desigualmente, concentrando-se sobre certos
tipos de rendimentos e, nestes, sobre um número limitado de contribuintes,
concluindo-se que os que não se evadem estão a atingir o nível do insuportável.
Só atendendo a estes fatores é possível comparar internacionalmente o sistema
fiscal português, porque, «parecendo tributar bens supérfluos, as taxas altas,
na realidade o contrabando e outros tipos de fraude evitam-no». «Parecendo
tributar rendimentos em numerosos casos, incide efetivamente sobre o capital,
contribuindo para as nefastas consequências que, a médio prazo, a
descapitalização trará ao país». Medina Carreira considera que, ao nível da
fraude e evasão fiscais, se estão a acumular casos muito graves, em que o
governo irá ser confrontado com a opção entre perdoar o imposto e as multas ou
provocar falências em série ou obrigar a banca a pagar as cauções e intentar
depois ações sobre as empresas. Esta situação decorre do facto de um
contribuinte com dívidas ao fisco poder sempre recorrer para os tribunais e, no
caso de ser condenado, ter de pagar o imposto, as multas e as custas do
tribunal. O Estado, para garantir-se, permite que o contribuinte não pague,
desde que apresente uma caução (geralmente bancaria) ou se forem penhorados
bens suficientes. Quando se chegar ao fim, o contribuinte pode não estar em
condições de suportar o pagamento da dívida e a banca é chamada a honrar a
caução ou os bens são vendidos judicialmente, em regra a baixo valor e
pouquíssimo o Estado irá arrecadar. Para além da irracionalidade e dispersão do
sistema fiscal português, estão em vigor 50 impostos dos quais apenas 20 são
responsáveis por 98,7 % das receitas previstas. (…). Alarga-se,
progressivamente, a diferença entre o volume dos gastos públicos e o montante
das receitas fiscais, considerando o estudo que não é possível obter receitas
que satisfaçam toda e qualquer política de despesas públicas e, assim, o saldo
negativo das contas públicas vai-se agravando. A fiscalidade também não
favorece a estabilização conjuntural, pois a necessidade e o peso dos impostos
sobre a despesa decorrente da ineficácia da tributação direta, favorece a
inflação, penaliza o risco, o que é negativo para o investimento e para o combate
ao desemprego, ao passo que a ineficácia financeira agrava a monetarização da
economia, agravando a inflação e os desequilíbrios na balança de transações
correntes. Medina Carreira conclui que o objetivo de eliminar as desigualdades
económicas por via de uma política redistributiva está cada vez mais longe de
ser atingido: o regime de alta progressividade vigente em alguns impostos
diretos (sobre bens supérfluos, no imposto de transações) só está a ser
operante nos rendimentos do trabalho.           

Sexta-feira,
15 de junho “o ex-ministro das Finanças, Medina Carreira, disse em Coimbra, que
o sistema fiscal português é «insustentável pela imoralidade absoluta de que
está inquinado». Medina Carreira falava durante um jantar-debate promovido pela
Associação Comercial e Industrial de Coimbra (ACI), onde abordou o tema
«Impostos: as alterações necessárias». Segundo o ex-ministro das Finanças, a
prática fiscal portuguesa «tem pouco a ver, em muitos aspetos, com aquilo que a
lei diz, devido à inflação, à fraude e ao comportamento da administração
fiscal». «As altas taxas aplicáveis estimulam fortemente a evasão e a fraude,
desencorajando o trabalho e o investimento» - considerou sublinhando que se
perdeu «o bom senso e a coerência das taxas». De acordo com o antigo ministro,
o sistema fiscal português «só penaliza um número limitado de contribuintes e
funciona, na sua globalidade, de forma regressiva». «O nosso regime não atinge
os mais ricos, como pareceria e se pretenderia». «Concebido para tributar
rendimentos, penaliza o capital e quando visa o capital este escapa-se-lhe».
Medina Carreira disse ainda era o Imposto Profissional «o único que na prática
é acentuadamente progressivo», justificando deste modo que «só os salários
sejam efetivamente tributados duas vezes a taxas altamente progressivas». (…).
Segundo o orador, Portugal é o único país da OCDE com um produto por habitante
da ordem dos 2500 dólares, e uma carga fiscal próxima dos 30 %. O nível da
fiscalidade em Portugal anda perto do da Suíça, da Austrália e dos Estados
Unidos. (…). No entanto, segundo afirmou, o Orçamento do Estado para 1984
mantém em vigor perto de 50 impostos. Mas a Segurança Social, os fundos e os
serviços autónomos e a administração local arrecadam receitas fiscais,
calculando-se em mais de 80 o número de impostos em vigor. «Mesmo que o
ministro das Finanças quisesse acabar com alguns impostos não podia porque não
sabe verdadeiramente quais é que existem».” 
     

Segunda-feira,
11 de junho “Enrico Berlinguer, secretário-geral do Partido Comunista Italiano,
morreu esta manhã pelas 11h07 (hora de Lisboa), depois do agravamento do seu
estado ter levado os médicos a informarem que o líder do PCI estava clinicamente
morto. No boletim médico divulgado ao princípio da manhã de hoje os clínicos do
hospital de Pádua afirmavam que «a atividade cerebral elétrica desapareceu. O
coma é, por isso, irreversível». (…). Nos últimos dias, o hospital de Pádua tem
assistido à confluência de vários dirigentes políticos italianos que ali se
informam sobre o estado de saúde de Berlinguer. Particularmente notada a
presença do presidente italiano, Sandro Pertini, que, de lagrimas nos olhos,
contactou com a família do dirigente comunista. Aliás, Pertini permaneceu todo
o fim de semana naquela cidade italiana para, segundo fontes oficiais da
presidência, «estar junto de Berlinguer».

Terça-feira,
12 de junho “só após o funeral de Enrico Berlinguer, que se realiza amanhã [3], o PCI decidirá da convocação de um congresso
extraordinário onde a sucessão do malogrado dirigente será abordada. Até lá, os
comunistas italianos continuam a chorar o seu dirigente desaparecido e a
receberem mensagens de condolências de todo o mundo. De Portugal, chegaram à
rua Botteghe Oscure condolências de Ramalho Eanes [4],
Tito de Morais [5], do PS [6], PSD, CDS e PCP. Os comunistas portugueses
far-se-ão representar nas cerimónias fúnebres de Berlinguer por Dias Lourenço,
membro da Comissão Política do Comité Central do PCP e diretor do semanário
Avante! (…). O transporte da urna contendo os restos mortais de Berlinguer, de
Pádua para a capital italiana, foi feito a bordo do avião presidencial de
Sandro Pertini. (…). Para que o transporte se pudesse realizar, os
trabalhadores do aeroporto de Roma desconvocaram uma greve marcada para ontem.
O cortejo fúnebre era aguardado junto à sede nacional do PCI por dez mil
pessoas, e a sua chegada foi sublinhada com uma ovação de dez minutos. (…). Nos
seus últimos momentos, no quarto em que estava internado Berlinguer recebeu a
visita de um padre no que, o seu secretário, António Tato, declarou ser uma
«iniciativa autónoma» do hospital. Instado pelos jornalistas, Tato considerou
que não havia nada contra o facto dos restos mortais de Berlinguer serem
benzidos.”

“Enrico
Berlinguer nasceu em 25 de maio de 1922, em Sassari, na Sardenha, filho de
famílias aristocráticas, mas empenhadas na vida política do país. Seu avô era
ativista republicano e o pai, Mário Berlinguer, foi deputado em 1924, pelo
grupo Giovanni Amendola, distinguindo-se na luta antifascista contra Mussolini.
Após a libertação da Itália, Mário Berlinguer foi eleito senador pelo Partido
Socialista. O filho, Enrico Berlinguer, desde muito jovem, lia Croce, Bakunine,
Marx, obras que encontrava na biblioteca do avô e do pai. Após a queda, em
1945, do fascismo em Itália, Enrico inscreveu-se, em 1947, no PCI, embora
algumas fontes mencionem o ano de 1943 como o da sua entrada naquele partido.
Em 1944, em Roma, entrou pela mão do então secretário-geral do PCI, Palmiro
Togliati, para o secretariado da Juventude Comunista, ficando a seu cargo a
direção do jornal Gioventù Nuova. (…). Em abril de 1982, entrevistado pelo
jornal francês Le Monde, em Paris, onde se encontrava de visita, o
secretário-geral do PCI responderia às interrogações dos jornalistas,
afirmando: «É preciso demonstrar a possibilidade de um socialismo baseado na
democracia». E continuava: «Embora a URSS tenha conhecido grandes períodos de
desenvolvimento, constatamos que um período de estagnação atacou não só a União
Soviética como os países seus aliados, o que não significa, de forma alguma
que, como se tem dito, tenha havido uma rutura entre o PCI e a URSS. Existe sim
uma polémica árdua». Relativamente à sua perspetiva «eurocomunista», os
jornalistas do Le Monde perguntaram qual estava a ser o resultado da sua
fórmula de «compromisso histórico». «Decidi já há algum tempo deixar de utilizar
essa fórmula. Cansei-me de explicar centenas de vezes que não se tratava de uma
aliança governamental entre o PCI e a Democracia Cristã [7]. Não foi uma proposta de coligação mas a ideia de que se
tornava necessário reagrupar, em Itália, as três grandes correntes ideológicas,
ou seja, a comunista, a socialista e a católica». (…). Agora propomos a
alternativa democrática, aliança entre as forças de esquerda e, eventualmente,
com outras forças democráticas para governar sem a Democracia Cristã, o que não
significa que com esse partido não se possa estabelecer uma certa convergência
relativamente a determinados princípios em que se reencontram todos os partidos
que participaram na resistência e se reclamam da Constituição da República. O
momento da alternativa democrática é pois chegado». A uma pergunta sobre a
«terceira via», o secretário-geral do PCI respondeu: «Não queremos considerar a
URSS um mal no mundo, vendo apenas os seus aspetos negativos e as suas
contradições. Por outro lado, não queremos também fazer um demónio da
social-democracia. Fazemos uma crítica histórica, diferenciada de país para
país. Consideramos, sobretudo, que em certos países representa a maioria da
classe operária. Sem querermos tornar-nos sociais-democratas, pensamos que é
necessário procurar a cooperação com esses partidos para fazer avançar o
desanuviamento e fazer progredir o movimento operário numa perspetiva de
transformação social em direção ao socialismo».” 

Segunda-feira,
11 de junho “o comércio automóvel português esteve reunido em congresso este
fim de semana, no Porto. As conclusões não são otimistas. O setor está à beira
da rutura se o governo não tomar medidas imediatas para evitar o seu
afundamento. Mas é importante sublinhar que, grande parte dos males de que
sofre este importante setor da nossa atividade económica, foram justamente
provocados pela ação dos vários governos, pelo irrealismo e inadequação das
medidas tomadas. Durante anos o automóvel foi, em termos de fiscalidade, a
galinha dos ovos de ouro. (…). Três exemplos são significativos: em 1971 só
nos primeiros onze meses do ano vendeu-se o número de veículos ligeiros que se
prevê venha a ser atingido este ano; em 1972, o número de veículos comerciais
vendidos foi igual ao número previsto também para este ano, e quanto aos
pesados o número que se espera seja atingido este ano é igual às vendas de…
1965. (…). O automóvel é uma das grandes fontes de receita do Estado. Em 1983
gerou, de impostos vários incidindo sobre os veículos, combustíveis e de um
modo geral com a atividade a montante e a jusante do setor, 118,1 milhões de
contos.”

Terça-feira,
12 de junho “Francisco Sousa Tavares vai ser hoje às 19h00 empossado pelo
presidente da República no cargo de ministro da Qualidade de Vida. De acordo
com uma fonte do palácio de Belém, o nome de Sousa Tavares foi indicado a Mário
Soares pelo PSD para ocupar o lugar deixado vago por António Capucho. (…). Com
o novo ministro, deve manter-se em funções o secretário de Estado dos
Desportos, Miranda Calha (PS), o mesmo não sucedendo com o responsável pelo
departamento do Ambiente, Carlos Pimenta (PSD), que acompanhou Capucho na saída
do governo. Advogado, Sousa Tavares tem um polémico percurso político que
inclui passagens pelos grupos monárquicos e pela CEUD, no período que antecedeu
o 25 de abril. No dia da revolução foi o civil que de cima de uma guarita do
quartel do Carmo apelou à calma. Inscreveu-se depois no PS, saiu, passou a
reformador, foi deputado da AD com Sá Carneiro e militante do PSD.” “Sem dar
cavaco a ninguém, Mota Pinto convidou Sousa Tavares a integrar o atual executivo.
Por isso, e não só, a revolta alastra na Comissão Permanente do PSD. De tal
modo que pelo menos dois dos seus membros fazem ouvir a sua voz: «Isto está
tudo louco», gritam. «Se Mota Pinto quer fazer política assim, que a faça. Mas
nós, Comissão Permanente do PSD, nada temos a ver com ela». O desabafo, e
simultaneamente grito de revolta e desânimo, parte de um dos membros da
Comissão Permanente do PSD. Para ele, que prefere refugiar-se no anonimato,
«não estamos a caminhar para a CEE, mas sim para o ridículo mais total». Em
breves pinceladas pinta o retrato da situação que o leva a reagir assim. «Sem
dar cavaco a ninguém, Mota Pinto convidou durante uma tourada realizada sábado
em Santarém, o atual diretor de A Capital a substituir António Capucho no
ministério da Qualidade de Vida». (…). «Tomaram-se as decisões entre amigos e,
depois, informam-se os órgãos nacionais do partido, colocando-os perante o
facto consumado».”

___________________

[1] Carlos Carreiras: “Acredito, porque conheço ambos,
que tanto António Costa como Pedro Passos Coelho são homens sérios. Todavia, há
uma diferença cavada entre ambos no plano político. Passos Coelho tem tudo o
que é preciso para ser primeiro-ministro. António Costa não. Um PM não toma
sempre as melhores decisões, não está sempre certo, não é infalível. Mas nos
momentos críticos, ele tem de saber ler a realidade, apontar um rumo, tomar a
decisão a favor do país. A força dessa decisão radica na firmeza das
convicções. A legislatura que está perto de terminar foi fértil em momentos
críticos. Tanto por pressões externas como internas, talvez os últimos anos
tenham sido dos mais imprevisíveis e perigosos desde a revolução de abril. Foi
em cada um desses momentos de tensão que sobressaíram as qualidades de Pedro
Passos Coelho: a firmeza das convicções, a resiliência perante as adversidades,
a verticalidade e honorabilidade na comunicação com os portugueses, a
competência e o humanismo nas decisões, e a sua total determinação patriótica
em levar Portugal a um novo rumo.”

[2] “O presidente do PSD, Pedro Passos
Coelho, surpreendeu na visita à Fabrica da Riberalves, na Moita. Mostrou saber
tudo sobre bacalhau: «Quem cozinha alguma coisa sabe qual é a diferença. Há,
por exemplo, algumas carnes, nomeadamente a carne de porco, que não tem o mesmo
sabor, se for primeiro salgada, portanto se estiver em salmoura, o sabor é
inteiramente diferente, a textura do peixe também como da carne, altera-se
radicalmente. (…). Pro amaciar e pro inchar um bocadinho mais. O que tem, não,
não, ah isso não tenha dúvida de que faz efeito. O que não se pode é abusar do
tempo de demolha, porque senão, ele fica palha, ‘tá a ver? em vez de ficar de
lasquinha como deve ser, se levar leite a mais, fica mole, fica palha e
portanto o bom bacalhau estraga-se. (…). Não sei dizer, como se costuma
dizer são muitos anos, já não sei como é que aprendi, mas aprendi por muitas
vias, observando, perguntando, quem não sabe pergunta. (…). Olhe, dizem que o
rei D. Carlos costumava dizer que só conhecia três maneiras de fazer bacalhau:
cozido, assado e estragado. Eu acho que ele exagerava um bocadinho».”

[3] “Frederico Fellini e Bernardo Bertolucci serão os realizadores do filme
sobre o funeral do secretário-geral do PCI. Os dois cineastas contarão com a
colaboração dos irmãos Paolo e Emilio Taviani, de Ettore Scola e Ettore Magni.”
Pouco provável esse gancho de Frederico
Fellini que votava
na Democracia Cristã, refutava o cinema comprometido e era contra maio de 68.
“O voto? Nunca no PCI. Oficialmente, ele dissera ter votado: em 1976, dera
ouvidos a Indro Montanelli, que aconselhava a quem não queria os comunistas no
governo de votar na DC. Nos outros anos, a sua posição oscilava entre o PRI de
Ugo de La Malfa e o PSI de Bettino Craxi. Mas as relações humanas mais diretas
eram com Giulio Andreotti e Franco Evangelisti. (…). Debalde, Andreotti tentou
envolvê-lo em iniciativas públicas, mas Fellini sempre recusou. A única
intervenção numa manifestação pública foi a participação na guarda de honra do
funeral de Enrico Berlinguer.”

[4] “No texto, Eanes exprime as suas
condolências pela perda que a Itália e o PCI acabam de sofrer, sublinhando «ter
presente a imagem e gratas recordações proporcionadas» no encontro mantido com
o líder agora desaparecido, em Lisboa, em 1979.”

[5] “O presidente da Assembleia da
República, Manuel Tito de Morais, enviou telegrama de teor idêntico. «A notícia
causou profunda consternação entre nós por vermos desaparecer uma das figuras
mais salientes da política internacional».” 

[6] “O papel de Enrico Berlinguer na vida política italiana
e na definição de novas vias foi sublinhado no telegrama de condolências
enviado pelo secretário-geral do PS, Mário Soares. Depois de recordar os
contactos que o seu partido manteve com o PCI, «mesmo nos momentos mais
difíceis de confrontação aberta com o PCP», Soares fez votos para que a morte
de Berlinguer não marque uma viragem, «no sentido da normalização» de um dos
«raros partidos comunistas da Europa originais e independentes».”

[7] Berlinguer “era primo de Francesco Cossiga (que foi líder
da Democracia Cristã e presidente da República), e ambos eram familiares de
Antonio Segni, outro dirigente democrata-cristão e presidente da República. O
avô de Enrico, também chamado Enrico Berlinguer, foi fundador do La Nuova
Sardegna, um importante jornal da Sardenha, e amigo pessoal dos heróis da
Unificação de Itália, Giuseppe Garibaldi e Giuseppe Mazzini.”

na sala de cinema

“2019 - Dopo la caduta di New York” (1983), real. Sergio Martino, c/ Michael
Sopkiw, Valentine Monnier, George Eastman, Anna Kanakis … com o título local “2019 - Depois
da Queda de New York” estreado sexta-feira, 24 de janeiro de 1986 nos cinemas Rex e Xénon. «Mandou-nos o presidente.
Diz que há aqui uma mulher que ainda pode ter filhos. Temos de encontrá-la e
levar-lha» (Parsifal). No ano 2019, num mundo devastado pela guerra atómica, os
poucos sobreviventes não podem proliferar e reproduzir a espécie porque estão
contaminados pela radioatividade. A Nova Confederação, no entanto, identificou
em Nova Iorque uma rapariga ainda capaz de levar uma gravidez ao seu termo.
Para recuperá-la é enviado Parsifal, inimigo jurado dos Eurac, liderados pela
Ania e o seu comandante. A recompensa é um lugar a bordo da nave que partirá
para Alfa Centauro. Chegado a Nova Iorque, Parsifal tropeça nos Contaminados,
homens mutantes que se alimentam de ratos. Conseguirá fazer amizade com eles
mas serão capturados pelos Eurac. Serão posteriormente libertados por uma outra
raça de mutantes, criaturas antropomórficas meio homem, meio macaco, graças à
qual encontram a rapariga fértil em hibernação num laboratório e conseguem
apanhá-la e levá-la com eles. Enquanto isso, sucede que um dos mutantes
integrando a expedição é um Replicante (robot de aspeto humano) mandado pela
Nova Confederação para matar Parsifal, que decide não se vingar mas de partir
para Alfa Centauro com a única rapariga fértil.” [1]
Facto: “As armas usadas pelos guardas vestidos de
branco do governo americano parecem-se exatamente com a arma que Jane Fonda
usou em «Barbarella». (Até aparece nalguns posters). Se
não são os mesmos adereços reciclados, então são réplicas muito fiéis.” “Warnung vor einer heiligen Nutte” (1971),
real. Rainer Werner Fassbinder, c/ Lou Castel, Eddie Constantine, Marquard Bohm,
Hanna
Schygulla, Rainer
Werner Fassbinder, Margarethe von Trotta … com o título local “Cuidado com essa
puta sagrada” estreado sexta-feira, 24 de janeiro de 1986 no Quarteto sala 2. “O
filme tem um lema: O orgulho precede uma queda. E também inclui uma citação do
romance de Thomas Mann «Tonio Kröger»: Digo-te, estou exausto de retratar a
humanidade sem fazer parte da humanidade… A primeira parte da carreira de
Fassbinder termina com o que se considera uma implacável autocritica e «reflete
sobre a relação entre os fins e meios e sobre o potencial do filme artístico na
luta pela mudança social» e também marca o fim do seu período avant-garde. [2]
Este filme claramente autobiográfico trata da interação de um grupo de pessoas
cujas tensões e conflitos conduzem-no a situações caóticas, de facto, a relação
entre uma equipa de filmagem e o seu tirânico realizador. Num hotel chunga à
beira-mar em Espanha, uma equipa de cinema aguarda a chegada do realizador, da
estrela principal e do dinheiro fornecido pelo instituto estatal de apoio ao
cinema. O ambiente impar é uma mistura de histeria, apatia, esperança,
discussões, ciúme e uma salsada sobre assuntos de localização e intrigas
sexuais. Por fim, o realizador Jeff (Lou Castel) chega acompanhado da estrela Eddie
Constantine, interpretando-se a si próprio, que apesar de ser muito mais velho
que os outros membros do elenco e da equipa torna-se íntimo da atriz Hanna (Hanna
Schygulla). Juntamente com o seu diretor de produção Sascha, interpretado por
Fassbinder, Jeff tenta organizar as filmagens no seu estilo autoritário e lidar
com os egos no set.” “I cacciatori del cobra d’oro” (1982),
real. Antonio Margheriti, c/ David Warbeck, Almanta Suska, Luciano Pigozzi … com
o título local “Os Salteadores da Cobra de Ouro” estreado sexta-feira, 28 de janeiro
de 1983 no Roxy, Av. Almirante Reis, 20, tel. 54 85 60, a partir de quinta-feira,
29 de setembro de 1983 os cinéfilos apreciam-no no Cine Estúdio ACS no Centro
Comercial A. C. Santos na Av. da Igreja. “Nas Filipinas, no final da Segunda
Guerra Mundial, dois soldados, um inglês, Dave, e outro americano, Bob, conseguem
com uma ação temerária destruir o quartel de um comando japonês, desmascarando
também um sósia do general Yamato. No entanto, estes conseguem fugir levando
uma cobra de ouro que, além do valor monetário, é considerada um talismã capaz
de dar poder e força a quem o possui. Mas o avião cai na selva, o falso Yamato
morre e a cobra é apanhada e levada por uma tribo indígena para um lugar
sagrado que se encontra no centro de um vulcão semiadormecido, no qual vive
também uma jovem e bela mulher branca idolatrada pelos nativos. O americano Bob
salta de paraquedas na perseguição dos japoneses, fica ferido, mas a rapariga salva-o
colocando-o numa barca. Dez anos depois, os dois soldados são enviados de volta
ao mesmo lugar para recuperar a cobra de ouro. Quando chegam à ilha deparam-se
com outros procurando o mesmo objeto, ou seja, uma rapariga que a Bob parece
muito semelhante àquela que o tinha salvado (de facto, saber-se-á que são irmãs
gémeas) com um supostamente tio professor; além disso, um grupo de japoneses
treinados em kung fu persegue os
dois, os quais conseguem sempre libertar-se das suas ciladas e armadilhas. [3]
“Raid on Entebbe” (1976), real. Irvin Kershner, c/
Peter Finch, Charles Bronson, Yaphet Kotto … com o título local “O Raid Relâmpago dos Comandos”
estreado sexta-feira, 30 de setembro de 1983 no Quinteto. “A 27 de junho de
1976, o voo
139 da Air
France foi sequestrado. O voo, procedente de Telavive, tinha escala programada
em Atenas, antes de continuar para Paris. Pouco depois de descolar da capital
grega, quatro dos novos passageiros sequestraram o avião e exigiram a
libertação de centenas de prisioneiros em todo o mundo [4].
Os sequestradores – dois alemães, Wilfried Böse e Brigitte
Kuhlmann das Revolutionäre
Zellen e dois palestinianos, Fayez Abdul-Rahim Jaber e Jayel Naji el-Arja da
Frente Popular para a Libertação da Palestina - Operações Externas – dirigiram
o avião para o aeroporto de Entebbe, no Uganda, onde os soldados ugandeses, sob
comando do então presidente Idi Amin Dada, ajudaram-nos e prenderam os reféns. (…).
O incrível foi considerado possível, pois o plano das Forças de Defesa de
Israel (FDI) baseava-se nalgumas vantagens que Israel tinha sobre os piratas do
ar. O terminal do aeroporto de Entebbe onde os reféns estavam detidos foi, por
coincidência, construído por uma empresa israelita. Esta forneceu as plantas
permitindo às FDI erigir uma réplica do terminal para ajudar no planeamento do
resgate. Além disso, os captores tinham libertado os prisioneiros não judeus,
que foram capazes de descrevê-los, as suas armas, o seu posicionamento e o tipo
de ajuda fornecida pelas forças militares ugandesas. Como resultado desta
informação, as FDI decidiram enviar uma força esmagadoramente poderosa: mais de
200 dos seus melhores soldados. Por fim, o elemento surpresa foi talvez a maior
vantagem que Israel tinha. Segundo o brigadeiro general Shomron: «Tínhamos mais
de cem pessoas sentadas numa pequena sala, rodeadas por terroristas com o dedo
no gatilho. Eles podiam disparar numa fração de segundo. Tivemos que voar sete
horas, aterrar em segurança, ir para o terminal onde mantinham os reféns,
entrar e eliminar todos os terroristas antes que algum deles pudesse disparar.” “Silent Rage” (1982),
real. Michael Miller, c/ Chuck Norris, Ron Silver, Steven Keats, Toni Kalem … com o título local “Raiva
Silenciosa” estreado quinta-feira, 30 de setembro de 1982 no Avis no e
Politeama. O filme parte de uma verdade insofismável: A ciência criou um
monstro imortal. Só Chuck Norris o poderá destruir. “Numa pequena cidade do
Texas, o doente mental John Kirby (Brian Libby) enlouquece e mata dois membros
da família em que estava hospedado. O xerife Daniel «Dan» Stevens (Chuck
Norris) e o seu ajudante Charlie (Stephen Furst) tomam conta da ocorrência e
por fim prendem Kirby, mas este parte as algemas, domina os outros polícias e apodera-se
de uma arma forçando-os a abrir fogo. Kirby sofre graves ferimentos de bala e
está perto da morte. É transportado para um instituto onde trabalha o seu
psiquiatra, Thomas «Tom» Halman (Ron Silver), juntamente com outros dois
médicos que são também engenheiros genéticos: o dr. Phillip Spires (Steven
Keats) e o dr. Paul Vaughn (William Finley). Numa tentativa de salvar Kirby, o
dr. Spires sugere que usem uma fórmula que criaram. Contudo, o dr. Halman objeta
em face da psicose de Kirby.” [5]

____________________

[1] Salvaguardar a fertilidade da
mulher é a prioridade do futuro. “Um mundo sombrio e desolador. Um mundo de
guerra, sofrimento e perda para ambos lados. Os mutantes e os humanos que
ousaram ajudá-los”, na descrição do professor Xavier, fundador dos X-Men. Impreciso,
o professor X não equacionou a ascendência dos mercados, lebre alvorotada pelos
economistas que adiu preto sobre o negro entornando o bem-estar. As nuvens
pesadas urgiram todos sem exceção ao trabalho para recapitalizarem bancos e
empresas. Nesta mobilização global quem tem talentos tem proventos, no caso da
oferta feminina, arciforme, piriforme. “O meu talento, você sabe como é que é / Quero
ver a mulher do baile, te deixando na ponta do pé, / Bem assim... / Rebolando
até em baixo você kika, sobe fazendo / quadradinho e empina, / Rebolando até em
baixo você kika, sobe fazendo / quadradinho e empina, empina, empinaaaaaa.” – “O Meu Talento”, p/ MC Nativa.

