Maria João Rodrigues critica Comité de Assédio e fala em instrumentalização do caso

22-05-2019
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Na reação à decisão do Presidente do Parlamento Europeu, sobre o caso de assédio moral no trabalho em que esteve envolvida, Maria João Rodrigues diz que lhe foi aplicada "a sanção do nível mais baixo, uma repreensão".

A eurodeputada desvaloriza assim o resultado da investigação levada a cabo pelo Comité de Assédio e que esteve na base da decisão de Antonio Tajani, comunicada esta quinta-feira de manhã em plenário, em Estrasburgo.

Numa nota escrita, a eurodeputada socialista afirma que "o assédio laboral deve ser combatido e o direito de apresentar uma queixa respeitada", mas critica o trabalho do Comité de Assédio do Parlamento Europeu. "Não posso concordar com a sua avaliação deste caso. As acusações feitas são ou injustificadas ou baseadas em factos não ocorridos", afirma.

Maria João Rodrigues argumenta ainda que o "grande impacto mediático" que o caso teve a prejudicou. Era um dos nomes falados para continuar nas listas de eurodeputados socialistas, mas acabou por ficar fora das escolhas de António Costa.

"Lamento que este caso tenha sido divulgado antes de ser avaliado, com grande impacto mediático e instrumentalização contra mim no momento crítico de formação da lista de candidatos do PS para as eleições europeias", atira, apontando o dedo a "opositores noutros países" que discordaram das posições que ela defendeu para "a reforma da zona euro e para o orçamento comunitário" e que "contra-atacaram usando este caso".

Sobre o trabalho do gabinete compostos por 4 assistentes, admite uma "situação muito exigente para toda a equipa", "momentos de stress", mas justifica-os com um ritmo de trabalho de eurodeputada e uma das vice-presidentes do segundo maior grupo político, o dos Socialistas e Democratas.

"Tenho orgulho no trabalho realizado com todos os meus colaboradores", escreve ainda, referindo-se a um dos relatórios por que foi responsável neste mandato, o do Pilar Europeu dos Direitos Sociais.

"Lamento não poder continuar o meu trabalho como membro do próximo Parlamento Europeu, num momento que será chave para o futuro do projeto Europeu", conclui, dizendo que o "prejuízo" não será só para ela "mas porventura para a família socialista".

Esta quinta-feira, no início do último dia da última sessão plenária em Estrasburgo antes das europeia, foi anunciada a decisão do presidente do Parlamento Europeu. Antonio Tajani "decidiu impor uma sanção a Maria João Rodrigues em resultado do comportamento para com a sua assistente parlamentar, o que constituiu assédio moral".

A decisão foi anunciada esta manhã em plenário pelo vice-presidente do Parlamento Europeu, Pavel Telička. A sanção "consiste numa reprimenda (censura)", disse ainda, adiantando que Maria João Rodrigues foi ontem notificada da mesma e tem ainda o direito de recorrer.

A queixa contra a eurodeputada foi apresentada pela primeira vez em junho do ano passado. O processo terá arrancado em setembro e o Comité de Assédio do Parlamento Europeu analisou as provas e ouviu testemunhas, enviando depois as conclusões para o Presidente do Parlamento Europeu.

Tal com o Expresso adiantou em janeiro, no centro da investigação esteve uma queixa de uma assistente parlamentar, que acusou a eurodeputada socialista de atentado aos seus direitos laborais, incluindo uma tentativa de redução do salário depois de ter regressado de uma licença de maternidade.

O Expresso sabe que foi-lhe também pedido que regressasse ao trabalho, quando se encontrava de baixa médica.

Na reação à decisão do Presidente do Parlamento Europeu, sobre o caso de assédio moral no trabalho em que esteve envolvida, Maria João Rodrigues diz que lhe foi aplicada "a sanção do nível mais baixo, uma repreensão".

A eurodeputada desvaloriza assim o resultado da investigação levada a cabo pelo Comité de Assédio e que esteve na base da decisão de Antonio Tajani, comunicada esta quinta-feira de manhã em plenário, em Estrasburgo.

Numa nota escrita, a eurodeputada socialista afirma que "o assédio laboral deve ser combatido e o direito de apresentar uma queixa respeitada", mas critica o trabalho do Comité de Assédio do Parlamento Europeu. "Não posso concordar com a sua avaliação deste caso. As acusações feitas são ou injustificadas ou baseadas em factos não ocorridos", afirma.

Maria João Rodrigues argumenta ainda que o "grande impacto mediático" que o caso teve a prejudicou. Era um dos nomes falados para continuar nas listas de eurodeputados socialistas, mas acabou por ficar fora das escolhas de António Costa.

"Lamento que este caso tenha sido divulgado antes de ser avaliado, com grande impacto mediático e instrumentalização contra mim no momento crítico de formação da lista de candidatos do PS para as eleições europeias", atira, apontando o dedo a "opositores noutros países" que discordaram das posições que ela defendeu para "a reforma da zona euro e para o orçamento comunitário" e que "contra-atacaram usando este caso".

Sobre o trabalho do gabinete compostos por 4 assistentes, admite uma "situação muito exigente para toda a equipa", "momentos de stress", mas justifica-os com um ritmo de trabalho de eurodeputada e uma das vice-presidentes do segundo maior grupo político, o dos Socialistas e Democratas.

"Tenho orgulho no trabalho realizado com todos os meus colaboradores", escreve ainda, referindo-se a um dos relatórios por que foi responsável neste mandato, o do Pilar Europeu dos Direitos Sociais.

"Lamento não poder continuar o meu trabalho como membro do próximo Parlamento Europeu, num momento que será chave para o futuro do projeto Europeu", conclui, dizendo que o "prejuízo" não será só para ela "mas porventura para a família socialista".

Esta quinta-feira, no início do último dia da última sessão plenária em Estrasburgo antes das europeia, foi anunciada a decisão do presidente do Parlamento Europeu. Antonio Tajani "decidiu impor uma sanção a Maria João Rodrigues em resultado do comportamento para com a sua assistente parlamentar, o que constituiu assédio moral".

A decisão foi anunciada esta manhã em plenário pelo vice-presidente do Parlamento Europeu, Pavel Telička. A sanção "consiste numa reprimenda (censura)", disse ainda, adiantando que Maria João Rodrigues foi ontem notificada da mesma e tem ainda o direito de recorrer.

A queixa contra a eurodeputada foi apresentada pela primeira vez em junho do ano passado. O processo terá arrancado em setembro e o Comité de Assédio do Parlamento Europeu analisou as provas e ouviu testemunhas, enviando depois as conclusões para o Presidente do Parlamento Europeu.

Tal com o Expresso adiantou em janeiro, no centro da investigação esteve uma queixa de uma assistente parlamentar, que acusou a eurodeputada socialista de atentado aos seus direitos laborais, incluindo uma tentativa de redução do salário depois de ter regressado de uma licença de maternidade.

O Expresso sabe que foi-lhe também pedido que regressasse ao trabalho, quando se encontrava de baixa médica.

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