Sem título

14-10-2019
marcar artigo

O politicamente correto tornou-se numa ditadura interior
vivida e imposta a si próprio por cada cidadão, passamos a viver numa
bipolaridade de pensamento, divididos entre o que pensamos e o que podemos
expressar em público depois de aplicar um filtro daquilo que alguns consideram
inaceitável. Deixámos de ser em público aquilo que somos e queremos ser, para
sermos aquilo que alguns títeres esclarecidos consideram que podemos ou devemos
ser.

Jornalistas, opinion makers, supostos intelectuais e outra
gente da melhor igualha da nossa sociedade transformaram-se numa espécie
associação secreta do lápis azul. Tal como Pinochet, Salazar, Franco e muitos
outros ditadores, definiram aquilo que deve ser o padrão de pensamento a que
devemos obedecer sob pena de sermos olhados de lado ou mesmo achincalhados em
público.

Ao politicamente correto que nos controla a vida a título
individual, parece juntar-se uma espécie de ideologicamente correto que
parametriza o debate político e os processos de decisão a nível nacional.
Deixamos de avaliar ideias segundo os nossos valores, na perspetiva da
viabilidade e sustentabilidade, com preocupações em relação ao seu impacto no
futuro. Tudo é filtrado pelo ideologicamente correto e deixamos de ter direito
ao pensamento político.

Os grandes pensadores deste ideologicamente correto são
personalidades como Loução, um trotskista que adotou poses de bispo e fala como
se fosse o cardeal patriarca da política e da economia portuguesa, o que sai da
sua boca cheira a “palavra do Senhor”. Catarina Martins, Mariana Mortágua e
outros, seguem-lhe as pisadas. Mas não é um exclusivo da esquerda, também a
direita tem o seu ideologicamente correto, basta lembrar muitas das medidas
decididas por Passos Coelho para se perceber que uma boa parte deles resultava
mais dos seus valores ideológicos do que da situação financeira.

Não podemos discutir o problema da violência e da marginalidade
porque é racismo, devemos aumentar as pensões dos que nunca descontaram e
cortar nas pensões mais altas que muito provavelmente são as únicas sustentáveis,
devemos aumentar os ordenados mais baixos à custa dos médios ou mais alto pouco
importando que estejamos a convidar os mais qualificados a emigrar, o SNS deve
ser absolutamente gratuito e tão bom como os melhores não importando que os que
mais pagam em impostos acabem por serem os que a ele menos recorrem.

Uma boa parte das decisões debatidas em público assentam em
preconceitos ideológicos, para a direita são boas porque são medidas de
direita, para a esquerda não melhores porque são medidas de esquerda. Para a
direita há chavões como o do mercado, na esquerda há quem fale em “política nacional
de esquerda”.

O politicamente correto tornou-se numa ditadura interior
vivida e imposta a si próprio por cada cidadão, passamos a viver numa
bipolaridade de pensamento, divididos entre o que pensamos e o que podemos
expressar em público depois de aplicar um filtro daquilo que alguns consideram
inaceitável. Deixámos de ser em público aquilo que somos e queremos ser, para
sermos aquilo que alguns títeres esclarecidos consideram que podemos ou devemos
ser.

Jornalistas, opinion makers, supostos intelectuais e outra
gente da melhor igualha da nossa sociedade transformaram-se numa espécie
associação secreta do lápis azul. Tal como Pinochet, Salazar, Franco e muitos
outros ditadores, definiram aquilo que deve ser o padrão de pensamento a que
devemos obedecer sob pena de sermos olhados de lado ou mesmo achincalhados em
público.

Ao politicamente correto que nos controla a vida a título
individual, parece juntar-se uma espécie de ideologicamente correto que
parametriza o debate político e os processos de decisão a nível nacional.
Deixamos de avaliar ideias segundo os nossos valores, na perspetiva da
viabilidade e sustentabilidade, com preocupações em relação ao seu impacto no
futuro. Tudo é filtrado pelo ideologicamente correto e deixamos de ter direito
ao pensamento político.

Os grandes pensadores deste ideologicamente correto são
personalidades como Loução, um trotskista que adotou poses de bispo e fala como
se fosse o cardeal patriarca da política e da economia portuguesa, o que sai da
sua boca cheira a “palavra do Senhor”. Catarina Martins, Mariana Mortágua e
outros, seguem-lhe as pisadas. Mas não é um exclusivo da esquerda, também a
direita tem o seu ideologicamente correto, basta lembrar muitas das medidas
decididas por Passos Coelho para se perceber que uma boa parte deles resultava
mais dos seus valores ideológicos do que da situação financeira.

Não podemos discutir o problema da violência e da marginalidade
porque é racismo, devemos aumentar as pensões dos que nunca descontaram e
cortar nas pensões mais altas que muito provavelmente são as únicas sustentáveis,
devemos aumentar os ordenados mais baixos à custa dos médios ou mais alto pouco
importando que estejamos a convidar os mais qualificados a emigrar, o SNS deve
ser absolutamente gratuito e tão bom como os melhores não importando que os que
mais pagam em impostos acabem por serem os que a ele menos recorrem.

Uma boa parte das decisões debatidas em público assentam em
preconceitos ideológicos, para a direita são boas porque são medidas de
direita, para a esquerda não melhores porque são medidas de esquerda. Para a
direita há chavões como o do mercado, na esquerda há quem fale em “política nacional
de esquerda”.

marcar artigo