O talento,
sendo uma qualidade hereditária, rasga em qualquer idade, postando as
sociedades, que limitaram a idade do trabalho nas fábricas e nas roças, na
posição de um Aureliano Segundo estourando garrafas de champanhe e acordeão
numa dissipação morbígera, escoando para o ralo valor. As sociedades evoluídas,
infetadas de sexo, criminalizaram o piropo, incompreensivelmente, não castigam
o desejo sexual, a luxúria carnal ou os pensamentos lascivos, descriminando as
jovens em dons artísticos como modeling (Manuela
Destina) ou dancing (Daniela Florez). Pelo seu sensível papel de
gestante de filhos, desprotegidas pela lei, as jovens podem apenas valer-se da
sociedade civil, que um homem bom, um fidalgo, um bacharel, jure por sua honra
tomá-las nos sagrados laços do casamento, provendo a sua proteção e
certificando a linha hereditária patriarcal. Assim, livres, precavido o futuro,
as jovens aquém do décimo oitavo aniversário desgrudarão para o brilho, cor,
beleza, red carpet. Sobretudo as latino-americanas: de Valentina, a melhor
dançarina da sua geração, expeta-se muita dança, muito baile, muito rodopio, muito movimento, muito requebro, muita arte, muita alegria, muita anca;
da boa genética ameríndia expeta-se top models (Valentina Ortega, Michelle
Romanis e Andrea
Restrepo). “Andrea Restrepo é uma atriz conhecida por «Andrea: Pink Lingerie
Outdoors» (2014), «Beautiful Andrea Video» (2014) e «Andrea
R: Valentine’s Day Special» (2014).” Todavia, havia outra, também na Colômbia. “El
pasado domingo 16 de marzo del presente año [2014] fue elegida la representante
de Tulua, Valle el Cauca, señorita Andrea
Restrepo Osorio como la nueva soberana del XVI Festival Turístico y Cultural del
Río y el Pescador en el Corregimiento de Puerto Bogotá, Guaduas,
Cundinamarca.”

Manca
a lei de uma proibição veemente da excitação erótica perante imagens não-sexuais,
as jovens atravessam os Montes Bascos, apedrejadas, mosqueteadas, bombeadas, como
se não jurassem debaixo do carvalho de Guernica propósitos neutros. “Clarina Ospina é uma atriz clássica conhecida por "Tartan Slingshot", «Clarina
Pink Lingerie» (2014), «Volleyball Girls» (2014) e «Clarina: Cute Lingerie»
(2014).” Ѻ "Hot Air Hockey" (Clarina Ospina, Melissa Lola Sanchez, Natalia Marín). Ѻ “Biker Girls” (Andrea Restrepo, Angelita,
Isabella Valencia, Luisa Herrera). Ѻ “Plaid Slingshot” / “Slingshot Perfection” (Natalia Marin). Ѻ “Plaid
Mini” (Karina
Gomez). Ѻ “Floral
Mesh Lingerie” (Juliana Yepez). Ѻ “Three
of Hearts” (Emily
Reyes). Ѻ “Balcony Beauty” (Kateryn Estrada). Ѻ “Disco
Dancers” (Sofy
Arias, Daniela Florez, Heidy). Ѻ “Patio Lingerie” / “Black
Lingerie” / “Black Mesh” / “Bedroom Formal” (Alexa Lopera). Ѻ “Threes
of a Kind” (Veronica Perez, Alexa Lopera,
Valentina). Ѻ “Mountain View” (Luisa Henano). Ѻ “Sister Act” (Poli Molina, Tammy Molina). Ѻ “Black Tie” (Laurita Vellas). Ѻ “All
That Glitters” (Angelita). Ѻ “Purple Perfection” (Ximena Gomez). Ѻ “Three
Girls In Red” (Ximena Gomez, Laurita Vellas,
Kelly). Ѻ “Pink
and Black Lace” / “Silky
Black Blouse” / "Super Slingshot" (Mary Mendez).
Ѻ “Micro Perfection” (Thaliana Bermudez). Ѻ “Rainbow Mini” (Angie Narango). Ѻ “Gold
Level Service” / “Red Ribbons” (Tammy Molina). Ѻ “Three Bikini Girls” (Valentina, Alejandra Jimenez,
Luisa Henano). Ѻ “Three
Swimsuit Models” (Valentina, Luisa Herrera,
Yeraldin Gonzales). Ѻ “Bouncing On The Bed” (Madeleyne Vasquez, Maria
Alejandra, Natalia Lopez). Ѻ “Cooling Off” / “String Bikini” / “Blue Bikini” (Yeraldin Gonzales). Ѻ "Three Swimsuit Models" (Yeraldin Gonzales, Valentina, Luisa Herrera). Ѻ “Carina
In White G-String” / “Dancing
In White Lingerie” / “Red Stockings” (Carina Zapata). Ѻ “New
Model Sofy” (Sofy Arias). Ѻ “Christina White Thong” / “Cute
Christina Linda” (Christina
Linda é uma atriz
conhecida por «Cristina Linda Dancing Pool Side» (2014), «Pool Table Hotties»
(2014) e «Christina Linda Gold Bikini» (2014). Ѻ “Modeling
Playwear Together” (Isabella Valencia, Andrea Restrepo).
Ѻ “In
The Bedroom” / “Andrea’s
Tiny Bikini” Ѻ “Purple
Tanktop Ribbons” (Andrea Restrepo). Ѻ “Three
Girls All Black” (Andrea Restrepo, Isabella
Valencia, Lorena Alvarez). Ѻ “Purple Bikini” (Estefania Carmona, Maria
Alejandra). Ѻ “Dancing
On The Bed” / “Maria
Alejandra In Sheer Lace Lingerie” / “Beautiful Maria’s Video” (Maria Alejandra). Ѻ “Checkered
Dress Bonus” / “G-String Bikini” / “Green Bikini” / “Wet
Blue Bikini” (Valeria Lopera). Ѻ “All
In White” / “Shady
Dance” (Sofia
Zapata). Ѻ “Babes
at Play” (Sofia
Zapata, Heidy). Ѻ “Few
Models In Bikini” (Andrea Hernosa, Veronica Parris,
Vanessa Calderon. “Vanessa Calderon é uma atriz conhecida por «Purple Fairy
Outfit» (2014), «Love Life» (2016) e «Cute Teen Posing on the Couch» (2014)”. Ѻ “Bunny
G-String Lingerie” / “Soy Andrea” (Andrea Hernosa) Ѻ "Wash Room" (Valentina, Diana Uribe). Ѻ "Oiled Up" (Pamela Martinez). Ѻ "Golden Girl" / "Strings Attached" (Luciana). "Dancing Friends" (Luciana, Natalia Marín, Clarina Ospina).

Um caso de
sucesso. “Black
Stockings” / “Devil” (Michelle Romanis) / “Michelle
and a Friend” (c/ Valentina Ortega) / “Daniela
And Michelle As Nurses” (c/ Daniela Florez). Michelle
Muñoz Giraldo t.c.c. Michelle
Romanis t.c.c. SWEET_GIRL97
entreprendeu, como microempresária da produção artística, na realização de filmes
de autor esquilianos soabrindo uma visão espiritual na narração: “Camgirl1” / “Camgirl2” / “Camgirl3” / “Camgirl4” / “Camgirl5” / “Camgirl6” / “Camgirl7”. Ѻ “Orange
Sheer Lingerie” / “Playful
Sailor Outfit” (Alejandra Jimenez, prima de Michelle) Ѻ "Michelle Romanis, Clarina Ospina, Valeria Lopera" Ѻ "Michelle Romanis, Clarina Ospina, Valeria Lopera"  Ѻ "MIchelle Romanis, Mary Mendez, Yeraldin Gonzales".

O
talento vocacionado para o acting. Denisse
Gómez, 1,61 m,
89-61-89, olhos castanhos, cabelo preto, nascida a 18 de novembro de 1995 em
Caracas, Venezuela, t.c.c. Michelle Bravo. Sites:
{Indexxx} {Nubiles} {DDF
Network} {W4B} {SpankBang} {brdteengirl} {XEROTICA} {PornHub} {Define
Babe}. Obra
fotográfica: {fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos9} {fotos10} {fotos11}. Obra cinematográfica: {“Cool Off”} ѽ {“Intimate Moments”} ѽ {“Spanish
Newbie Flirts With Her Eyes As She Masturbates”} ѽ {“El
Baile”} ѽ {“Sweet
Gift”} ѽ {“Venezuelan Evening”} ѽ {“Shy Latina”} ѽ {“Pacinos Adventures”} ѽ {“Bedroom
Babe”} ѽ {“Wears
A Sexy Micro White Bikini And Takes It
Off”} ѽ {“Oiled Pussy”} ѽ {“Sexy
Body”} ѽ {“Dancing”} ѽ {“Relaxing
Evening”} ѽ {“Home
Alone”}.

A veia artística
nas jovens é um importante agente de rendimento, o outro é o amor. Francelle Kloster. “Policiais do 7.º BPM (São Gonçalo)
realizaram uma operação no Complexo da Coruja, na parte da tarde de ontem
[2012]. Os policiais prenderam um homem identificado como Rodrigo Amaral
Brandão, vulgo «Soldado» e três adolescentes. Ocorreu uma intensa troca de
tiros no Morro da Alegria, também foram apreendidos 1156 pedras de crack, uma tablete da mesma droga, uma
luneta e um carregador de fuzil. Nesta mesma operação foi encontrada numa casa
na Travessa B, Francelle Pacheco Kloster, de 18 anos, apontada por policiais de
ser a nova namorada do traficante Maico dos Santos Souza, o «Gaguinho», chefe do tráfico na comunidade. Com
Francelle foi aprendido um computador do «Gaguinho», uma identidade falsa do
traficante, dois telemóveis e a imagem de uma coruja dourada.” Neste caso, o conceito jurídico justificou-se quando o
casuístico interpôs o habeas corpus ad
subjiciendum (tenha / traga o corpo do detido para submeter ao tribunal),
havia corpo. “Apontada como nova namorada do empresário Eike
Batista, 56 anos, a gaúcha Francelle Pacheco Kloster, 19, é a ex de Maico dos
Santos de Souza, o «Gaguinho», o «Jogador» ou «2G», 32 anos – um dos chefes do
tráfico de drogas no Complexo da Coruja, no Vila Lage, em São Gonçalo. Em junho do ano passado ela chegou a
ser presa por policiais do 7.º BPM (São Gonçalo), depois de o namorado
traficante ter fugido deixando-a para trás com outros dois comparsas. No
imóvel, os PMs encontraram crack e
carregador de fuzil. Ela foi flagrada com o computador de «Gaguinho» e uma
identidade falsa dele. Natural de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Francelle - conhecida como «Diabinha do
Tráfico» por conta de uma fantasia que usou numa das festas dos integrantes da facão
criminosa Comando Vermelho (CV) que controlam o morro gonçalense - foi
libertada por decisão judicial alguns dias após a sua prisão, mas continua respondendo
ao processo por associação ao tráfico na 3.ª Vara Criminal de São Gonçalo. Com uma beleza invejável, Francelle é filha de empresários e se mudou
para Copacabana, na Zona Sul do Rio, onde ingressaria num curso superior no ano
passado [2012]. Entretanto, ao contrário do que planejava, a jovem preferiu
trocar tudo por uma «aventura» criminosa ao lado de um dos traficantes mais
procurados do Estado.” Obra cinematográfica: “Gata Pop”.

[2] A nova avant-garde: os espetáculos de lingerie.

[3] A ser verdade (AS.V.), um tesouro
de Medellín: Luisa Jaramillo t.c.c. Donna Modelo t.c.c. Jessica
Blanca Cardenas t.c.c. Michel Jessica Blanca Cardenas. Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6}. Obra cinematográfica: “Donna Bellisima” / “En la cocina” / “Dancing” / “Bailando” / “Donna Cardenaz” / “Sexy Model” / “Modelando” / “Maquillage” / “Nel bosque” / “Muy sensual” / “Mini Short Training” / “Jugando”.

[4] “Aqueles cuja libertação foi
exigida incluíam 40 prisioneiros detidos por Israel, entre eles o arcebispo
Hilarion Capuecci, condenado a pena de prisão em dezembro de 1974 por
contrabando de armas; Kozo Okamoto, o japonês condenado a prisão perpétua
depois do massacre no aeroporto de Lod em 1972; e Fatima Barnawi, cumprindo
pena de prisão perpétua por colocar uma bomba em 1967. Seis alemães ocidentais:
Jan-Carl Raspe, um dos acusados no julgamento do grupo Baader-Meinhof; Inge
Viett, Raif Reinders e Fritz Teufel, todos detidos relacionados com o assassinato
do juiz Günter von Drenkmann em novembro de 1974 e o rapto de Peter Lorenz;
assim como Ingrid Schubert e Werner Hoppe, cumprindo penas por tentativa de
homicídio. Uma da Suíça: Petra Krause, germano-italiana aguardando julgamento
por posse de explosivos. Uma de França: Amparo Silvia Masmela, uma colombiana
considerada amiga de Carlos Martinez, que segundo as autoridades francesas
tinha sido libertada em dezembro de 1975. E cinco do Quénia, que tinham sido
presos pela Unidade de Serviços Gerais do Quénia em janeiro de 1976, após
Israel ter avisado o país que a Frente Popular para a Libertação da Palestina
estava prestes a atacar aviões da El Al no aeroporto de Nairobi.”

[5] Uma rapariga sã. Brooke
Lynn Santos, 1,73 m, 59
kg, 91-71-91, sapatos 39, olhos e cabelos castanhos, nascida a 16 de maio de 1997,
em Dothan, Alabama, t.c.c. Brooke Lynn, Brookelynn Santos. Entrevista: P: “Tens orgasmos em cena?”
Brooke: “Às vezes.” P: “Há quanto tempo estás no negócio do porno?” Brooke:
“Estou no negócio do porno desde, não sei, um par de semanas, depois de fazer
18 anos.” P: “E que idade tens agora?” Brooke: “Dezoito anos. Tenho 18 anos
desde 16 de maio. Faço 19 anos neste ano de 2016.” P: “Qual foi o teu último
trabalho antes de te tornares uma vedeta porno?” Brooke: “Empregada de mesa no
Cracker Barrel.” P: “Davam-te gorjetas razoáveis?” Brooke: “Foda-se, davam. Fui
stripper também por pouco tempo
quando fiz 18 anos. Fazia strip em
Washington, Fox’s Dreamgirls.” P: “Quando é que perdeste a virgindade?” Brooke:
“Aos 18 anos. Estava quase a fazer 18 anos, tipo um mês.” P: “Perdeste em
cena?” Brooke: “Não, perdi… a minha mãe pôs-me fora de casa tipo alguns meses
antes de fazer 18. E fui viver com o meu namorado da altura, … foi em março.” Entrevista: P: “Fala-me de Brooke Lynn
Santos.” Brooke: “Eu era uma grande charrada no liceu. Era tudo o que fazia.
Tentei fazer desporto por que sou alta pra caralho. Jogava basquetebol e
voleibol depois das aulas ou em Educação Física. Nunca entrei numa equipa
porque faziam despistagem de drogas e eu fumava muito. Costumo ser preguiçosa,
às vezes, mas tornei-me muito mais produtiva ao longo do tempo. Eu estava no
ROTC (Reserve Officers' Training Corps) no liceu. Toda a gente ficou chocada
porque comecei a fazer porno.” P: “Quanto medes?” Brooke: “Tenho 1,73 m
descalça. Tenho um torso curto.” P: “Há quanto tempo estás na indústria?” Brooke:
“Isto vai parecer muito mau mas, duas semanas após fazer 18 anos, entrei no
negócio do porno. Um agente em Miami contactou-me e disse-me que eu tinha o
aspeto perfeito para este género de trabalho. Na altura estava com uns stresses
em casa e tinha acabado de perder o emprego no Cracker Barrel. Eles levavam-me
de avião, pagaram pela maior parte das cenas e apaparicaram-me. Fui chamada 420
Talent mas acho que mudaram o nome.” P: “Quando é que perdeste a virgindade?” Brooke:
“Foi poucos meses antes de fazer 18 anos, março do ano passado.” P: “Porque é
que esperaste tanto tempo para perdê-la?” Brooke: “Primeiro, tinha pais
austeros, segundo, era muito picuinhas. Estive bastante interessada em sexo a
maior parte da minha vida, a maioria da minha família é um bando de hippies e curtiam muito. Eu estava
interessada nisso. Já não vivia com os meus pais, e o primeiro tipo com quem
vivi, claro, acabou por acontecer. Pensei Merda, vou perder a virgindade um
dia, o melhor é despachar-me e tirá-la do meu caminho.” P: “Em quatro meses,
dormiste com muitos ou só com um tipo?” Brooke: “Dormi com um par de gajos e
tive um ménage à trois. Dormi com
outros três gajos antes do porno. Pensei que o porno me ajudaria porque acabara
de perder a virgindade e não sabia muito sobre sexo. E fazer porno ajudou-me de
facto a tornar-me mais experiente e, desde então, nunca mais tive um namorado
que se queixasse. Nunca!” P: “Disseste que eras picuinhas antes do porno, agora
que estás dentro, há tipos muito feios na indústria, isso incomoda-te?” Brooke:
“A aparência? Não. No entanto, disseram-me que a melhor forma de lidar com este
trabalho é representar. É tudo uma representação. Fingir que gostas do gajo
ajuda. Trabalhando num clube de strip,
comecei em setembro passado, e na minha estreia, atuei. Ganhei um concurso
amador, então estava na berra. Isso sinceramente ajudou-me muito no meu
trabalho. Estou bastante acostumada a gajos, não me importo com o aspeto. Mas
fora do clube e fora do porno, sim, sou uma puta mas não faço sexo com qualquer
um. Ainda faço com que mereçam rata.” P: “Qual é a tua posição favorita?” Brooke:
“Gosto à canzana, quer de quatro ou deitada sobre o estomago.” P: “Muitos dos
tipos no porno são velhos. Alguma vez incomodou-te trabalhar com homens mais
velhos?” Brooke: “Na verdade, não. A idade não me incomoda.” P: “O que é que
gostas sexualmente? O que é que deixa a Brooke molhada?” Brooke: “Bondage. Adoro bondage. É uma das minhas coisas favoritas para fazer, de sempre.
Fiz alguns vídeos de fetiche e diverti-me imenso.” P: “Presumo que és
submissiva então?” Brooke: “Sim, posso ser submissiva, mas se for com uma
rapariga posso ser muito dominante. Tudo depende de como me sinto.” P: “Então
gostas de bondage, alguma vez foste
amarrada e chicoteada na tua vida pessoal?” Brooke: “Sim, fui chicoteada e
adorei. É o meu favorito. Sou esquisita, mas… foda-se.” P: “És uma engolidora?”
Brooke: “Às vezes, depende de como o esperma está nesse dia. Se não estiver
muito salgado, está fixe. Na maioria das vezes consigo, tenho estado a treinar.
Depende apenas. Bebo muita água e mantenho a garganta húmida antes de fazer
broche. E então, no fim, faço a mesma coisa.” P: “És uma rainha do tamanho? Gostas
de piças enormes?” Brooke: “Honestamente, isso realmente não importa, mas não
gosto de piças enormes. Já viste quão grandes essas coisas são? Sou muito estreita
lá em baixo. Quero mantê-la assim.” P: “Vais fazer anal?” Brooke: “Há muito que
espero por isso.” P: Fazes anal na tua vida pessoal?” Brooke: “Não. Tentei uma
vez. Aguentei a cabeça e o gajo tentou enfiá-lo todo lá dentro, eu disse Não,
népia, não! Tira-o.” Sites: {Porn
Teen Girl} {PornHub} {Twitter} {Babe
Source} {iafd} {The
Nude} {Coed
Cherry} {Indexxx}. Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos8} {fotos9} {fotos10} {fotos11} {fotos12} {fotos13} {fotos14} {fotos15} {fotos16} {fotos17} {fotos18} {fotos19} {fotos20} {fotos21} {fotos22} {fotos23}. Obra cinematográfica: {“420 Talent Cannababe Testimonial”} ѽ {“First-time nerves” (2015), “Cuecas: tangas. Anal:
não. Broche: cuspo. Masturbação: prefiro foder. O nosso realizador começou
fazendo algumas perguntas a Brooke sobre a sua vida. Brooke abriu-se e começou
a entrar numa lamúria, mas não queríamos ouvir isso. Às vezes estas amadoras
precisam de alguma orientação. Filmámos Brooke 17 dias após ela fazer 18 anos.
Deixemos isso assentar por um instante. No momento em que ela era legal,
decidiu que queria abrir a sua pachacha para a câmara e exibir o seu corpo lícito
há pouco tempo. Embora preferirmos que as raparigas nos enviem as suas fotos,
sabíamos que tínhamos de fotografá-la, assim alugámos uma casa em Miami e
levamo-la do Alabama, onde ela vive atualmente com a família. Ela é uma jovem
divertida que aceita bem as ordens do realizador, mas o seu nervosismo é
aparente. Esta era a sua primeira produção porno, e pusemo-la a
escarrapachar-se e usar o dedo em poucos minutos.”} ѽ {“Cum
Fiesta / Reality Kings” (2016)} ѽ {“I Am
Eighteen”} ѽ {“Casting
Couch-X”} ѽ {“Disciplined Teens 4” (2016)} ѽ {“Workout
Rubdown”} ѽ {“Screwing With BF On My Sofa?” (2015), “Naomi Rose confrontou a
sua enteada adolescente sobre algumas atividades noturnas que foram ouvidas
entre ela e o namorado no sofá caro. «O meu sofá italiano». Brooke Lynn não
quer admitir nada, mas a madrasta tem maneiras de descobrir a verdade. Naomi
colocou Brooke nos joelhos e deu-lhe umas palmadas no rabo. Pode parecer que
Brooke é um pouco velha para este tipo de castigo, mas Brooke não quer que o
pai venha a saber. «Não digas nada ao meu papá». Ela tem que fazer o que a madrasta
pedir. «Levanta-te e tira as calças». Após algumas nalgadas no rabo nu, Naomi
sacou-lhe a informação que exigia. «Ai, foda-se! Está bem, sim, lamento».
Chegara o momento de ela ganhar o respeito de que precisava. «Lamentas? Porque
não te pões no chão, de joelhos. Beija os meus pés». Ela rebaixou a Brooke
antes, ela obteve uma lição real sobre como ser travessa. «Volta para o sofá.»
«Onde?» «No canto.» Naomi meteu-se entre as pernas da enteada e certificou-se
que ela aprendeu quem mandava. «Gostas? Vais te vir para mim? Agora vais
fazer-me a mesma coisa.» Uma vez a nova ligação ser consertada entre este duo
perverso, uma nova regra de apenas raparigas no sofá foi estabelecida.”} {“Tan
and Toned” (2015)} ѽ
{“Effortless Sex
Appeal” (2015)} ѽ
{“Pool
Table Play” (2015)} ѽ
{“Horny
New Comer” (2015)}.

