PUXAPALAVRA: As Mulheres Socialistas e a História

27-07-2018
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Maria Manuela Augusto, Presidente do Departamento das Mulheres Socialistas, veio dizer ao DN (ver notícia intitulada Mulheres do PS querem um governo mais feminino ) que a composição do próximo governo ganharia com a inclusão de um significativo número de mulheres. A aspiração é justificada, tanto mais que vem de um partido que se bateu denodamente pela Lei da Paridade, apontando-a, até, como uma das marcas de "esquerda" da governação socialista. Porém, ao olhar para trás, Maria Manuela Augusto afirma ter feito um "balanço muito positivo" da acção das mulheres nos governos de José Sócrates.

O que quis ela dizer com isto?

Que Ana Jorge, Ana Paula Vitorino e Maria Manuel Leitão Marques estiveram à altura.

A presidente do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas, além de esquecer outras mulheres que passaram pelos governos de José Sócrates, refere-se à "própria ministra de Educação, que fez um trabalho excelente - e a quem a história fará justiça."

Ao tratar Maria de Lurdes Rodrigues como um caso à parte, Maria Manuela confirma o carácter especial (problemático? polémico?) que o consulado da Educação revestiu. Porém, ao exprimir o voto de que a história lhe venha a fazer justiça, a presidente das Mulheres Socialistas parece estar a sustentar a tese de que a história ainda não lhe fez justiça.

Já agora, convém não deitar pela borda fora a história que foi feita até hoje. Nela cabem, quer se queira ou não, as grandes manifestações dos professores e a obstinação da ministra, acompanhada de uma fraquíssima capacidade de diálogo.

Pois se tiver de ser apenas a história a fazer-lhe justiça, que o faça também de um modo justo, sem "esquecer" nenhum dos episódios lamentáveis que muitas gentes vão querer esquecer muito depressa.

Maria Manuela Augusto, Presidente do Departamento das Mulheres Socialistas, veio dizer ao DN (ver notícia intitulada Mulheres do PS querem um governo mais feminino ) que a composição do próximo governo ganharia com a inclusão de um significativo número de mulheres. A aspiração é justificada, tanto mais que vem de um partido que se bateu denodamente pela Lei da Paridade, apontando-a, até, como uma das marcas de "esquerda" da governação socialista. Porém, ao olhar para trás, Maria Manuela Augusto afirma ter feito um "balanço muito positivo" da acção das mulheres nos governos de José Sócrates.

O que quis ela dizer com isto?

Que Ana Jorge, Ana Paula Vitorino e Maria Manuel Leitão Marques estiveram à altura.

A presidente do Departamento Nacional das Mulheres Socialistas, além de esquecer outras mulheres que passaram pelos governos de José Sócrates, refere-se à "própria ministra de Educação, que fez um trabalho excelente - e a quem a história fará justiça."

Ao tratar Maria de Lurdes Rodrigues como um caso à parte, Maria Manuela confirma o carácter especial (problemático? polémico?) que o consulado da Educação revestiu. Porém, ao exprimir o voto de que a história lhe venha a fazer justiça, a presidente das Mulheres Socialistas parece estar a sustentar a tese de que a história ainda não lhe fez justiça.

Já agora, convém não deitar pela borda fora a história que foi feita até hoje. Nela cabem, quer se queira ou não, as grandes manifestações dos professores e a obstinação da ministra, acompanhada de uma fraquíssima capacidade de diálogo.

Pois se tiver de ser apenas a história a fazer-lhe justiça, que o faça também de um modo justo, sem "esquecer" nenhum dos episódios lamentáveis que muitas gentes vão querer esquecer muito depressa.

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