Centeno sobre continuidade em futuro Governo socialista: “Lá mais para setembro falamos sobre isso”

09-10-2019
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Para já, Mário Centeno não se compromete com uma nova experiência como ministro num eventual segundo governo de António Costa. Em entrevista à SIC, o titular da pasta das Finanças lembrou que tinha ainda de desenhar o próximo Programa de Estabilidade, deixar terminar a legislatura e garantiu que só depois pensará no seu futuro político. "Lá mais para setembro falamos sobre isso", prometeu Centeno. Foi a resposta à questão sobre se, não só estaria disponível para integrar um novo Executivo, mas também sobre se ser Governador do Banco de Portugal é um dos seus objetivos futuros.

Quanto ao resto, o ministro das Finanças preferiu jogar à defesa. Défice em 2019? Será 0,2%, tal como já estava previsto. Crescimento económico? Pode ser revisto em baixa, entre os 1,9% e os 2%, limitou-se a adiantar Centeno. Mas avisou que “estamos num momento de grande incerteza" e "as próximas semanas são muit importantes para projetarmos o resto do ano”.

Um dos temas lançados para cima da mesa foi a hipótese de regressarem aumentos 'normais' de salários no Estado a partir de 2020. Ou seja, aumentos para todos os funcionários públicos, tal como já tinha admitido António Costa? “É uma decisão do próximo Governo", disse. Sem mais.

Portugal hoje "é um pais melhor do que há três anos”

Confrontado com os problemas acumulados em vários sectores, e sobre se isso não era o reflexo de uma política centrada na redução do défice, o ministro das Finanças queixou-se da herança recebida. "[Durante o Governo PSD/CDS], não se fez uma obra nas escolas em Portugal", jurou Centeno. "Mesmo reconhecendo as deficiências com que Portugal se confronta não vão ser resolvidas nesta legislatura vão continuar a existir", o também presidente do Eurogrupo deixou uma certeza: "Não tenho a menor dúvida de que Portugal é um país melhor do que era em 2015".

Face ao facto de a carga fiscal e contributiva ter atingido o valor mais alto de sempre em 2018 - 34,5% do PIB - Centeno recusa a ideia de ser o resultado aumento de impostos mas antes a consequência da dinâmica da economia. E dá números: “O IRS, o IVA e o IRC, que viram as taxas reduzidas em 2018, e as contribuições sociais (que não tiveram alteração de taxas) representam 80% para o aumento. Os outros impostos indiretos subiram acima do PIB nominal e contribuirão com 20%."

É assim que o ministro das Finanças explica a subida da receita fiscal que ajudou o défice a fechar 2018 em 0,5%, um novo mínimo desde 1974. Centeno sublinha mesmo que “desde 2015, o conjunto de salários e rendimentos que as famílias levam para casas aumentou 8100 milhões de euros - mais 20%.”

Para já, Mário Centeno não se compromete com uma nova experiência como ministro num eventual segundo governo de António Costa. Em entrevista à SIC, o titular da pasta das Finanças lembrou que tinha ainda de desenhar o próximo Programa de Estabilidade, deixar terminar a legislatura e garantiu que só depois pensará no seu futuro político. "Lá mais para setembro falamos sobre isso", prometeu Centeno. Foi a resposta à questão sobre se, não só estaria disponível para integrar um novo Executivo, mas também sobre se ser Governador do Banco de Portugal é um dos seus objetivos futuros.

Quanto ao resto, o ministro das Finanças preferiu jogar à defesa. Défice em 2019? Será 0,2%, tal como já estava previsto. Crescimento económico? Pode ser revisto em baixa, entre os 1,9% e os 2%, limitou-se a adiantar Centeno. Mas avisou que “estamos num momento de grande incerteza" e "as próximas semanas são muit importantes para projetarmos o resto do ano”.

Um dos temas lançados para cima da mesa foi a hipótese de regressarem aumentos 'normais' de salários no Estado a partir de 2020. Ou seja, aumentos para todos os funcionários públicos, tal como já tinha admitido António Costa? “É uma decisão do próximo Governo", disse. Sem mais.

Portugal hoje "é um pais melhor do que há três anos”

Confrontado com os problemas acumulados em vários sectores, e sobre se isso não era o reflexo de uma política centrada na redução do défice, o ministro das Finanças queixou-se da herança recebida. "[Durante o Governo PSD/CDS], não se fez uma obra nas escolas em Portugal", jurou Centeno. "Mesmo reconhecendo as deficiências com que Portugal se confronta não vão ser resolvidas nesta legislatura vão continuar a existir", o também presidente do Eurogrupo deixou uma certeza: "Não tenho a menor dúvida de que Portugal é um país melhor do que era em 2015".

Face ao facto de a carga fiscal e contributiva ter atingido o valor mais alto de sempre em 2018 - 34,5% do PIB - Centeno recusa a ideia de ser o resultado aumento de impostos mas antes a consequência da dinâmica da economia. E dá números: “O IRS, o IVA e o IRC, que viram as taxas reduzidas em 2018, e as contribuições sociais (que não tiveram alteração de taxas) representam 80% para o aumento. Os outros impostos indiretos subiram acima do PIB nominal e contribuirão com 20%."

É assim que o ministro das Finanças explica a subida da receita fiscal que ajudou o défice a fechar 2018 em 0,5%, um novo mínimo desde 1974. Centeno sublinha mesmo que “desde 2015, o conjunto de salários e rendimentos que as famílias levam para casas aumentou 8100 milhões de euros - mais 20%.”

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