no aparelho de televisão

“Poor Little Rich Girl: The Barbara Hutton Story” (1987), c/
Farrah Fawcett, David Ackroyd, Stéphane Audran … com o título local “Barbara
Hutton - Pobre Menina Rica” minissérie americana transmitida na RTP1 pelas
21h15, às quintas-feiras, de 23 de novembro / 28 de dezembro de
1989. “A maioria das pessoas diria que Farrah Fawcett fez duas muito boas
interpretações: «The
Burning Bed» e «Small Sacrifices». Seja,
mas, na verdade, o seu melhor desempenho está em «Poor Little Rich Girl: The
Barbara Hutton Story», uma telenovela que é um mimo para qualquer atriz, por
que a vida de Barbara Hutton tinha todo o drama imaginável. Há muito que
representar aqui. Nas três minisséries sobre algumas das mulheres mais ricas do
século XX, esta está exatamente no meio. 
«Little Gloria… Happy At Last» é sublime,
mesmo sendo apenas sobre Gloria Vanderbilt em criança. «Too Rich», com
Lauren Bacall como Doris Duke, é mais difícil de engolir que as outras. Esta
está bem no meio, com Farrah acertadamente escolhida como a pungente pluricasada
Barbara Hutton.” [1] 1.º episódio: Com apenas cinco anos, Barbara
Hutton é abandonada pelo pai, depois de a mãe se ter suicidado e vai viver com
o avô. Multimilionário e excêntrico, o velho F. W. Woolworth adora a neta e
depressa se estabelece entre eles uma terna cumplicidade. [2] “Golden Girls”
(1985-1992), Bea Arthur, Betty White, Rue McClanahan, Estelle Getty … com o
título local “Sarilhos com elas” série americana transmitida na RTP1 pelas
22h50, às sextas-feiras, de 17 de janeiro / 25 de abril de 1986. Repescada na
RTP 2 pelas 21h35, aos dias de semana, de terça-feira, 30 de junho / quinta-feira,
16 de julho de 1987. 1.º episódio: Série de amor e humor, contando a história
de quatro «raparigas» de meia-idade que partilham uma casa em Miami Beach.
Dorothy e a sua mãe Sophia, Rose e Blanche, partilham também os seus sonhos de
voltar a encontrar um homem para casar, e as aventuras sucedem-se. Mas unidas
por uma grande amizade, conseguem ultrapassar os reveses amorosos com bom humor
e otimismo. Blanche tem um namorado com quem as suas três companheiras pensam
que ela em breve casará. E tais suposições confirmam-se quando Blanche chega a
casa alvoraçada com os planos de casamento. Mas no dia do enlace, à hora
marcada para a cerimónia, é um polícia quem aparece. 2.º episódio: Dorothy é
obrigada a encontrar-se com o seu ex-marido por causa do casamento da sua filha
Kate. Esta reunião ameaça estragar a festa quando Rose, Blanche e Sophia tentam
controlar as emoções de Dorothy. 3.º episódio: A brisa do mar e o brilho da lua
cheia são dois encantos românticos. O terceiro chama-se Arnie, um homem muito
simpático que convida Rose para fazer um cruzeiro. Esta aceita com um certo
receio, mas acaba por fazer uma viagem maravilhosa de volta ao mundo do amor. 4.º
episódio: Blanche fica preocupada quando Virginia, a sua irmã mais nova, a vem
visitar. Blanche sempre se dera mal com Virginia, pois esta era a favorita dos
pais e toda a vida lhe trouxera problemas. Mas Virginia mostra-se agora muito
simpática e acaba por confessar à irmã que viera visitá-la na esperança de que
ela lhe faça a doação de um rim pois a sua vida corre perigo no caso de não
fazer uma transplantação. E Blanche fica perante um terrível dilema: por um
lado odeia Virginia, mas por outro não quer ser culpada da sua morte. 5.º
episódio: A sobrinha favorita de Blanche vai visitá-la, mas mal entra em casa
pede autorização à tia para se ir encontrar com um homem encantador que
encontrara no avião. E o seu comportamento começa a levantar alguns problemas.
7.º episódio: Blanche sente que está apaixonada pela segunda vez na sua vida.
Trata-se de um homem encantador e cheio de sucesso no mundo dos negócios. O
pior é que ele tem filhos ainda muito pequenos. 8.º episódio: Blanche decide
frequentar uma escola noturna para completar o seu curso, mas acaba por
aprender mais do que esperava… O seu professor mostra-se totalmente disponível
para a ajudar a vencer o exame de psicologia, desde que ela vá estudar para
casa dele. 9.º episódio: Blanche aguarda ansiosa a visita do pai. Finalmente,
chega o grande dia e Blanche descobre com enorme surpresa que o pai é um cantor
popular num clube local. 10.º episódio: Quando Sophia desmaia, Dorothy pensa
que se trata de um ataque cardíaco e Blanche chama o médico. Mas quando chega e
a examina, descobre que o mal dela é excesso de comida. Afinal, Sophia não é
cardíaca mas sim glutona. 11.º episódio: Dorothy vai almoçar com Stan, o seu
ex-marido, para assinar uns documentos respeitantes à venda de uma propriedade
que tinham comprado durante a lua-de-mel, e ele diz-lhe que a atual mulher o
deixara, trocando-o por um homem mais novo. Depois do almoço vão visitar a tal
propriedade e acabam recuando aos velhos tempos. 12.º episódio: Blanche e Rose
disputam o papel de Lady Macbeth numa encenação da famosa obra de Shakespeare
levada a cabo pela associação de teatro local. Entretanto, Dorothy recebe a
visita da irmã e esta convida a mãe para ir viver com ela, o que logo origina
uma discussão entre as duas irmãs. 13.º episódio: Rose tenta a todo o custo
guardar um importante segredo… “SK-917 har nettopp landet…” (1983), c/ Thomas
Hellberg, Christel Aminoff, Arne Lindtner Næss, Lotte Tarp (ex-Ginesta
Ophelia de Salvador
Dalí) … com o título local “Scandinavian Connection” / “A
rede escandinava” minissérie dinamarquesa transmitida na RTP 1 pelas 21h20 nas
sextas-feiras, 6 e 13 de novembro de 1987. 1.º episódio: O voo SAS 917 parte do
aeroporto de Copenhaga em direção a Nova Iorque com 350 passageiros a bordo. Já
no ar, o capitão Malmberg é informado de que há um criminoso a bordo. 2.º
episódio: Um «homem mudo» é encontrado morto na casa de banho. O capitão
Malmberg recebe ordens para regressar imediatamente a Copenhaga. Mas o avião
fora assaltado. Em Copenhaga, a polícia aguarda a chegada do avião, mas o
pirata do ar exige que seja colocado um pequeno avião à sua disposição no
aeroporto, para ele fugir. Caso contrário, fará com que o avião caia no centro
de Copenhaga. A torre de controlo autoriza a aterragem – as exigências do pirata
serão satisfeitas. Mas, no último segundo, uma pessoa inesperada domina o
assaltante.  

____________________

[1] Barbara
Hutton ajeitou tálamo para sete homens. “Em janeiro de 1933, Barbara viaja pelo
Extremo Oriente e conhece em Banguecoque Alexis
Zakharovitch Mdivani (1905 - 1935), um príncipe russo da Geórgia,
divorciado de Louise Astor Van Hallen. O noivado é anunciado em abril desse ano
e deixa indignado o pai de Barbara, pois ainda não tinha cumprido os 21 anos
que lhe daria acesso definitivo a toda a sua imensa fortuna. Barbara encomenda
de imediato três Rolls-Royce e oferece um ao pai. Barbara e Alexis assinam um
acordo pré-nupcial protegendo-a em caso de divórcio e dá ao futuro marido um milhão
de dólares além de um substancial subsídio anual. Em 20 de junho casam-se em
Paris, numa cerimónia civil e em 22 numa catedral ortodoxa russa, seguida de
uma celebração tão faustosa que a imprensa critica duramente a nova princesa,
por gastar tanto dinheiro neste casamento. Com 70 malas de bagagem, iniciam a lua-de-mel
em Itália, depois China e Japão. Barbara oferece em todo o lado presentes ao
marido e ele torna-se tão exigente que no final de 1934, o casamento parece
condenado. Barbara inicia o processo de divórcio que fica concluído em maio de
1935. Mdivani admite mais tarde nunca ter amado a mulher e que o casamento
teria sido orquestrado de forma interesseira pela irmã, Roussie (Isabelle
Roussadana Mdivani). (…).

Logo após o
divórcio de Mdivani, Barbara casa-se em 1935 com Kurt Reventlow, nascido
Kurt Heinrich Eberhard Erdmann Georg von Haugwitz-Hardenberg-Reventlow (1895 —
1969), um conde dinamarquês. Em 24 de fevereiro de 1936, Barbara dá à luz em
Londres um filho, Lance Reventlow (nascido Lawrence Graf von
Haugwitz-Hardenberg-Reventlow) num parto muito complicado e que quase lhe tira
a vida. Barbara fica então a saber que não poderá mais ter filhos. Preocupada com
as ameaças de lhe raptarem filho e com a insistência do marido, decide comprar
em Londres uma casa maior e mais segura. Aceitando a sugestão de alguns amigos,
adquire St. Dunstan’s Villa, uma casa com um grande terreno de 12 acres e que
tinha sido abandonada, após ter sido parcialmente destruída por um incêndio.
Depois de demolir a casa existente, faz então grandes obras e ergue uma enorme
mansão estilo georgiano a que dá o nome Winfield House, em homenagem ao seu avô
materno. Uma alta rede de segurança foi construída à volta do perímetro,
plantaram-se milhares de árvores e sebes e o interior foi decorado com móveis
antigos, obras de arte e pinturas, tapeçarias, mármores, etc. Depois do Palácio
de Buckingham seria a casa com maior terreno no centro de Londres, estimando-se
que Barbara terá gasto 5 milhões de dólares. Reventlow
foi dos maridos de Barbara que mais a abusou, verbal e fisicamente, tendo-a
pressionado a mudar para a cidadania dinamarquesa, alegando que pagaria assim
menos impostos. Em 16 de dezembro de 1937 renuncia à cidadania norte-americana,
o que se torna um escândalo nos Estados Unidos. Segundo a lei na Dinamarca,
Reventlow herdaria toda a fortuna da mulher em caso de morte e especulava-se
que ele teria um plano para a assassinar. Depois de ter ocorrido um episódio em
que Reventlow a agride fisicamente, Barbara faz queixa à polícia e ele é preso.
Nesta altura ela começa a abusar de drogas e a desenvolver anorexia nervosa,
situação que a acompanhará para o resto da sua vida. Inicia-se um processo
complicado de divórcio que termina em 1938 e Barbara consegue obter a custódia
do seu filho. (…).

Durante a
Segunda Guerra Mundial, Barbara tenta melhorar a sua imagem pública, dando
dinheiro para apoiar as forças militares francesas e doado o seu enorme iate
Lady Hutton para o governo dos Estados Unidos. Autorizou também que a sua
mansão em Londres, Winfield House, fosse utilizada pela Força Aérea Real
inglesa. Em 5 de dezembro de 1940, morre na Carolina do Sul, o pai de Barbara,
Franklyn Hutton com 63 anos, vítima de cirrose hepática. Vivendo na Califórnia,
conhece nessa altura em Hollywood o famoso ator de cinema Cary
Grant, nascido Archibald Alexander Leach (1904 — 1986),
casando-se a 18 de julho de 1942. A imprensa trata jocosamente o casal por Cash&Cary, mas no entanto Grant foi
o único marido que nunca se interessou pelo dinheiro da mulher, tendo-se
aproximado do filho e feito o seu papel de padrasto, dando-lhe até mais atenção
que a própria mãe. Grant sempre quis constituir uma família e sabia que Barbara
não lhe podia dar filhos. Na altura ele era uma estrela de cinema e despendia
muito do seu tempo nas filmagens, razão que terá levado Barbara a afastar-se,
acabando por se divorciarem amigavelmente em 1945. Grant foi o único marido de
Barbara que não recebeu qualquer compensação financeira pelo divórcio e
manteve-se sempre seu amigo e do filho Lance.

Com o fim da
Segunda Guerra Mundial em 1945, Barbara vende, pela simbólica quantia de um
dólar ao governo dos Estados Unidos, a sua mansão londrina Winfield House,
recebendo uma carta de agradecimento do Presidente Harry Truman. Em 1946 deixa
os Estados Unidos e viaja até Tânger onde adquire um enorme palácio marroquino
de nome Sidi Hosni, tendo para isso duplicado a oferta feita pelo Generalíssimo
Franco de Espanha pelo imóvel. Nessa casa organiza festas intermináveis e
torna-se mais dependente das drogas, combinando pílulas, álcool e haxixe.
Alimentava-se muito pouco, parecendo sobreviver unicamente de drogas, café e
cigarros. Tem sorte de nessa altura viajar até Paris e conhecer Igor Troubetzkoy, nascido Igor
Nikolaievitch Trubetzkoy (23 de agosto de 1912 - 20 de dezembro de 2008), um
príncipe russo expatriado de poucos recursos financeiros mas bem relacionado na
alta sociedade. Ele amava Barbara e em 1 de maio de 1947 casam-se em Zurique.
Apaixonado por automóveis, torna-se nesse ano o primeiro a conduzir um Ferrari
num Grande Prémio de automobilismo, no Mónaco. Durante o casamento, Troubetzkoy
tenta diminuir a dependência que a mulher tinha de drogas, mas o que vê são
médicos a dar-lhe injeções de vitaminas e a cabeceira da cama cheia de pílulas.
Faz então um ultimato, mas Barbara diz-lhe que pretende só um companheiro sem
exigências. A convivência entre ambos torna-se insuportável e ele pede o
divórcio, que acontece em 31 de outubro de 1951. Barbara está de novo sozinha e
corre a notícia que terá tentado o suicídio. A imprensa cada vez mais se refere
a ela como «Pobre menina rica» uma vez que este era já o seu 4.º casamento sem
sucesso.

Porfirio
Rubirosa, nascido Porfirio Rubirosa Ariza (1909 - 5 de julho
de 1965), originário da República Dominicana era um diplomata reformado,
jogador de polo e um playboy de fama
internacional, tendo sido casado com a herdeira milionária americana Doris Duke
e casos conhecidos com as atrizes Kim Novak, Ava Gardner, Jayne Mansfield e
Marilyn Monroe. As suas caraterísticas físicas e performances amorosas eram
lendárias na altura em que Barbara o conheceu e facilmente se apaixonou por
ele. Nessa altura ele mantinha um caso amoroso com a atriz húngara Zsa Zsa
Gabor. O casamento com Barbara aconteceu a 30 de dezembro de 1953 e ela tudo
fez para o afastar de Gabor, tendo até comprado tantos fatos que ele
rapidamente de tornou num dos dez homens mais bem vestidos do mundo. Também
comprou um avião que ele viria a utilizar para se encontrar mais facilmente com
a amante Gabor. Barbara logo percebeu que não seria a mulher exclusiva neste
casamento: vendeu o avião e divorciou-se rapidamente de Rubirosa em 1954, dando-lhe
3,5 milhões de dólares. Este casamento foi o mais curto de Barbara, tendo
durado somente 53 dias.

O barão Gottfried
von Cramm, nascido Gottfried Alexander Maximilian Walter Kurt
Freiherr von Cramm (1909 - 1976), era um aristocrata alemão e famoso jogador de
ténis. Ele e Barbara eram amigos há anos, tendo ela ajudado a escapar à morte
durante o regime nazi, depois de ele ter sido preso devido a acusações de
homossexualidade. Reencontram-se durante uma festa organizada por uma amiga
comum, reatam a amizade e Barbara, precisando de um ombro amigo, concorda em
casar-se com ele, o que acontece em 1955. Um dia,
quando Barbara regressa a casa depois de uma ida às compras, encontra o seu
marido na cama nos braços de um homem. Apesar de tentarem salvar o casamento de
uma forma adulta, Barbara chega à conclusão que o comportamento do barão não a
iria ajudar no momento conturbado desta fase da sua vida e divorciam-se em
1959.

No verão de
1957, Barbara conhece em Veneza James Henderson Douglas III. Desde o primeiro
encontro, ficou claro que ele pretendia simplesmente a sua companhia e amizade
e assim a acompanhou de forma desinteressada, fazendo o possível para a manter
livre das drogas e álcool. Barbara e James viajaram por todo o mundo e esta foi
uma boa fase da sua vida. Em 1959 os dois viajam para o México, onde Barbara
constrói em Cuernavaca uma mansão japonesa, decorada e com empregados a servir
vestidos no estilo japonês. Dá-lhe o nome de Sumiya, conceito japonês que significa paz, tranquilidade,
criatividade, saúde e longevidade (atualmente é o Hotel
Camino Real Sumiya). Nesta altura, Barbara recebe a visita do seu filho
Lance após anos de afastamento em escolas particulares e esse reencontro é
desastroso. Lance encontra a mãe num estado deplorável e discutem de uma forma
tão violenta que ele a abandona imediatamente. Neste instante, Barbara percebe
como tinha ela própria desperdiçado a sua vida sem o único filho. Desesperada,
volta em 1960 para o seu palácio em Tânger sem Douglas e retoma a sua vida
dependente de drogas, álcool, cigarros e festas intermináveis. Nesta altura
conhece Lloyd Franklin, um inglês de 23 anos que cantava e tocava guitarra no
Dean’s Bar, muito popular em Tânger. Barbara apaixona-se novamente e embora
nunca tenham casado viveram juntos, tendo Franklin recebido muitos presentes
valiosos. Barbara encontrava-se nesta altura muito fragilizada, física e
psicologicamente e tornou-se uma presa fácil para dois irmãos que viviam em
Tânger. Raymon
Doan (1916 - 1990), um químico do Vietname organizou um
esquema com o seu irmão de forma a conquistá-la através de uma série de poemas
românticos e cartas de amor. Apesar de avisada pelos seus amigos do interesse
financeiro de Doan, Barbara casa com ele em 7 de abril de 1964. Doan era
budista e considerava-se um artista, convencendo Barbara a comprar-lhe um
título nobiliárquico. Na embaixada do Laos em Rabat, Barbara compra o título de
Príncipe de Vinh na Champasak. Este seria o último casamento e título para Barbara.
O divórcio acontece em janeiro de 1969 e o Príncipe Pierre Raymond Doan Vinh na
Champasak recebe 2 milhões de dólares.”

[2] Netinhas
famosas a cantar.

na aparelhagem stereo

Um
povo que lava-se no rio dos contrates. Numa margem, acredita ferrenhamente no
Divino, como Rev Bem:
“Tigre, tigre, queimando brilhante / Nas florestas da noite / Que imortal mão
ou olho / Poderia moldar tua terrível simetria? Os humanos têm feito esta
pergunta desde a aurora dos tempos. O meu povo não se maça. Nós, os Magog
sabemos que o Divino existe. Sabemos que Ele criou as estrelas e os planetas,
os ventos brandos e a chuva suave. Também sabemos que Ele criou os pesadelos,
porque nos criou a nós.” O Divino explica a vitória da seleção portuguesa de
futebol do Euro 2016 em França. “O pedido de proteção divina fica por conta da
avó, Cecília Rocha, que promete ainda rezar pelo sucesso da seleção e de todos
os jogadores, como sempre acontece. «Acendo uma vela no dia do jogo para que
Portugal ganhe, por todos os jogadores e ainda para que o meu neto faça um bom
jogo», disse à Agência Lusa Cecília Rocha, uma matriarca orgulhosa do percurso
dos netos, José e Rui Fonte, este último atualmente no Benfica e ambos filhos
do antigo futebolista Artur Fonte.”
[1]

Na
outra borda-d’água, esse mesmo povo afinca os pés na terra, terra-a-terra, terreno.
Na tormenta da crise, apenas um setor não foi ventaneado, emborrascado,
ribombado, a banca privada. Bem gerida, bem administrada, albergando gestores
de topo, administradores do lombo, diretores no ponto, desferiu um kick in the balls naqueles comunizados que
são contra a iniciativa privada. “O presidente do Fórum para a Competitividade,
Pedro Ferraz da Costa, considerou hoje que Portugal não precisa de ter «um
grande banco público» e que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) deveria ser «dividida
em três». «Não acho que seja importante termos um grande banco público, acho
que esse é um dos nossos problemas. Não acredito que os governantes desistam do
poder de influenciar decisões, boas ou más, legítimas ou ilegítimas», afirmou o
antigo presidente da Associação Empresarial Portuguesa.”
[2] As elites cultas portuguesas influem-se
pelos povos desenvolvidos setentriões, expressam-se em kulning ou chamadas de pastoreio para melhor o povo inteligir.

Sagrado
e profano nos anos 80:

█ “Intro”
(1983) ♫ “Boss Cat” (1983), faixas
iniciais do álbum “Torment
and Toreros”, p/ Marc and the Mambas. “Foi
um grupo new wave formado por Marc Almond em 1982 como derivação dos Soft Cell. A composição
da banda alterou-se frequentemente, e incluiu Matt Johnson dos The The e Annie Hogan, com
quem Almond trabalharia mais tarde na sua carreira a solo. Marc and the Mambas
marcaram o início da carreira de Almond fora dos Soft Cell. Em 1983, ele
e os Soft Cell estavam muito próximos da cena avant-garde em torno dos Foetus, Psychic TV e Einstürzende Neubauten.
Almond também foi um dos quatro membros dos Immaculate Consumptive,
grupo iniciado por Lydia Lunch; nunca lançaram nenhum álbum mas tocaram alguns
concertos em Nova Iorque e Washington D.C. no final de 1983. Os outros membros
eram Nick Cave e Jim Foetus. Marc and the Mambas pertenciam a essa cena e
continuaram os temas sombrios explorados nos Soft Cell, mas musicalmente usavam
instrumentos diferentes e ritmos mais complexos.” █ “Me emme laske viiteen (Fame)”
(1983) ♫ “Ai Ai Ai” (1983), p/ Mona Carita. “Nascida
Carita Hautanen a 16 de abril de 1962, em Uusimaa, Helsínquia, Finlândia. Uma
das mais populares cantoras disco
finlandesas do final dos anos 70. Terminou a carreia de cantora após o quarto
álbum em 1983 e mudou-se com a família para a Califórnia. Os seus álbuns foram: «Mona
Carita» (1979), «Soita mulle» (1980), «Nykyaikainen» (1981) e «Mikä fiilis!»
(1983). Os seus passatempos eram, entre outros, equitação, piano, jazz, ballet e ténis. Mona Carita
iniciou a sua carreira num duo chamado Cissy, com Tuula
Sipinen, que se tornou famoso em 1979 pela canção «Rasputin»,
do grupo disco Boney M / lado B «Elämä on totta» versão
de «I Will Follow Him»,
de Little Peggy March. Como solista as suas gravações mais conhecidas são «Anna, kulta, anna»,
(versão de «Hands Up»
dos Ottawan), «Soita
Mulle (Call me)», «Mikä
Fiilis (Flashdance… What A Feeling)», «Go Johnny Go», (versão
de «Go Johnnie Go»
dos Eruption), «Helli mua
hiljaae» (versão de «Words»
dos Bee Gees), e Ilkka Salon gravou um dueto com ela, “Se ikuista on” (versão
de «Together We’re Strong»
de Mireille Mathieu & Patrick Duffy). Ao período 1981-1983 seguiu-se uma
paragem nas gravações durante a qual Mona Carita estudou economia no Canadá, teatro
e casou-se. Em 1983 lança o seu quarto e último longa-duração.”

