Maria Manuel Leitão Marques: é importante “um diálogo mais profundo” com o PSD sobre medidas de longo prazo

27-11-2017
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Quer seja Rui Rio, quer seja Santana Lopes o novo líder do PSD, o desejo do Governo será sempre o mesmo: aproximação. “Desejo que com qualquer dos líderes, naturalmente não me compete aqui dizer com qual deles será mais fácil ou mais difícil, nem qual deles deve ser o escolhido, isso deve ser uma escolha dos militantes e do PSD, a discussão tem sido interessante de acompanhar, naturalmente vou também lendo com curiosidade. Mas espero que seja qual for o que escolherem, nos permita ter um diálogo mais profundo sobre o que são medidas de longo prazo que devem ser consensuais”, disse Maria Manuel Leitão Marques, ministra da Presidência, em entrevista ao “Jornal de Negócios” e à “Antena 1”, esta segunda-feira.

Questionada sobre o fim das medidas em que havia um compromisso com o BE e PCP/Verdes no Orçamento de Estado para 2018, a ministra da Presidência rejeitou que o Governo dependesse em exclusivo desse mesmo acordo.

“O Governo não está aqui apenas para devolver rendimentos. Nós fizemos aquilo que nos comprometemos, no prazo que nos comprometemos. O Governo tem muitas outras tarefas em matéria de investimento público, em matéria de modernização administrativa, e em todos os outros domínios, da educação à ciência, passando pela cultura, pela valorização das pessoas, pela sua qualificação, que são muitas outras tarefas que estão no programa do Governo”, disse.

“Se já cumprimos aquelas que têm a ver e que foram mais significativas em termos do acordo, temos as outras que competem a qualquer Governo fazer bem”, reforçou.

Reivindicações dos professores

Segundo a ministra da Presidência, o Governo não pode fazer uma revisão total da carreira dos professores, “por muito justa que ela seja considerada por quem a defende, que ponha em causa esse equilíbrio [financeiro]” das contas do Estado.

Para além disso, comparar a situação dos funcionários públicos e dos professores não faz sentido, defendeu. No caso dos docentes, o tempo que demoram a atingir o fim da carreira é quase o equivalente a um terço do tempo necessário para um funcionário público normal. “É bom ver também as diferenças que existem”, lembrou a ministra.

Funcionários públicos e o descongelamento das carreiras

O descongelamento das carreiras dos funcionários públicos terá em 2018 um impacto de 640 milhões de euros, “um grande esforço orçamental”, disse Maria Manuel Leitão Marques.

“Temos um grande esforço orçamental no valor de 640 milhões de euros para 2018 e fizemos aquilo que prometemos. Não prometemos rever o passado todo, por muitas injustiças que as pessoas sintam que foram cometidas. Todos nós sofremos com a crise. Houve pessoas que não só perderam o tempo de carreira, perderam o seu emprego e ainda não o recuperaram. O que prometemos foi, como diz o senhor primeiro-ministro, pôr o cronómetro a funcionar”, explicou.

Quer seja Rui Rio, quer seja Santana Lopes o novo líder do PSD, o desejo do Governo será sempre o mesmo: aproximação. “Desejo que com qualquer dos líderes, naturalmente não me compete aqui dizer com qual deles será mais fácil ou mais difícil, nem qual deles deve ser o escolhido, isso deve ser uma escolha dos militantes e do PSD, a discussão tem sido interessante de acompanhar, naturalmente vou também lendo com curiosidade. Mas espero que seja qual for o que escolherem, nos permita ter um diálogo mais profundo sobre o que são medidas de longo prazo que devem ser consensuais”, disse Maria Manuel Leitão Marques, ministra da Presidência, em entrevista ao “Jornal de Negócios” e à “Antena 1”, esta segunda-feira.

Questionada sobre o fim das medidas em que havia um compromisso com o BE e PCP/Verdes no Orçamento de Estado para 2018, a ministra da Presidência rejeitou que o Governo dependesse em exclusivo desse mesmo acordo.

“O Governo não está aqui apenas para devolver rendimentos. Nós fizemos aquilo que nos comprometemos, no prazo que nos comprometemos. O Governo tem muitas outras tarefas em matéria de investimento público, em matéria de modernização administrativa, e em todos os outros domínios, da educação à ciência, passando pela cultura, pela valorização das pessoas, pela sua qualificação, que são muitas outras tarefas que estão no programa do Governo”, disse.

“Se já cumprimos aquelas que têm a ver e que foram mais significativas em termos do acordo, temos as outras que competem a qualquer Governo fazer bem”, reforçou.

Reivindicações dos professores

Segundo a ministra da Presidência, o Governo não pode fazer uma revisão total da carreira dos professores, “por muito justa que ela seja considerada por quem a defende, que ponha em causa esse equilíbrio [financeiro]” das contas do Estado.

Para além disso, comparar a situação dos funcionários públicos e dos professores não faz sentido, defendeu. No caso dos docentes, o tempo que demoram a atingir o fim da carreira é quase o equivalente a um terço do tempo necessário para um funcionário público normal. “É bom ver também as diferenças que existem”, lembrou a ministra.

Funcionários públicos e o descongelamento das carreiras

O descongelamento das carreiras dos funcionários públicos terá em 2018 um impacto de 640 milhões de euros, “um grande esforço orçamental”, disse Maria Manuel Leitão Marques.

“Temos um grande esforço orçamental no valor de 640 milhões de euros para 2018 e fizemos aquilo que prometemos. Não prometemos rever o passado todo, por muitas injustiças que as pessoas sintam que foram cometidas. Todos nós sofremos com a crise. Houve pessoas que não só perderam o tempo de carreira, perderam o seu emprego e ainda não o recuperaram. O que prometemos foi, como diz o senhor primeiro-ministro, pôr o cronómetro a funcionar”, explicou.

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