Biblio Viso: Cartas de Amor vencedoras»

10-04-2019
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Conforme noticiámos, na passada segunda-feira, foram quatro as cartas vencedores no concurso «Cartas de Amor», promovido pela Equipa da Biblioteca Escolar/ Centro de Recursos, em articulação com o grupo disciplinar de Língua Portuguesa da nossa Escola.
Ao todo, participaram mais de cem alunos, dos quais se destacaram, no 2º ciclos, os alunos Maria João Lacerda (5º A) e Miguel Peixoto (6º A). As suas epístolas foram produzidas, no âmbito dos programas «Hora do Conto» e «Encontros com Livros», designadamente após a leitura/ audição da versão de Rui Zink do clássico «Viagens na Minha Terra» de Almeida Garrett. No 3º ciclo, os vencedores, ex-aequo, foram Mariana Monteiro (8º A) e Mariana Alves (9º C).
A todos os participantes, em particular aos que obtiveram uma menção honrosa e, naturalmente, aos vencedores, os nossos parabéns e o nosso muito obrigado! O amor foi homenageado e nós sentimo-nos orgulhosos do trabalho empenhado de todos os escritores e escritoras da E. B. 2, 3 do Viso!
Eis as cartas vencedoras: 2º CICLO:
Carta de Maria João Lacerda (5º A) (clique para aumentar) Carta de Miguel Peixoto (6º A) (clique para aumentar)3º CICLO:Carta de Mariana Monteiro (8º A)
(clique para aumentar)
Carta de Mariana Alves (9º C)
Patopólis, 14 de Fevereiro de 2011
Desejada Minnie,
Decidi escrever esta carta, porque o almejar da minha alma se tornou insuportável de conter. Nunca fui um trovador, nunca consegui seduzir as palavras de modo a que me exprimisse da maneira certa. Mas por ti, sabes bem, darei o meu melhor, para que neste dia de paixão esta carta te absorva e enrede numa teia do meu amor. Ah, Minnie, tu sabes como te adoro! Tu sabes que o que sinto por ti ultrapassa todos os limites de amizade. Sendo assim, e sem mais demoras, deixar-te-ei com o cantar mais profundo da minha alma, com as sílabas mais bem desenhadas da minha mente. Esta carta terá, talvez, as palavras mais perturbadoras que alguma vez escrevi. Para ti poderá ser apenas mais um papel, que depois de lido é esquecido, para mim não! Ouvi dizer que eras alma, que eras soneto, que eras loucura e pena branca. Eu não sei expor em papel todo este sentimento, eu não domino as palavras assim tão bem. O amor é como os teus olhos, indecifrável. Os teus olhos que em estelífero céu, coberto de sonhos, se tornam. Tu és como a cálida brisa de Verão, tu és o brilho das coisas. Qual olhar chamativo e conquistador? A caneta não desliza ao ritmo do pensamento e muito ficará por dizer. Mas hoje, que tenho todo um sentimento para te escrever, direi tudo o que puder. O teu sorriso luminoso é o meu farol nas noites escuras e frias. Quando eu me ia abaixo, lá estavas tu a segurar-me. Tu nunca me deixas cair. Eu não sei explicar a paixão, tal como não sei explicar o mundo. O que eu sei é que isto que sinto é indubitavelmente amor. Fio de sol dourado, quantas vezes por meu mando, foste meu sonho acordado, ao qual reagi amando? Mais do que saber brilhar numa sombra, tu soubeste como brilhar no meu olhar. Tu és ouro nas manhãs precipitadas de Inverno. Agora, e porque o coração não sangra, leva-me para longe de mim, para perto de ti! Nós não mandamos no coração. E palavras são só palavras. Lágrimas são só lágrimas. Não deixas que te ame como deveria, e por isso amo-te como posso.
Sempre teu,
Mickey


Conforme noticiámos, na passada segunda-feira, foram quatro as cartas vencedores no concurso «Cartas de Amor», promovido pela Equipa da Biblioteca Escolar/ Centro de Recursos, em articulação com o grupo disciplinar de Língua Portuguesa da nossa Escola.
Ao todo, participaram mais de cem alunos, dos quais se destacaram, no 2º ciclos, os alunos Maria João Lacerda (5º A) e Miguel Peixoto (6º A). As suas epístolas foram produzidas, no âmbito dos programas «Hora do Conto» e «Encontros com Livros», designadamente após a leitura/ audição da versão de Rui Zink do clássico «Viagens na Minha Terra» de Almeida Garrett. No 3º ciclo, os vencedores, ex-aequo, foram Mariana Monteiro (8º A) e Mariana Alves (9º C).
A todos os participantes, em particular aos que obtiveram uma menção honrosa e, naturalmente, aos vencedores, os nossos parabéns e o nosso muito obrigado! O amor foi homenageado e nós sentimo-nos orgulhosos do trabalho empenhado de todos os escritores e escritoras da E. B. 2, 3 do Viso!
Eis as cartas vencedoras: 2º CICLO:
Carta de Maria João Lacerda (5º A) (clique para aumentar) Carta de Miguel Peixoto (6º A) (clique para aumentar)3º CICLO:Carta de Mariana Monteiro (8º A)
(clique para aumentar)
Carta de Mariana Alves (9º C)
Patopólis, 14 de Fevereiro de 2011
Desejada Minnie,
Decidi escrever esta carta, porque o almejar da minha alma se tornou insuportável de conter. Nunca fui um trovador, nunca consegui seduzir as palavras de modo a que me exprimisse da maneira certa. Mas por ti, sabes bem, darei o meu melhor, para que neste dia de paixão esta carta te absorva e enrede numa teia do meu amor. Ah, Minnie, tu sabes como te adoro! Tu sabes que o que sinto por ti ultrapassa todos os limites de amizade. Sendo assim, e sem mais demoras, deixar-te-ei com o cantar mais profundo da minha alma, com as sílabas mais bem desenhadas da minha mente. Esta carta terá, talvez, as palavras mais perturbadoras que alguma vez escrevi. Para ti poderá ser apenas mais um papel, que depois de lido é esquecido, para mim não! Ouvi dizer que eras alma, que eras soneto, que eras loucura e pena branca. Eu não sei expor em papel todo este sentimento, eu não domino as palavras assim tão bem. O amor é como os teus olhos, indecifrável. Os teus olhos que em estelífero céu, coberto de sonhos, se tornam. Tu és como a cálida brisa de Verão, tu és o brilho das coisas. Qual olhar chamativo e conquistador? A caneta não desliza ao ritmo do pensamento e muito ficará por dizer. Mas hoje, que tenho todo um sentimento para te escrever, direi tudo o que puder. O teu sorriso luminoso é o meu farol nas noites escuras e frias. Quando eu me ia abaixo, lá estavas tu a segurar-me. Tu nunca me deixas cair. Eu não sei explicar a paixão, tal como não sei explicar o mundo. O que eu sei é que isto que sinto é indubitavelmente amor. Fio de sol dourado, quantas vezes por meu mando, foste meu sonho acordado, ao qual reagi amando? Mais do que saber brilhar numa sombra, tu soubeste como brilhar no meu olhar. Tu és ouro nas manhãs precipitadas de Inverno. Agora, e porque o coração não sangra, leva-me para longe de mim, para perto de ti! Nós não mandamos no coração. E palavras são só palavras. Lágrimas são só lágrimas. Não deixas que te ame como deveria, e por isso amo-te como posso.
Sempre teu,
Mickey

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