CGD isolada: só o banco público põe travões aos juros que paga aos clientes

10-07-2019
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É mesmo uma medida inédita. Não há nenhum banco português, entre os que mais depósitos têm, que aplique um limite abaixo do qual não pague juros, à semelhança do que a Caixa Geral de Depósitos anunciou aos clientes que iria fazer – e que o Banco de Portugal ontem veio desafiar.

Numa ronda feita pelo Expresso às instituições financeiras de maior dimensão, nenhuma assumiu a existência de uma barreira.

“O Banco Santander paga sempre os juros independentemente do montante em causa, ou seja, não existe limite a partir do qual o banco deixe de pagar os juros”, diz a instituição financeira ao Expresso. O mesmo é referido pelo banco liderado por Miguel Maya: “O Millennium bcp não tem um limite desses (ou seja, pagamos os juros)”.

BPI e Novo Banco também recusam a existência de qualquer limitação ao pagamento de juros, bem como o Crédito Agrícola e o Banco Montepio.

Se o cálculo do juro de um depósito revelar uma remuneração bruta (antes da aplicação do imposto) abaixo de 1 euro, a Caixa Geral de Depósitos não o pagará ao seu cliente que tenha produtos poupança e produtos a prazo a partir de 1 de agosto. Na mesma data, baixará também as remunerações dos depósitos poupança.

A medida mereceu uma crítica do supervisor da banca que, como foi ontem escrito, está contra a decisão da gestão da CGD e já o informou disso mesmo: “O Banco de Portugal já transmitiu à Caixa Geral de Depósitos a sua posição relativamente à política de pagamento de juros de depósitos a prazo recentemente anunciada por esta instituição de crédito”. O Expresso aguarda uma resposta do banco público à crítica do supervisor.

Já o Governo, representante do acionista Estado, manteve-se distante da polémica. “Cumpre à administração definir e implementar as medidas concretas de execução do plano estratégico, incluindo no que respeita à atualização das taxas de juros dos depósitos a prazo. No atual contexto de taxas de juro negativas, a remuneração de depósitos e poupanças pelo setor bancário está sujeita a constrangimentos adicionais”, disse o gabinete de Mário Centeno ao Expresso.

O tema também está já no Parlamento, após as perguntas feitas pelo Bloco de Esquerda, sendo que a própria associação de defesa do consumidor Deco considera que a decisão não é correta e que desincentiva a poupança.

É mesmo uma medida inédita. Não há nenhum banco português, entre os que mais depósitos têm, que aplique um limite abaixo do qual não pague juros, à semelhança do que a Caixa Geral de Depósitos anunciou aos clientes que iria fazer – e que o Banco de Portugal ontem veio desafiar.

Numa ronda feita pelo Expresso às instituições financeiras de maior dimensão, nenhuma assumiu a existência de uma barreira.

“O Banco Santander paga sempre os juros independentemente do montante em causa, ou seja, não existe limite a partir do qual o banco deixe de pagar os juros”, diz a instituição financeira ao Expresso. O mesmo é referido pelo banco liderado por Miguel Maya: “O Millennium bcp não tem um limite desses (ou seja, pagamos os juros)”.

BPI e Novo Banco também recusam a existência de qualquer limitação ao pagamento de juros, bem como o Crédito Agrícola e o Banco Montepio.

Se o cálculo do juro de um depósito revelar uma remuneração bruta (antes da aplicação do imposto) abaixo de 1 euro, a Caixa Geral de Depósitos não o pagará ao seu cliente que tenha produtos poupança e produtos a prazo a partir de 1 de agosto. Na mesma data, baixará também as remunerações dos depósitos poupança.

A medida mereceu uma crítica do supervisor da banca que, como foi ontem escrito, está contra a decisão da gestão da CGD e já o informou disso mesmo: “O Banco de Portugal já transmitiu à Caixa Geral de Depósitos a sua posição relativamente à política de pagamento de juros de depósitos a prazo recentemente anunciada por esta instituição de crédito”. O Expresso aguarda uma resposta do banco público à crítica do supervisor.

Já o Governo, representante do acionista Estado, manteve-se distante da polémica. “Cumpre à administração definir e implementar as medidas concretas de execução do plano estratégico, incluindo no que respeita à atualização das taxas de juros dos depósitos a prazo. No atual contexto de taxas de juro negativas, a remuneração de depósitos e poupanças pelo setor bancário está sujeita a constrangimentos adicionais”, disse o gabinete de Mário Centeno ao Expresso.

O tema também está já no Parlamento, após as perguntas feitas pelo Bloco de Esquerda, sendo que a própria associação de defesa do consumidor Deco considera que a decisão não é correta e que desincentiva a poupança.

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