O tio Mário Patinhas

22-05-2019
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1 É significativo que no dia em que é anunciado o menor défice público de toda a história da democracia, o ministro das Finanças se tenha sentido obrigado a vir a público numa atitude de justificação e não na pose triunfal que seria de esperar em condições normais. Só que, de facto, não é normal que os 0,5% de défice das contas públicas atingido em 2018 — um número verdadeiramente notável, só possível graças às célebres e avisadas cativações de Mário Centeno — encerrem em si outro número estarrecedor e que o torna possível: 35,4% do PIB em impostos recolhidos, a maior carga fiscal de sempre. Centeno justificou-se com as receitas do turismo, a melhoria da actividade económica das empresas e o crescimento do emprego. Mesmo que a explicação fosse suficiente, ficaria a pergunta obrigatória: se a economia gera uma receita fiscal recorde, porque não opta o Governo por baixar os impostos, deixando parte da riqueza nas mãos de quem a criou e melhor saberá reproduzi-la?

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