█ “Pedro”
(1980), p/ Raffaella Carrà. “Nasceu Raffaella
Roberta Pelloni a 8 de junho de 1943 em Bologna e frequentou lá aulas de dança
muito cedo. Quando tinha 8 anos, deixou Bolonha para estudar na Accademia
Nazionale di Danza, em Roma, e começou a sua carreira no cinema nos anos 50
interpretando a personagem Graziella em «Tormento del passato»
(1952), filme estreado quarta-feira, 22 de setembro de 1954 nos cinemas Odéon e
Palácio. Ela fez, com o nome Raffaella Pelloni, outros cinco filmes até 1960 [3] quando se formou no Centro sperimentale di
cinematografia. Em 1965, muda-se para os Estados Unidos assinando contrato pela
20th Century Fox. Como Carrà, entrou no filme “Von Ryan’s Express”
(1965), com Frank Sinatra, Edward Mulhare e Trevor Howard … estreado
segunda-feira, 27 de setembro de 1965 no Tivoli e no Roma. Em 1966, foi
convidada especial da série americana «I Spy» no episódio «Sophia». Roída de
saudades de casa, decidiu regressar a Itália onde protagonizou cerca de vinte
filmes tais como «Le
Saint prend
l’affût»
(1966), com o título local «As aventuras de ‘O Santo’» estreado sexta-feira, 17
de março de 1967 no Condes, e «Il vostro super agente Flit» (1966), uma paródia
de «Our Man Flint»
(com o título local «Flint, agente secreto» estreado sexta-feira, 4 de novembro
de 1966 no Condes e no Europa). Não obstante, ulteriormente, a sua carreira de
atriz tem sido escassa com não mais que cinco trabalhos principalmente para
televisão. Desde 1961, Carrà tem cantado e dançado numa diversidade de
programas de televisão. Em particular, desde o início dos anos 70, eles têm
apresentado elaborada coreografia, temas espantosamente produzidos e o seu
estilo desinibido. Ela foi a primeira artista a mostrar o umbigo diante das
câmaras. Isto foi recebido com pesadas críticas do Vaticano e das igrejas
católicas dos países que viam o seu programa, «Canzonissima». Carrà
teve uma canção de sucesso, a sensual «Tuca tuca» (1970),
escrita para as suas apresentações televisivas pelo seu colaborador de longa
data e ex-namorado Gianni Boncompagni. De igual forma, em 1971 alcançou outro
sucesso com «Chissà se va».
O seu maior sucesso internacional foi «Tanti auguri», que se
tornou uma canção muito popular entre o público homossexual. A canção também é
conhecida pelo título espanhol «Para hacer bien el amor hay
que venir al sur» (que se refere ao sul da Europa, visto que foi gravada e
filmada em Espanha). A versão estoniana da canção, «Jätke võtmed väljapoole»
foi cantada por Anne Veski. «A far l’amore comincia tu»
foi outro êxito seu internacionalmente, conhecido em Espanha como «En el amor todo es empezar»,
em alemão como «Liebelei», em francês como «Puisque tu l’aimes dis le
lui» e em inglês «Do
It, Do It Again». (…). Em 1977, ela gravou outro êxito, «Fiesta», originalmente em
espanhol, mas depois gravou-o em francês e italiano após a canção atingir as
tabelas.” [4]

█ “If
This Is Gore, What's Meat Then?” (1988) ♫ “Theatric Symbolisation of
Life” (1992), p/ Agathocles. “Banda política belga
de grindcore fundada em 1985 como
Necromantical Destructor, entre 1985-1987 chamaram-se Hellsaw. São
principalmente conhecidos por produzir larga quantidade de EPs de sete
polegadas partilhados com outros artistas. Tocam um estilo de grindcore que apelidaram «mincecore». A
formação mudou inúmeras vezes, o único membro permanente sendo Jan Frederickx
(também conhecido como Jan AG). Agathocles foi formada em Mol, cidade belga da
província de Antuérpia, na Flandres, inspirados num som semelhante ao de outros
conjuntos musicais tais como Neos, Accursed Bludgeon,
Lärm ou Hellhammer. Embora a
banda só tenha sido formada no final de 1985, os seus membros originais, (Jan
AG e Erwin Vandenbergh), estavam envolvidos na cena metal underground e punk desde o início dos anos 80,
gravando compilações em cassetes e publicando fanzines. A maioria das fitas dos
ensaios que eles gravaram durante o primeiro ano de colaboração foram perdidas,
ainda que algumas sobreviveram, principalmente em compilações da época. Os
Agathocles iniciaram os concertos em 1985, nestas primeiras apresentações o
público é ainda diminuto por causa da pouca difusão do tipo de música extrema
tocada pela banda. Fizeram uma aparição na rádio, sendo entrevistados numa
emissora local, nesse mesmo ano. Em 1987, a formação começou a estabilizar-se,
ainda que temporariamente, com Jan, Ronny e Erwin. A banda, neste período, também
encontra um espaço permanente para ensaiar, onde não recebiam queixas (ou até
mesmo sendo expulsos) por causa do barulho como tinha acontecido em salas de
ensaio anteriores. Este era um clube da juventude em Mol, chamado Jam, no qual
gravaram muitas faixas e organizaram pequenos concertos. Eles até tocaram com
outras bandas que se tornariam igualmente famosas nos anos vindouros, como Napalm Death e Pestilence (e mais tarde
Extreme Noise Terror,
bem como outros grupos menores como Violent Mosquitos e Total Mosh Project).” █ “Symphonies for Pathologist”
(1994), p/ Malignant Tumour. “É uma banda checa
de metal / crust / rock ‘n’ roll e grindcore (no início) fundada no outono
de 1991 em Ostrava, República Checa, por Martin «Bilos» Bílek, de 15 anos e Roman
Restel de 14. Tocaram mais de mil concertos nos três continentes. Em 2008, o
álbum «In Full Swing»
venceu a sondagem checa Břitva, feita aos jornalistas especializados, para
álbum do ano. Em 2010, «Earthshaker»,
dos Malignant Tumour, venceu o prémio Anděl para álbum do ano na categoria Hard & Heavy. Os primeiros anos da
banda foram em nome do noisecore, em
que cada um tocava todos os instrumentos, trocando muitas vezes, apenas por
divertimento desse barulho. E para chatear os vizinhos. O baterista Libor
Šmakal entrou e a banda fortemente influenciada pelos britânicos Carcass começa
a tocar grindcore com letras médicas
/ patológicas. Nesta formação gravaram as suas primeiras maquetas: «Cadaveric
Incubator of Endo-Parasites» (1993), «Symphonies for Pathologist» (1994) e «Analyse of Pathological Conceptions»
(1995).” “Começaram
tocando goregrind semelhante aos Carcass ou Regurgitate, depois veio
um período em que tocaram mincecore
com letras políticas semelhantes a Agathocles e agora tocam rock ‘n’ roll crust como os Motörhead.”

█ “Canon
et Gigue” (Johann Pachelbel) (1980), p/ I Musici.
RANK
XEROX. La
Symphonie de I’information, interprétéé
par l’Orchestre Bureautique Xerox. “Dirigir uma empresa, uma administração
ou um departamento, é ser o maestro da orquestra [5].
É pois necessário uma combinação de instrumentos. Instrumentos totalmente
afinados e à vossa medida para uma interpretação perfeita da vossa Sinfonia da
Informação. É então preciso TeamXerox. Para interpretar à vossa escolha um
dueto genial para trabalho de design gráfico e impressora a laser, um intermezzo enérgico para quarteto de
máquinas de escrever eletrónicas, um allegro
fogoso para tratamento de textos ou microcomputadores, um divertimento
cintilante para telecopiadoras, um crescendo
empolgante de copiadoras, duplicadoras, sistemas de impressão e máquinas de blueprint, ou mesmo um concerto sublime
do conjunto da orquestra quando todos os seus instrumentos combinam a sua
música. E vos oferecer assim as obras dos Mestres Barrocos interpretados pelos I
Musici neste disco, triunfo sem equivalente, que esteja ao abrigo do desgaste
do tempo.”

____________________

[1] Uma vela
acesa pelo sucesso artístico. Julia, 1,69 m, 48 kg, 84-58-89, sapatos 38, olhos verdes,
cabelo loiro, nascida a 6 de setembro de 1982 em Estalinegrado (Volgograd),
Rússia, t.c.c. Julia, Julia A, Julia Zankina (Юлия Занкина), Yulia Grigorevna
Zankina, Nina, Juliet, Sweet Juliet, Eva Hazelnut, Eva Oreh (Ева Орех). “Há
montanhas de mulheres esplêndidas no mundo. Algumas delas tornam-se modelos.
Mas apenas algumas chamam a atenção dos homens a sério. Verdadeiro, a beleza pura
não pode ser simulada. Ou existe ou não existe. Julia é muito afortunada. Talvez,
ela ainda não saiba quanto! Mas apenas um connoisseur
pode perceber a sua inconcebível beleza. No entanto, cada pessoa participa da
ideia de Belo. (…). Julia é etérea e delicada; ela induz uma sensação de
flutuar. Ela é como uma nuvem que está sempre a mudar mas invariavelmente
perfeita. O brilho dos seus fascinantes olhos faz lembrar o sentimento místico
sacramental que é tão raro aparecer no lufa-a-lufa diário. Fulgurante, sensual,
cheia de vida, os lábios ardentes provocam um irresistível desejo de aflorá-los,
sentir o suave alento de uma rapariga jovem e casta. O mais maravilhoso em Julia é
o seu cabelo sedoso claro, natural como a erva da estepe, tombando como uma
cascata. A imagem de Julia aparecerá em sonhos e será a maravilhosa continuação
de um conto de fadas, toda a gente pode mergulhar na imaginação do artista. O
mundo em que Julia vive não é banal como parece aos que a rodeiam. Não tem os
problemas da vida quotidiana, correria e pressa. É uma terra de sonhos, um
mundo de fantasias secretas, memórias apaixonadas e expetativa de um milagre
que a qualquer momento lhe pode acontecer. Julia não é modelo profissional. No
seu charme não há gestos fingidos ou artificiais, há apenas um jogo e tentação.” Entrevista: P: “Quais
pensas que são os teus melhores atributos?”, Julia: “O meu cabelo.” P: “Cor
favorita?”; Julia: “Dourado.” P: “Programas de TV favoritos, lista de nomes”,
Julia: “Quem quer ser milionário?” P: “Livros favoritos, lista de títulos”,
Julia: “Ariel, escrito por A. Beliaev, Lolita por Nabokov.” P: “Filmes favoritos,
lista de títulos”, Julia: “Showgirls (1995), O barbeiro da Sibéria (1998).” P:
“Revistas favoritas, lista de nomes”, Julia: “Cosmopolitan, Elle.” P: “Música favorita,
lista de títulos”, Julia: “A-ha, Madonna, Sade.” P: “Altura favorita do dia,
porquê?”, Julia: “A noite, porque passo sempre este momento de forma
interessante, posso relaxar. Posso ir a uma discoteca ou bar.” P: “Qual é a tua
formação? Curso?”, Julia: “Tenho o ensino superior inacabado em duas
especialidades: gestão e design.” P: “Falas outras línguas? Se assim for,
diz-me algo nessa língua”, Julia: “Falo inglês e um pouco de francês.”, P:
“Lugar favorito para viajar, relaxar ou visitar”, Julia: “O sul da Rússia, a
Crimeia.” P: “Quais foram os locais que visitaste?”, Julia: “Visitei bastantes
cidades na Rússia e Europa.” P: “Qual é o teu feriado preferido? (Natal, dia
dos namorados, dia de ação de graças, etc.)”, Julia: “O dia dos namorados, o
meu aniversário.” P: “Comida favorita, lanches, doces”, Julia: “Gosto de
saladas e sobremesas de frutas com creme.” P: “Qual é o teu carro de sonho?”,
Julia: “Peugeot 607.” P: “Qual é o teu emprego de sonho?”, Julia: “Gostaria de
ter a minha própria empresa de design.” P: “Descreve o teu lugar favorito para
fazer compras”, Julia: “Lojas de roupas e perfumes.” P: “Assistes a desporto,
se sim, quais são as tuas equipas favoritas?”, Julia: “Gosto de ver jogos de
futebol. A minha equipa favorita é o FC Rotor Volgograd.” P: “Quais
são os teus passatempos?”, Julia: “Gosto de desenhar, cantar. Quero desenhar
interiores para os meus amigos e para mim.” P: “Preferência de bebidas, alcoólicas
e não alcoólicas”, Julia: “Sumo de banana, cocktails de nata tipo Baileys.” P:
“Ocupação?”, Julia: “Gestora e designer.” P: “Tens algum animal de estimação?”,
Julia: “Sim, um gato, Margo.” P: “Estado civil?”, Julia: “Não sou casada.” P:
“O meu pior hábito é…”, Julia: “Às vezes posso atirar emoções negativas sobre uma
pessoa querida, a minha mãe.” P: “A única coisa que não suporto é…”, Julia:
“Traição de uma pessoa em quem confio.” P: “Que animal melhor descreve a tua
personalidade e porquê?”, Julia: “Acho que sou como um gatinho adorável e, ao
mesmo tempo, sou como uma astuta raposa cautelosa.” P: “As pessoas que me
conheceram no liceu pensavam que eu era…”, Julia: “Uma rapariga muito divertida,
alegre e com grande coração.” P: “Como é que descontrais ou passas o teu tempo
livre?”, Julia: “P: “Todo o meu tempo livre passo-o com o meu namorado. Vamos
ao teatro, cinema, discotecas ou apenas passeamos.” P: “Qual foi o momento mais
feliz da tua vida?”, Julia: “Tive muitos momentos desses e é-me difícil
escolher o mais feliz. Estou feliz todos os dias porque amo e sou amada.” P:
“Quais são as tuas esperanças e sonhos”, Julia: “Espero que todos os meus
sonhos se tornem realidade. Tudo o que quero é ser uma boa profissional, ter
uma boa família e filhos.” P: “O melhor conselho que já me deram foi…”, Julia:
“Encontrar o bom nas piores coisas e momentos.” P: “O pior conselho que me
deram…”, Julia: “Casar-me quando tinha 17 anos.” P: “Que tipo de cuecas usas,
se algumas”, Julia: “Prefiro usar tanga e calções curtos.” P: “O tamanho
importa? Qual é a tua medida ideal?”, Julia: “Sim, com certeza, mas quando se
está em sintonia com a pessoa amada, não importa de todo. Os sentimentos
importam mais, penso seu.” P: “Descreve a tua primeira vez (pormenores, local,
pensamentos, satisfação, etc.)”, Julia: “Eu tinha 16 anos e ele era adulto,
tinha 36 anos. Senti como ele era experiente. Foi muito cuidadoso e não queria
que eu sentisse dor. Aconteceu no carro dele, à beira-mar, à noite. Eu estava
por debaixo dele. Não me satisfiz.” P: “O que te excita?”, Julia: “Óleos
aromáticos, flores e energia sexual positiva.” P: “O que te desliga?”, Julia:
“Mau cheiro, o corpo sujo.” P: “O que te faz sentir mais desejada?”, Julia:
“Palavras infinitas sobre o amor...” P: “Melhor maneira de te dar um orgasmo”,
Julia: “Apesar de eu ser uma pessoa afável, a melhor forma de me dar um orgasmo
é sexo bruto.” P: “Qual foi o teu melhor ou mais prazeroso orgasmo?”, Julia:
“Ele repetia o meu nome e gritava que me queria muito.” P: “Masturbas-te? Com
que frequência? (dedo, brinquedos ou ambos)”, Julia: “Às vezes no banho.
Costumo fazê-lo com o dedo mindinho.” P: “Qual foi o teu primeiro fetiche, se
algum?”, Julia: “Com o meu urso de peluche.” P: “Qual é o lugar mais exótico ou
invulgar em que fizeste sexo? Ou onde gostarias que fosse?”, Julia: “Fora da
cidade, numa casa de banho, numa piscina.” P: “Posição sexual favorita,
porquê?”, Julia: “69, porque é muito invulgar.” P: “Descreve um dia típico da
tua vida”, Julia: “Geralmente levanto-me às 09h00, tomo um duche e vou fazer jogging, depois tomo o pequeno-almoço,
vou fazer compras ou a qualquer outro lado. Depois vou bronzear-me. Nado lá,
jogo voleibol. À tardinha tomo outro duche e vou a qualquer lado com o meu
namorado jantar. À noite vamos à discoteca.” P: “Tens alguma curiosidade sexual
que gostasses de explorar ou tivesses explorado? Por favor, descreve com
pormenores (rapariga / rapariga, voyeurismo, etc.)”, Julia: “Sim, gosto de
raparigas, mas não fiz sexo com elas.” P: “Descreve em detalhe a tua fantasia sexual
favorita”, Julia: “A minha fantasia sexual favorita é ter sexo com uma rapariga
bonita gentil, que tem uma pele suave e cabelo longo com cheiro delicioso.” P:
“Conta-nos a tua ideia de um encontro de fantasia”, Julia: “Gostaria de ter um
encontro de fantasia realmente maravilhoso e incrível… com champanhe, velas e
coisas dessas. Qualquer rapariga normal quer isso.” P: “Se pudesses ser
fotografada de qualquer forma, em qualquer cenário, qual escolhias? O que te
faria sentir mais desejada, mais sensual?), Julia: “Gostaria de ter tirado uma
foto com o meu namorado… Mas não no palco pornográfico… Apenas muito bonito e
romântico.” Sites: {The Nude} {ATKPremium} {Indexxx} {jeuneart} {hqcollect}. Obra
fotográfica: {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos8} {fotos9} {fotos10} {fotos11} {fotos12} {fotos13} {fotos14} {fotos15} {fotos16} {fotos17} {fotos18} {fotos19}. Obra
cinematográfica: {“Julia Interview” + Katia +
Valentina + Natia} ѽ {“Interview
1” + Katia + Natia} ѽ {“Interview
2” + Katia + Valentina} ѽ {“Two
Sweet Pussies” + Natia} ѽ {“Mistress
and Servant 1” + Natia”} ѽ {“Mistress
and Servant 2” + Natia”}. No novo milénio, Julia, como Eva Walnut, qual
Euterpe, a doadora de prazeres, aventurou-se na arte da música: “Moscow Never Sleeps” (2007), p/
DJ Smash pres. Fast Food. Fast Food formaram-se em 2007 c/ Raya Ratatouille (Рая Рататуй)
(voz), Eva Walnut (Ева Орех) (coros, dançarina), IL i Ventura
(DJ) - “Volna” ♫ “Я музыка” ♫ “Moscow Never Sleeps” ♫ “Моя Москва” p/ Timati ft.
DJ Smash, Fast Food.

Sobre ela
Galitsin escreveu: “Eu partia a moca a rir com o novo nome artístico de Julia,
(Eva Hazelnut: ela é ao mesmo tempo bailarina e atriz vestida como criada sexy com um passado escandaloso), Evochka
Hazelnut. «O seu rabo sexy duro como
uma noz deixa-me louco…». (…). Soubemos da carreira de Zankina na prisão (a
propósito, Valentina continua chamando-lhe assim). Libertado da prisão
encontrei apenas um videoclip em que ela é protagonista, não é muito, mas era
bom para começar. Ela escrevia que ia entrar na mais prestigiada universidade
de cinema na Rússia, mas nunca o fez. Em Volgograd, ela foi expulsa da escola
de teatro pela sua conduta imoral. Não consigo imaginar. Como pôde ela ser
expulsa do lugar onde todos os alunos têm comportamento imoral? Porque parou
ela de representar? Tenho várias sugestões para isso: talvez encontrou um
amante e começou uma relação… Julia gosta de prendas diferentes e de aventuras.”

[2] Aforismos de Ferraz da Costa. “Eu gostaria de acreditar -
e era bom para todos se assim fosse - que Trump vai ter muito sucesso na
economia.” “Eu acho que o Dr. Passos Coelho - por cujo trabalho eu tenho muito
respeito, porque viveu um período muito difícil e foi um fator de segurança e
de estabilidade para a economia portuguesa e criou muita confiança nos credores
que nos continuaram a financiar - ficou muito associado aos aspetos mais
desagradáveis. Principalmente por uma narrativa política que se tem construído
e que, a mim, me parece completamente falsa. É evidente que o aperto financeiro
a que nós chegámos levantou dificuldades a muitas empresas, mas nós
conseguimos, em termos do aumento de exportações, durante esse período, coisas
extraordinárias.”

[3] São eles: “Valeria
ragazza poco seria” (1958), “Caterina
Sforza, la leonessa di Romagna” (1959), “La lunga notte del '43”
(1960), “La furia dei
barbari” (1960) e “Il
peccato degli anni verdi” (1960). E ainda sob o nome Raffaella Pelloni fez “Maciste nella terra dei
ciclopi” (1961), com o título local “Maciste contra o ciclope” estreado
quinta-feira, 14 de junho de 1962 no Avis.

[4] Sábado, 2 de janeiro de 1982, pelas 20h35, a RTP 1
transmitiu o programa “Millemilioni” apresentado
por Raffaella Carrà. Retransmitido às sextas-feiras, de 26 de fevereiro / 12 de
março de 1982, pelas 21h30, neste dia ido de março, os telespetadores assistiram
ao “Millemilioni Londres”.

[5] O especialista português em comando de affairs políticos e do lar. “O grau zero
da política tende cada vez mais a coincidir com o grau máximo do circo
mediático. Sobretudo quando este consiste em encenar como dramaticamente
decisivos confrontos de protagonistas que em pouco ou nada se distinguem em
termos de ideias, projetos ou de causas. O jogo da ambição hiperpersonalizada é
no entanto hoje, infelizmente, o único que no domínio político os media
acreditam ser capaz de captar a atenção dos cidadãos, sempre vistos como
indolentes consumidores de imagens. A demagogia eclipsou completamente a
pedagogia. É por isso pena que pessoas com a responsabilidade intelectual de
José Gil caucionem esta orientação em nome de uma ideia simplista de liderança
que atualmente domina nos média, como aconteceu na semana passada com o seu
ensaio, publicado na Visão, sobre o tema «O que é um líder?». Ainda que possa
não ser essa a intenção do seu autor, o texto na verdade reforça como boa a
perspetiva de uma liderança ideológica e programaticamente vazia, em que o que
conta é o «jogo de forças que se estabelece entre ele (o putativo líder) e os
que o ouvem e seguem na ação. Tudo se passa através do poder oratório e a
capacidade de atrair». Como mais adiante, no texto, se percebe, o que o autor
visa é apontar em António José Seguro a ausência deste conjunto de
características que implicitamente, sem nunca o nomear, insinua
existirem em António Costa. Sem todavia em algum momento falar do que
interessa, isto é, das ideias de um ou de outro; das que se conhecem de A.J.
Seguro, das que se continuam a aguardar de António Costa. Esta é, a meu ver,
uma perspetiva que se submete sem a necessária lucidez às exigências do mais
trivial marketing mediático-político, e o faz em termos de uma mística corriqueira
que estabelece como quesito particular de um líder que ele tenha uma presença
intensiva, abrasiva, «poderosa e plástica, que aja como um íman, um foco atractor,
transdutor e emissor de energia» (sic!). Mais, Gil pensa que o povo atribui a
um tal líder as qualidades de um «vidente», de alguém que vê mais e melhor do
que os outros, de um «ser habitado» que, em rigor, «desaparece como pessoa para
ganhar uma identidade superior que oferece certeza, segurança e confiança». Assim
concebida, a liderança tanto pode caracterizar um Obama como um Hitler, para
dar dois exemplos extremos - e basta isso para se ver as insuficiências de uma
tal conceção, que não distingue uma liderança tóxica de uma liderança
inspiradora. O século XX foi, é preciso não o esquecer, o século de grandes
patologias nas lideranças políticas, mas a panóplia das suas possibilidades não
se esgotou. Pelo contrário, as novas tecnologias criaram na nossa era
mediática imensas possibilidades de liderança e de carisma na ordem política,
que se têm revelado altamente patogénicas, que é fundamental perceber
e desmontar. Até porque, com o repetidamente anunciado fim do Estado-Providência,
tudo incita a que, num processo de compensação, se multipliquem nas sociedades
contemporâneas as expetativas de homens providenciais, que agora se apresentam
- o que é uma novidade histórica sem precedentes - como tendencialmente
apolíticos mas exímios performers da
palavra e da imagem. Com a atual impotência da política, ou seja, com os povos
privados de capacidade para efetivamente decidirem o seu destino, e com o
reforço dos poderes fáticos - nomeadamente o da indústria financeira -, o
carrossel dos homens providenciais mediaticamente produzidos aparece cada vez
mais com o compère conveniente da
democracia cada vez mais acéfala de que já falava Max Weber: de uma democracia
dócil, sem política, dominada pela burocracia e pelos mercados. Enfrentar este
contexto não é fácil, como Jeffrey C. Alexandre mostra em «The Performance of
Politics», em que analisa detalhadamente o percurso de Barack Obama defendendo
a tese de que o combate político é, nas suas particularíssimas formas de
racionalidade, determinado por fatores morais e emocionais, pelos símbolos que
se assumem e pela visão da sociedade que se propõe, sempre em situações em que
o imprevisível e o kairos (isto é, a
boa combinação do argumento com a circunstância) são determinantes. É que um
líder não é um vidente nem um chefe. Se, como São Paulo já dizia
e Max Weber subscreveu, ele tem um dom, ele constrói-se sempre no
cruzamento de uma visão e de um contexto, quando alguém consegue ligar
certos problemas concretos, vividos, com respostas determinadas, plausíveis,
induzindo uma esperança que seduz mesmo quando não convence. Foi assim com
líderes como Soares ou Thatcher, Mitterrand ou Kohl. É cedo para o dizer, mas é
talvez o que está a acontecer com Matteo Renzi, em Itália”, Manuel Maria
Carrilho, em Diário de Notícias n.º 53 018.  

O sistema
fiscal português é insustentável pela imoralidade absoluta de que está
inquinado (tl;dr)

Um líder de
lasquinha, como um bom bacalhau, leva firmeza das convicções, resiliência
perante as adversidades, verticalidade e honorabilidade na comunicação com os portugueses,
competência e humanismo nas decisões, e total determinação patriótica em levar
Portugal a um novo rumo [1]. Se lhe juntarmos
três cabeças de não perceber uma indireta – perder 25 deputados – encasqueta
vitória, não arria o pin e quer
governar, então, brunchamos Passos Coelho: “O que eu gostaria era que nós não
estivéssemos a criar ehh ehh um horizonte para 2017 que fosse ehh um engodo,
prás pessoas, que fosse um engano, como foi este ano. O que eu gostaria, era
que o governo estivesse a apresentar um Orçamento que pudesse cumprir e não um
que não cumpre. (…). O que o governo se ensaia pra dizer, é que vai haver
aumentos, que vão ser bons prás pessoas, os impostos vão baixar. (…). Para
cumprir aquilo que são metas que estarão negociadas com a Comissão Europeia, e
que são aquelas que Portugal precisa ehh de atingir, com certeza, que tem de
vir aí impostos, e os piores deles, são impostos em que ehh ehh
as pessoas pagam, não em função da sua capacidade, mas
independentemente da sua capacidade, que são os impostos indiretos. (…). E
o governo ‘tá a fazer isso e e vai vendendo isso às pessoas, como se isto fosse
uma coisa extraordinária. Ora isto serve justamente para que o governo depois
arranje dinheiro para pagar a certos grupos e a certos setores da sociedade,
colocando toda a sociedade a pagar esse ehh esse custo, esse bonito,
que estão a oferecer, e isto é apresentado como sendo uma coisa muito
justa, mas não é.” (Outubro 2016) [2].

