Banif. Desconto de 66% é uma "arbitrariedade enormíssima"

09-04-2016
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O ministro das Finanças, Mário Centeno, admite que a aplicação de um desconto de 66% aos ativos separados do Banif comporta um "critério de arbitrariedade enormíssimo", depois de questionado por Mariana Mortágua sobre quem decidiu e impôs tal nível de desvalorização.

Em causa os ativos que foram separados do Banif que acabou por ficar nas mãos do Santander Totta, cuja aplicação de um desconto foi decidida pela Direção-geral de Concorrência da Comissão Europeia, esclareceu o ministro das Finanças.

Este peso elevado da desvalorização aplicada aos ativos do Banif que o Santander não quis poderia ter sido reduzido caso a decisão para o banco madeirense tivesse sido diferente e não fosse tomada de um dia para o outro, explicou Centeno.

"A criação de um banco de transição", referiu, "daria mais tempo, ainda que limitado, mas qualquer período adicional permitia, sobre este haircut e provisões, uma decisão diferente", assegurou.

Contudo, e face aos prazos curtos que o novo governo teve para resolver o caso, assim como as opções que foram sendo chumbadas pelas autoridades europeias, o processo acabou por acarretar "custos muito elevados para contas publicas portuguesas".

O ministro das Finanças, Mário Centeno, admite que a aplicação de um desconto de 66% aos ativos separados do Banif comporta um "critério de arbitrariedade enormíssimo", depois de questionado por Mariana Mortágua sobre quem decidiu e impôs tal nível de desvalorização.

Em causa os ativos que foram separados do Banif que acabou por ficar nas mãos do Santander Totta, cuja aplicação de um desconto foi decidida pela Direção-geral de Concorrência da Comissão Europeia, esclareceu o ministro das Finanças.

Este peso elevado da desvalorização aplicada aos ativos do Banif que o Santander não quis poderia ter sido reduzido caso a decisão para o banco madeirense tivesse sido diferente e não fosse tomada de um dia para o outro, explicou Centeno.

"A criação de um banco de transição", referiu, "daria mais tempo, ainda que limitado, mas qualquer período adicional permitia, sobre este haircut e provisões, uma decisão diferente", assegurou.

Contudo, e face aos prazos curtos que o novo governo teve para resolver o caso, assim como as opções que foram sendo chumbadas pelas autoridades europeias, o processo acabou por acarretar "custos muito elevados para contas publicas portuguesas".

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