“Cheques carecas”, “devaneios”, “alquimias”. As promessas eleitorais da oposição segundo Centeno

30-09-2019
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Rui Rio está a passar um “cheque sem cobertura” aos eleitores. As promessas do Bloco de Esquerda não passam de “devaneios”. Assunção Cristas promete baixar impostos “com um excedente que não tem”.

Mário Centeno entrou esta quinta-feira na campanha eleitoral para credibilizar o programa eleitoral socialista e arrasar as promessas de parte da oposição. Numa conferência de imprensa que esta sexta-feira teve lugar no Largo do Rato, o ministro das Finanças não poupou Rui Rio, o Bloco de Esquerda e Assunção Cristas.

Rui Rio promete cortar impostos em 3,7 mil milhões de euros, mas falta-lhe “explicar a cobertura para o cheque”. Isso e como pretende financiar despesas sociais com estagnação de consumos intermédios.

Catarina Martins “é um pouco mais radical”. Em pinceladas gerais, se se cumprissem as promessas na saúde, investimento público e cultura, chegados a 2023 “teríamos de duplicar o que cada um de nós paga em IRS”. São “devaneios eleitorais”, diz o ministro.

Assunção Cristas, por seu turno, promete uma “alquimia”. O CDS quer baixar em 15% a fatura fiscal de cada contribuinte até 2023 mas pretende fazê-lo recorrendo “a um excedente que não existe”. A medida colocaria o défice ao nível de 2017 e andaríamos 6 anos para trás, diz o ministro das Finanças.

“Obviamente que nada disto é sustentável”. Credíveis, credíveis, só as contas do PS, que têm o dedo de Centeno, a quem João Tiago Silveira, coordenador do programa eleitoral, descreveu como “a personificação da credibilidade das políticas” do Governo.

Um feito “sem paralelo”

Antes de se lançar à oposição, o ministro das Finanças tinha passado em revista os indicadores económicos e respondido a todos quanto argumentam que o Governo mais não fez do que aproveitar a boleia da conjuntura externa e que, mesmo assim, a economia está a crescer menos do que a de muitos países com os quais concorremos diretamente.

Mário Centeno diz que, ao contrário do que afirmam os críticos, o PS governou num “cenário externo desfavorável” e que conseguiu por a economia a crescer num contexto de redução da dívida privada. Da conjugação destes dois fatores resulta um feito “sem paralelo”, o que “fizemos não é um evento comum em economia”. E quem disser o contrário “é gente que se presume economista”.

Outro tema da campanha que Centeno aproveitou para rebater, uma vez mais, é a crítica da carga fiscal, que em 2018 atingiu os 35.2% do PIB, um valor historicamente alto. O ministro das Finanças voltou a lembrar que os números se deve ao crescimento (e não a medidas de politica) e diz que pedir que se baixem impostos porque a carga fiscal sobe é como “baixar a taxa social única porque as contribuições sociais estão a aumentar”.

Em suma, quatro anos depois, o ministro das finanças apresenta-se com “contas totalmente transparentes”, “sem notas de rodapé”, nem “cheques carecas”. Ao contrário da oposição, bem entendido.

Rui Rio está a passar um “cheque sem cobertura” aos eleitores. As promessas do Bloco de Esquerda não passam de “devaneios”. Assunção Cristas promete baixar impostos “com um excedente que não tem”.

Mário Centeno entrou esta quinta-feira na campanha eleitoral para credibilizar o programa eleitoral socialista e arrasar as promessas de parte da oposição. Numa conferência de imprensa que esta sexta-feira teve lugar no Largo do Rato, o ministro das Finanças não poupou Rui Rio, o Bloco de Esquerda e Assunção Cristas.

Rui Rio promete cortar impostos em 3,7 mil milhões de euros, mas falta-lhe “explicar a cobertura para o cheque”. Isso e como pretende financiar despesas sociais com estagnação de consumos intermédios.

Catarina Martins “é um pouco mais radical”. Em pinceladas gerais, se se cumprissem as promessas na saúde, investimento público e cultura, chegados a 2023 “teríamos de duplicar o que cada um de nós paga em IRS”. São “devaneios eleitorais”, diz o ministro.

Assunção Cristas, por seu turno, promete uma “alquimia”. O CDS quer baixar em 15% a fatura fiscal de cada contribuinte até 2023 mas pretende fazê-lo recorrendo “a um excedente que não existe”. A medida colocaria o défice ao nível de 2017 e andaríamos 6 anos para trás, diz o ministro das Finanças.

“Obviamente que nada disto é sustentável”. Credíveis, credíveis, só as contas do PS, que têm o dedo de Centeno, a quem João Tiago Silveira, coordenador do programa eleitoral, descreveu como “a personificação da credibilidade das políticas” do Governo.

Um feito “sem paralelo”

Antes de se lançar à oposição, o ministro das Finanças tinha passado em revista os indicadores económicos e respondido a todos quanto argumentam que o Governo mais não fez do que aproveitar a boleia da conjuntura externa e que, mesmo assim, a economia está a crescer menos do que a de muitos países com os quais concorremos diretamente.

Mário Centeno diz que, ao contrário do que afirmam os críticos, o PS governou num “cenário externo desfavorável” e que conseguiu por a economia a crescer num contexto de redução da dívida privada. Da conjugação destes dois fatores resulta um feito “sem paralelo”, o que “fizemos não é um evento comum em economia”. E quem disser o contrário “é gente que se presume economista”.

Outro tema da campanha que Centeno aproveitou para rebater, uma vez mais, é a crítica da carga fiscal, que em 2018 atingiu os 35.2% do PIB, um valor historicamente alto. O ministro das Finanças voltou a lembrar que os números se deve ao crescimento (e não a medidas de politica) e diz que pedir que se baixem impostos porque a carga fiscal sobe é como “baixar a taxa social única porque as contribuições sociais estão a aumentar”.

Em suma, quatro anos depois, o ministro das finanças apresenta-se com “contas totalmente transparentes”, “sem notas de rodapé”, nem “cheques carecas”. Ao contrário da oposição, bem entendido.

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