Um país tão
rico culinariamente, naturalmente as suas mulheres mexem mais que ovos,
bimbymente, Maria Luís Albuquerque: “Assenta muitíssimo num aumento de impostos
generalizado sobre uma série de matérias, que passa uma mensagem completamente
errada para quem queira poupar ou investir neste país, porque reforça uma
enorme instabilidade fiscal para dar a alguns relativamente pouco, tirando
a muitos, e reforçando a injustiça social e as desigualdades. (…). Está
focado essencialmente no curto prazo e na sobrevivência política do governo. (…).
E portanto as condições do país decorrem muito dessas opções de uma estratégia
de curto prazo que vai degradando necessariamente o futuro, lamentavelmente.” (Outubro
2016).

1984.
Junho. Sábado, 9 “Portugal
é o país da OCDE mais sobrecarregado fiscalmente se se tiver em conta o
rendimento médio por habitante – afirma Medina Carreira, num estudo sobre o
sistema fiscal português. Este trabalho técnico do antigo ministro das Finanças
foi-lhe encomendado pelas Associações Industriais Portuguesas e Portuense e
Comercial de Coimbra e vai ser entregue ao governo na próxima semana. Portugal
é dos países em que os impostos mais cresceram nos últimos anos, sabendo-se
que a carga fiscal se distribui desigualmente, concentrando-se sobre certos
tipos de rendimentos e, nestes, sobre um número limitado de contribuintes,
concluindo-se que os que não se evadem estão a atingir o nível do insuportável.
Só atendendo a estes fatores é possível comparar internacionalmente o sistema
fiscal português, porque, «parecendo tributar bens supérfluos, as taxas altas,
na realidade o contrabando e outros tipos de fraude evitam-no». «Parecendo
tributar rendimentos em numerosos casos, incide efetivamente sobre o capital,
contribuindo para as nefastas consequências que, a médio prazo, a
descapitalização trará ao país». Medina Carreira considera que, ao nível da
fraude e evasão fiscais, se estão a acumular casos muito graves, em que o
governo irá ser confrontado com a opção entre perdoar o imposto e as multas ou
provocar falências em série ou obrigar a banca a pagar as cauções e intentar
depois ações sobre as empresas. Esta situação decorre do facto de um
contribuinte com dívidas ao fisco poder sempre recorrer para os tribunais e, no
caso de ser condenado, ter de pagar o imposto, as multas e as custas do
tribunal. O Estado, para garantir-se, permite que o contribuinte não pague,
desde que apresente uma caução (geralmente bancaria) ou se forem penhorados
bens suficientes. Quando se chegar ao fim, o contribuinte pode não estar em
condições de suportar o pagamento da dívida e a banca é chamada a honrar a
caução ou os bens são vendidos judicialmente, em regra a baixo valor e
pouquíssimo o Estado irá arrecadar. Para além da irracionalidade e dispersão do
sistema fiscal português, estão em vigor 50 impostos dos quais apenas 20 são
responsáveis por 98,7 % das receitas previstas. (…). Alarga-se,
progressivamente, a diferença entre o volume dos gastos públicos e o montante
das receitas fiscais, considerando o estudo que não é possível obter receitas
que satisfaçam toda e qualquer política de despesas públicas e, assim, o saldo
negativo das contas públicas vai-se agravando. A fiscalidade também não
favorece a estabilização conjuntural, pois a necessidade e o peso dos impostos
sobre a despesa decorrente da ineficácia da tributação direta, favorece a
inflação, penaliza o risco, o que é negativo para o investimento e para o combate
ao desemprego, ao passo que a ineficácia financeira agrava a monetarização da
economia, agravando a inflação e os desequilíbrios na balança de transações
correntes. Medina Carreira conclui que o objetivo de eliminar as desigualdades
económicas por via de uma política redistributiva está cada vez mais longe de
ser atingido: o regime de alta progressividade vigente em alguns impostos
diretos (sobre bens supérfluos, no imposto de transações) só está a ser
operante nos rendimentos do trabalho.           

Sexta-feira,
15 de junho “o ex-ministro das Finanças, Medina Carreira, disse em Coimbra, que
o sistema fiscal português é «insustentável pela imoralidade absoluta de que
está inquinado». Medina Carreira falava durante um jantar-debate promovido pela
Associação Comercial e Industrial de Coimbra (ACI), onde abordou o tema
«Impostos: as alterações necessárias». Segundo o ex-ministro das Finanças, a
prática fiscal portuguesa «tem pouco a ver, em muitos aspetos, com aquilo que a
lei diz, devido à inflação, à fraude e ao comportamento da administração
fiscal». «As altas taxas aplicáveis estimulam fortemente a evasão e a fraude,
desencorajando o trabalho e o investimento» - considerou sublinhando que se
perdeu «o bom senso e a coerência das taxas». De acordo com o antigo ministro,
o sistema fiscal português «só penaliza um número limitado de contribuintes e
funciona, na sua globalidade, de forma regressiva». «O nosso regime não atinge
os mais ricos, como pareceria e se pretenderia». «Concebido para tributar
rendimentos, penaliza o capital e quando visa o capital este escapa-se-lhe».
Medina Carreira disse ainda era o Imposto Profissional «o único que na prática
é acentuadamente progressivo», justificando deste modo que «só os salários
sejam efetivamente tributados duas vezes a taxas altamente progressivas». (…).
Segundo o orador, Portugal é o único país da OCDE com um produto por habitante
da ordem dos 2500 dólares, e uma carga fiscal próxima dos 30 %. O nível da
fiscalidade em Portugal anda perto do da Suíça, da Austrália e dos Estados
Unidos. (…). No entanto, segundo afirmou, o Orçamento do Estado para 1984
mantém em vigor perto de 50 impostos. Mas a Segurança Social, os fundos e os
serviços autónomos e a administração local arrecadam receitas fiscais,
calculando-se em mais de 80 o número de impostos em vigor. «Mesmo que o
ministro das Finanças quisesse acabar com alguns impostos não podia porque não
sabe verdadeiramente quais é que existem».” 
     

Segunda-feira,
11 de junho “Enrico Berlinguer, secretário-geral do Partido Comunista Italiano,
morreu esta manhã pelas 11h07 (hora de Lisboa), depois do agravamento do seu
estado ter levado os médicos a informarem que o líder do PCI estava clinicamente
morto. No boletim médico divulgado ao princípio da manhã de hoje os clínicos do
hospital de Pádua afirmavam que «a atividade cerebral elétrica desapareceu. O
coma é, por isso, irreversível». (…). Nos últimos dias, o hospital de Pádua tem
assistido à confluência de vários dirigentes políticos italianos que ali se
informam sobre o estado de saúde de Berlinguer. Particularmente notada a
presença do presidente italiano, Sandro Pertini, que, de lagrimas nos olhos,
contactou com a família do dirigente comunista. Aliás, Pertini permaneceu todo
o fim de semana naquela cidade italiana para, segundo fontes oficiais da
presidência, «estar junto de Berlinguer».

Terça-feira,
12 de junho “só após o funeral de Enrico Berlinguer, que se realiza amanhã [3], o PCI decidirá da convocação de um congresso
extraordinário onde a sucessão do malogrado dirigente será abordada. Até lá, os
comunistas italianos continuam a chorar o seu dirigente desaparecido e a
receberem mensagens de condolências de todo o mundo. De Portugal, chegaram à
rua Botteghe Oscure condolências de Ramalho Eanes [4],
Tito de Morais [5], do PS [6], PSD, CDS e PCP. Os comunistas portugueses
far-se-ão representar nas cerimónias fúnebres de Berlinguer por Dias Lourenço,
membro da Comissão Política do Comité Central do PCP e diretor do semanário
Avante! (…). O transporte da urna contendo os restos mortais de Berlinguer, de
Pádua para a capital italiana, foi feito a bordo do avião presidencial de
Sandro Pertini. (…). Para que o transporte se pudesse realizar, os
trabalhadores do aeroporto de Roma desconvocaram uma greve marcada para ontem.
O cortejo fúnebre era aguardado junto à sede nacional do PCI por dez mil
pessoas, e a sua chegada foi sublinhada com uma ovação de dez minutos. (…). Nos
seus últimos momentos, no quarto em que estava internado Berlinguer recebeu a
visita de um padre no que, o seu secretário, António Tato, declarou ser uma
«iniciativa autónoma» do hospital. Instado pelos jornalistas, Tato considerou
que não havia nada contra o facto dos restos mortais de Berlinguer serem
benzidos.”

“Enrico
Berlinguer nasceu em 25 de maio de 1922, em Sassari, na Sardenha, filho de
famílias aristocráticas, mas empenhadas na vida política do país. Seu avô era
ativista republicano e o pai, Mário Berlinguer, foi deputado em 1924, pelo
grupo Giovanni Amendola, distinguindo-se na luta antifascista contra Mussolini.
Após a libertação da Itália, Mário Berlinguer foi eleito senador pelo Partido
Socialista. O filho, Enrico Berlinguer, desde muito jovem, lia Croce, Bakunine,
Marx, obras que encontrava na biblioteca do avô e do pai. Após a queda, em
1945, do fascismo em Itália, Enrico inscreveu-se, em 1947, no PCI, embora
algumas fontes mencionem o ano de 1943 como o da sua entrada naquele partido.
Em 1944, em Roma, entrou pela mão do então secretário-geral do PCI, Palmiro
Togliati, para o secretariado da Juventude Comunista, ficando a seu cargo a
direção do jornal Gioventù Nuova. (…). Em abril de 1982, entrevistado pelo
jornal francês Le Monde, em Paris, onde se encontrava de visita, o
secretário-geral do PCI responderia às interrogações dos jornalistas,
afirmando: «É preciso demonstrar a possibilidade de um socialismo baseado na
democracia». E continuava: «Embora a URSS tenha conhecido grandes períodos de
desenvolvimento, constatamos que um período de estagnação atacou não só a União
Soviética como os países seus aliados, o que não significa, de forma alguma
que, como se tem dito, tenha havido uma rutura entre o PCI e a URSS. Existe sim
uma polémica árdua». Relativamente à sua perspetiva «eurocomunista», os
jornalistas do Le Monde perguntaram qual estava a ser o resultado da sua
fórmula de «compromisso histórico». «Decidi já há algum tempo deixar de utilizar
essa fórmula. Cansei-me de explicar centenas de vezes que não se tratava de uma
aliança governamental entre o PCI e a Democracia Cristã [7]. Não foi uma proposta de coligação mas a ideia de que se
tornava necessário reagrupar, em Itália, as três grandes correntes ideológicas,
ou seja, a comunista, a socialista e a católica». (…). Agora propomos a
alternativa democrática, aliança entre as forças de esquerda e, eventualmente,
com outras forças democráticas para governar sem a Democracia Cristã, o que não
significa que com esse partido não se possa estabelecer uma certa convergência
relativamente a determinados princípios em que se reencontram todos os partidos
que participaram na resistência e se reclamam da Constituição da República. O
momento da alternativa democrática é pois chegado». A uma pergunta sobre a
«terceira via», o secretário-geral do PCI respondeu: «Não queremos considerar a
URSS um mal no mundo, vendo apenas os seus aspetos negativos e as suas
contradições. Por outro lado, não queremos também fazer um demónio da
social-democracia. Fazemos uma crítica histórica, diferenciada de país para
país. Consideramos, sobretudo, que em certos países representa a maioria da
classe operária. Sem querermos tornar-nos sociais-democratas, pensamos que é
necessário procurar a cooperação com esses partidos para fazer avançar o
desanuviamento e fazer progredir o movimento operário numa perspetiva de
transformação social em direção ao socialismo».” 

Segunda-feira,
11 de junho “o comércio automóvel português esteve reunido em congresso este
fim de semana, no Porto. As conclusões não são otimistas. O setor está à beira
da rutura se o governo não tomar medidas imediatas para evitar o seu
afundamento. Mas é importante sublinhar que, grande parte dos males de que
sofre este importante setor da nossa atividade económica, foram justamente
provocados pela ação dos vários governos, pelo irrealismo e inadequação das
medidas tomadas. Durante anos o automóvel foi, em termos de fiscalidade, a
galinha dos ovos de ouro. (…). Três exemplos são significativos: em 1971 só
nos primeiros onze meses do ano vendeu-se o número de veículos ligeiros que se
prevê venha a ser atingido este ano; em 1972, o número de veículos comerciais
vendidos foi igual ao número previsto também para este ano, e quanto aos
pesados o número que se espera seja atingido este ano é igual às vendas de…
1965. (…). O automóvel é uma das grandes fontes de receita do Estado. Em 1983
gerou, de impostos vários incidindo sobre os veículos, combustíveis e de um
modo geral com a atividade a montante e a jusante do setor, 118,1 milhões de
contos.”

Terça-feira,
12 de junho “Francisco Sousa Tavares vai ser hoje às 19h00 empossado pelo
presidente da República no cargo de ministro da Qualidade de Vida. De acordo
com uma fonte do palácio de Belém, o nome de Sousa Tavares foi indicado a Mário
Soares pelo PSD para ocupar o lugar deixado vago por António Capucho. (…). Com
o novo ministro, deve manter-se em funções o secretário de Estado dos
Desportos, Miranda Calha (PS), o mesmo não sucedendo com o responsável pelo
departamento do Ambiente, Carlos Pimenta (PSD), que acompanhou Capucho na saída
do governo. Advogado, Sousa Tavares tem um polémico percurso político que
inclui passagens pelos grupos monárquicos e pela CEUD, no período que antecedeu
o 25 de abril. No dia da revolução foi o civil que de cima de uma guarita do
quartel do Carmo apelou à calma. Inscreveu-se depois no PS, saiu, passou a
reformador, foi deputado da AD com Sá Carneiro e militante do PSD.” “Sem dar
cavaco a ninguém, Mota Pinto convidou Sousa Tavares a integrar o atual executivo.
Por isso, e não só, a revolta alastra na Comissão Permanente do PSD. De tal
modo que pelo menos dois dos seus membros fazem ouvir a sua voz: «Isto está
tudo louco», gritam. «Se Mota Pinto quer fazer política assim, que a faça. Mas
nós, Comissão Permanente do PSD, nada temos a ver com ela». O desabafo, e
simultaneamente grito de revolta e desânimo, parte de um dos membros da
Comissão Permanente do PSD. Para ele, que prefere refugiar-se no anonimato,
«não estamos a caminhar para a CEE, mas sim para o ridículo mais total». Em
breves pinceladas pinta o retrato da situação que o leva a reagir assim. «Sem
dar cavaco a ninguém, Mota Pinto convidou durante uma tourada realizada sábado
em Santarém, o atual diretor de A Capital a substituir António Capucho no
ministério da Qualidade de Vida». (…). «Tomaram-se as decisões entre amigos e,
depois, informam-se os órgãos nacionais do partido, colocando-os perante o
facto consumado».”

___________________

[1] Carlos Carreiras: “Acredito, porque conheço ambos,
que tanto António Costa como Pedro Passos Coelho são homens sérios. Todavia, há
uma diferença cavada entre ambos no plano político. Passos Coelho tem tudo o
que é preciso para ser primeiro-ministro. António Costa não. Um PM não toma
sempre as melhores decisões, não está sempre certo, não é infalível. Mas nos
momentos críticos, ele tem de saber ler a realidade, apontar um rumo, tomar a
decisão a favor do país. A força dessa decisão radica na firmeza das
convicções. A legislatura que está perto de terminar foi fértil em momentos
críticos. Tanto por pressões externas como internas, talvez os últimos anos
tenham sido dos mais imprevisíveis e perigosos desde a revolução de abril. Foi
em cada um desses momentos de tensão que sobressaíram as qualidades de Pedro
Passos Coelho: a firmeza das convicções, a resiliência perante as adversidades,
a verticalidade e honorabilidade na comunicação com os portugueses, a
competência e o humanismo nas decisões, e a sua total determinação patriótica
em levar Portugal a um novo rumo.”

[2] “O presidente do PSD, Pedro Passos
Coelho, surpreendeu na visita à Fabrica da Riberalves, na Moita. Mostrou saber
tudo sobre bacalhau: «Quem cozinha alguma coisa sabe qual é a diferença. Há,
por exemplo, algumas carnes, nomeadamente a carne de porco, que não tem o mesmo
sabor, se for primeiro salgada, portanto se estiver em salmoura, o sabor é
inteiramente diferente, a textura do peixe também como da carne, altera-se
radicalmente. (…). Pro amaciar e pro inchar um bocadinho mais. O que tem, não,
não, ah isso não tenha dúvida de que faz efeito. O que não se pode é abusar do
tempo de demolha, porque senão, ele fica palha, ‘tá a ver? em vez de ficar de
lasquinha como deve ser, se levar leite a mais, fica mole, fica palha e
portanto o bom bacalhau estraga-se. (…). Não sei dizer, como se costuma
dizer são muitos anos, já não sei como é que aprendi, mas aprendi por muitas
vias, observando, perguntando, quem não sabe pergunta. (…). Olhe, dizem que o
rei D. Carlos costumava dizer que só conhecia três maneiras de fazer bacalhau:
cozido, assado e estragado. Eu acho que ele exagerava um bocadinho».”

[3] “Frederico Fellini e Bernardo Bertolucci serão os realizadores do filme
sobre o funeral do secretário-geral do PCI. Os dois cineastas contarão com a
colaboração dos irmãos Paolo e Emilio Taviani, de Ettore Scola e Ettore Magni.”
Pouco provável esse gancho de Frederico
Fellini que votava
na Democracia Cristã, refutava o cinema comprometido e era contra maio de 68.
“O voto? Nunca no PCI. Oficialmente, ele dissera ter votado: em 1976, dera
ouvidos a Indro Montanelli, que aconselhava a quem não queria os comunistas no
governo de votar na DC. Nos outros anos, a sua posição oscilava entre o PRI de
Ugo de La Malfa e o PSI de Bettino Craxi. Mas as relações humanas mais diretas
eram com Giulio Andreotti e Franco Evangelisti. (…). Debalde, Andreotti tentou
envolvê-lo em iniciativas públicas, mas Fellini sempre recusou. A única
intervenção numa manifestação pública foi a participação na guarda de honra do
funeral de Enrico Berlinguer.”

[4] “No texto, Eanes exprime as suas
condolências pela perda que a Itália e o PCI acabam de sofrer, sublinhando «ter
presente a imagem e gratas recordações proporcionadas» no encontro mantido com
o líder agora desaparecido, em Lisboa, em 1979.”

[5] “O presidente da Assembleia da
República, Manuel Tito de Morais, enviou telegrama de teor idêntico. «A notícia
causou profunda consternação entre nós por vermos desaparecer uma das figuras
mais salientes da política internacional».” 

[6] “O papel de Enrico Berlinguer na vida política italiana
e na definição de novas vias foi sublinhado no telegrama de condolências
enviado pelo secretário-geral do PS, Mário Soares. Depois de recordar os
contactos que o seu partido manteve com o PCI, «mesmo nos momentos mais
difíceis de confrontação aberta com o PCP», Soares fez votos para que a morte
de Berlinguer não marque uma viragem, «no sentido da normalização» de um dos
«raros partidos comunistas da Europa originais e independentes».”

[7] Berlinguer “era primo de Francesco Cossiga (que foi líder
da Democracia Cristã e presidente da República), e ambos eram familiares de
Antonio Segni, outro dirigente democrata-cristão e presidente da República. O
avô de Enrico, também chamado Enrico Berlinguer, foi fundador do La Nuova
Sardegna, um importante jornal da Sardenha, e amigo pessoal dos heróis da
Unificação de Itália, Giuseppe Garibaldi e Giuseppe Mazzini.”

na sala de cinema

“2019 - Dopo la caduta di New York” (1983), real. Sergio Martino, c/ Michael
Sopkiw, Valentine Monnier, George Eastman, Anna Kanakis … com o título local “2019 - Depois
da Queda de New York” estreado sexta-feira, 24 de janeiro de 1986 nos cinemas Rex e Xénon. «Mandou-nos o presidente.
Diz que há aqui uma mulher que ainda pode ter filhos. Temos de encontrá-la e
levar-lha» (Parsifal). No ano 2019, num mundo devastado pela guerra atómica, os
poucos sobreviventes não podem proliferar e reproduzir a espécie porque estão
contaminados pela radioatividade. A Nova Confederação, no entanto, identificou
em Nova Iorque uma rapariga ainda capaz de levar uma gravidez ao seu termo.
Para recuperá-la é enviado Parsifal, inimigo jurado dos Eurac, liderados pela
Ania e o seu comandante. A recompensa é um lugar a bordo da nave que partirá
para Alfa Centauro. Chegado a Nova Iorque, Parsifal tropeça nos Contaminados,
homens mutantes que se alimentam de ratos. Conseguirá fazer amizade com eles
mas serão capturados pelos Eurac. Serão posteriormente libertados por uma outra
raça de mutantes, criaturas antropomórficas meio homem, meio macaco, graças à
qual encontram a rapariga fértil em hibernação num laboratório e conseguem
apanhá-la e levá-la com eles. Enquanto isso, sucede que um dos mutantes
integrando a expedição é um Replicante (robot de aspeto humano) mandado pela
Nova Confederação para matar Parsifal, que decide não se vingar mas de partir
para Alfa Centauro com a única rapariga fértil.” [1]
Facto: “As armas usadas pelos guardas vestidos de
branco do governo americano parecem-se exatamente com a arma que Jane Fonda
usou em «Barbarella». (Até aparece nalguns posters). Se
não são os mesmos adereços reciclados, então são réplicas muito fiéis.” “Warnung vor einer heiligen Nutte” (1971),
real. Rainer Werner Fassbinder, c/ Lou Castel, Eddie Constantine, Marquard Bohm,
Hanna
Schygulla, Rainer
Werner Fassbinder, Margarethe von Trotta … com o título local “Cuidado com essa
puta sagrada” estreado sexta-feira, 24 de janeiro de 1986 no Quarteto sala 2. “O
filme tem um lema: O orgulho precede uma queda. E também inclui uma citação do
romance de Thomas Mann «Tonio Kröger»: Digo-te, estou exausto de retratar a
humanidade sem fazer parte da humanidade… A primeira parte da carreira de
Fassbinder termina com o que se considera uma implacável autocritica e «reflete
sobre a relação entre os fins e meios e sobre o potencial do filme artístico na
luta pela mudança social» e também marca o fim do seu período avant-garde. [2]
Este filme claramente autobiográfico trata da interação de um grupo de pessoas
cujas tensões e conflitos conduzem-no a situações caóticas, de facto, a relação
entre uma equipa de filmagem e o seu tirânico realizador. Num hotel chunga à
beira-mar em Espanha, uma equipa de cinema aguarda a chegada do realizador, da
estrela principal e do dinheiro fornecido pelo instituto estatal de apoio ao
cinema. O ambiente impar é uma mistura de histeria, apatia, esperança,
discussões, ciúme e uma salsada sobre assuntos de localização e intrigas
sexuais. Por fim, o realizador Jeff (Lou Castel) chega acompanhado da estrela Eddie
Constantine, interpretando-se a si próprio, que apesar de ser muito mais velho
que os outros membros do elenco e da equipa torna-se íntimo da atriz Hanna (Hanna
Schygulla). Juntamente com o seu diretor de produção Sascha, interpretado por
Fassbinder, Jeff tenta organizar as filmagens no seu estilo autoritário e lidar
com os egos no set.” “I cacciatori del cobra d’oro” (1982),
real. Antonio Margheriti, c/ David Warbeck, Almanta Suska, Luciano Pigozzi … com
o título local “Os Salteadores da Cobra de Ouro” estreado sexta-feira, 28 de janeiro
de 1983 no Roxy, Av. Almirante Reis, 20, tel. 54 85 60, a partir de quinta-feira,
29 de setembro de 1983 os cinéfilos apreciam-no no Cine Estúdio ACS no Centro
Comercial A. C. Santos na Av. da Igreja. “Nas Filipinas, no final da Segunda
Guerra Mundial, dois soldados, um inglês, Dave, e outro americano, Bob, conseguem
com uma ação temerária destruir o quartel de um comando japonês, desmascarando
também um sósia do general Yamato. No entanto, estes conseguem fugir levando
uma cobra de ouro que, além do valor monetário, é considerada um talismã capaz
de dar poder e força a quem o possui. Mas o avião cai na selva, o falso Yamato
morre e a cobra é apanhada e levada por uma tribo indígena para um lugar
sagrado que se encontra no centro de um vulcão semiadormecido, no qual vive
também uma jovem e bela mulher branca idolatrada pelos nativos. O americano Bob
salta de paraquedas na perseguição dos japoneses, fica ferido, mas a rapariga salva-o
colocando-o numa barca. Dez anos depois, os dois soldados são enviados de volta
ao mesmo lugar para recuperar a cobra de ouro. Quando chegam à ilha deparam-se
com outros procurando o mesmo objeto, ou seja, uma rapariga que a Bob parece
muito semelhante àquela que o tinha salvado (de facto, saber-se-á que são irmãs
gémeas) com um supostamente tio professor; além disso, um grupo de japoneses
treinados em kung fu persegue os
dois, os quais conseguem sempre libertar-se das suas ciladas e armadilhas. [3]
“Raid on Entebbe” (1976), real. Irvin Kershner, c/
Peter Finch, Charles Bronson, Yaphet Kotto … com o título local “O Raid Relâmpago dos Comandos”
estreado sexta-feira, 30 de setembro de 1983 no Quinteto. “A 27 de junho de
1976, o voo
139 da Air
France foi sequestrado. O voo, procedente de Telavive, tinha escala programada
em Atenas, antes de continuar para Paris. Pouco depois de descolar da capital
grega, quatro dos novos passageiros sequestraram o avião e exigiram a
libertação de centenas de prisioneiros em todo o mundo [4].
Os sequestradores – dois alemães, Wilfried Böse e Brigitte
Kuhlmann das Revolutionäre
Zellen e dois palestinianos, Fayez Abdul-Rahim Jaber e Jayel Naji el-Arja da
Frente Popular para a Libertação da Palestina - Operações Externas – dirigiram
o avião para o aeroporto de Entebbe, no Uganda, onde os soldados ugandeses, sob
comando do então presidente Idi Amin Dada, ajudaram-nos e prenderam os reféns. (…).
O incrível foi considerado possível, pois o plano das Forças de Defesa de
Israel (FDI) baseava-se nalgumas vantagens que Israel tinha sobre os piratas do
ar. O terminal do aeroporto de Entebbe onde os reféns estavam detidos foi, por
coincidência, construído por uma empresa israelita. Esta forneceu as plantas
permitindo às FDI erigir uma réplica do terminal para ajudar no planeamento do
resgate. Além disso, os captores tinham libertado os prisioneiros não judeus,
que foram capazes de descrevê-los, as suas armas, o seu posicionamento e o tipo
de ajuda fornecida pelas forças militares ugandesas. Como resultado desta
informação, as FDI decidiram enviar uma força esmagadoramente poderosa: mais de
200 dos seus melhores soldados. Por fim, o elemento surpresa foi talvez a maior
vantagem que Israel tinha. Segundo o brigadeiro general Shomron: «Tínhamos mais
de cem pessoas sentadas numa pequena sala, rodeadas por terroristas com o dedo
no gatilho. Eles podiam disparar numa fração de segundo. Tivemos que voar sete
horas, aterrar em segurança, ir para o terminal onde mantinham os reféns,
entrar e eliminar todos os terroristas antes que algum deles pudesse disparar.” “Silent Rage” (1982),
real. Michael Miller, c/ Chuck Norris, Ron Silver, Steven Keats, Toni Kalem … com o título local “Raiva
Silenciosa” estreado quinta-feira, 30 de setembro de 1982 no Avis no e
Politeama. O filme parte de uma verdade insofismável: A ciência criou um
monstro imortal. Só Chuck Norris o poderá destruir. “Numa pequena cidade do
Texas, o doente mental John Kirby (Brian Libby) enlouquece e mata dois membros
da família em que estava hospedado. O xerife Daniel «Dan» Stevens (Chuck
Norris) e o seu ajudante Charlie (Stephen Furst) tomam conta da ocorrência e
por fim prendem Kirby, mas este parte as algemas, domina os outros polícias e apodera-se
de uma arma forçando-os a abrir fogo. Kirby sofre graves ferimentos de bala e
está perto da morte. É transportado para um instituto onde trabalha o seu
psiquiatra, Thomas «Tom» Halman (Ron Silver), juntamente com outros dois
médicos que são também engenheiros genéticos: o dr. Phillip Spires (Steven
Keats) e o dr. Paul Vaughn (William Finley). Numa tentativa de salvar Kirby, o
dr. Spires sugere que usem uma fórmula que criaram. Contudo, o dr. Halman objeta
em face da psicose de Kirby.” [5]

