A Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa falava na abertura do 27º Digital Business Congress da APDC e revelou os benefícios da aplicação do Simplex 2016 para a administração pública e para as empresas.
Maria Manuel Leitão Marques anunciou a avaliação do impacto de 11 das 14 medidas, feita pela Universidade Nova de Lisboa, e cujos resultados preliminares apontam para uma poupança de 470 mil horas para a administração pública e de 568 milhões de euros por ano para as empresas em custos administrativos eliminados.
De resto a Ministra elencou cinco desafios da estratégia para a transformação digital da administração pública.
Para uma administração pública high-tech é preciso ultrapassar a escassez de competências e conhecimentos especializados em TIC, explicou.
É preciso um processo de qualificação dinâmico e por antecipação que implica a colaboração de universidades e centros de investigação, referiu ainda.
Diz a Ministra que é preciso combater a excessiva compartimentação e isolamento das entidades da administração pública. Isto é, “é preciso pensar a administração pública de forma sistémica”, disse.
Como o terceiro desafio, Maria Manuel Leitão Marques refere a alteração do processo de desenho de novos serviços digitais para cidadãos e empresas. “Criámos o laboratório LAB X”, recordou a Ministra.
O desafio 4 é na área ético-política, e neste âmbito a Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa fez questão de referir que “não deixaremos ninguém para trás”.
Ao nível da proteção de dados lembrou que o regulamento está neste momento em consulta pública, procedimento que antecede a publicação.
“As ações e decisões dos agentes políticos devem ser escrutinados pelos cidadãos”, referiu a ministra.
Finalmente o quinto desafio passa pela implementação da Estratégia TIC 2020 – Tecnologias da Comunicação e da Informação 2020 para a Administração Pública, já provada em Conselho de Ministros, “garantir a boa relação custo-benefício).
Assente em três eixos específicos, Estratégia TIC 2020 consiste na Integração e Interoperabilidade; Inovação e Competitividade e Partilha de Recursos, e visa, assim, a transformação digital da Administração Pública, tornando os serviços digitais mais simples e acessíveis. Potenciar a adesão a estes serviços por parte dos cidadãos e das empresas são os principais objetivos desta medida que pretende, igualmente, potenciar um desenvolvimento sustentável em matéria de transformação digital.
Esta estratégia procura concretizar, nos próximos quatro anos (2017-2020), iniciativas comuns a toda a administração do Estado e iniciativas específicas de cada área setorial.
A Administração Pública High-Tech preconizada pela ministra, passa por três evoluções tecnológicas para o setor público.
Nesse sentido falou da hipótese de a blockchain vir a ser usada em Portugal para registar votos online na votação do Orçamento Participativo Portugal.
“Será possível utilizar tecnologia blockchain para registar os votos online no Orçamento Participativo Portugal e garantir a integridade dos resultados finais?”, questionou a oradora da conferência.
A blockchain permitiria maior segurança na votação eletrónica ou online, sendo que a blockchain é uma tecnologia conhecida por permitir, pelo menos em teoria, o anonimato de quem executa a operação e a integridade de toda a cadeia.
O blockchain (também conhecido como “o protocolo da confiança”) é uma tecnologia que visa a descentralização como medida de segurança. São bases de registos e dados distribuídos e compartilhados que possuem a função de criar um índice global para todas as transações que ocorrem em um determinado mercado. É portanto um livro de registo digital e que está na base do funcionamento da moeda digital bitcoin.
Ao nível da inteligência artificial questionou? “Será possível substituir alguns serviços de atendimento online por chatbots?”
E finalmente ao nível do Data Science levantou a questão “será possível prever o grau de risco de desemprego de longa duração para cada novo inscrito no IEPF?”.
(Em atualização)
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A Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa falava na abertura do 27º Digital Business Congress da APDC e revelou os benefícios da aplicação do Simplex 2016 para a administração pública e para as empresas.
Maria Manuel Leitão Marques anunciou a avaliação do impacto de 11 das 14 medidas, feita pela Universidade Nova de Lisboa, e cujos resultados preliminares apontam para uma poupança de 470 mil horas para a administração pública e de 568 milhões de euros por ano para as empresas em custos administrativos eliminados.
De resto a Ministra elencou cinco desafios da estratégia para a transformação digital da administração pública.
Para uma administração pública high-tech é preciso ultrapassar a escassez de competências e conhecimentos especializados em TIC, explicou.
É preciso um processo de qualificação dinâmico e por antecipação que implica a colaboração de universidades e centros de investigação, referiu ainda.
Diz a Ministra que é preciso combater a excessiva compartimentação e isolamento das entidades da administração pública. Isto é, “é preciso pensar a administração pública de forma sistémica”, disse.
Como o terceiro desafio, Maria Manuel Leitão Marques refere a alteração do processo de desenho de novos serviços digitais para cidadãos e empresas. “Criámos o laboratório LAB X”, recordou a Ministra.
O desafio 4 é na área ético-política, e neste âmbito a Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa fez questão de referir que “não deixaremos ninguém para trás”.
Ao nível da proteção de dados lembrou que o regulamento está neste momento em consulta pública, procedimento que antecede a publicação.
“As ações e decisões dos agentes políticos devem ser escrutinados pelos cidadãos”, referiu a ministra.
Finalmente o quinto desafio passa pela implementação da Estratégia TIC 2020 – Tecnologias da Comunicação e da Informação 2020 para a Administração Pública, já provada em Conselho de Ministros, “garantir a boa relação custo-benefício).
Assente em três eixos específicos, Estratégia TIC 2020 consiste na Integração e Interoperabilidade; Inovação e Competitividade e Partilha de Recursos, e visa, assim, a transformação digital da Administração Pública, tornando os serviços digitais mais simples e acessíveis. Potenciar a adesão a estes serviços por parte dos cidadãos e das empresas são os principais objetivos desta medida que pretende, igualmente, potenciar um desenvolvimento sustentável em matéria de transformação digital.
Esta estratégia procura concretizar, nos próximos quatro anos (2017-2020), iniciativas comuns a toda a administração do Estado e iniciativas específicas de cada área setorial.
A Administração Pública High-Tech preconizada pela ministra, passa por três evoluções tecnológicas para o setor público.
Nesse sentido falou da hipótese de a blockchain vir a ser usada em Portugal para registar votos online na votação do Orçamento Participativo Portugal.
“Será possível utilizar tecnologia blockchain para registar os votos online no Orçamento Participativo Portugal e garantir a integridade dos resultados finais?”, questionou a oradora da conferência.
A blockchain permitiria maior segurança na votação eletrónica ou online, sendo que a blockchain é uma tecnologia conhecida por permitir, pelo menos em teoria, o anonimato de quem executa a operação e a integridade de toda a cadeia.
O blockchain (também conhecido como “o protocolo da confiança”) é uma tecnologia que visa a descentralização como medida de segurança. São bases de registos e dados distribuídos e compartilhados que possuem a função de criar um índice global para todas as transações que ocorrem em um determinado mercado. É portanto um livro de registo digital e que está na base do funcionamento da moeda digital bitcoin.
Ao nível da inteligência artificial questionou? “Será possível substituir alguns serviços de atendimento online por chatbots?”
E finalmente ao nível do Data Science levantou a questão “será possível prever o grau de risco de desemprego de longa duração para cada novo inscrito no IEPF?”.
(Em atualização)