Contribuintes dão mais 850 milhões ao Novo Banco. E quem paga a fatura política?

14-05-2019
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A notícia de que o Novo Banco vai pedir uma injeção de capital de 1.149 milhões de euros ao Fundo de Resolução, 850 milhões dos quais serão pedidos ao Estado, conhecida esta sexta-feira, trouxe a instituição bancária para o topo da agenda política e a maré de reações ainda não parou. Em causa, explica o banco presidido por António Ramalho, estão “perdas das vendas e da redução dos ativos 'legacy'”, mas para a classe política o que está em jogo é muito maior do que isso. Depois de Mário Centeno ordenar uma auditoria à concessão de créditos problemáticos do Novo Banco — que estão a obrigar à injeção de capital pelo Fundo de Resolução e, por essa via, do Estado — e de o presidente do banco responder que “todas as auditorias são bem-vindas”, é a vez de novas vozes se juntarem à polémica iniciada nesta sexta-feira. É certo que as reações surgem dos mais diversos quadrantes, mas esta é uma luta que a oposição está apostada em ganhar.

UM SACO SEM FUNDO Paulo Rangel, cabeça de lista do PSD às eleições europeias que acontecem este ano, acusa o ministro das Finanças de ter “duas caras” (“uma cara em Lisboa e tem outra cara em Bruxelas”) e que isso também já se verifica em relação ao Novo Banco. Para Rangel, Mário Centeno não pode “lavar as mãos como Pilatos” nesta questão. “Prometeu-nos um determinado quadro, quando fez a venda que fez, e agora o que nós vemos é que esse quadro é uma espécie de saco sem fundo. E, portanto, o ministro Centeno tem de responder e tem de explicar”, expressou em Castelo Branco, à margem da iniciativa “Democracias XXI”, dinamizada pela Distrital de Castelo Branco da JSD. Não é o único a querer ser ouvido e é do lado do CDS-PP que também surgem palavras fortes. Os centristas querem ouvir Mário Centeno sobre o Novo Banco no parlamento “com a máxima urgência” e apontam a próxima semana como o tempo ideal para que o ministro das Finanças explique o que aconteceu. Querem que Mário Centeno dê uma explicação "ao país e ao parlamento sobre estes novos factos". "O CDS considera preocupantes e encara até com alguma estupefação estas notícias, porque contrariam aquilo que, nomeadamente por perguntas feitas por deputados do CDS, o Governo e o ministro das Finanças sempre disseram", afirmou o líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, em declarações à agência Lusa. "Esta necessidade e eventual injeção de capital público foi aquilo que o ministro das Finanças disse que não iria acontecer por força do mecanismo criado e que então mereceu a nossa crítica", acrescentou.

A notícia de que o Novo Banco vai pedir uma injeção de capital de 1.149 milhões de euros ao Fundo de Resolução, 850 milhões dos quais serão pedidos ao Estado, conhecida esta sexta-feira, trouxe a instituição bancária para o topo da agenda política e a maré de reações ainda não parou. Em causa, explica o banco presidido por António Ramalho, estão “perdas das vendas e da redução dos ativos 'legacy'”, mas para a classe política o que está em jogo é muito maior do que isso. Depois de Mário Centeno ordenar uma auditoria à concessão de créditos problemáticos do Novo Banco — que estão a obrigar à injeção de capital pelo Fundo de Resolução e, por essa via, do Estado — e de o presidente do banco responder que “todas as auditorias são bem-vindas”, é a vez de novas vozes se juntarem à polémica iniciada nesta sexta-feira. É certo que as reações surgem dos mais diversos quadrantes, mas esta é uma luta que a oposição está apostada em ganhar.

UM SACO SEM FUNDO Paulo Rangel, cabeça de lista do PSD às eleições europeias que acontecem este ano, acusa o ministro das Finanças de ter “duas caras” (“uma cara em Lisboa e tem outra cara em Bruxelas”) e que isso também já se verifica em relação ao Novo Banco. Para Rangel, Mário Centeno não pode “lavar as mãos como Pilatos” nesta questão. “Prometeu-nos um determinado quadro, quando fez a venda que fez, e agora o que nós vemos é que esse quadro é uma espécie de saco sem fundo. E, portanto, o ministro Centeno tem de responder e tem de explicar”, expressou em Castelo Branco, à margem da iniciativa “Democracias XXI”, dinamizada pela Distrital de Castelo Branco da JSD. Não é o único a querer ser ouvido e é do lado do CDS-PP que também surgem palavras fortes. Os centristas querem ouvir Mário Centeno sobre o Novo Banco no parlamento “com a máxima urgência” e apontam a próxima semana como o tempo ideal para que o ministro das Finanças explique o que aconteceu. Querem que Mário Centeno dê uma explicação "ao país e ao parlamento sobre estes novos factos". "O CDS considera preocupantes e encara até com alguma estupefação estas notícias, porque contrariam aquilo que, nomeadamente por perguntas feitas por deputados do CDS, o Governo e o ministro das Finanças sempre disseram", afirmou o líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, em declarações à agência Lusa. "Esta necessidade e eventual injeção de capital público foi aquilo que o ministro das Finanças disse que não iria acontecer por força do mecanismo criado e que então mereceu a nossa crítica", acrescentou.

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