____________________

[1] Salvaguardar a fertilidade da
mulher é a prioridade do futuro. “Um mundo sombrio e desolador. Um mundo de
guerra, sofrimento e perda para ambos lados. Os mutantes e os humanos que
ousaram ajudá-los”, na descrição do professor Xavier, fundador dos X-Men. Impreciso,
o professor X não equacionou a ascendência dos mercados, lebre alvorotada pelos
economistas que adiu preto sobre o negro entornando o bem-estar. As nuvens
pesadas urgiram todos sem exceção ao trabalho para recapitalizarem bancos e
empresas. Nesta mobilização global quem tem talentos tem proventos, no caso da
oferta feminina, arciforme, piriforme. “O meu talento, você sabe como é que é / Quero
ver a mulher do baile, te deixando na ponta do pé, / Bem assim... / Rebolando
até em baixo você kika, sobe fazendo / quadradinho e empina, / Rebolando até em
baixo você kika, sobe fazendo / quadradinho e empina, empina, empinaaaaaa.” – “O Meu Talento”, p/ MC Nativa.

O talento,
sendo uma qualidade hereditária, rasga em qualquer idade, postando as
sociedades, que limitaram a idade do trabalho nas fábricas e nas roças, na
posição de um Aureliano Segundo estourando garrafas de champanhe e acordeão
numa dissipação morbígera, escoando para o ralo valor. As sociedades evoluídas,
infetadas de sexo, criminalizaram o piropo, incompreensivelmente, não castigam
o desejo sexual, a luxúria carnal ou os pensamentos lascivos, descriminando as
jovens em dons artísticos como modeling (Manuela
Destina) ou dancing (Daniela Florez). Pelo seu sensível papel de
gestante de filhos, desprotegidas pela lei, as jovens podem apenas valer-se da
sociedade civil, que um homem bom, um fidalgo, um bacharel, jure por sua honra
tomá-las nos sagrados laços do casamento, provendo a sua proteção e
certificando a linha hereditária patriarcal. Assim, livres, precavido o futuro,
as jovens aquém do décimo oitavo aniversário desgrudarão para o brilho, cor,
beleza, red carpet. Sobretudo as latino-americanas: de Valentina, a melhor
dançarina da sua geração, expeta-se muita dança, muito baile, muito rodopio, muito movimento, muito requebro, muita arte, muita alegria, muita anca;
da boa genética ameríndia expeta-se top models (Valentina Ortega, Michelle
Romanis e Andrea
Restrepo). “Andrea Restrepo é uma atriz conhecida por «Andrea: Pink Lingerie
Outdoors» (2014), «Beautiful Andrea Video» (2014) e «Andrea
R: Valentine’s Day Special» (2014).” Todavia, havia outra, também na Colômbia. “El
pasado domingo 16 de marzo del presente año [2014] fue elegida la representante
de Tulua, Valle el Cauca, señorita Andrea
Restrepo Osorio como la nueva soberana del XVI Festival Turístico y Cultural del
Río y el Pescador en el Corregimiento de Puerto Bogotá, Guaduas,
Cundinamarca.”

Manca
a lei de uma proibição veemente da excitação erótica perante imagens não-sexuais,
as jovens atravessam os Montes Bascos, apedrejadas, mosqueteadas, bombeadas, como
se não jurassem debaixo do carvalho de Guernica propósitos neutros. “Clarina Ospina é uma atriz clássica conhecida por "Tartan Slingshot", «Clarina
Pink Lingerie» (2014), «Volleyball Girls» (2014) e «Clarina: Cute Lingerie»
(2014).” Ѻ "Hot Air Hockey" (Clarina Ospina, Melissa Lola Sanchez, Natalia Marín). Ѻ “Biker Girls” (Andrea Restrepo, Angelita,
Isabella Valencia, Luisa Herrera). Ѻ “Plaid Slingshot” / “Slingshot Perfection” (Natalia Marin). Ѻ “Plaid
Mini” (Karina
Gomez). Ѻ “Floral
Mesh Lingerie” (Juliana Yepez). Ѻ “Three
of Hearts” (Emily
Reyes). Ѻ “Balcony Beauty” (Kateryn Estrada). Ѻ “Disco
Dancers” (Sofy
Arias, Daniela Florez, Heidy). Ѻ “Patio Lingerie” / “Black
Lingerie” / “Black Mesh” / “Bedroom Formal” (Alexa Lopera). Ѻ “Threes
of a Kind” (Veronica Perez, Alexa Lopera,
Valentina). Ѻ “Mountain View” (Luisa Henano). Ѻ “Sister Act” (Poli Molina, Tammy Molina). Ѻ “Black Tie” (Laurita Vellas). Ѻ “All
That Glitters” (Angelita). Ѻ “Purple Perfection” (Ximena Gomez). Ѻ “Three
Girls In Red” (Ximena Gomez, Laurita Vellas,
Kelly). Ѻ “Pink
and Black Lace” / “Silky
Black Blouse” / "Super Slingshot" (Mary Mendez).
Ѻ “Micro Perfection” (Thaliana Bermudez). Ѻ “Rainbow Mini” (Angie Narango). Ѻ “Gold
Level Service” / “Red Ribbons” (Tammy Molina). Ѻ “Three Bikini Girls” (Valentina, Alejandra Jimenez,
Luisa Henano). Ѻ “Three
Swimsuit Models” (Valentina, Luisa Herrera,
Yeraldin Gonzales). Ѻ “Bouncing On The Bed” (Madeleyne Vasquez, Maria
Alejandra, Natalia Lopez). Ѻ “Cooling Off” / “String Bikini” / “Blue Bikini” (Yeraldin Gonzales). Ѻ "Three Swimsuit Models" (Yeraldin Gonzales, Valentina, Luisa Herrera). Ѻ “Carina
In White G-String” / “Dancing
In White Lingerie” / “Red Stockings” (Carina Zapata). Ѻ “New
Model Sofy” (Sofy Arias). Ѻ “Christina White Thong” / “Cute
Christina Linda” (Christina
Linda é uma atriz
conhecida por «Cristina Linda Dancing Pool Side» (2014), «Pool Table Hotties»
(2014) e «Christina Linda Gold Bikini» (2014). Ѻ “Modeling
Playwear Together” (Isabella Valencia, Andrea Restrepo).
Ѻ “In
The Bedroom” / “Andrea’s
Tiny Bikini” Ѻ “Purple
Tanktop Ribbons” (Andrea Restrepo). Ѻ “Three
Girls All Black” (Andrea Restrepo, Isabella
Valencia, Lorena Alvarez). Ѻ “Purple Bikini” (Estefania Carmona, Maria
Alejandra). Ѻ “Dancing
On The Bed” / “Maria
Alejandra In Sheer Lace Lingerie” / “Beautiful Maria’s Video” (Maria Alejandra). Ѻ “Checkered
Dress Bonus” / “G-String Bikini” / “Green Bikini” / “Wet
Blue Bikini” (Valeria Lopera). Ѻ “All
In White” / “Shady
Dance” (Sofia
Zapata). Ѻ “Babes
at Play” (Sofia
Zapata, Heidy). Ѻ “Few
Models In Bikini” (Andrea Hernosa, Veronica Parris,
Vanessa Calderon. “Vanessa Calderon é uma atriz conhecida por «Purple Fairy
Outfit» (2014), «Love Life» (2016) e «Cute Teen Posing on the Couch» (2014)”. Ѻ “Bunny
G-String Lingerie” / “Soy Andrea” (Andrea Hernosa) Ѻ "Wash Room" (Valentina, Diana Uribe). Ѻ "Oiled Up" (Pamela Martinez). Ѻ "Golden Girl" / "Strings Attached" (Luciana). "Dancing Friends" (Luciana, Natalia Marín, Clarina Ospina).

Um caso de
sucesso. “Black
Stockings” / “Devil” (Michelle Romanis) / “Michelle
and a Friend” (c/ Valentina Ortega) / “Daniela
And Michelle As Nurses” (c/ Daniela Florez). Michelle
Muñoz Giraldo t.c.c. Michelle
Romanis t.c.c. SWEET_GIRL97
entreprendeu, como microempresária da produção artística, na realização de filmes
de autor esquilianos soabrindo uma visão espiritual na narração: “Camgirl1” / “Camgirl2” / “Camgirl3” / “Camgirl4” / “Camgirl5” / “Camgirl6” / “Camgirl7”. Ѻ “Orange
Sheer Lingerie” / “Playful
Sailor Outfit” (Alejandra Jimenez, prima de Michelle) Ѻ "Michelle Romanis, Clarina Ospina, Valeria Lopera" Ѻ "Michelle Romanis, Clarina Ospina, Valeria Lopera"  Ѻ "MIchelle Romanis, Mary Mendez, Yeraldin Gonzales".

O
talento vocacionado para o acting. Denisse
Gómez, 1,61 m,
89-61-89, olhos castanhos, cabelo preto, nascida a 18 de novembro de 1995 em
Caracas, Venezuela, t.c.c. Michelle Bravo. Sites:
{Indexxx} {Nubiles} {DDF
Network} {W4B} {SpankBang} {brdteengirl} {XEROTICA} {PornHub} {Define
Babe}. Obra
fotográfica: {fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos9} {fotos10} {fotos11}. Obra cinematográfica: {“Cool Off”} ѽ {“Intimate Moments”} ѽ {“Spanish
Newbie Flirts With Her Eyes As She Masturbates”} ѽ {“El
Baile”} ѽ {“Sweet
Gift”} ѽ {“Venezuelan Evening”} ѽ {“Shy Latina”} ѽ {“Pacinos Adventures”} ѽ {“Bedroom
Babe”} ѽ {“Wears
A Sexy Micro White Bikini And Takes It
Off”} ѽ {“Oiled Pussy”} ѽ {“Sexy
Body”} ѽ {“Dancing”} ѽ {“Relaxing
Evening”} ѽ {“Home
Alone”}.

A veia artística
nas jovens é um importante agente de rendimento, o outro é o amor. Francelle Kloster. “Policiais do 7.º BPM (São Gonçalo)
realizaram uma operação no Complexo da Coruja, na parte da tarde de ontem
[2012]. Os policiais prenderam um homem identificado como Rodrigo Amaral
Brandão, vulgo «Soldado» e três adolescentes. Ocorreu uma intensa troca de
tiros no Morro da Alegria, também foram apreendidos 1156 pedras de crack, uma tablete da mesma droga, uma
luneta e um carregador de fuzil. Nesta mesma operação foi encontrada numa casa
na Travessa B, Francelle Pacheco Kloster, de 18 anos, apontada por policiais de
ser a nova namorada do traficante Maico dos Santos Souza, o «Gaguinho», chefe do tráfico na comunidade. Com
Francelle foi aprendido um computador do «Gaguinho», uma identidade falsa do
traficante, dois telemóveis e a imagem de uma coruja dourada.” Neste caso, o conceito jurídico justificou-se quando o
casuístico interpôs o habeas corpus ad
subjiciendum (tenha / traga o corpo do detido para submeter ao tribunal),
havia corpo. “Apontada como nova namorada do empresário Eike
Batista, 56 anos, a gaúcha Francelle Pacheco Kloster, 19, é a ex de Maico dos
Santos de Souza, o «Gaguinho», o «Jogador» ou «2G», 32 anos – um dos chefes do
tráfico de drogas no Complexo da Coruja, no Vila Lage, em São Gonçalo. Em junho do ano passado ela chegou a
ser presa por policiais do 7.º BPM (São Gonçalo), depois de o namorado
traficante ter fugido deixando-a para trás com outros dois comparsas. No
imóvel, os PMs encontraram crack e
carregador de fuzil. Ela foi flagrada com o computador de «Gaguinho» e uma
identidade falsa dele. Natural de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Francelle - conhecida como «Diabinha do
Tráfico» por conta de uma fantasia que usou numa das festas dos integrantes da facão
criminosa Comando Vermelho (CV) que controlam o morro gonçalense - foi
libertada por decisão judicial alguns dias após a sua prisão, mas continua respondendo
ao processo por associação ao tráfico na 3.ª Vara Criminal de São Gonçalo. Com uma beleza invejável, Francelle é filha de empresários e se mudou
para Copacabana, na Zona Sul do Rio, onde ingressaria num curso superior no ano
passado [2012]. Entretanto, ao contrário do que planejava, a jovem preferiu
trocar tudo por uma «aventura» criminosa ao lado de um dos traficantes mais
procurados do Estado.” Obra cinematográfica: “Gata Pop”.

[2] A nova avant-garde: os espetáculos de lingerie.

[3] A ser verdade (AS.V.), um tesouro
de Medellín: Luisa Jaramillo t.c.c. Donna Modelo t.c.c. Jessica
Blanca Cardenas t.c.c. Michel Jessica Blanca Cardenas. Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6}. Obra cinematográfica: “Donna Bellisima” / “En la cocina” / “Dancing” / “Bailando” / “Donna Cardenaz” / “Sexy Model” / “Modelando” / “Maquillage” / “Nel bosque” / “Muy sensual” / “Mini Short Training” / “Jugando”.

[4] “Aqueles cuja libertação foi
exigida incluíam 40 prisioneiros detidos por Israel, entre eles o arcebispo
Hilarion Capuecci, condenado a pena de prisão em dezembro de 1974 por
contrabando de armas; Kozo Okamoto, o japonês condenado a prisão perpétua
depois do massacre no aeroporto de Lod em 1972; e Fatima Barnawi, cumprindo
pena de prisão perpétua por colocar uma bomba em 1967. Seis alemães ocidentais:
Jan-Carl Raspe, um dos acusados no julgamento do grupo Baader-Meinhof; Inge
Viett, Raif Reinders e Fritz Teufel, todos detidos relacionados com o assassinato
do juiz Günter von Drenkmann em novembro de 1974 e o rapto de Peter Lorenz;
assim como Ingrid Schubert e Werner Hoppe, cumprindo penas por tentativa de
homicídio. Uma da Suíça: Petra Krause, germano-italiana aguardando julgamento
por posse de explosivos. Uma de França: Amparo Silvia Masmela, uma colombiana
considerada amiga de Carlos Martinez, que segundo as autoridades francesas
tinha sido libertada em dezembro de 1975. E cinco do Quénia, que tinham sido
presos pela Unidade de Serviços Gerais do Quénia em janeiro de 1976, após
Israel ter avisado o país que a Frente Popular para a Libertação da Palestina
estava prestes a atacar aviões da El Al no aeroporto de Nairobi.”

[5] Uma rapariga sã. Brooke
Lynn Santos, 1,73 m, 59
kg, 91-71-91, sapatos 39, olhos e cabelos castanhos, nascida a 16 de maio de 1997,
em Dothan, Alabama, t.c.c. Brooke Lynn, Brookelynn Santos. Entrevista: P: “Tens orgasmos em cena?”
Brooke: “Às vezes.” P: “Há quanto tempo estás no negócio do porno?” Brooke:
“Estou no negócio do porno desde, não sei, um par de semanas, depois de fazer
18 anos.” P: “E que idade tens agora?” Brooke: “Dezoito anos. Tenho 18 anos
desde 16 de maio. Faço 19 anos neste ano de 2016.” P: “Qual foi o teu último
trabalho antes de te tornares uma vedeta porno?” Brooke: “Empregada de mesa no
Cracker Barrel.” P: “Davam-te gorjetas razoáveis?” Brooke: “Foda-se, davam. Fui
stripper também por pouco tempo
quando fiz 18 anos. Fazia strip em
Washington, Fox’s Dreamgirls.” P: “Quando é que perdeste a virgindade?” Brooke:
“Aos 18 anos. Estava quase a fazer 18 anos, tipo um mês.” P: “Perdeste em
cena?” Brooke: “Não, perdi… a minha mãe pôs-me fora de casa tipo alguns meses
antes de fazer 18. E fui viver com o meu namorado da altura, … foi em março.” Entrevista: P: “Fala-me de Brooke Lynn
Santos.” Brooke: “Eu era uma grande charrada no liceu. Era tudo o que fazia.
Tentei fazer desporto por que sou alta pra caralho. Jogava basquetebol e
voleibol depois das aulas ou em Educação Física. Nunca entrei numa equipa
porque faziam despistagem de drogas e eu fumava muito. Costumo ser preguiçosa,
às vezes, mas tornei-me muito mais produtiva ao longo do tempo. Eu estava no
ROTC (Reserve Officers' Training Corps) no liceu. Toda a gente ficou chocada
porque comecei a fazer porno.” P: “Quanto medes?” Brooke: “Tenho 1,73 m
descalça. Tenho um torso curto.” P: “Há quanto tempo estás na indústria?” Brooke:
“Isto vai parecer muito mau mas, duas semanas após fazer 18 anos, entrei no
negócio do porno. Um agente em Miami contactou-me e disse-me que eu tinha o
aspeto perfeito para este género de trabalho. Na altura estava com uns stresses
em casa e tinha acabado de perder o emprego no Cracker Barrel. Eles levavam-me
de avião, pagaram pela maior parte das cenas e apaparicaram-me. Fui chamada 420
Talent mas acho que mudaram o nome.” P: “Quando é que perdeste a virgindade?” Brooke:
“Foi poucos meses antes de fazer 18 anos, março do ano passado.” P: “Porque é
que esperaste tanto tempo para perdê-la?” Brooke: “Primeiro, tinha pais
austeros, segundo, era muito picuinhas. Estive bastante interessada em sexo a
maior parte da minha vida, a maioria da minha família é um bando de hippies e curtiam muito. Eu estava
interessada nisso. Já não vivia com os meus pais, e o primeiro tipo com quem
vivi, claro, acabou por acontecer. Pensei Merda, vou perder a virgindade um
dia, o melhor é despachar-me e tirá-la do meu caminho.” P: “Em quatro meses,
dormiste com muitos ou só com um tipo?” Brooke: “Dormi com um par de gajos e
tive um ménage à trois. Dormi com
outros três gajos antes do porno. Pensei que o porno me ajudaria porque acabara
de perder a virgindade e não sabia muito sobre sexo. E fazer porno ajudou-me de
facto a tornar-me mais experiente e, desde então, nunca mais tive um namorado
que se queixasse. Nunca!” P: “Disseste que eras picuinhas antes do porno, agora
que estás dentro, há tipos muito feios na indústria, isso incomoda-te?” Brooke:
“A aparência? Não. No entanto, disseram-me que a melhor forma de lidar com este
trabalho é representar. É tudo uma representação. Fingir que gostas do gajo
ajuda. Trabalhando num clube de strip,
comecei em setembro passado, e na minha estreia, atuei. Ganhei um concurso
amador, então estava na berra. Isso sinceramente ajudou-me muito no meu
trabalho. Estou bastante acostumada a gajos, não me importo com o aspeto. Mas
fora do clube e fora do porno, sim, sou uma puta mas não faço sexo com qualquer
um. Ainda faço com que mereçam rata.” P: “Qual é a tua posição favorita?” Brooke:
“Gosto à canzana, quer de quatro ou deitada sobre o estomago.” P: “Muitos dos
tipos no porno são velhos. Alguma vez incomodou-te trabalhar com homens mais
velhos?” Brooke: “Na verdade, não. A idade não me incomoda.” P: “O que é que
gostas sexualmente? O que é que deixa a Brooke molhada?” Brooke: “Bondage. Adoro bondage. É uma das minhas coisas favoritas para fazer, de sempre.
Fiz alguns vídeos de fetiche e diverti-me imenso.” P: “Presumo que és
submissiva então?” Brooke: “Sim, posso ser submissiva, mas se for com uma
rapariga posso ser muito dominante. Tudo depende de como me sinto.” P: “Então
gostas de bondage, alguma vez foste
amarrada e chicoteada na tua vida pessoal?” Brooke: “Sim, fui chicoteada e
adorei. É o meu favorito. Sou esquisita, mas… foda-se.” P: “És uma engolidora?”
Brooke: “Às vezes, depende de como o esperma está nesse dia. Se não estiver
muito salgado, está fixe. Na maioria das vezes consigo, tenho estado a treinar.
Depende apenas. Bebo muita água e mantenho a garganta húmida antes de fazer
broche. E então, no fim, faço a mesma coisa.” P: “És uma rainha do tamanho? Gostas
de piças enormes?” Brooke: “Honestamente, isso realmente não importa, mas não
gosto de piças enormes. Já viste quão grandes essas coisas são? Sou muito estreita
lá em baixo. Quero mantê-la assim.” P: “Vais fazer anal?” Brooke: “Há muito que
espero por isso.” P: Fazes anal na tua vida pessoal?” Brooke: “Não. Tentei uma
vez. Aguentei a cabeça e o gajo tentou enfiá-lo todo lá dentro, eu disse Não,
népia, não! Tira-o.” Sites: {Porn
Teen Girl} {PornHub} {Twitter} {Babe
Source} {iafd} {The
Nude} {Coed
Cherry} {Indexxx}. Obra fotográfica: {fotos1} {fotos2} {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos8} {fotos9} {fotos10} {fotos11} {fotos12} {fotos13} {fotos14} {fotos15} {fotos16} {fotos17} {fotos18} {fotos19} {fotos20} {fotos21} {fotos22} {fotos23}. Obra cinematográfica: {“420 Talent Cannababe Testimonial”} ѽ {“First-time nerves” (2015), “Cuecas: tangas. Anal:
não. Broche: cuspo. Masturbação: prefiro foder. O nosso realizador começou
fazendo algumas perguntas a Brooke sobre a sua vida. Brooke abriu-se e começou
a entrar numa lamúria, mas não queríamos ouvir isso. Às vezes estas amadoras
precisam de alguma orientação. Filmámos Brooke 17 dias após ela fazer 18 anos.
Deixemos isso assentar por um instante. No momento em que ela era legal,
decidiu que queria abrir a sua pachacha para a câmara e exibir o seu corpo lícito
há pouco tempo. Embora preferirmos que as raparigas nos enviem as suas fotos,
sabíamos que tínhamos de fotografá-la, assim alugámos uma casa em Miami e
levamo-la do Alabama, onde ela vive atualmente com a família. Ela é uma jovem
divertida que aceita bem as ordens do realizador, mas o seu nervosismo é
aparente. Esta era a sua primeira produção porno, e pusemo-la a
escarrapachar-se e usar o dedo em poucos minutos.”} ѽ {“Cum
Fiesta / Reality Kings” (2016)} ѽ {“I Am
Eighteen”} ѽ {“Casting
Couch-X”} ѽ {“Disciplined Teens 4” (2016)} ѽ {“Workout
Rubdown”} ѽ {“Screwing With BF On My Sofa?” (2015), “Naomi Rose confrontou a
sua enteada adolescente sobre algumas atividades noturnas que foram ouvidas
entre ela e o namorado no sofá caro. «O meu sofá italiano». Brooke Lynn não
quer admitir nada, mas a madrasta tem maneiras de descobrir a verdade. Naomi
colocou Brooke nos joelhos e deu-lhe umas palmadas no rabo. Pode parecer que
Brooke é um pouco velha para este tipo de castigo, mas Brooke não quer que o
pai venha a saber. «Não digas nada ao meu papá». Ela tem que fazer o que a madrasta
pedir. «Levanta-te e tira as calças». Após algumas nalgadas no rabo nu, Naomi
sacou-lhe a informação que exigia. «Ai, foda-se! Está bem, sim, lamento».
Chegara o momento de ela ganhar o respeito de que precisava. «Lamentas? Porque
não te pões no chão, de joelhos. Beija os meus pés». Ela rebaixou a Brooke
antes, ela obteve uma lição real sobre como ser travessa. «Volta para o sofá.»
«Onde?» «No canto.» Naomi meteu-se entre as pernas da enteada e certificou-se
que ela aprendeu quem mandava. «Gostas? Vais te vir para mim? Agora vais
fazer-me a mesma coisa.» Uma vez a nova ligação ser consertada entre este duo
perverso, uma nova regra de apenas raparigas no sofá foi estabelecida.”} {“Tan
and Toned” (2015)} ѽ
{“Effortless Sex
Appeal” (2015)} ѽ
{“Pool
Table Play” (2015)} ѽ
{“Horny
New Comer” (2015)}.

