Perseguições LGBT na Tchetchénia: Deputados do PCP justificam abstenção

04-07-2017
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O PCP justificou a abstenção no voto de condenação às perseguições da população lésbica, gay, bissexual e transgénero (LGBT) na Tchetchénia, esta sexta-feira de manhã na Assembleia, com o argumento de que foi feito com base em notícias cuja fonte não foi verificada.

"O BE apresentou um voto na assembleia da República com base em notícias do facebook e não tentou verificar com a fonte", disse o deputado Miguel Tiago, numa mensagem divulgada esta tarde através do Facebook. Já Bruno Dias, escreveu na mesma rede social e também no Twitter que "condenar todas as perseguições a homossexuais é um imperativo humanista. Mas há que ter rigor e não cair em notícias de confirmação incerta".

Segundo explicou Miguel Tiago, "a LGBT network - a fonte da denúncia de perseguições a homossexuais na Tchetchénia - não se refere a nenhum campo de concentração e nem sequer tem certeza sobre a origem institucional de todas as perseguições. Se é verdade que é condenável a acção ou permissividade das autoridades em favor da agressão a homossexuais, isso não justifica que se afirme sem nenhuma fonte que existe um campo de concentração para homossexuais".

Para o deputado comunista, "tanto quanto a LGBT network consegue apurar, existe uma onda de violência sobre homossexuais na Tchetchénia. Na verdade, todas as pistas que a LGBT network tem são emails recebidos de pessoas que apresentam a queixa de ter sido agredidas/torturadas/espancadas por serem homossexuais".

"Contudo, não é nada disto que o voto do BE acusa e condena. O voto do BE acusa e condena a região Tchetchena por ter erguido um campo de concentração para homossexuais, acusação que surge apenas em jornais ocidentais e no facebook, supostamente com base na informação da LGBT network. Ora, basta ler o sítio online da LGBT network para perceber que isso não foi sequer identificado", nota ainda o depitador comunista na mesma intervenção no Facebook.

"Para que não restem dúvidas: condenar todas as perseguições a homossexuais é um imperativo humanista. Mas fazê-lo implica ter razão e fazer um esforço para não ir atrás de fake news do facebook", ressalvou.

Miguel Tiago deixou ainda um link para o site da organização que denunciou a situação "para se poder passar por cima dos jornais que inventam, apesar de citarem a fonte (alguns)" e alerta que "um 'campo de concentração' é uma coisa que não podemos banalizar. A violência sobre homossexuais é algo que não devemos instrumentalizar".

A abstenção do PCP não caiu bem aos outros partidos, nomeadamente ao BE que propôs o voto de condenação. O deputado bloquista José Soeiro também reagiu, no Facebook, com um link para a notícia da abstenção e escrevendo apenas: "Não faz sentido".

O PCP justificou a abstenção no voto de condenação às perseguições da população lésbica, gay, bissexual e transgénero (LGBT) na Tchetchénia, esta sexta-feira de manhã na Assembleia, com o argumento de que foi feito com base em notícias cuja fonte não foi verificada.

"O BE apresentou um voto na assembleia da República com base em notícias do facebook e não tentou verificar com a fonte", disse o deputado Miguel Tiago, numa mensagem divulgada esta tarde através do Facebook. Já Bruno Dias, escreveu na mesma rede social e também no Twitter que "condenar todas as perseguições a homossexuais é um imperativo humanista. Mas há que ter rigor e não cair em notícias de confirmação incerta".

Segundo explicou Miguel Tiago, "a LGBT network - a fonte da denúncia de perseguições a homossexuais na Tchetchénia - não se refere a nenhum campo de concentração e nem sequer tem certeza sobre a origem institucional de todas as perseguições. Se é verdade que é condenável a acção ou permissividade das autoridades em favor da agressão a homossexuais, isso não justifica que se afirme sem nenhuma fonte que existe um campo de concentração para homossexuais".

Para o deputado comunista, "tanto quanto a LGBT network consegue apurar, existe uma onda de violência sobre homossexuais na Tchetchénia. Na verdade, todas as pistas que a LGBT network tem são emails recebidos de pessoas que apresentam a queixa de ter sido agredidas/torturadas/espancadas por serem homossexuais".

"Contudo, não é nada disto que o voto do BE acusa e condena. O voto do BE acusa e condena a região Tchetchena por ter erguido um campo de concentração para homossexuais, acusação que surge apenas em jornais ocidentais e no facebook, supostamente com base na informação da LGBT network. Ora, basta ler o sítio online da LGBT network para perceber que isso não foi sequer identificado", nota ainda o depitador comunista na mesma intervenção no Facebook.

"Para que não restem dúvidas: condenar todas as perseguições a homossexuais é um imperativo humanista. Mas fazê-lo implica ter razão e fazer um esforço para não ir atrás de fake news do facebook", ressalvou.

Miguel Tiago deixou ainda um link para o site da organização que denunciou a situação "para se poder passar por cima dos jornais que inventam, apesar de citarem a fonte (alguns)" e alerta que "um 'campo de concentração' é uma coisa que não podemos banalizar. A violência sobre homossexuais é algo que não devemos instrumentalizar".

A abstenção do PCP não caiu bem aos outros partidos, nomeadamente ao BE que propôs o voto de condenação. O deputado bloquista José Soeiro também reagiu, no Facebook, com um link para a notícia da abstenção e escrevendo apenas: "Não faz sentido".

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