Rotação Difusa: Discrepâncias editoriais!

11-07-2018
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Em Portugal as editoras, para contrabalançarem as reduzidas tiragens , socorrem-se de publicar um elevado número de obras. Só que em 2004, repetido ano de crise, segundo dados da APEL, ocorreu um aumento de quase 50% (!!) de obras publicadas. E parece que as causas de tal boom não são muito perceptíveis!

Edição de livros em Portugal subiu quase 50% em 2004.

Em Portugal são publicados, em média, dois livros por hora, o que perfaz 46 obras diárias, e em 2004 a edição subiu quase 50%, o maior aumento dos últimos anos, segundo a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros.

Os dados da APEL apontam para 16.850 novos livros em Portugal no ano passado, mas os números no sector editorial são difíceis de apurar, pois variam de instituição para instituição, nomeadamente devido ao incumprimento do depósito legal.

Isabel Carvalho, da APEL, entidade co-organizadora da Feira do Livro de Lisboa, explicou à Lusa que as contas da Associação têm por base «as obras para as quais foi solicitado o ISBN» e acrescentou que «um original que sofra alterações conta como nova obra».

Tendo em conta o número de livros editados em 2000 (11.490), 2001 (11.150), 2002 (11.330) e 2003 (11.440), a responsável da APEL sublinhou que 2004 registou o maior aumento do século XXI, com uma subida de 47,3%.

A APEL também não encontra explicação para o «pulo» registado de um ano para o outro, até por ter ocorrido num período de recessão económica e tendo em conta que a Feira do Livro de 2004 foi das menos lucrativas, o que levanta a questão do destino destes novos volumes.

Mais complicado é descobrir que áreas da literatura acompanharam tão grande subida, uma vez que o número de obras que deram entrada na Biblioteca Nacional (BN) - onde é possível obter informação sobre os vários géneros - difere substancialmente do total facultado pela APEL.

De acordo com Maria Luísa Cabral, da BN, em 2004 deram ali entrada 9.602 títulos novos, curiosamente menos 2.149 (18,3%) do que no ano transacto, em que o registo aponta para 11.751 livros novos, o que contraria a franca subida indicada pela APEL.

«Por vezes as gráficas reúnem várias obras antes de enviar, e isso pode atrasar a contagem na Biblioteca Nacional, talvez daí a discrepância», sugeriu Isabel Carvalho, da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, avançando uma hipótese de explicação.

Diário Digital / Lusa

23-05-2005 10:31:00

Em Portugal as editoras, para contrabalançarem as reduzidas tiragens , socorrem-se de publicar um elevado número de obras. Só que em 2004, repetido ano de crise, segundo dados da APEL, ocorreu um aumento de quase 50% (!!) de obras publicadas. E parece que as causas de tal boom não são muito perceptíveis!

Edição de livros em Portugal subiu quase 50% em 2004.

Em Portugal são publicados, em média, dois livros por hora, o que perfaz 46 obras diárias, e em 2004 a edição subiu quase 50%, o maior aumento dos últimos anos, segundo a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros.

Os dados da APEL apontam para 16.850 novos livros em Portugal no ano passado, mas os números no sector editorial são difíceis de apurar, pois variam de instituição para instituição, nomeadamente devido ao incumprimento do depósito legal.

Isabel Carvalho, da APEL, entidade co-organizadora da Feira do Livro de Lisboa, explicou à Lusa que as contas da Associação têm por base «as obras para as quais foi solicitado o ISBN» e acrescentou que «um original que sofra alterações conta como nova obra».

Tendo em conta o número de livros editados em 2000 (11.490), 2001 (11.150), 2002 (11.330) e 2003 (11.440), a responsável da APEL sublinhou que 2004 registou o maior aumento do século XXI, com uma subida de 47,3%.

A APEL também não encontra explicação para o «pulo» registado de um ano para o outro, até por ter ocorrido num período de recessão económica e tendo em conta que a Feira do Livro de 2004 foi das menos lucrativas, o que levanta a questão do destino destes novos volumes.

Mais complicado é descobrir que áreas da literatura acompanharam tão grande subida, uma vez que o número de obras que deram entrada na Biblioteca Nacional (BN) - onde é possível obter informação sobre os vários géneros - difere substancialmente do total facultado pela APEL.

De acordo com Maria Luísa Cabral, da BN, em 2004 deram ali entrada 9.602 títulos novos, curiosamente menos 2.149 (18,3%) do que no ano transacto, em que o registo aponta para 11.751 livros novos, o que contraria a franca subida indicada pela APEL.

«Por vezes as gráficas reúnem várias obras antes de enviar, e isso pode atrasar a contagem na Biblioteca Nacional, talvez daí a discrepância», sugeriu Isabel Carvalho, da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, avançando uma hipótese de explicação.

Diário Digital / Lusa

23-05-2005 10:31:00

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