no aparelho de televisão

“Poor Little Rich Girl: The Barbara Hutton Story” (1987), c/
Farrah Fawcett, David Ackroyd, Stéphane Audran … com o título local “Barbara
Hutton - Pobre Menina Rica” minissérie americana transmitida na RTP1 pelas
21h15, às quintas-feiras, de 23 de novembro / 28 de dezembro de
1989. “A maioria das pessoas diria que Farrah Fawcett fez duas muito boas
interpretações: «The
Burning Bed» e «Small Sacrifices». Seja,
mas, na verdade, o seu melhor desempenho está em «Poor Little Rich Girl: The
Barbara Hutton Story», uma telenovela que é um mimo para qualquer atriz, por
que a vida de Barbara Hutton tinha todo o drama imaginável. Há muito que
representar aqui. Nas três minisséries sobre algumas das mulheres mais ricas do
século XX, esta está exatamente no meio. 
«Little Gloria… Happy At Last» é sublime,
mesmo sendo apenas sobre Gloria Vanderbilt em criança. «Too Rich», com
Lauren Bacall como Doris Duke, é mais difícil de engolir que as outras. Esta
está bem no meio, com Farrah acertadamente escolhida como a pungente pluricasada
Barbara Hutton.” [1] 1.º episódio: Com apenas cinco anos, Barbara
Hutton é abandonada pelo pai, depois de a mãe se ter suicidado e vai viver com
o avô. Multimilionário e excêntrico, o velho F. W. Woolworth adora a neta e
depressa se estabelece entre eles uma terna cumplicidade. [2] “Golden Girls”
(1985-1992), Bea Arthur, Betty White, Rue McClanahan, Estelle Getty … com o
título local “Sarilhos com elas” série americana transmitida na RTP1 pelas
22h50, às sextas-feiras, de 17 de janeiro / 25 de abril de 1986. Repescada na
RTP 2 pelas 21h35, aos dias de semana, de terça-feira, 30 de junho / quinta-feira,
16 de julho de 1987. 1.º episódio: Série de amor e humor, contando a história
de quatro «raparigas» de meia-idade que partilham uma casa em Miami Beach.
Dorothy e a sua mãe Sophia, Rose e Blanche, partilham também os seus sonhos de
voltar a encontrar um homem para casar, e as aventuras sucedem-se. Mas unidas
por uma grande amizade, conseguem ultrapassar os reveses amorosos com bom humor
e otimismo. Blanche tem um namorado com quem as suas três companheiras pensam
que ela em breve casará. E tais suposições confirmam-se quando Blanche chega a
casa alvoraçada com os planos de casamento. Mas no dia do enlace, à hora
marcada para a cerimónia, é um polícia quem aparece. 2.º episódio: Dorothy é
obrigada a encontrar-se com o seu ex-marido por causa do casamento da sua filha
Kate. Esta reunião ameaça estragar a festa quando Rose, Blanche e Sophia tentam
controlar as emoções de Dorothy. 3.º episódio: A brisa do mar e o brilho da lua
cheia são dois encantos românticos. O terceiro chama-se Arnie, um homem muito
simpático que convida Rose para fazer um cruzeiro. Esta aceita com um certo
receio, mas acaba por fazer uma viagem maravilhosa de volta ao mundo do amor. 4.º
episódio: Blanche fica preocupada quando Virginia, a sua irmã mais nova, a vem
visitar. Blanche sempre se dera mal com Virginia, pois esta era a favorita dos
pais e toda a vida lhe trouxera problemas. Mas Virginia mostra-se agora muito
simpática e acaba por confessar à irmã que viera visitá-la na esperança de que
ela lhe faça a doação de um rim pois a sua vida corre perigo no caso de não
fazer uma transplantação. E Blanche fica perante um terrível dilema: por um
lado odeia Virginia, mas por outro não quer ser culpada da sua morte. 5.º
episódio: A sobrinha favorita de Blanche vai visitá-la, mas mal entra em casa
pede autorização à tia para se ir encontrar com um homem encantador que
encontrara no avião. E o seu comportamento começa a levantar alguns problemas.
7.º episódio: Blanche sente que está apaixonada pela segunda vez na sua vida.
Trata-se de um homem encantador e cheio de sucesso no mundo dos negócios. O
pior é que ele tem filhos ainda muito pequenos. 8.º episódio: Blanche decide
frequentar uma escola noturna para completar o seu curso, mas acaba por
aprender mais do que esperava… O seu professor mostra-se totalmente disponível
para a ajudar a vencer o exame de psicologia, desde que ela vá estudar para
casa dele. 9.º episódio: Blanche aguarda ansiosa a visita do pai. Finalmente,
chega o grande dia e Blanche descobre com enorme surpresa que o pai é um cantor
popular num clube local. 10.º episódio: Quando Sophia desmaia, Dorothy pensa
que se trata de um ataque cardíaco e Blanche chama o médico. Mas quando chega e
a examina, descobre que o mal dela é excesso de comida. Afinal, Sophia não é
cardíaca mas sim glutona. 11.º episódio: Dorothy vai almoçar com Stan, o seu
ex-marido, para assinar uns documentos respeitantes à venda de uma propriedade
que tinham comprado durante a lua-de-mel, e ele diz-lhe que a atual mulher o
deixara, trocando-o por um homem mais novo. Depois do almoço vão visitar a tal
propriedade e acabam recuando aos velhos tempos. 12.º episódio: Blanche e Rose
disputam o papel de Lady Macbeth numa encenação da famosa obra de Shakespeare
levada a cabo pela associação de teatro local. Entretanto, Dorothy recebe a
visita da irmã e esta convida a mãe para ir viver com ela, o que logo origina
uma discussão entre as duas irmãs. 13.º episódio: Rose tenta a todo o custo
guardar um importante segredo… “SK-917 har nettopp landet…” (1983), c/ Thomas
Hellberg, Christel Aminoff, Arne Lindtner Næss, Lotte Tarp (ex-Ginesta
Ophelia de Salvador
Dalí) … com o título local “Scandinavian Connection” / “A
rede escandinava” minissérie dinamarquesa transmitida na RTP 1 pelas 21h20 nas
sextas-feiras, 6 e 13 de novembro de 1987. 1.º episódio: O voo SAS 917 parte do
aeroporto de Copenhaga em direção a Nova Iorque com 350 passageiros a bordo. Já
no ar, o capitão Malmberg é informado de que há um criminoso a bordo. 2.º
episódio: Um «homem mudo» é encontrado morto na casa de banho. O capitão
Malmberg recebe ordens para regressar imediatamente a Copenhaga. Mas o avião
fora assaltado. Em Copenhaga, a polícia aguarda a chegada do avião, mas o
pirata do ar exige que seja colocado um pequeno avião à sua disposição no
aeroporto, para ele fugir. Caso contrário, fará com que o avião caia no centro
de Copenhaga. A torre de controlo autoriza a aterragem – as exigências do pirata
serão satisfeitas. Mas, no último segundo, uma pessoa inesperada domina o
assaltante.  

____________________

[1] Barbara
Hutton ajeitou tálamo para sete homens. “Em janeiro de 1933, Barbara viaja pelo
Extremo Oriente e conhece em Banguecoque Alexis
Zakharovitch Mdivani (1905 - 1935), um príncipe russo da Geórgia,
divorciado de Louise Astor Van Hallen. O noivado é anunciado em abril desse ano
e deixa indignado o pai de Barbara, pois ainda não tinha cumprido os 21 anos
que lhe daria acesso definitivo a toda a sua imensa fortuna. Barbara encomenda
de imediato três Rolls-Royce e oferece um ao pai. Barbara e Alexis assinam um
acordo pré-nupcial protegendo-a em caso de divórcio e dá ao futuro marido um milhão
de dólares além de um substancial subsídio anual. Em 20 de junho casam-se em
Paris, numa cerimónia civil e em 22 numa catedral ortodoxa russa, seguida de
uma celebração tão faustosa que a imprensa critica duramente a nova princesa,
por gastar tanto dinheiro neste casamento. Com 70 malas de bagagem, iniciam a lua-de-mel
em Itália, depois China e Japão. Barbara oferece em todo o lado presentes ao
marido e ele torna-se tão exigente que no final de 1934, o casamento parece
condenado. Barbara inicia o processo de divórcio que fica concluído em maio de
1935. Mdivani admite mais tarde nunca ter amado a mulher e que o casamento
teria sido orquestrado de forma interesseira pela irmã, Roussie (Isabelle
Roussadana Mdivani). (…).

Logo após o
divórcio de Mdivani, Barbara casa-se em 1935 com Kurt Reventlow, nascido
Kurt Heinrich Eberhard Erdmann Georg von Haugwitz-Hardenberg-Reventlow (1895 —
1969), um conde dinamarquês. Em 24 de fevereiro de 1936, Barbara dá à luz em
Londres um filho, Lance Reventlow (nascido Lawrence Graf von
Haugwitz-Hardenberg-Reventlow) num parto muito complicado e que quase lhe tira
a vida. Barbara fica então a saber que não poderá mais ter filhos. Preocupada com
as ameaças de lhe raptarem filho e com a insistência do marido, decide comprar
em Londres uma casa maior e mais segura. Aceitando a sugestão de alguns amigos,
adquire St. Dunstan’s Villa, uma casa com um grande terreno de 12 acres e que
tinha sido abandonada, após ter sido parcialmente destruída por um incêndio.
Depois de demolir a casa existente, faz então grandes obras e ergue uma enorme
mansão estilo georgiano a que dá o nome Winfield House, em homenagem ao seu avô
materno. Uma alta rede de segurança foi construída à volta do perímetro,
plantaram-se milhares de árvores e sebes e o interior foi decorado com móveis
antigos, obras de arte e pinturas, tapeçarias, mármores, etc. Depois do Palácio
de Buckingham seria a casa com maior terreno no centro de Londres, estimando-se
que Barbara terá gasto 5 milhões de dólares. Reventlow
foi dos maridos de Barbara que mais a abusou, verbal e fisicamente, tendo-a
pressionado a mudar para a cidadania dinamarquesa, alegando que pagaria assim
menos impostos. Em 16 de dezembro de 1937 renuncia à cidadania norte-americana,
o que se torna um escândalo nos Estados Unidos. Segundo a lei na Dinamarca,
Reventlow herdaria toda a fortuna da mulher em caso de morte e especulava-se
que ele teria um plano para a assassinar. Depois de ter ocorrido um episódio em
que Reventlow a agride fisicamente, Barbara faz queixa à polícia e ele é preso.
Nesta altura ela começa a abusar de drogas e a desenvolver anorexia nervosa,
situação que a acompanhará para o resto da sua vida. Inicia-se um processo
complicado de divórcio que termina em 1938 e Barbara consegue obter a custódia
do seu filho. (…).

Durante a
Segunda Guerra Mundial, Barbara tenta melhorar a sua imagem pública, dando
dinheiro para apoiar as forças militares francesas e doado o seu enorme iate
Lady Hutton para o governo dos Estados Unidos. Autorizou também que a sua
mansão em Londres, Winfield House, fosse utilizada pela Força Aérea Real
inglesa. Em 5 de dezembro de 1940, morre na Carolina do Sul, o pai de Barbara,
Franklyn Hutton com 63 anos, vítima de cirrose hepática. Vivendo na Califórnia,
conhece nessa altura em Hollywood o famoso ator de cinema Cary
Grant, nascido Archibald Alexander Leach (1904 — 1986),
casando-se a 18 de julho de 1942. A imprensa trata jocosamente o casal por Cash&Cary, mas no entanto Grant foi
o único marido que nunca se interessou pelo dinheiro da mulher, tendo-se
aproximado do filho e feito o seu papel de padrasto, dando-lhe até mais atenção
que a própria mãe. Grant sempre quis constituir uma família e sabia que Barbara
não lhe podia dar filhos. Na altura ele era uma estrela de cinema e despendia
muito do seu tempo nas filmagens, razão que terá levado Barbara a afastar-se,
acabando por se divorciarem amigavelmente em 1945. Grant foi o único marido de
Barbara que não recebeu qualquer compensação financeira pelo divórcio e
manteve-se sempre seu amigo e do filho Lance.

Com o fim da
Segunda Guerra Mundial em 1945, Barbara vende, pela simbólica quantia de um
dólar ao governo dos Estados Unidos, a sua mansão londrina Winfield House,
recebendo uma carta de agradecimento do Presidente Harry Truman. Em 1946 deixa
os Estados Unidos e viaja até Tânger onde adquire um enorme palácio marroquino
de nome Sidi Hosni, tendo para isso duplicado a oferta feita pelo Generalíssimo
Franco de Espanha pelo imóvel. Nessa casa organiza festas intermináveis e
torna-se mais dependente das drogas, combinando pílulas, álcool e haxixe.
Alimentava-se muito pouco, parecendo sobreviver unicamente de drogas, café e
cigarros. Tem sorte de nessa altura viajar até Paris e conhecer Igor Troubetzkoy, nascido Igor
Nikolaievitch Trubetzkoy (23 de agosto de 1912 - 20 de dezembro de 2008), um
príncipe russo expatriado de poucos recursos financeiros mas bem relacionado na
alta sociedade. Ele amava Barbara e em 1 de maio de 1947 casam-se em Zurique.
Apaixonado por automóveis, torna-se nesse ano o primeiro a conduzir um Ferrari
num Grande Prémio de automobilismo, no Mónaco. Durante o casamento, Troubetzkoy
tenta diminuir a dependência que a mulher tinha de drogas, mas o que vê são
médicos a dar-lhe injeções de vitaminas e a cabeceira da cama cheia de pílulas.
Faz então um ultimato, mas Barbara diz-lhe que pretende só um companheiro sem
exigências. A convivência entre ambos torna-se insuportável e ele pede o
divórcio, que acontece em 31 de outubro de 1951. Barbara está de novo sozinha e
corre a notícia que terá tentado o suicídio. A imprensa cada vez mais se refere
a ela como «Pobre menina rica» uma vez que este era já o seu 4.º casamento sem
sucesso.

Porfirio
Rubirosa, nascido Porfirio Rubirosa Ariza (1909 - 5 de julho
de 1965), originário da República Dominicana era um diplomata reformado,
jogador de polo e um playboy de fama
internacional, tendo sido casado com a herdeira milionária americana Doris Duke
e casos conhecidos com as atrizes Kim Novak, Ava Gardner, Jayne Mansfield e
Marilyn Monroe. As suas caraterísticas físicas e performances amorosas eram
lendárias na altura em que Barbara o conheceu e facilmente se apaixonou por
ele. Nessa altura ele mantinha um caso amoroso com a atriz húngara Zsa Zsa
Gabor. O casamento com Barbara aconteceu a 30 de dezembro de 1953 e ela tudo
fez para o afastar de Gabor, tendo até comprado tantos fatos que ele
rapidamente de tornou num dos dez homens mais bem vestidos do mundo. Também
comprou um avião que ele viria a utilizar para se encontrar mais facilmente com
a amante Gabor. Barbara logo percebeu que não seria a mulher exclusiva neste
casamento: vendeu o avião e divorciou-se rapidamente de Rubirosa em 1954, dando-lhe
3,5 milhões de dólares. Este casamento foi o mais curto de Barbara, tendo
durado somente 53 dias.

O barão Gottfried
von Cramm, nascido Gottfried Alexander Maximilian Walter Kurt
Freiherr von Cramm (1909 - 1976), era um aristocrata alemão e famoso jogador de
ténis. Ele e Barbara eram amigos há anos, tendo ela ajudado a escapar à morte
durante o regime nazi, depois de ele ter sido preso devido a acusações de
homossexualidade. Reencontram-se durante uma festa organizada por uma amiga
comum, reatam a amizade e Barbara, precisando de um ombro amigo, concorda em
casar-se com ele, o que acontece em 1955. Um dia,
quando Barbara regressa a casa depois de uma ida às compras, encontra o seu
marido na cama nos braços de um homem. Apesar de tentarem salvar o casamento de
uma forma adulta, Barbara chega à conclusão que o comportamento do barão não a
iria ajudar no momento conturbado desta fase da sua vida e divorciam-se em
1959.

No verão de
1957, Barbara conhece em Veneza James Henderson Douglas III. Desde o primeiro
encontro, ficou claro que ele pretendia simplesmente a sua companhia e amizade
e assim a acompanhou de forma desinteressada, fazendo o possível para a manter
livre das drogas e álcool. Barbara e James viajaram por todo o mundo e esta foi
uma boa fase da sua vida. Em 1959 os dois viajam para o México, onde Barbara
constrói em Cuernavaca uma mansão japonesa, decorada e com empregados a servir
vestidos no estilo japonês. Dá-lhe o nome de Sumiya, conceito japonês que significa paz, tranquilidade,
criatividade, saúde e longevidade (atualmente é o Hotel
Camino Real Sumiya). Nesta altura, Barbara recebe a visita do seu filho
Lance após anos de afastamento em escolas particulares e esse reencontro é
desastroso. Lance encontra a mãe num estado deplorável e discutem de uma forma
tão violenta que ele a abandona imediatamente. Neste instante, Barbara percebe
como tinha ela própria desperdiçado a sua vida sem o único filho. Desesperada,
volta em 1960 para o seu palácio em Tânger sem Douglas e retoma a sua vida
dependente de drogas, álcool, cigarros e festas intermináveis. Nesta altura
conhece Lloyd Franklin, um inglês de 23 anos que cantava e tocava guitarra no
Dean’s Bar, muito popular em Tânger. Barbara apaixona-se novamente e embora
nunca tenham casado viveram juntos, tendo Franklin recebido muitos presentes
valiosos. Barbara encontrava-se nesta altura muito fragilizada, física e
psicologicamente e tornou-se uma presa fácil para dois irmãos que viviam em
Tânger. Raymon
Doan (1916 - 1990), um químico do Vietname organizou um
esquema com o seu irmão de forma a conquistá-la através de uma série de poemas
românticos e cartas de amor. Apesar de avisada pelos seus amigos do interesse
financeiro de Doan, Barbara casa com ele em 7 de abril de 1964. Doan era
budista e considerava-se um artista, convencendo Barbara a comprar-lhe um
título nobiliárquico. Na embaixada do Laos em Rabat, Barbara compra o título de
Príncipe de Vinh na Champasak. Este seria o último casamento e título para Barbara.
O divórcio acontece em janeiro de 1969 e o Príncipe Pierre Raymond Doan Vinh na
Champasak recebe 2 milhões de dólares.”

[2] Netinhas
famosas a cantar.

na aparelhagem stereo

Um
povo que lava-se no rio dos contrates. Numa margem, acredita ferrenhamente no
Divino, como Rev Bem:
“Tigre, tigre, queimando brilhante / Nas florestas da noite / Que imortal mão
ou olho / Poderia moldar tua terrível simetria? Os humanos têm feito esta
pergunta desde a aurora dos tempos. O meu povo não se maça. Nós, os Magog
sabemos que o Divino existe. Sabemos que Ele criou as estrelas e os planetas,
os ventos brandos e a chuva suave. Também sabemos que Ele criou os pesadelos,
porque nos criou a nós.” O Divino explica a vitória da seleção portuguesa de
futebol do Euro 2016 em França. “O pedido de proteção divina fica por conta da
avó, Cecília Rocha, que promete ainda rezar pelo sucesso da seleção e de todos
os jogadores, como sempre acontece. «Acendo uma vela no dia do jogo para que
Portugal ganhe, por todos os jogadores e ainda para que o meu neto faça um bom
jogo», disse à Agência Lusa Cecília Rocha, uma matriarca orgulhosa do percurso
dos netos, José e Rui Fonte, este último atualmente no Benfica e ambos filhos
do antigo futebolista Artur Fonte.”
[1]

Na
outra borda-d’água, esse mesmo povo afinca os pés na terra, terra-a-terra, terreno.
Na tormenta da crise, apenas um setor não foi ventaneado, emborrascado,
ribombado, a banca privada. Bem gerida, bem administrada, albergando gestores
de topo, administradores do lombo, diretores no ponto, desferiu um kick in the balls naqueles comunizados que
são contra a iniciativa privada. “O presidente do Fórum para a Competitividade,
Pedro Ferraz da Costa, considerou hoje que Portugal não precisa de ter «um
grande banco público» e que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) deveria ser «dividida
em três». «Não acho que seja importante termos um grande banco público, acho
que esse é um dos nossos problemas. Não acredito que os governantes desistam do
poder de influenciar decisões, boas ou más, legítimas ou ilegítimas», afirmou o
antigo presidente da Associação Empresarial Portuguesa.”
[2] As elites cultas portuguesas influem-se
pelos povos desenvolvidos setentriões, expressam-se em kulning ou chamadas de pastoreio para melhor o povo inteligir.

Sagrado
e profano nos anos 80:

█ “Intro”
(1983) ♫ “Boss Cat” (1983), faixas
iniciais do álbum “Torment
and Toreros”, p/ Marc and the Mambas. “Foi
um grupo new wave formado por Marc Almond em 1982 como derivação dos Soft Cell. A composição
da banda alterou-se frequentemente, e incluiu Matt Johnson dos The The e Annie Hogan, com
quem Almond trabalharia mais tarde na sua carreira a solo. Marc and the Mambas
marcaram o início da carreira de Almond fora dos Soft Cell. Em 1983, ele
e os Soft Cell estavam muito próximos da cena avant-garde em torno dos Foetus, Psychic TV e Einstürzende Neubauten.
Almond também foi um dos quatro membros dos Immaculate Consumptive,
grupo iniciado por Lydia Lunch; nunca lançaram nenhum álbum mas tocaram alguns
concertos em Nova Iorque e Washington D.C. no final de 1983. Os outros membros
eram Nick Cave e Jim Foetus. Marc and the Mambas pertenciam a essa cena e
continuaram os temas sombrios explorados nos Soft Cell, mas musicalmente usavam
instrumentos diferentes e ritmos mais complexos.” █ “Me emme laske viiteen (Fame)”
(1983) ♫ “Ai Ai Ai” (1983), p/ Mona Carita. “Nascida
Carita Hautanen a 16 de abril de 1962, em Uusimaa, Helsínquia, Finlândia. Uma
das mais populares cantoras disco
finlandesas do final dos anos 70. Terminou a carreia de cantora após o quarto
álbum em 1983 e mudou-se com a família para a Califórnia. Os seus álbuns foram: «Mona
Carita» (1979), «Soita mulle» (1980), «Nykyaikainen» (1981) e «Mikä fiilis!»
(1983). Os seus passatempos eram, entre outros, equitação, piano, jazz, ballet e ténis. Mona Carita
iniciou a sua carreira num duo chamado Cissy, com Tuula
Sipinen, que se tornou famoso em 1979 pela canção «Rasputin»,
do grupo disco Boney M / lado B «Elämä on totta» versão
de «I Will Follow Him»,
de Little Peggy March. Como solista as suas gravações mais conhecidas são «Anna, kulta, anna»,
(versão de «Hands Up»
dos Ottawan), «Soita
Mulle (Call me)», «Mikä
Fiilis (Flashdance… What A Feeling)», «Go Johnny Go», (versão
de «Go Johnnie Go»
dos Eruption), «Helli mua
hiljaae» (versão de «Words»
dos Bee Gees), e Ilkka Salon gravou um dueto com ela, “Se ikuista on” (versão
de «Together We’re Strong»
de Mireille Mathieu & Patrick Duffy). Ao período 1981-1983 seguiu-se uma
paragem nas gravações durante a qual Mona Carita estudou economia no Canadá, teatro
e casou-se. Em 1983 lança o seu quarto e último longa-duração.”

