António Domingues: “Não partilhei SMS com ninguém”

11-05-2017
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António Domingues, ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos, garante não ter entregado documentação "a ninguém". Questionado pelo deputado do PCP sobre como é que António Lobo Xavier "assume publicamente ter na sua posse um conjunto de documentação, incluindo de SMS", António Domingues é claro. "Nunca entreguei ou mostrei documentação a António Lobo Xavier, como a ninguém", respondeu durante a sua audição, esta sexta-feira, na comissão parlamentar de inquérito. E detalhou: "Não partilhei SMS com ninguém. Quem os conhece são os meus interlocutores e eu."

Quatro horas depois do início da audição de António Domingues na comissão constituída a pedido do PSD e CDS, falou-se das mensagens escritas que estiveram na origem desta comissão. O deputado do PCP Miguel Tiago pediu a António Domingues que esclarecesse se António Lobo Xavier "viu os documentos". "Tem noção de que como é que Lobo Xavier teve conhecimento dessa informação?", questionou.

Em causa está o facto de alegadamente ter sido António Lobo Xavier, ex-dirigente do CDS e amigo "de longa data" de Domingues, quem mostrou ao Presidente da República os SMS trocados entre António Domingues e Mário Centeno.

"É um amigo que respeito e cujas opiniões valorizo", afirmou Domingues, admitindo que ao longo destes meses foi partilhando informação com ele sobre "como estava a decorrer o processo", mas sem ter entregado ou mostrado documentação. Já anteriormente na audição, o ex-presidente da Caixa tinha confirmado serem amigos e ter tido "conversas" com Lobo Xavier.

"É uma das pessoas com quem falo. É óbvio que tive conversas com ele e partilhei informação sobre como estava a decorrer o processo, as suas vicissitudes e os vários episódios que foram tendo lugar. Mas nunca lhe entreguei nenhuma documentação."

As quatro horas de audição sem SMS

Se as referências às mensagens escritas surgiram já quase no fim desta audição, durante a manhã António Domingues recordou o processo de negociações com o Governo, através do ministro das Finanças e do secretário de Estado do Tesouro. O ex-presidente da CGD voltou a assumir que logo nas primeiras conversas com o Governo, ainda antes de oficialmente aceitar o cargo, apresentou as obrigações de divulgação das declarações de rendimento como “um problema” e que colocou como condição não ter as divulgar.

Contudo, confirmou também que logo na "segunda conversa" com o ministro das Finanças essa questão ficou "resolvida" e que não tinha "nenhuma dúvida" que isso tinha sido aceite pelo Governo. "Para mim o assunto era perfeitamente claro", afirmou. "O assunto era claro, ou branco ou preto, no meu espírito não havia dúvida nenhuma." Daí que, explicou, mais tarde foi "surpreendido" com a forma como a questão surgiu.

"A minha conclusão na altura foi que tinha deixado de haver condições políticas para que um determinado quadro se mantivesse", afirmou Domingues. Ou seja, clarificou mais tarde em resposta ao deputado do CDS João Almeida, "o Governo deixou de ter condições políticas para manter o que tinha acordado".

Sobre a sua saída da administração da Caixa, António Domingues disse várias vezes ter tido "muita pena". "Teve um custo pessoal para mim", afirmou. lembrando os 27 anos que trabalhou no BPI.

António Domingues, ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos, garante não ter entregado documentação "a ninguém". Questionado pelo deputado do PCP sobre como é que António Lobo Xavier "assume publicamente ter na sua posse um conjunto de documentação, incluindo de SMS", António Domingues é claro. "Nunca entreguei ou mostrei documentação a António Lobo Xavier, como a ninguém", respondeu durante a sua audição, esta sexta-feira, na comissão parlamentar de inquérito. E detalhou: "Não partilhei SMS com ninguém. Quem os conhece são os meus interlocutores e eu."

Quatro horas depois do início da audição de António Domingues na comissão constituída a pedido do PSD e CDS, falou-se das mensagens escritas que estiveram na origem desta comissão. O deputado do PCP Miguel Tiago pediu a António Domingues que esclarecesse se António Lobo Xavier "viu os documentos". "Tem noção de que como é que Lobo Xavier teve conhecimento dessa informação?", questionou.

Em causa está o facto de alegadamente ter sido António Lobo Xavier, ex-dirigente do CDS e amigo "de longa data" de Domingues, quem mostrou ao Presidente da República os SMS trocados entre António Domingues e Mário Centeno.

"É um amigo que respeito e cujas opiniões valorizo", afirmou Domingues, admitindo que ao longo destes meses foi partilhando informação com ele sobre "como estava a decorrer o processo", mas sem ter entregado ou mostrado documentação. Já anteriormente na audição, o ex-presidente da Caixa tinha confirmado serem amigos e ter tido "conversas" com Lobo Xavier.

"É uma das pessoas com quem falo. É óbvio que tive conversas com ele e partilhei informação sobre como estava a decorrer o processo, as suas vicissitudes e os vários episódios que foram tendo lugar. Mas nunca lhe entreguei nenhuma documentação."

As quatro horas de audição sem SMS

Se as referências às mensagens escritas surgiram já quase no fim desta audição, durante a manhã António Domingues recordou o processo de negociações com o Governo, através do ministro das Finanças e do secretário de Estado do Tesouro. O ex-presidente da CGD voltou a assumir que logo nas primeiras conversas com o Governo, ainda antes de oficialmente aceitar o cargo, apresentou as obrigações de divulgação das declarações de rendimento como “um problema” e que colocou como condição não ter as divulgar.

Contudo, confirmou também que logo na "segunda conversa" com o ministro das Finanças essa questão ficou "resolvida" e que não tinha "nenhuma dúvida" que isso tinha sido aceite pelo Governo. "Para mim o assunto era perfeitamente claro", afirmou. "O assunto era claro, ou branco ou preto, no meu espírito não havia dúvida nenhuma." Daí que, explicou, mais tarde foi "surpreendido" com a forma como a questão surgiu.

"A minha conclusão na altura foi que tinha deixado de haver condições políticas para que um determinado quadro se mantivesse", afirmou Domingues. Ou seja, clarificou mais tarde em resposta ao deputado do CDS João Almeida, "o Governo deixou de ter condições políticas para manter o que tinha acordado".

Sobre a sua saída da administração da Caixa, António Domingues disse várias vezes ter tido "muita pena". "Teve um custo pessoal para mim", afirmou. lembrando os 27 anos que trabalhou no BPI.

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