Socialistas "incrédulos" com secretário de Estado do Ambiente

04-04-2019
marcar artigo

Depois de semanas a fio com sucessivas polémicas em torno das relações familiares no Governo, desta vez há socialistas que nem querem acreditar que o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, tenha ocultado a relação familiar com o adjunto que nomeou para o próprio gabinete, Armindo dos Santos Alves.

Dirigentes nacionais do PS desabafaram mesmo à Renascença que “manda o bom senso que nunca tivesse nomeado”, numa referência à opção do secretário de Estado que remonta a 2016, tendo sido renomeado em 2018. Há três anos que esta situação se mantém, com os socialistas a considerarem o caso “ridículo” e que Carlos Martins “devia ter dito e agido em conformidade”. Ou seja, que devia, pelo menos, ter resolvido o assunto quando começou a polémica sobre relações familiares no Governo.

O desconforto entre deputados e dirigentes socialistas é notório, embora ninguém o queira assumir abertamente. E a questão torna-se ainda mais delicada se se tiver em conta que o primeiro-ministro disse recentemente que “nenhum membro do Governo nomeou quem quer que seja em função de relações familiares”, o que cai por terra com esta nomeação de um primo para o próprio gabinete de um governante.

Dirigentes socialistas garantem que António Costa não sabia desta relação familiar entre Carlos Martins e Armindo dos Santos Alves, e fonte do ministério do Ambiente garante que o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes também não sabia.

Em entrevista à Renascença na tarde desta quarta-feira, o deputado socialista Miranda Calha foi o primeiro a pronunciar-se, ainda que de forma evasiva, publicamente sobre a polémica nomeação e consequente demissão.

"Não tenho os dados objetivos sobre o que terá levado à demissão desse senhor assessor lá do gabinete do senhor secretário de Estado. Deduzo que o senhor não se sentiria confortável na posição em que estava e, portanto, decidiu abandonar essa posição. Embaraçoso? Penso que é uma situação que se deve colocar na consciência de cada um e cada um deve entender reagir da maneira que lhe parecer mais adequada”, lembrou.

Esta quinta-feira há debate quinzenal com o primeiro-ministro e há dirigentes nacionais do PS que ainda esperam que a oposição, pelo menos o PSD, não explore o caso, embora reconheçam que António Costa vai estar sujeito a críticas.

Quando questionados sobre se o secretário de Estado do Ambiente se aguenta no cargo ou se será obrigado a demitir-se na sequência deste caso, os mesmos dirigentes nacionais do partido são lacónicos e apenas respondem um “não sei”.

A Renascença confrontou o gabinete do primeiro-ministro exactamente com esta questão – sobre a viabilidade de o secretário de Estado do Ambiente se manter no cargo ou não –, mas até agora não foi possível obter qualquer resposta.

Depois de semanas a fio com sucessivas polémicas em torno das relações familiares no Governo, desta vez há socialistas que nem querem acreditar que o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins, tenha ocultado a relação familiar com o adjunto que nomeou para o próprio gabinete, Armindo dos Santos Alves.

Dirigentes nacionais do PS desabafaram mesmo à Renascença que “manda o bom senso que nunca tivesse nomeado”, numa referência à opção do secretário de Estado que remonta a 2016, tendo sido renomeado em 2018. Há três anos que esta situação se mantém, com os socialistas a considerarem o caso “ridículo” e que Carlos Martins “devia ter dito e agido em conformidade”. Ou seja, que devia, pelo menos, ter resolvido o assunto quando começou a polémica sobre relações familiares no Governo.

O desconforto entre deputados e dirigentes socialistas é notório, embora ninguém o queira assumir abertamente. E a questão torna-se ainda mais delicada se se tiver em conta que o primeiro-ministro disse recentemente que “nenhum membro do Governo nomeou quem quer que seja em função de relações familiares”, o que cai por terra com esta nomeação de um primo para o próprio gabinete de um governante.

Dirigentes socialistas garantem que António Costa não sabia desta relação familiar entre Carlos Martins e Armindo dos Santos Alves, e fonte do ministério do Ambiente garante que o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes também não sabia.

Em entrevista à Renascença na tarde desta quarta-feira, o deputado socialista Miranda Calha foi o primeiro a pronunciar-se, ainda que de forma evasiva, publicamente sobre a polémica nomeação e consequente demissão.

"Não tenho os dados objetivos sobre o que terá levado à demissão desse senhor assessor lá do gabinete do senhor secretário de Estado. Deduzo que o senhor não se sentiria confortável na posição em que estava e, portanto, decidiu abandonar essa posição. Embaraçoso? Penso que é uma situação que se deve colocar na consciência de cada um e cada um deve entender reagir da maneira que lhe parecer mais adequada”, lembrou.

Esta quinta-feira há debate quinzenal com o primeiro-ministro e há dirigentes nacionais do PS que ainda esperam que a oposição, pelo menos o PSD, não explore o caso, embora reconheçam que António Costa vai estar sujeito a críticas.

Quando questionados sobre se o secretário de Estado do Ambiente se aguenta no cargo ou se será obrigado a demitir-se na sequência deste caso, os mesmos dirigentes nacionais do partido são lacónicos e apenas respondem um “não sei”.

A Renascença confrontou o gabinete do primeiro-ministro exactamente com esta questão – sobre a viabilidade de o secretário de Estado do Ambiente se manter no cargo ou não –, mas até agora não foi possível obter qualquer resposta.

marcar artigo