█ “Pedro”
(1980), p/ Raffaella Carrà. “Nasceu Raffaella
Roberta Pelloni a 8 de junho de 1943 em Bologna e frequentou lá aulas de dança
muito cedo. Quando tinha 8 anos, deixou Bolonha para estudar na Accademia
Nazionale di Danza, em Roma, e começou a sua carreira no cinema nos anos 50
interpretando a personagem Graziella em «Tormento del passato»
(1952), filme estreado quarta-feira, 22 de setembro de 1954 nos cinemas Odéon e
Palácio. Ela fez, com o nome Raffaella Pelloni, outros cinco filmes até 1960 [3] quando se formou no Centro sperimentale di
cinematografia. Em 1965, muda-se para os Estados Unidos assinando contrato pela
20th Century Fox. Como Carrà, entrou no filme “Von Ryan’s Express”
(1965), com Frank Sinatra, Edward Mulhare e Trevor Howard … estreado
segunda-feira, 27 de setembro de 1965 no Tivoli e no Roma. Em 1966, foi
convidada especial da série americana «I Spy» no episódio «Sophia». Roída de
saudades de casa, decidiu regressar a Itália onde protagonizou cerca de vinte
filmes tais como «Le
Saint prend
l’affût»
(1966), com o título local «As aventuras de ‘O Santo’» estreado sexta-feira, 17
de março de 1967 no Condes, e «Il vostro super agente Flit» (1966), uma paródia
de «Our Man Flint»
(com o título local «Flint, agente secreto» estreado sexta-feira, 4 de novembro
de 1966 no Condes e no Europa). Não obstante, ulteriormente, a sua carreira de
atriz tem sido escassa com não mais que cinco trabalhos principalmente para
televisão. Desde 1961, Carrà tem cantado e dançado numa diversidade de
programas de televisão. Em particular, desde o início dos anos 70, eles têm
apresentado elaborada coreografia, temas espantosamente produzidos e o seu
estilo desinibido. Ela foi a primeira artista a mostrar o umbigo diante das
câmaras. Isto foi recebido com pesadas críticas do Vaticano e das igrejas
católicas dos países que viam o seu programa, «Canzonissima». Carrà
teve uma canção de sucesso, a sensual «Tuca tuca» (1970),
escrita para as suas apresentações televisivas pelo seu colaborador de longa
data e ex-namorado Gianni Boncompagni. De igual forma, em 1971 alcançou outro
sucesso com «Chissà se va».
O seu maior sucesso internacional foi «Tanti auguri», que se
tornou uma canção muito popular entre o público homossexual. A canção também é
conhecida pelo título espanhol «Para hacer bien el amor hay
que venir al sur» (que se refere ao sul da Europa, visto que foi gravada e
filmada em Espanha). A versão estoniana da canção, «Jätke võtmed väljapoole»
foi cantada por Anne Veski. «A far l’amore comincia tu»
foi outro êxito seu internacionalmente, conhecido em Espanha como «En el amor todo es empezar»,
em alemão como «Liebelei», em francês como «Puisque tu l’aimes dis le
lui» e em inglês «Do
It, Do It Again». (…). Em 1977, ela gravou outro êxito, «Fiesta», originalmente em
espanhol, mas depois gravou-o em francês e italiano após a canção atingir as
tabelas.” [4]

█ “If
This Is Gore, What's Meat Then?” (1988) ♫ “Theatric Symbolisation of
Life” (1992), p/ Agathocles. “Banda política belga
de grindcore fundada em 1985 como
Necromantical Destructor, entre 1985-1987 chamaram-se Hellsaw. São
principalmente conhecidos por produzir larga quantidade de EPs de sete
polegadas partilhados com outros artistas. Tocam um estilo de grindcore que apelidaram «mincecore». A
formação mudou inúmeras vezes, o único membro permanente sendo Jan Frederickx
(também conhecido como Jan AG). Agathocles foi formada em Mol, cidade belga da
província de Antuérpia, na Flandres, inspirados num som semelhante ao de outros
conjuntos musicais tais como Neos, Accursed Bludgeon,
Lärm ou Hellhammer. Embora a
banda só tenha sido formada no final de 1985, os seus membros originais, (Jan
AG e Erwin Vandenbergh), estavam envolvidos na cena metal underground e punk desde o início dos anos 80,
gravando compilações em cassetes e publicando fanzines. A maioria das fitas dos
ensaios que eles gravaram durante o primeiro ano de colaboração foram perdidas,
ainda que algumas sobreviveram, principalmente em compilações da época. Os
Agathocles iniciaram os concertos em 1985, nestas primeiras apresentações o
público é ainda diminuto por causa da pouca difusão do tipo de música extrema
tocada pela banda. Fizeram uma aparição na rádio, sendo entrevistados numa
emissora local, nesse mesmo ano. Em 1987, a formação começou a estabilizar-se,
ainda que temporariamente, com Jan, Ronny e Erwin. A banda, neste período, também
encontra um espaço permanente para ensaiar, onde não recebiam queixas (ou até
mesmo sendo expulsos) por causa do barulho como tinha acontecido em salas de
ensaio anteriores. Este era um clube da juventude em Mol, chamado Jam, no qual
gravaram muitas faixas e organizaram pequenos concertos. Eles até tocaram com
outras bandas que se tornariam igualmente famosas nos anos vindouros, como Napalm Death e Pestilence (e mais tarde
Extreme Noise Terror,
bem como outros grupos menores como Violent Mosquitos e Total Mosh Project).” █ “Symphonies for Pathologist”
(1994), p/ Malignant Tumour. “É uma banda checa
de metal / crust / rock ‘n’ roll e grindcore (no início) fundada no outono
de 1991 em Ostrava, República Checa, por Martin «Bilos» Bílek, de 15 anos e Roman
Restel de 14. Tocaram mais de mil concertos nos três continentes. Em 2008, o
álbum «In Full Swing»
venceu a sondagem checa Břitva, feita aos jornalistas especializados, para
álbum do ano. Em 2010, «Earthshaker»,
dos Malignant Tumour, venceu o prémio Anděl para álbum do ano na categoria Hard & Heavy. Os primeiros anos da
banda foram em nome do noisecore, em
que cada um tocava todos os instrumentos, trocando muitas vezes, apenas por
divertimento desse barulho. E para chatear os vizinhos. O baterista Libor
Šmakal entrou e a banda fortemente influenciada pelos britânicos Carcass começa
a tocar grindcore com letras médicas
/ patológicas. Nesta formação gravaram as suas primeiras maquetas: «Cadaveric
Incubator of Endo-Parasites» (1993), «Symphonies for Pathologist» (1994) e «Analyse of Pathological Conceptions»
(1995).” “Começaram
tocando goregrind semelhante aos Carcass ou Regurgitate, depois veio
um período em que tocaram mincecore
com letras políticas semelhantes a Agathocles e agora tocam rock ‘n’ roll crust como os Motörhead.”

█ “Canon
et Gigue” (Johann Pachelbel) (1980), p/ I Musici.
RANK
XEROX. La
Symphonie de I’information, interprétéé
par l’Orchestre Bureautique Xerox. “Dirigir uma empresa, uma administração
ou um departamento, é ser o maestro da orquestra [5].
É pois necessário uma combinação de instrumentos. Instrumentos totalmente
afinados e à vossa medida para uma interpretação perfeita da vossa Sinfonia da
Informação. É então preciso TeamXerox. Para interpretar à vossa escolha um
dueto genial para trabalho de design gráfico e impressora a laser, um intermezzo enérgico para quarteto de
máquinas de escrever eletrónicas, um allegro
fogoso para tratamento de textos ou microcomputadores, um divertimento
cintilante para telecopiadoras, um crescendo
empolgante de copiadoras, duplicadoras, sistemas de impressão e máquinas de blueprint, ou mesmo um concerto sublime
do conjunto da orquestra quando todos os seus instrumentos combinam a sua
música. E vos oferecer assim as obras dos Mestres Barrocos interpretados pelos I
Musici neste disco, triunfo sem equivalente, que esteja ao abrigo do desgaste
do tempo.”

____________________

[1] Uma vela
acesa pelo sucesso artístico. Julia, 1,69 m, 48 kg, 84-58-89, sapatos 38, olhos verdes,
cabelo loiro, nascida a 6 de setembro de 1982 em Estalinegrado (Volgograd),
Rússia, t.c.c. Julia, Julia A, Julia Zankina (Юлия Занкина), Yulia Grigorevna
Zankina, Nina, Juliet, Sweet Juliet, Eva Hazelnut, Eva Oreh (Ева Орех). “Há
montanhas de mulheres esplêndidas no mundo. Algumas delas tornam-se modelos.
Mas apenas algumas chamam a atenção dos homens a sério. Verdadeiro, a beleza pura
não pode ser simulada. Ou existe ou não existe. Julia é muito afortunada. Talvez,
ela ainda não saiba quanto! Mas apenas um connoisseur
pode perceber a sua inconcebível beleza. No entanto, cada pessoa participa da
ideia de Belo. (…). Julia é etérea e delicada; ela induz uma sensação de
flutuar. Ela é como uma nuvem que está sempre a mudar mas invariavelmente
perfeita. O brilho dos seus fascinantes olhos faz lembrar o sentimento místico
sacramental que é tão raro aparecer no lufa-a-lufa diário. Fulgurante, sensual,
cheia de vida, os lábios ardentes provocam um irresistível desejo de aflorá-los,
sentir o suave alento de uma rapariga jovem e casta. O mais maravilhoso em Julia é
o seu cabelo sedoso claro, natural como a erva da estepe, tombando como uma
cascata. A imagem de Julia aparecerá em sonhos e será a maravilhosa continuação
de um conto de fadas, toda a gente pode mergulhar na imaginação do artista. O
mundo em que Julia vive não é banal como parece aos que a rodeiam. Não tem os
problemas da vida quotidiana, correria e pressa. É uma terra de sonhos, um
mundo de fantasias secretas, memórias apaixonadas e expetativa de um milagre
que a qualquer momento lhe pode acontecer. Julia não é modelo profissional. No
seu charme não há gestos fingidos ou artificiais, há apenas um jogo e tentação.” Entrevista: P: “Quais
pensas que são os teus melhores atributos?”, Julia: “O meu cabelo.” P: “Cor
favorita?”; Julia: “Dourado.” P: “Programas de TV favoritos, lista de nomes”,
Julia: “Quem quer ser milionário?” P: “Livros favoritos, lista de títulos”,
Julia: “Ariel, escrito por A. Beliaev, Lolita por Nabokov.” P: “Filmes favoritos,
lista de títulos”, Julia: “Showgirls (1995), O barbeiro da Sibéria (1998).” P:
“Revistas favoritas, lista de nomes”, Julia: “Cosmopolitan, Elle.” P: “Música favorita,
lista de títulos”, Julia: “A-ha, Madonna, Sade.” P: “Altura favorita do dia,
porquê?”, Julia: “A noite, porque passo sempre este momento de forma
interessante, posso relaxar. Posso ir a uma discoteca ou bar.” P: “Qual é a tua
formação? Curso?”, Julia: “Tenho o ensino superior inacabado em duas
especialidades: gestão e design.” P: “Falas outras línguas? Se assim for,
diz-me algo nessa língua”, Julia: “Falo inglês e um pouco de francês.”, P:
“Lugar favorito para viajar, relaxar ou visitar”, Julia: “O sul da Rússia, a
Crimeia.” P: “Quais foram os locais que visitaste?”, Julia: “Visitei bastantes
cidades na Rússia e Europa.” P: “Qual é o teu feriado preferido? (Natal, dia
dos namorados, dia de ação de graças, etc.)”, Julia: “O dia dos namorados, o
meu aniversário.” P: “Comida favorita, lanches, doces”, Julia: “Gosto de
saladas e sobremesas de frutas com creme.” P: “Qual é o teu carro de sonho?”,
Julia: “Peugeot 607.” P: “Qual é o teu emprego de sonho?”, Julia: “Gostaria de
ter a minha própria empresa de design.” P: “Descreve o teu lugar favorito para
fazer compras”, Julia: “Lojas de roupas e perfumes.” P: “Assistes a desporto,
se sim, quais são as tuas equipas favoritas?”, Julia: “Gosto de ver jogos de
futebol. A minha equipa favorita é o FC Rotor Volgograd.” P: “Quais
são os teus passatempos?”, Julia: “Gosto de desenhar, cantar. Quero desenhar
interiores para os meus amigos e para mim.” P: “Preferência de bebidas, alcoólicas
e não alcoólicas”, Julia: “Sumo de banana, cocktails de nata tipo Baileys.” P:
“Ocupação?”, Julia: “Gestora e designer.” P: “Tens algum animal de estimação?”,
Julia: “Sim, um gato, Margo.” P: “Estado civil?”, Julia: “Não sou casada.” P:
“O meu pior hábito é…”, Julia: “Às vezes posso atirar emoções negativas sobre uma
pessoa querida, a minha mãe.” P: “A única coisa que não suporto é…”, Julia:
“Traição de uma pessoa em quem confio.” P: “Que animal melhor descreve a tua
personalidade e porquê?”, Julia: “Acho que sou como um gatinho adorável e, ao
mesmo tempo, sou como uma astuta raposa cautelosa.” P: “As pessoas que me
conheceram no liceu pensavam que eu era…”, Julia: “Uma rapariga muito divertida,
alegre e com grande coração.” P: “Como é que descontrais ou passas o teu tempo
livre?”, Julia: “P: “Todo o meu tempo livre passo-o com o meu namorado. Vamos
ao teatro, cinema, discotecas ou apenas passeamos.” P: “Qual foi o momento mais
feliz da tua vida?”, Julia: “Tive muitos momentos desses e é-me difícil
escolher o mais feliz. Estou feliz todos os dias porque amo e sou amada.” P:
“Quais são as tuas esperanças e sonhos”, Julia: “Espero que todos os meus
sonhos se tornem realidade. Tudo o que quero é ser uma boa profissional, ter
uma boa família e filhos.” P: “O melhor conselho que já me deram foi…”, Julia:
“Encontrar o bom nas piores coisas e momentos.” P: “O pior conselho que me
deram…”, Julia: “Casar-me quando tinha 17 anos.” P: “Que tipo de cuecas usas,
se algumas”, Julia: “Prefiro usar tanga e calções curtos.” P: “O tamanho
importa? Qual é a tua medida ideal?”, Julia: “Sim, com certeza, mas quando se
está em sintonia com a pessoa amada, não importa de todo. Os sentimentos
importam mais, penso seu.” P: “Descreve a tua primeira vez (pormenores, local,
pensamentos, satisfação, etc.)”, Julia: “Eu tinha 16 anos e ele era adulto,
tinha 36 anos. Senti como ele era experiente. Foi muito cuidadoso e não queria
que eu sentisse dor. Aconteceu no carro dele, à beira-mar, à noite. Eu estava
por debaixo dele. Não me satisfiz.” P: “O que te excita?”, Julia: “Óleos
aromáticos, flores e energia sexual positiva.” P: “O que te desliga?”, Julia:
“Mau cheiro, o corpo sujo.” P: “O que te faz sentir mais desejada?”, Julia:
“Palavras infinitas sobre o amor...” P: “Melhor maneira de te dar um orgasmo”,
Julia: “Apesar de eu ser uma pessoa afável, a melhor forma de me dar um orgasmo
é sexo bruto.” P: “Qual foi o teu melhor ou mais prazeroso orgasmo?”, Julia:
“Ele repetia o meu nome e gritava que me queria muito.” P: “Masturbas-te? Com
que frequência? (dedo, brinquedos ou ambos)”, Julia: “Às vezes no banho.
Costumo fazê-lo com o dedo mindinho.” P: “Qual foi o teu primeiro fetiche, se
algum?”, Julia: “Com o meu urso de peluche.” P: “Qual é o lugar mais exótico ou
invulgar em que fizeste sexo? Ou onde gostarias que fosse?”, Julia: “Fora da
cidade, numa casa de banho, numa piscina.” P: “Posição sexual favorita,
porquê?”, Julia: “69, porque é muito invulgar.” P: “Descreve um dia típico da
tua vida”, Julia: “Geralmente levanto-me às 09h00, tomo um duche e vou fazer jogging, depois tomo o pequeno-almoço,
vou fazer compras ou a qualquer outro lado. Depois vou bronzear-me. Nado lá,
jogo voleibol. À tardinha tomo outro duche e vou a qualquer lado com o meu
namorado jantar. À noite vamos à discoteca.” P: “Tens alguma curiosidade sexual
que gostasses de explorar ou tivesses explorado? Por favor, descreve com
pormenores (rapariga / rapariga, voyeurismo, etc.)”, Julia: “Sim, gosto de
raparigas, mas não fiz sexo com elas.” P: “Descreve em detalhe a tua fantasia sexual
favorita”, Julia: “A minha fantasia sexual favorita é ter sexo com uma rapariga
bonita gentil, que tem uma pele suave e cabelo longo com cheiro delicioso.” P:
“Conta-nos a tua ideia de um encontro de fantasia”, Julia: “Gostaria de ter um
encontro de fantasia realmente maravilhoso e incrível… com champanhe, velas e
coisas dessas. Qualquer rapariga normal quer isso.” P: “Se pudesses ser
fotografada de qualquer forma, em qualquer cenário, qual escolhias? O que te
faria sentir mais desejada, mais sensual?), Julia: “Gostaria de ter tirado uma
foto com o meu namorado… Mas não no palco pornográfico… Apenas muito bonito e
romântico.” Sites: {The Nude} {ATKPremium} {Indexxx} {jeuneart} {hqcollect}. Obra
fotográfica: {fotos3} {fotos4} {fotos5} {fotos6} {fotos7} {fotos8} {fotos9} {fotos10} {fotos11} {fotos12} {fotos13} {fotos14} {fotos15} {fotos16} {fotos17} {fotos18} {fotos19}. Obra
cinematográfica: {“Julia Interview” + Katia +
Valentina + Natia} ѽ {“Interview
1” + Katia + Natia} ѽ {“Interview
2” + Katia + Valentina} ѽ {“Two
Sweet Pussies” + Natia} ѽ {“Mistress
and Servant 1” + Natia”} ѽ {“Mistress
and Servant 2” + Natia”}. No novo milénio, Julia, como Eva Walnut, qual
Euterpe, a doadora de prazeres, aventurou-se na arte da música: “Moscow Never Sleeps” (2007), p/
DJ Smash pres. Fast Food. Fast Food formaram-se em 2007 c/ Raya Ratatouille (Рая Рататуй)
(voz), Eva Walnut (Ева Орех) (coros, dançarina), IL i Ventura
(DJ) - “Volna” ♫ “Я музыка” ♫ “Moscow Never Sleeps” ♫ “Моя Москва” p/ Timati ft.
DJ Smash, Fast Food.

Sobre ela
Galitsin escreveu: “Eu partia a moca a rir com o novo nome artístico de Julia,
(Eva Hazelnut: ela é ao mesmo tempo bailarina e atriz vestida como criada sexy com um passado escandaloso), Evochka
Hazelnut. «O seu rabo sexy duro como
uma noz deixa-me louco…». (…). Soubemos da carreira de Zankina na prisão (a
propósito, Valentina continua chamando-lhe assim). Libertado da prisão
encontrei apenas um videoclip em que ela é protagonista, não é muito, mas era
bom para começar. Ela escrevia que ia entrar na mais prestigiada universidade
de cinema na Rússia, mas nunca o fez. Em Volgograd, ela foi expulsa da escola
de teatro pela sua conduta imoral. Não consigo imaginar. Como pôde ela ser
expulsa do lugar onde todos os alunos têm comportamento imoral? Porque parou
ela de representar? Tenho várias sugestões para isso: talvez encontrou um
amante e começou uma relação… Julia gosta de prendas diferentes e de aventuras.”

[2] Aforismos de Ferraz da Costa. “Eu gostaria de acreditar -
e era bom para todos se assim fosse - que Trump vai ter muito sucesso na
economia.” “Eu acho que o Dr. Passos Coelho - por cujo trabalho eu tenho muito
respeito, porque viveu um período muito difícil e foi um fator de segurança e
de estabilidade para a economia portuguesa e criou muita confiança nos credores
que nos continuaram a financiar - ficou muito associado aos aspetos mais
desagradáveis. Principalmente por uma narrativa política que se tem construído
e que, a mim, me parece completamente falsa. É evidente que o aperto financeiro
a que nós chegámos levantou dificuldades a muitas empresas, mas nós
conseguimos, em termos do aumento de exportações, durante esse período, coisas
extraordinárias.”

[3] São eles: “Valeria
ragazza poco seria” (1958), “Caterina
Sforza, la leonessa di Romagna” (1959), “La lunga notte del '43”
(1960), “La furia dei
barbari” (1960) e “Il
peccato degli anni verdi” (1960). E ainda sob o nome Raffaella Pelloni fez “Maciste nella terra dei
ciclopi” (1961), com o título local “Maciste contra o ciclope” estreado
quinta-feira, 14 de junho de 1962 no Avis.

[4] Sábado, 2 de janeiro de 1982, pelas 20h35, a RTP 1
transmitiu o programa “Millemilioni” apresentado
por Raffaella Carrà. Retransmitido às sextas-feiras, de 26 de fevereiro / 12 de
março de 1982, pelas 21h30, neste dia ido de março, os telespetadores assistiram
ao “Millemilioni Londres”.

[5] O especialista português em comando de affairs políticos e do lar. “O grau zero
da política tende cada vez mais a coincidir com o grau máximo do circo
mediático. Sobretudo quando este consiste em encenar como dramaticamente
decisivos confrontos de protagonistas que em pouco ou nada se distinguem em
termos de ideias, projetos ou de causas. O jogo da ambição hiperpersonalizada é
no entanto hoje, infelizmente, o único que no domínio político os media
acreditam ser capaz de captar a atenção dos cidadãos, sempre vistos como
indolentes consumidores de imagens. A demagogia eclipsou completamente a
pedagogia. É por isso pena que pessoas com a responsabilidade intelectual de
José Gil caucionem esta orientação em nome de uma ideia simplista de liderança
que atualmente domina nos média, como aconteceu na semana passada com o seu
ensaio, publicado na Visão, sobre o tema «O que é um líder?». Ainda que possa
não ser essa a intenção do seu autor, o texto na verdade reforça como boa a
perspetiva de uma liderança ideológica e programaticamente vazia, em que o que
conta é o «jogo de forças que se estabelece entre ele (o putativo líder) e os
que o ouvem e seguem na ação. Tudo se passa através do poder oratório e a
capacidade de atrair». Como mais adiante, no texto, se percebe, o que o autor
visa é apontar em António José Seguro a ausência deste conjunto de
características que implicitamente, sem nunca o nomear, insinua
existirem em António Costa. Sem todavia em algum momento falar do que
interessa, isto é, das ideias de um ou de outro; das que se conhecem de A.J.
Seguro, das que se continuam a aguardar de António Costa. Esta é, a meu ver,
uma perspetiva que se submete sem a necessária lucidez às exigências do mais
trivial marketing mediático-político, e o faz em termos de uma mística corriqueira
que estabelece como quesito particular de um líder que ele tenha uma presença
intensiva, abrasiva, «poderosa e plástica, que aja como um íman, um foco atractor,
transdutor e emissor de energia» (sic!). Mais, Gil pensa que o povo atribui a
um tal líder as qualidades de um «vidente», de alguém que vê mais e melhor do
que os outros, de um «ser habitado» que, em rigor, «desaparece como pessoa para
ganhar uma identidade superior que oferece certeza, segurança e confiança». Assim
concebida, a liderança tanto pode caracterizar um Obama como um Hitler, para
dar dois exemplos extremos - e basta isso para se ver as insuficiências de uma
tal conceção, que não distingue uma liderança tóxica de uma liderança
inspiradora. O século XX foi, é preciso não o esquecer, o século de grandes
patologias nas lideranças políticas, mas a panóplia das suas possibilidades não
se esgotou. Pelo contrário, as novas tecnologias criaram na nossa era
mediática imensas possibilidades de liderança e de carisma na ordem política,
que se têm revelado altamente patogénicas, que é fundamental perceber
e desmontar. Até porque, com o repetidamente anunciado fim do Estado-Providência,
tudo incita a que, num processo de compensação, se multipliquem nas sociedades
contemporâneas as expetativas de homens providenciais, que agora se apresentam
- o que é uma novidade histórica sem precedentes - como tendencialmente
apolíticos mas exímios performers da
palavra e da imagem. Com a atual impotência da política, ou seja, com os povos
privados de capacidade para efetivamente decidirem o seu destino, e com o
reforço dos poderes fáticos - nomeadamente o da indústria financeira -, o
carrossel dos homens providenciais mediaticamente produzidos aparece cada vez
mais com o compère conveniente da
democracia cada vez mais acéfala de que já falava Max Weber: de uma democracia
dócil, sem política, dominada pela burocracia e pelos mercados. Enfrentar este
contexto não é fácil, como Jeffrey C. Alexandre mostra em «The Performance of
Politics», em que analisa detalhadamente o percurso de Barack Obama defendendo
a tese de que o combate político é, nas suas particularíssimas formas de
racionalidade, determinado por fatores morais e emocionais, pelos símbolos que
se assumem e pela visão da sociedade que se propõe, sempre em situações em que
o imprevisível e o kairos (isto é, a
boa combinação do argumento com a circunstância) são determinantes. É que um
líder não é um vidente nem um chefe. Se, como São Paulo já dizia
e Max Weber subscreveu, ele tem um dom, ele constrói-se sempre no
cruzamento de uma visão e de um contexto, quando alguém consegue ligar
certos problemas concretos, vividos, com respostas determinadas, plausíveis,
induzindo uma esperança que seduz mesmo quando não convence. Foi assim com
líderes como Soares ou Thatcher, Mitterrand ou Kohl. É cedo para o dizer, mas é
talvez o que está a acontecer com Matteo Renzi, em Itália”, Manuel Maria
Carrilho, em Diário de Notícias n.º 53 018.  

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